A agressão física é uma coisa que todo mundo pode saber como é que começou, mas ninguém sabe como é que termina. Meu Deus do céu, que alegria ver tanto o homem unido! Que o homem é muito bom! Eu acredito que estamos aqui com cerca de 400 homens reunidos em uma guerra. Vem a mãos, glória a Deus! Dá para conquistar um reino muito bom, e eu louvo a Deus por esse privilégio. Gente, já mandou passar corrente na porta, então agora, se alguém estava pensando em sair, é a hora, que abriu o cadeado. Eu só estou
tentando ajustar o som lá para nós, amados. Assim, aquilo que eu quero compartilhar com vocês é desafiador de verdade. Eu quero que os irmãos saibam que estou aqui, assim, abrindo meu coração. Eu quero me entregar, mesmo que neste momento, e eu quero traduzir para vocês as angústias mais profundas do meu coração, como homem, como pai, como amigo, avô, bisavô e, até de um modo muito peculiar. Pouco antes, eu subi e o irmão ali me fez uma pergunta muito séria: ele perguntou o seguinte: ainda tem trilha barriga depois de tanto tempo? Você vai falar assim: "67,
feira na ilha?" E se não sentir, estava tudo errado! Até hoje, nunca parei de sentir essa comoção. Assim, quando eu vou falar de uma coisa, mas essa apreensão que a gente sente não é só pelo que a gente vai compartilhar, é por saber que, depois, a gente vai ter que passar dentro daquilo que a gente compartilhou. Essa é a minha apreensão maior. Eu queria fazer uma pergunta pra vocês: quem vocês acham que são os responsáveis últimos? Quem seriam os responsáveis últimos para defender uma cidade? Quem são os defensores, guardiães da cidade? Quem são os defensores
e os guardiães de uma cidade? O governo? Não! Às vezes, os governos são os que estão explorando a cidade. Os empresários? Não, às vezes, os empresários estão corrompendo a cidade. Os profissionais liberais? Não, às vezes, profissionais liberais não estão servindo à cidade. O exército, muitas vezes, pode estar a serviço dos empresários, dos profissionais liberais ou dos governos, na sua intenção de dominar uma cidade. Então, quem defende a cidade? Escutei, mas achei que escutam grito: assim, quem defende a cidade? Os homens! Os homens são os defensores da cidade. Eu queria compartilhar as coisas aqui com vocês.
O Brasil hoje tem problemas em várias áreas: economia, educação, saúde, combate a drogas, mas existem algumas coisas que são mais basais, são mais elementares. Não adianta a gente pensar em uma boa economia, não adianta a gente pensar em saúde, a gente pensa em educação, se algumas coisas muito básicas da vida humana não estão sendo garantidas e nem estão sendo defendidas a integridade, por exemplo, a integridade das nossas famílias. As famílias que estão representadas aqui. Então, queria que vocês pensassem que dentro desse salão, que hoje estão representadas pelo menos 300 famílias. Se nós x 45, seria
um número base, como ficar por quatro, certo? Então, não estamos falando aqui de mil e duzentas pessoas representadas aqui, mulheres e pessoas sobre as quais nós temos a responsabilidade de defender. Não podemos pensar que os governos vão defender nossas famílias. Não podemos pensar que as organizações vão ocupar aquilo que é o nosso papel. É mais essencial! Então, quero dizer uma coisa que talvez muita gente não tenha consciência desse país: o Brasil hoje é o quinto país do mundo em assassinato de mulheres, num universo de quase 83 países. O Brasil é o 5º lugar do mundo
em assassinato de mulheres. Em Uberlândia, Uberlândia está entre as três cidades que cometem mais violência contra mulheres, num universo de cidades até 600 mil habitantes. Nossas mulheres não sofrem violência? Uberlândia está entre as três cidades que mais cometem violência contra a mulher no universo das cidades até 600 mil habitantes. É grave! Sabe, quase 70% das situações de violência contra as mulheres, 70% e 75% dos casos de violência contra a mulher são cometidos por pessoas do relacionamento direto dessas mulheres, são pessoas que elas conhecem, com quem elas convivem. Então, em lugar de sermos a comunidade que
está protegendo as nossas famílias, nós estamos nos tornando a comunidade que está violentando as nossas famílias. Quase 50% das crianças desse país já sofreram algum tipo de violência ou abuso doméstico. Metade das nossas crianças! E mais de 40% das mulheres brasileiras, mais de 40% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência, seja ela física, seja ela verbal ou seja qualquer tipo de coação, mas principalmente violência física. Quase 30% do universo de quase 50% e quarenta e poucos por cento nesse universo de quase 50%, 27% é violência física. Só que o barulho que estava escutando,
infelizmente, parou de fazer. Aquele barulho era pra ficar incomodando a gente aqui a cada 8 segundos. Eu pedi que o barulho não parasse até o término de eu falar, mas pararam. Aquilo era pra ficar incomodando a gente a cada oito segundos, porque é o intervalo de tempo em que uma mulher sofre violência física nesse país. Eu queria que o barulho ficasse até as 10 horas da noite, a cada oito segundos, pra todo mundo ficar ciente e agora que está gravando, filmando. Mas o ambiente de hoje permite pra todo mundo sair daqui de saco cheio, incomodado,
não aguentam escutar esse barulho. Uma mulher sofre violência física no nosso país, no nosso país, o país que não tinha! Está defendendo a cada 8 segundos. E uma mulher sofre estupro a cada dez minutos. Enquanto eu, exemplo, louvor, durante 40 minutos nós como aqui cantando pra Deus emocionados, quatro mulheres estavam sofrendo estupro no nosso país. Eu não estou dramatizando nada! E se você acha que isso acontece longe... Nós, quem tem filho, a mulher aqui. E quem tem filho homem, pronto, uma coisa: talvez os nossos filhos homens vão se encontrar com as filhas mulheres. Nossas filhas
mulheres vão se encontrar com os filhos jovens. Não vou te dar agora uma estatística para você ficar apavorado. Apavora nela: duas entre três mulheres universitárias apresentaram queixa de sofrer algum tipo de violência dentro da universidade. Duas em cada três nas universidades brasileiras. Quem são os defensores últimos da cidade amada? Tomar Chan que alguém vai fazer isso por nós? Deixa os filhos de Deus, missão seu coração! Isso é um assunto espiritual. É disso que o evangelho trata. Tiago, quando fala a respeito do evangelho, diz que a premissa do evangelho é cuidar da mulher viúva e do
órfão. Essa é a essência do evangelho. Se não estão usando o evangelho, há muitas outras coisas; não estão atendendo essa condição mais básica e elementar. Não é o evangelho de Cristo que estão vivendo. Agora, vou te dar a informação do universo das mulheres que sofrem violência nesse país. Dos 100% de mulheres que sofrem violência nesse país, o maior grupo representado por categoria são as evangélicas. Das 100% das mulheres que sofrem violência, 40% são evangélicas. Não é cristã, não exclui as católicas, exclui qualquer outra forma religiosa que se chama cristã. Estou falando que 40% das mulheres
são agredidas, apanham, sofrem agressão, violência, qualquer tipo de opressão. Quarenta por cento são evangélicas. Que evangelho estão pregando? Então, vou te dizer uma coisa: isso está fora daqui. Muito provavelmente, 30% a 20% das mulheres representadas aqui já sofreram algum tipo de coação, algum empurrão, já tiveram que submeter a xingamentos durante horas, já sofreram um tapa na cara, já tiveram que esconder um braço roxo. Quase a totalidade dos filhos que viram suas mães apanhando vão bater nas suas mulheres. Sessenta e seis por cento da população brasileira diz ter presenciado algum tipo de agressão contra a mulher.
Então, não sou inocente. A maioria das mulheres evangélicas que sofrem algum tipo de violência, você sabe qual é a principal queixa delas? A comunidade de pesquisa é que, quando elas vão à igreja apresentar o problema delas, a liderança da igreja apresenta uma solução religiosa: "Você tem que ter paciência, buscar em Deus, e Deus vai tratar do seu marido." E sabe o que essas mulheres disseram? Que elas se sentiram mais violentadas pela relação da igreja do que pela agressão sofrida pelo marido, porque do marido elas já estavam esperando, e depois de conviver com ele, mas ela
não esperava esse nível de indiferença, insensibilidade e descuido da comunidade da qual faz parte. Então, estou falando aqui hoje à noite que, nesse país de omissão, não estou falando de responsabilidade. Não estou falando de infantilidade. Esse é um país infantil, susceptível e insensível, porque não está vazando nossas emoções de várias formas, mas não está assumindo de maneira objetiva nossa reportagem. Homens, não estamos fazendo a defesa das nossas cidades. Fazemos a defesa dos nossos interesses, mas não fazemos a defesa da cidade. Temos mais empenho em defender os interesses da empresa do que em defender os interesses
da família. Temos mais interesse em garantir as oportunidades de negócio, com foco e sucesso, do que garantir os valores que sustentam a família. Então, é sobre isso que a gente quer conversar: que tipo de homem nós estamos nos tornando? Que tipo de referência estamos produzindo para as próximas gerações? O que estamos transmitindo aos nossos filhos como símbolo de hombridade? E sabe o que acontece quando falamos das estatísticas? Muita gente quase que agradece a Deus e fala assim: "E se ainda não bateu em casa?" Você pensaria diferente se fosse parte da estatística do nosso problema? Mas
é que a gente é parte da estatística, ou como a mulher que apanha, ou às vezes como o filho que bate. Eu sei que esse é um assunto constrangedor para muita gente. Para muitos, não é só porque esse problema está aqui dentro. Eu não me iludo, eu não me iludi. O problema está aqui dentro. Estou falando como pastor da igreja há 40 anos. Eu sei que esse problema está aqui dentro, e se nós não formos radicais com aquilo que é básico, essencial como expressão dos nossos valores de respeito, honra e dignidade, não vamos conseguir cumprir
a nossa vocação espiritual. Nas outras áreas, estamos mentindo para nós. Então, essa insensibilidade está criando uma hipocrisia, hipocrisia religiosa. O grande problema dos nossos filhos no futuro é que eles não vão ter problema com Deus; eles vão ter problemas com a igreja. E aí muita gente vai achar que tem problema com a profissão, que se quer estudar e não quer estudar, porque eu moro em uma cidade de padrão elevado, onde tem um universo de escolas e universidades. Para muita gente, não. Mas é a maior desigualdade social da América Latina, e o índice de suicídio jovem
cresce a cada ano. O que os jovens de Goiânia estão se dando em troca? Porque o que é uma cidade religiosa e hipócrita, onde as pessoas pregam um padrão de vida, mas vivem uma vida de violência, de mentira, de engano, e querem obrigar os filhos a frequentar boas escolas, se tornarem bons profissionais, para ter o que na vida? A vida que nós temos? Se matar de estudar, trabalhar e correr riscos, se sacrificar para depois ser alguém como nós? Essa é a pergunta que muitos jovens hoje não querem: se tornar homens como nós. Então, não adianta
fazer o apelo mais eloquente. Não adianta encher essa galera de culpa. Então, baseado nisso, eu queria conversar com vocês hoje sobre um assunto que Deus me incomodou. Em Romanos, capítulo 12, é um texto bastante conhecido. Diz o que diz assim: "Rogo, pois..." Irmãos, pelas misericórdias de Deus, que vocês se sacrifiquem! Que vocês estejam dispostos a um sacrifício. Nós não vamos conseguir cumprir o nosso papel de homem sem sacrifício dos nossos interesses pessoais. Nós não vamos cumprir nosso papel de homem sem colocar em risco nossas vaidades, nossos sonhos, nossas prerrogativas e nosso interesse. Assim é que
os homens defendiam suas cidades. A cidade só podia ser defendida se esses homens assumissem o risco de colocar sua continuidade, colocar seus sonhos futuros, colocar seus interesses, colocar seus apetites, colocar sua propriedade em risco. Era colocando a própria vida em risco que uma cidade poderia ser defendida. Ninguém vai ser um bom defensor da cidade enquanto o patrimônio dele estiver em primeiro lugar: enquanto a propriedade, o interesse dele, as finanças dele, a agenda de lazer dele e o sonho de futuro dele estiverem antes dos interesses da comunidade. Este tipo de homem, esse tipo de homem que
explora a cidade, mas não defende a cidade, quem não está disposto a arriscar patrimônio, sonho, lazer, projeto futuro em defesa da cidade, está empregando a cidade e as famílias da cidade. Alceu de moradores, certo? Norman, que vocês apresentem os vossos corpos como sacrifício vivo, e não vos conformeis com este século. Então, queria compartilhar com vocês uma coisa: o evangelho é um evangelho de não conformidade. Entendeu? Não! O evangelho, a essência do evangelho, é não conformidade. É interessante isso, porque quando a gente olha lá no livro de Atos, no capítulo 5, uma das primeiras coisas que
os discípulos foram induzidos a pensar foi de forma a se conformar. Assim, diz-se que eles foram apresentados ao sumo sacerdote, que os interrogou, dizendo: "Nós não ordenamos a vocês que não ensinassem esse nome? Contudo, vocês encheram Jerusalém com a sua doutrina e querem lançar agora sobre nós o sangue desse homem." Então, Pedro e os demais afirmaram: "Antes importa obedecer a Deus do que aos homens." Havia uma ordem, havia uma determinação do governo, haviam estados estabelecidos, havia uma cultura estabelecida. E qual você acha que é a cultura estabelecida na cidade de Uberlândia? O que você acha
que os meios de comunicação, o que você acha que políticos interessados na sua perpetuação de carreira política estão mais interessados na reeleição do que em defender o povo? Política que governa para ser reeleita, para se perpetuar no poder. Esse povo é que vai defender a família? Os meios de comunicação defendem a família? As empresas nessa cidade defendem a família? Será que alguma empresa vai fazer o seu papel? Então, existe uma cultura de conformidade, uma cultura de conformidade que acredita que, quanto mais ansioso o cidadão, quanto mais inseguro é o cidadão, quanto mais sozinho um cidadão,
mais consumidor ele é. Ele depende de produtos para fazer sua felicidade, e que, quanto mais bem resolvido é o cidadão, mais independente ele é. Um dos mecanismos de corrupção é a publicidade. Então, quem vai defender a família? Quem vai enfrentar esse tipo de pensamento? Quem são os inconformados? É interessante que depois, em Atos, no capítulo 5, os discípulos dizem: "Importa nós obedecer a Deus e não aos homens". E aí, depois, no capítulo 17, é interessante: uma das primeiras definições dos cristãos — não vou falar qual foi — diz assim: "Não encontrando, Jô, arrastaram Jason e
alguns irmãos perante as autoridades." Então, esse povo promoveu uma balbúrdia na cidade. Contrataram lá um sarro, uns malandros para criar alvoroço e responsabilizar os cristãos. Depois foram lá na casa de uma família cristã, prenderam o chefe da família, levaram-no perante as autoridades. E olha como é que esses caras foram definidos pelas autoridades na época: "Estes que têm transtornado o mundo chegaram até nós, e eles agem contra os decretos, afirmando ser Jesus outro rei." E, para não entender que o evangelho é um evangelho de não conformidade, eu não entendi o evangelho. Então, eu queria trazer uma
palavra que, esta noite, eu sei que é uma palavra que vai chocar. O que, às vezes, você vai entender, essa palavra, só no seu sentido negativo, que é isso que as pessoas querem fazer a gente pensar: que a palavra "transgressão". Então, o evangelho tem um princípio transgressor, porque nem toda transgressão é negativa. Existe um significado da palavra que estivesse falando aqui: aqueles que transtornaram. Sem entender isso no sentido poético, não! Eu quero usar num sentido mais objetivo, direto e inquietante. Eu não quero usar a palavra transtorno; eu quero usar a palavra transgressão para defender as
famílias. Nós temos que ser uma comunidade não conformada. Isso quer dizer que nós queremos um evangelho que transgride. Um dos sentidos da palavra transgressão, no seu aspecto positivo, é que transgressão quer dizer ir além, transpor. Um outro sentido é ultrapassar o limite. Então, o evangelho nos ensina a ultrapassar os limites. O anticristo nos ensina a nos conformarmos com os limites. Então, estou formando hoje homens de perfil que são conformados, ensinando nossos filhos a serem bem-sucedidos dentro de um padrão estabelecido, não por Cristo. Então, estão ensinando nossos filhos a pleitearem uma condição de sucesso dentro de
um padrão estabelecido. Então, não estão ensinando a nos dizer o que é conformação. Então, quando eles estiverem conformados dentro dessa estrutura, eles estarão conformados a tudo. Irmão, não pense você que eles estarão conformados a alguma coisa; eles estarão conformados a tudo aquilo que rege esse ambiente. Estarão conformados à ambição e citarão como formados a cobiça, e só não conformados à traição. E estarão conformados ao interesse, estarão conformados ao descumprimento da palavra empenhada, estarão conformados a mudar o compromisso de assumir em função de um salário mais alto; eles eram conformados à traição. Ao desrespeito, porque não
tem jeito: você cumpre uma coisa e não cumpre as outras. Então, se nós não tivermos um pensamento transgressor, é dentro desse universo que nós ficaremos. O que é conformado em nossos filhos ficará conformado; nossas filhas ficarão conformadas, não precisarão atravessar. Eu posso usar, por exemplo, quando venho lá de Goiás para Minas: eu posso usar o verbo transgredir. O que está de acordo com seus indicados é o seguinte: vindo de Goiás, eu transgredi a fronteira com Minas Gerais, porque ultrapassei o limite dos estados. Eu atravessei. Isso faz parte do nosso caráter e hombridade: atravessar, transgredir, romper,
ultrapassar os limites. Isso faz parte da formação do caráter do homem, e nós estamos eliminando do caráter do homem moderno o seu aspecto transgressor, porque esse aspecto transgressor que questionava os poderes, é um aspecto transgressor que questionava os modelos. Hoje, nós não temos pessoas que questionam isso; só questionam isso, muitas vezes, pelo aspecto negativo. Então, o que é uma transgressão negativa? É um delito. Todo delito é uma transgressão, mas nem toda transgressão é um delito. Por exemplo, fala pra mim uma transgressão positiva, uma coisa bem básica: eu estou lá em um lugar de difícil acesso,
eu sei que o limite de velocidade é de 80 km/h. Certo? Eu posso dirigir a 120 km/h, se estiver transportando um moribundo, uma pessoa que está morrendo. Atendendo a uma urgência, justifica ultrapassar o limite de velocidade, porque eu estou transgredindo uma condição em favor de uma condição superior. Eu não tenho obrigação de respeitar aquele limite de velocidade se o que está em xeque é a vida humana. Jesus transgrediu alguma coisa? Não curou no sábado? Ele fez a transgressão. Pior: ele permitiu aos discípulos dele apanhar a espiga de milho num sábado, esquecendo de lavar as mãos.
Então, Jesus era um transgressor. Mas a Bíblia diz que ele não veio para descumprir a lei, mas para cumpri-la. Então, Jesus estava transgredindo, cumprindo para cumprir a lei; ele estava transgredindo uma regulação, revelando que a lei tinha um compromisso maior, que a lei não tinha compromisso com o rito; a lei tinha compromisso com a vida e a integridade do homem. Muitas vezes, não estão entendendo esse apelo de transgressão, e é isso que está acontecendo. Cinquenta e cinco por cento das mulheres que dão à luz neste país não queriam ter ficado grávidas. Cinquenta e cinco por
cento das crianças que estão nascendo hoje neste país são frutos de uma gravidez indesejada, e 20% das crianças que nascem hoje neste país são filhos de adolescentes de 12 a 19 anos de idade. Onde está o problema? Por que 55% das mulheres não queriam ter ficado grávidas? E por que 20% das crianças que estão nascendo aqui hoje são filhos de jovens de 12 a 19 anos de idade? Viaja! Hoje está acontecendo isso. Quem é responsável por isso? Quem é responsável por isso? É o capeta? É o satanás que é responsável por isso? Quando a gente
vê os homens aqui, 300, 400, onde estão reunidos, que quando a gente tiver que falar da violência de Uberlândia e do Brasil, não ocupa. Quem? Quem? Cavaco, irmãos Rocco, Paulo, Lula ou Bolsonaro? Foi a direita? Foi a esquerda que fez isso com o Brasil? Mas quem é o culpado de mais de 400 mulheres terem sido abusadas por um único líder religioso em Goiás? São João de Deus fez isso? Foi o João de Deus que cometeu aquele abuso? Aquilo aconteceu porque o João de Deus é o maior tarado que já pisou aqui no Brasil e no
mundo! A responsabilidade daquilo que estava acontecendo lá em Abadiânia dos homens da cidade é por conta de interesses que tinham. Me interessa mais o religioso, né? Não fala pra mim que não tinha interesse. Sustentou João de Deus lá matando, roubando, traficando meninas como escravas sexuais. De quem? Deus? E pedi essa conta do diabo, o capeta da esquerda à direita, um partido político dos homens da cidade que não quiseram sacrificar seus interesses. Não quiseram sacrificar suas cabeças, verão seu circo, as ilhas sendo abusadas, usadas, entrega de sacrifício aos deuses, porque não quiseram transgredir, não quiseram se
inconformar, não quiseram transtornar. E é por isso que nós não queremos transtornar, não queremos chamar transtorno pra nossa vida, não queremos ser responsáveis pela transgressão. Então, a gente se desculpa nas leis, nas regras, no sistema. E aí, mas a gente não transgride onde iria trazer de não-compensação. Comete os delitos que não devia cometer, é fraudulento nos negócios, é violento com as mulheres, é infiel nas relações. Tem muita gente que trai suas mulheres, você acha que não tem? Você acha que não tem aqui alguém traindo a sua mulher? Que não tem um homem que dormia no
colo da mulher, tem outra família, e a mulher não sabe? A estatística diz que mais de 60% dos homens, então, que hoje são viciados em pornografia. Isso é transgressão? É delito! Então, em nome de Jesus Cristo, o Senhor, é tempo de transgredir, porque quando a gente não transgride, nossos filhos ficam órfãos. Deixe os filhos de Deus, a missão do seu coração. Quando Deus chamou Abraão para sacrificar Isaac, ele estava chamando Abraão para uma transgressão. Abraão entendeu que ele seria melhor pai, ensinando Isaac a assumir o risco, em obediência a Deus, do que protegê-lo de qualquer
situação. Nosso principal papel não está em proteger nossos filhos de problemas, dificuldades, transtornos, desafios e riscos. Nosso grande desafio está em submeter nossa família a esses transtornos, para que a gente consiga transgredir. Eu estava meditando sobre uma coisa assim muito forte, que é uma realidade estética, mas que tinha um valor que correspondia a uma referência ética. Então, Deus é o Deus da ética que diz que se revelaria através de uma imagem. Tão Deus escolheu uma imagem para traduzir um valor à minha irmã. Quando eu perco valor, eu me corrompo na estética. Tanto é que Deus
disse: "Olha, eu vou fazer o homem, e esse homem vai ter uma imagem também." Quem está acompanhando a imagem então diz: "Deus disse que o homem seria uma imagem de uma natureza de um valor. Glória a Deus!" Então, existe uma figura estética para nos ensinar a respeitar um valor ético. O que o diabo fez? O diabo corrompeu a gente na estética, que ele falou assim: "Olha que tanto que fruta é boa." E a mulher, vendo que o fruto é bom, então, pela estética, ela corrompeu a ética, sendo que Deus queria revelar a ética através da
estética. Agora, presta atenção na figura estética: Ele fez uma mulher com vagina, e essa vagina tem um hímen; e Ele fez o homem com pênis e abençoou esse homem não para casar. O projeto de Deus não era um homem casar; o projeto de Deus era esse homem virar pai. Deus abençoou o homem não para ter tesão; Deus abençoou o homem para fecundar. Uma bênção de Deus estava associada à fecundação e não ao gozo, ao tesão, ao entretenimento. Falando agora, presta atenção na figura estética e plástica: era um homem transgredindo uma vagina, onde havia um limite.
Com o tempo, a virgindade perdeu o valor. Ninguém aqui tem mais ilusão da virgindade. A partir do momento em que a virgindade perdeu o valor, a transgressão perdeu seu significado positivo, porque agora nós não temos respeito pelo significado da transgressão. Nós entendemos que o nosso papel como homem só acontece a partir do momento que eu estou pronto para assumir uma ação transgressora de penetração, de ruptura, de um "eu" para poder assumir a responsabilidade da fecundação. Perde valor. E aí, o que sobrou da igreja? Agora a igreja está tentando resolver o problema da promiscuidade do jovem
tratando isso como delito e não resgatando o significado positivo da transgressão. Então, nós temos que ajudar os nossos jovens a recuperar o senso da sua identidade. Transgressor é de que ele só é homem quando ele está pronto a assumir seu papel, sua ação responsável de transgressor, de alguém que rompe os limites, que vai além, e assumir a responsabilidade. Mas não! Agora nós só vamos conseguir tratar isso dentro da conformidade. Agora estão tentando tratar para o hospital de almas, tendo uma conformidade, ensinando ele a fazer ou não fazer, porque fazer é pecado e não fazer é
santo. A desgraça! Então, agora a gente não só ensina a ser um transgressor responsável, como torna ele o pior de todos os conformados, de modo que só consegue fazer isso quando ele comete um delito. Que desgraça! Que tipo de homem não estão formando? Então, não estou formando transgressores responsáveis. No total, formam delinquentes. Está claro isso? Então, o nosso papel não é a delinquência. Eu queria concluir dizendo o seguinte: a mulher se realiza na segurança, o homem se realiza no significado da mulher, que é a segurança. O homem que é significado, o homem para significar, então
ele tem que aprender o princípio da transmissão, indo além do limite de não se conformar, de penetrar de maneira honrosa, de assumir o risco. Então, nós tínhamos aqui que estar estimulando os homens a assumir o risco. Onde é que você está assumindo um risco? Onde é que você está transgredindo? Onde é que você está cumprindo o seu papel? O homem de fecundar, porque penetrou, rompeu o limite e plantou a semente. Eu queria concluir falando alguma coisa sobre isso: a transgressão só será saudável se ela for em favor da comunidade. A transgressão em favor do indivíduo
é delito; a transgressão em favor da comunidade é conquista. Então, a transgressão de romper o limite só seria justa e santa se ela for do interesse da comunidade. É exatamente nesse ambiente da transgressão que se formam as amizades, porque no ambiente do delito se formam as quadrilhas. Então, os homens que não estão aprendendo a transgredir, formando amigos, estão aprendendo a serem delinquentes formadores de quadrilhas. Às vezes, você acha que tem amigos, mas enquanto fala assim: "Esse contrabando de amigo", aí a mulher, a primeira coisa que faz, amanhã, qualquer amigo será Antônio de quadrilha. Não confunda
amigo com quadrilha. Eu tô falando que seu marido precisa deixar de ser formador de quadrilha para ser amigo, porque a quadrilha faz assalto, amigos fazem guerra. É mesmo! E aí alguns valores que poderiam estar sendo formados na família não estão sendo formados, porque nós não estamos aprendendo a transgredir com amigos – amigos que se juntam na defesa da cidade, porque não se conformam com o que está acontecendo. Então, a gente vai olhar para essa cidade, olhar para esse país, e a gente não se conforma com o que está acontecendo. Você sabe o que eu estou
fazendo? Eu estou com 62 anos. Um pai viajava para tudo quanto é lugar, atrás ainda que amanhã, para encontrar com amigos no Rio de Janeiro. E o que é que eu tenho que fazer lá no Rio de Janeiro? Na Baixada Fluminense, quinta-feira de manhã, vamos lá encontrar 80 homens. Só que não vou falar sobre o que esses 80 homens sobre transgressão na Baixada Fluminense, porque se os homens da Baixada Fluminense, os homens de Deus, não se levantarem para transgredir naquele lugar, aqui tá entregue. E não adianta esperar que alguém vai fazer por nós. Não, não
entenda isso! Então, o que acontece? Tem gente aqui que está achando que ele vai desenvolver fidelidade na relação com a mulher dele, falando: "Deus, me ensina a ser fiel à minha mulher." Gincana! Porque tem um negócio na sua cabeça: é o seguinte, você produz 3 milhões para mantê-los. 8 miligramas de esperma escreveu o seguinte: que na sua cabeça, em tese, você seria capaz... De engravidar 3 milhões de mulheres com cada miligrama de espermatozoides e te dá poder 3 milhões de meninos. Em tese, a gente conseguiria salvar cada um dos seus espermatozoides. Se não aprender fidelidade
com a sua mulher, não sabe com quem você vai aprender fidelidade: seus amigos? Você não vai prender um rapaz lavrador que se empenhou com a sua mulher se você não aprendeu a honrar a palavra que se empenhou com seus amigos. Porque no dia em que vir um inimigo contra a cidade, você vai ter que transgredir a palavra que se empenhou com sua mulher para poder ser fiel à palavra que se empenhou com seus amigos. E ela vai achar que você está abandonando-a, que está deixando-a sozinha, e vai ter que sentar com ela para explicar o
seguinte: a forma que eu tenho de defender você é a nossa casa e ainda fazer guerra com os meus amigos. Porque se eu não honrar a palavra que empenhei com os meus amigos, eu nunca vou saber honrar a palavra empenhada com você. Porque se para cumprir a palavra que eu empenhei com você eu tiver que quebrar a palavra que empenhei com o meu amigo, eu nunca vou conseguir honrar a palavra que empenhei com você. Porque a defesa da palavra que empenhei com você acaba sendo de meu próprio interesse, mas a palavra empenhada com meus amigos
é de interesse da comunidade. Não só porque muitos homens aqui não sabem ser fiéis à mulher de campo, porque são formadores de quadrilha, mas porque não sabem ser fiéis aos amigos, porque só tem quadrilheiro nas relações deles, só tem fraterno gente que não sabe honrar a palavra que empenhou com os amigos, gente que não sabe defender os interesses da comunidade. Agora, o dia que o cara aprendeu sobre honra, eu falei que ele aprendeu sobre honra no fogão da casa dele e nem transando com a mulher dele em casa a banha que ele aprendeu. Porque ele
sabe o seguinte: eu estava com um amigo do lado da trincheira. Se um dos dois morrer, o outro tem que tomar conta da família. Ele podia morrer em paz, porque um amigo dele não ia pegar a mulher dele nem pegar as filhas dele para cuidar delas. Mas hoje ele não consegue levar os colegas de quadrilha para casa, porque tem medo de que o colega de quadrilha pegue a filha dele antes de morrer. Isso é uma cultura de conformidade. E se acha que eu vou mudando isso, nós não vamos conseguir enfrentar isso sem sacrificar nossa própria
vida, sem sacrificar nossas prioridades, sem colocar em risco o nosso patrimônio, sem colocar em risco nossa integridade física, sem colocar em risco nossos sonhos futuros, sem colocar em risco nossas horas de lazer. Nós vamos conseguir promover um mundo digno. Nós vamos ter que conseguir ter amigos que vão guardar nossa família se a gente não tiver aqui, sem sacrificar aquilo que julga mais importante na nossa vida. Você acha que deixar um patrimônio para a sua mulher, para os seus filhos, isso vai proteger ela dos homens sem vergonha? Pelo contrário, todo mundo vai celebrar o seu funeral
para poder desfrutar do seu dinheiro com mais liberdade. Você pode deixar a mulher mais chata, desagradar, desarrumada, mas se ela tiver patrimônio, ela vai achar quem quer pagar a feira. Porque senão, te vi na vida. Amigos, do que eu estou falando, não estou falando de um mundo onde um pai não tem segurança e deixou uma filha de 10, 12 anos dormir na casa de uma amiga, porque tem medo de que o pai dela vai pegar a menina. E tem razão a mãe antes de deixá-la passar um fim de semana na casa de outra família quadrilheira.
Agora, só tenho que encarar isso com objetividade. Eu tenho que encarar isso com intencionalidade e não com conversa fiada. Fazer mais quanto não vai resolver isso na nossa vida. Só tenho que entender isso como uma cultura, um valor, uma parte essencial do meu caráter, da minha fé e das minhas convicções. Esse é um transgressor. Me levantar que hoje à noite eu dizia: se eu não vou me conformar no que depender de mim, eu não vou entregar minha família para o mundo assim. Vou lutar, eu vou juntar os amigos. Vou juntar os amigos e quero dar
um testemunho. Eu sei, me veja como você quiser, você me julgue como você quiser. Você pode achar que eu fui interesseiro, você pode achar o que quiser. Eu não posso controlar o seu juízo, mas outro dia uma pessoa me perguntou assim: "Paulo Júnior, e se você morrer? Se um seguro ou plano de saúde com a sua família?" Tem mesmo o plano, você tem os meus amigos. Porque tipo, dia, te parte do meu dinheiro e confiar no Bradesco e Itaú. Eu podia ter confiado em dinheiro, vou falar, porque seja de dinheiro, dinheiro. Eu podia pegar parte
do meu capital e acreditar que no dia que eu morresse, quem ia cuidar bem da minha família era o Bradesco. Mas avalia: no Bradesco há quem não são tão cumpridores da palavra. Senão, isso também não tem nenhum tipo de relação afetiva com a minha família, não. E no momento em que minha família de alguma coisa lá e passava o fim da fila, em meio à crise, eu só não vou gastar meu dinheiro com isso. Eu peguei meu dinheiro e fui gastar com os amigos. Peguei todo o dinheiro que podia ter um destino em situação financeira.
Só que eu fiz gasto com os amigos, construindo relações verdadeiras, amizades. Gastei muito dinheiro, viajei, fiz despesas. E, de maneira intencional, eu falei o seguinte: o dia que eu faltar, só tem alguém que vai cuidar da minha família melhor que eu. E meus amigos. Porque o dia que eles faltarem, pode mandar. A família dela pra casa agora mesmo. Minha mulher está lá em Uberlândia recebendo uma família. Eu não estou contando isso pra mim; é tudo meu. Tenho muito a abrir minhas entranhas com vocês aqui, porque eu resolvi não me conformar. E agora mesmo, ela estava
em casa fazendo das tripas coração para receber uma família de amigos lá no Reino Unido, que tem uma filha com um problema sério. A menina tem 16 anos e quem está tratando dela é o plano de saúde do Reino Unido. Não está lá em casa; vai ser hospedada lá, vai ser cuidada lá. O nosso plano de saúde está cuidando dela; duvido que ela teria atenção melhor do que o nosso plano de saúde oferecendo a ela. Sabe que já está em casa? Uma razão simples: são nossos amigos e porque a gente decidiu não se conformar, porque
a gente decidiu transgredir. Isso é uma transgressão e se acha, todo mundo fica louco na cabeça, não tem juízo. Eu não tenho juízo. Então, você quer me convencer que eu teria mais juízo em ter colocado meu dinheiro na instituição financeira impessoal que deve milhões ao governo, que a qualquer momento pode a bancarrota? E você acha então que eu, aqui, não tenho juízo? Eu não tenho juízo. Não vai lá falar para a família que está hospedada em casa agora que não tem juízo. Porque se eu tivesse tido juízo, igual todo mundo gostaria que eu tivesse, ele
não estava em casa hoje. Está claríssima nas mãos, em nome de Cristo Jesus, do que estou falando. Não estou falando de ver uma espiritualidade radical; estamos falando de viver de fato o evangelho que Jesus nos ensinou a viver. E transgredi tantas coisas que não estão sendo propostas a nós e que não estão achando que isso faz todo o sentido e que não vão estar mais seguros entregues nas mãos das pessoas do que entregues aos cuidados uns dos outros como família de Deus, se desenvolvendo entre nós valores como honra, respeito, fidelidade, dignidade, cumprimento da palavra empenhada.
É isso que o seu filho tem que receber. Você, seu filho, tem que receber. Você acha que as instituições, que o governo ou qualquer outra coisa, vai cuidar melhor dele do que os amigos? Isso é uma inconformidade. Mas quer que eu te diga uma coisa? E se envolve muito risco. Você não vai ver isso se você não colocar em risco sua própria carne. Só pra cá, a gente não faz isso por interesse. Nunca fiz isso por interesse, nunca pedi dinheiro de ninguém, nunca corrompi ninguém. Nunca fiz por interesse. Fizemos isso porque cremos nisso, porque a
palavra de Deus nos ensinou a viver assim, ser um homem de verdade. Mas eu quero dizer uma coisa: quantas vezes eu fui dormir à noite pensando em desistir, como José, pensando em fugir. Quantas vezes eu tinha mais gente falando pra mim que isso não ia dar certo do que a gente incentivando a viver dessa maneira. O que é uma inconformidade? Tem mais gente querendo se conformar do que a gente que queria transgredir. Tem mais gente querendo viver proteção do que desenvolver segurança. Tomados, quem ensinou os filhos a transgredir? Quem punha na mão dele uma arma
perigosa no passado? Quem dava a primeira faca ao menino? Quem levava ele ao mato para fazer a primeira caça, correndo risco de ser picado em Morumbi, qualquer lá? Quem levava ele pra viver a primeira guerra, o primeiro confronto, o irmão? Quem oferecia aos filhos a primeira experiência de transgressão verdadeira, genuína, autêntica? Quem é que levava o filho a não se conformar? Então, por que nós temos hoje uma juventude de conformidade? O que nós não temos? Homens querendo assumir o risco, expor, correr o risco, transpor limite e além atravessar. Então hoje é um desafio pra gente
atravessar em favor das nossas famílias. Porque se nós não nos juntarmos para fazer isso, nós não podemos esperar que alguém se junte para fazer isso. Não podemos esperar que uma instituição, organização financeira, um sistema político, uma entidade militar, que a polícia desse país tenha mais interesse pela nossa família do que nós temos. Se hoje a polícia não tem pela família o cuidado que tinha que ter. Se hoje o governo não tem pela família o cuidado que tinha que ter. Se hoje a imprensa não respeita a família como deveria respeitar. Se hoje as escolas não respeitam
a família como deviam respeitar. Se hoje as empresas não respeitam o trabalhador e a família como deviam respeitar. Vou dizer por que está assim: porque está assim, porque não existem hoje homens suficientes, dedicados e prontos a assumir riscos pra não se conformar com essa situação e assumir a responsabilidade de encarar essa parada. Entregamos isso, arrendamos disso, estão tentando resolver isso com dinheiro, uma transferência de responsabilidades. E aí não podemos demonizar essas instituições. Citar essa bagunça que está é porque nós, como homens, não estamos assumindo a nossa responsabilidade de não conformidade com essa realidade. Em nome
de Cristo Jesus, pelo sangue do Cordeiro, minha esperança é que tudo aquilo que a gente ouviu aqui hoje, as informações que nós trouxemos aqui e causam no nosso coração uma santa e indignação, que onde uma vez por todas a gente entende que não tá funcionando e que nós não podemos continuar responsabilizando os outros sem antes assumir nossa própria responsabilidade. A meus irmãos, em nome de Cristo Jesus, são 96. Falar que a gente podia ter as 10, mas eu acho que já está assim avançado. Mas eu queria abrir aqui para pelo menos uma ou duas perguntas,
algum comentário, algum testemunho. Você sinta-se à vontade para falar e encher de perguntar alguma coisa a acrescentar, não sei. Mas a gente tem pelo menos uns 15 minutos. Se alguém quiser perguntar, levanta a mão, pode perguntar, eles vão correr com microfones. Boa noite a todos! Pastor, também a sua palavra, né? Eu gostaria sim de expor. O que eu li nem ouvi a opinião do senhor. É o Flávio Gikovate. Você já deve ter lido algum livro dele. Ele fala que, quando a mulher desabrocha, o homem brocha. Então, o que nós temos hoje? Nós temos uma sociedade
de empoderamento feminino muito forte. Quanto mais forte for a mulher dentro da sociedade, não enfraquecerá o homem. E isso faz com que nós percamos, dentro de casa, a primazia do controle da família, porque nós deixamos de ser provedores e protetores da família. Então, eu entendo quando o senhor fala isso, né? Mas por que é difícil hoje sair dessa conformidade? Conformidade porque os homens são fracos. Nós estamos vivendo a geração de homens fracos, que não são exemplos de nada para filhos, para criar família, para nada. A mulher tem que sair para trabalhar para ajudar no sustento,
que o cara não absorva a faculdade, não tenha formatura. Então, essa fraqueza leva à força da mulher, e, elevando a força da mulher, o homem perde a referência. Se não houver isso que está falando, o resgate de uma identidade de um varão forte, que detém o poder de zelar pela família, não vão viver na sociedade que estão vivendo aí. Mas deixa eu te ajudar. Uma coisa é nesse ponto que eu queria saber a opinião do senhor. Deixa eu te ajudar numa coisa: o texto de Provérbios 31 fala da mulher virtuosa. E aquele texto lá, onde
foi uma coisa só de você ler textos, cansa com tanto de coisa que a mulher é capaz de fazer? Aquela mulher é dona de casa, é empresária, ela é produtora de uva, ela é comerciante de tecido. Que a mulher... o cross e woicki lá. E eu fico pensando: quantas horas tinha o dia da mulher? E ainda era honrada pelos filhos e pelo marido. Agora, porque aquela mulher conseguia produzir tanta coisa e citam proativa? Na verdade, a Bíblia diz que a palavra de Deus... a palavra de Deus diz que todos tinham que ser plenos. A mulher
tinha esse plano, e o homem pleno. A plenitude de um não deveria ser inibição do outro. O homem que tem a característica clássica da omissão, porque o primeiro pecado, pecado original, aconteceu a partir de uma violência contra a mulher, que o homem foi passivo. Ele agiu em conformidade. O apoiador estava ali, tendo uma cantada na cara dele, estava do lado, capeta cantando, mulher dilair calado. Depois, a mulher ainda recebeu cantada, levou a cantada pra ele e não aceitou a cantada, entrou junto. Então, não podemos dizer que a proatividade da mulher é a causa da nossa
omissão. A nossa omissão é que causa uma corrupção da capacidade produtiva da mulher. Ela é produtiva. Agora, porque a mulher virtuosa era tão produtiva? Não executiva. Ela realizava na área comercial. Quem comprava e vendia terra? Então, que a mulher tinha uma agência imobiliária, ela tinha uma loja de tecido e ela tinha uma venda de uva, a produtora de vinho e de casa. Porque ela conseguia fazer aquilo só porque seu marido estava reunido na porta da cidade com os amigos, dizendo para onde a cidade tem que ir. Então, se havia muita execução na vida da mulher,
havia uma orientação segura, o pai ou o marido. Então, na verdade, hoje a mulher não está competindo com a gente na área de execução. Ela está executando 100, com falta de orientação e ainda acham que o papel do homem é controlar. Não! O papel do homem é orientar, porque quem controla está trabalhando no âmbito da conformidade. Quem orienta está trabalhando na transgressão. Então, como nós deixamos de ser transgressores para orientar o fluxo? Não estão tentando controlar e produzir uma conformidade. Aí, na medida em que nós estamos tentando produzir uma conformidade, retendo a mulher, toda vez
que ela expande, ela compromete a nossa conformidade. Mas se a gente já vinha trabalhando, de fato, como um transgressor positivo, toda protegida da mulher estaria no futuro da nossa orientação. Então, como nós deixamos de transgredir? Aquilo que ela produz compete, não concorre. Sendo que a mulher produzir deveria concorrer, não competir. Mas não deixamos de ter o deslocamento. Nós deixamos de transgredir. Agora, dentro dessa conformidade, é pouco espaço para muita gente. E aí, nesse particular, como ela produz, muitas vezes mais do que nós, sem trégua, com a mulher um miligrama de espera, ela te entrega três,
que ele meio de gente. Então, onde está a produtividade? Nunca vão conseguir competir com isso. Aí, paramos de assumir a responsabilidade e esperam essa mulher, quando se continua produzindo filhos bastardos. Então, o problema não é que a mulher produz muitos filhos. O problema é que ela está produzindo filhos sem pai. Então, está faltando controle, está faltando orientação. Isso é só pra te ajudar. Está faltando direção. Pronto. Então, esse é o desafio. Então, não estão desafiando os homens aqui a orientarem melhor suas famílias em lugar de serem elementos de conformidade. Sua família está precisando do seu
controle, visando a sua orientação. Sua família não está precisando da sua proteção, visando a sua direção. Sua família não está sendo das suas garantias para que ela aprenda a confiar em você. E sua família está precisando das suas convicções. Não deixa como herança dos seus filhos seu patrimônio. Deixa como herança dos seus filhos suas convicções. Seu patrimônio não vai garanti-los. Suas convicções vão orientá-los também. Mas alguma pergunta aí a gente concluir? Só mais uma? Pode falar. Traz paz. Boa noite! Quero perguntar, intencionalmente, Paulo, como que nós podemos então ser transgressores contra a omissão masculina? Primeiro,
reúna amigos. Vamos parar de formar quadrilha. Reformar quadrilha para tomar vinho, quadrilha para jogar futebol, quadrilha para frequentar culto, quadrilha pra torcer pra time. Vamos formar amigos, juntar três ou quatro amigos e falar assim: como é que nós podemos transformar? Essa cidade, que é a área dessa cidade, nós vamos adotar e vamos trazer Luís Pedro. Coloca lá suas famílias juntas, compartilha seus desafios uns com os outros. Sem filhos têm problema com cílios, então para de ficar tentando enfrentar os problemas dos seus filhos, arrendando profissionais, arrendando escola, transferindo para outras pessoas. Têm problema com seu filho?
Junta três ou quatro amigos, vai melhorar, vão buscar a direção de Deus pra isso. Escuta, só têm problemas comuns aqui. Como é que eu vou enfrentar isso? Não encare essa parada! Faça sua família saber que você não se conformou. Faça sua família saber que está disposto a sacrifícios e mexeu na sua agenda. Pelo amor de Deus! Aí, os caras vão lá no meu escritório entregar as moedas da pátria. Bem, aqui estou dando uma ajuda, com a minha mulher. Foi o que eu posso fazer: eu e você, ajudando a sua mulher, do personagem da minha. Então
tá bom, eu te ajudo, sim, ajudar sua mulher na minha vida, uma força, de uma força. Você quer que eu faça o quê? Eu converso com ela, a greve está comigo. Até então, você conversa com ela, então eu converso com o tema segurança com ela. Você começa comigo, mas com a minha tá tudo certo. Vai com certeza: sou moleque para começar, ela gosta de mim. Tá lascado, e eu tenho lado. O pastor cria o seu aniversário do meu filho e eu fiz, ele nem percebe que esse ano é comigo, é a minha mão. Você acha
que ele gosta mais? Começar comigo? O que ia acontecer? Vamos fazer diferente: você conversa comigo, eu converso com eles e eu sei como é que seu filho. Colocaram na minha renda negativa, mas que a gente possa fazer lá um curativo de uma emergência, nem mesmo o curativo de energia de bola. O cara pra casa, glória a Deus! Manda agora, se eu não quiser, se não quisesse, entrega o pacote ainda. Vão cuidar da mulher, dos filhos, de tudo! Eu sei da linha e não vão tratar a viúva e os órgãos. É conversa de amigo. Então, querer
encarar de forma positiva, o seguinte: você tem gente que sabe que tem um amigo batendo na mulher. Não foi uma coisa prática. Falando em prática agora, aqui pra gente encerrar a noite: contra em prática, tem gente que sabe que tem amigo dele que está batendo na mulher e na filha, dinheiro com cara, tomando skin, jogando bola, em pescar. Tem como essa? Não é bom o homem que bate. Respeito só duas coisas nessa vida: espírito santo e polícia. E se não está respeitando o Espírito Santo, é polícia! Bater em mulher além de pecado, é crime. Pecado
a gente perdoa e crime a gente leva marmita na cadeia. Então, o cara bateu na mulher aqui, gente: perdoa e entrega à polícia. E a gente entrega à polícia sem ressentimentos que perdoou, mas é pior. É denúncia. A mulher chegou lá, a CPI, o dia cabeça, frequentes, e perdeu a cabeça e vai perder outras coisas. Agora, porque nós vamos orientar sua mulher a fazer uma denúncia. Não foi a primeira, foi a última. Separação de corpos, agressão física é uma coisa que todo mundo pode saber como é que começou, mas ninguém sabe como é que termina.
Foi só um empurrão. Conversa toda confusão de marido e mulher, agressão física com teto, nos lugares mais perigosos da casa, geralmente banheiro, sala ou cozinha. É o marido que chega, bebe da confusão, já começa na sala, na cozinha, no banheiro. Então, o que é um empurrão no banheiro, que empurra na sala, que empurram na cozinha? E tem mulher que não quer denunciar. Futebol. Você não quer denunciar, começa a confusão na sua cozinha, se aplicando um tomate. Aí vai te dar um empurrão. Se tá com a faca pequena no tomate, você vai julgar o tomate nele.
Vai defender a paga e a desgraça que acontece. Você fala que é o agressor. Se o agressor toma uma faca de morrer, o problema de ter resolvido, que agora vai ter que tratar direto com Deus. A desgraça é a parte que era inocente, agora ficar com o delito da culpa de ter matado o agressor é a desgraça. Se o marido agressor matou, não é crente, o problema não é resolvido. Ela crê, dinheiro vai para o céu, descansou mais cedo, e os missionários tomam conta de quem ficou. Agora, o duro é quando ela devolve a agressão
e assume um delito involuntário. E aí não tem conversa! Não quer ser prático? Começa, tem gente aqui sabendo que tem amiga apanhando e tem amigo batendo. Se é que não tem gente aqui batendo mãos e prático? Saiba aqui como quem não entendeu. E amanhã cedinho, dá um arrocho, cara dela, ouvindo aquela palavra de ontem à noite. Vamos começar a mudar a cidade! Juntar dois amigos. Entraram no escritório, o cara falou: "Foi a última! Não vamos negociar com vocês!" E se essa mulher, você torce pelo. Esbarrando a maçaneta, porque a próxima vez que a gente... Ela
roxa, nossa irmã. Próxima vez que essa mulher parecer roxa, que com qualquer roxa, é nossa irmã. Se perguntar quem foi entregar. Não estão entendendo isso? No ano, quem vai defender a cidade? Mãos! Quem vai defender a cidade? Quem vai defender a família? Quem vai defender a mulher da cidade, as jovens? Os jovens! Quem vai defender um jovem dessa cidade? Que conversa? Amém! E às vezes, se achou que eu estava nervoso, não acha que... Tenha certeza: todo mundo que tá nervoso, que isso? Não estou com raiva, não estou com raiva! Não tenho raiva de quem agrediu,
mas não tenho que tratar isso com a devida energia. Já nervoso em relação ao que está acontecendo com as famílias. Nós não temos que lamentar, não! Lamente o que está acontecendo com as nossas famílias. Não se vitimize, não pense que a responsabilidade de alguém é nossa. Fica nervoso com isso, fica indignado com mais uns três ou quatro amigos nervosos, e vamos encarar essa parada. A meu irmão, que o amor de Deus, o Pai; a graça do Filho; a comunhão, a ousadia do Espírito Santo seja sobre todos nós. E um Deus que nos abençoou para transgredir
nos conceda a ousadia, disposição de não retroceder. Deus não tem prazer naqueles que trouxerem, também em nome de Cristo Jesus, a bênção de Deus. [Música] [Aplausos]