Neurociência e educação

numa sala de aula é muito estranho que só o professor fale devia ser justamente o contrário quem quem precisa aprender é quem mais devia tá funcionando pela internet pela televisão pelo celular você tem acesso a muito conhecimento às vezes há mais conhecimento do que a escola de profecia e até conhecimentos que são mais úteis para o seu dia a dia existem conhecimento sobre o comportamento humano que podem sim fazer algumas modificações nessas outras áreas que são mais voltadas para humanas na medida em que a gente entende o funcionamento cerebral a gente compreende melhor algumas teorias

da educação estou te explicando algumas coisas sobre neurociência se você não ficar pensando nisso ler de novo com v contar para alguém é isso não vai ficar no seu cérebro se você não está interessado em se tornar um profissional melhor e você se tornaria melhor se você tivesse aquele conhecimento aquela experiência que uma escola uma universidade gostaria de ver é que tá te provendo tátil oferecendo você tem que repensar qual é a sua opção a criança ou adolescente que está na educação básica ele não está necessariamente porque foi a opção de vida dele que esteve

na ufpb foi a professora leonor bezerra guerra uma das referências nacionais no estudo da neurociência aplicada à educação a pesquisadora veio a viçosa para um evento promovido pela pró reitoria de ensino e pelo grupo de pesquisa em neurociência e educação muito simpática ela concedeu entrevista antes da palestra que ministrou a minha motivação é trazer para o professor uma outra perspectiva do processo de aprendizagem ou seja trazer uma perspectiva que ele possa agregar as perspectivas as visões de aprendizagem que ele já tem e é a visão de como é que é o processo de aprendizagem do

ponto de vista neurológico como é que o sistema nervoso é funciona durante o processo de aprendizagem então esclarecer para o professor o que acontece quando ele está usando uma determinada estratégia pedagógica em sala de aula é quais são o qual é o impacto ea influência que isso causa nos neurónios no grupo de neurônios na rede neural que constitui o nosso cérebro é porque que por exemplo é uma pessoa não consegue prestar atenção em duas coisas ao mesmo tempo ele entender do ponto de vista biológico porque que um celular no bolso de um de um aluno

pode perturbar a compreensão que o aluno tem daquela sala de aula daquilo que está sendo apresentado durante a aula entender porque que punir o aluno não é bom para o processo de aprendizagem que é importante que o aluno perceba que o esforço que ele está desempenhando na escola tá dando algum resultado o professor entender porque exercício é recuperação revocação de conteúdos fahel é imprescindível para o processo de aprendizagem então assim de forma muito genérica né mostrar as bases biológicas do processo de aprendizagem eu tive uma experiência logo a primeira vez que o congo que eu

tive a oportunidade de fazer isso de ouvir uma professora que já tinha um bom tempo de atividade na escola pública dizer assim pra mim porque eu aprendi isso quando eu comecei né ela esteve um impacto muito grande na nas decisões profissionais porque eu eu percebi que aquilo podia ter uma contribuição social muito maior do que as pesquisas que já realizava é no laboratório eu percebi que podia mudar a forma do professor pensar o processo de aprendizagem e isso ter um impacto na no cotidiano de trabalho dele olhar o aluno de forma diferente dele pensar estratégias

pedagógicas que pudessem ser mais eficientes e até refletir porque que é que determinadas estratégias pedagógicas não estariam funcionando mesmo que ele continuar seus anos que é que a gente poderia pensar então pra fazer com que o estudante se torne um estudante e não sou estudante de vez para o confronto é o seguinte o nosso cérebro ele se desenvolveu durante a evolução com essa propriedade com essa capacidade de aprender coisas diferentes assim aprender novos comportamentos porque que é que nós temos essa essa capacidade porque adquirir novos comportamentos melhora a nossa chance de adaptação a um determinado

contexto e a da gente se adaptando melhor eu consigo sobreviver então na verdade a gente aprende coisas para poder ter chances de sobrevivência para viver melhor para resolver os problemas que aparecerem então a lógica da aprendizagem tem que ter isso como meta o aluno ele vai ficar motivado na medida em que o professor conseguir dar significado pra aquilo que ele está compartilhando com o aluno pra aquilo que ele está querendo ensinar o aluno a hora que o aluno compreender é perceber que o que está sendo apresentado tem relação com a vida dele tem um sentido

para ele o aluno passa a ser motivado ele e vai aderir ao processo de aprendizagem isso não é assim muito simples a gente acha que é muito simples mas o professor rede ele já passou por isso houve um momento em que a escola era o único lugar onde obtinha conhecimentos a não ser que você tivesse uma enciclopédia dentro de casa né que você teria que ler hoje em dia não pela internet pela televisão pelo celular você tem acesso a muito conhecimento às vezes há mais conhecimento do que a escola de profecia e até conhecimentos que

são mais úteis para o seu dia a dia e aí se o cérebro funciona com a intenção de nos ajudar a resolver nossos problemas né de adaptar a gente melhor ao ambiente é claro que esse aluno vai ficar mais motivado para os assuntos né pros outros conteúdos que são relacionados à a vida dele e nem sempre o professor consegue fazer isso é um desafio grande para o professor é eu não estou dizendo que o professor tem que ensinar aquilo que o aluno quer o professor tem que descobrir uma forma de o adn do aluno é

compreender e dar significado pra aquilo que ele está apresentado isso o jingle modo serve até como confirmação neurobiológico não sei é de trabalhos como paulo freire no exato ou seja 11 uma uma contribuição que a neurociência tem trazido eu quero deixar muito claro que a neurociência não traz uma educação nova um novo jeito de aprender não é nada disso nosso cérebro aprende da mesma forma que aprendia é há anos e anos passados mas é na medida em que a gente entende o funcionamento cerebral a gente compreende melhor algumas teorias da educação né e então que

a gvi gotti que paulo freire vallon eles têm eles têm conceitos nerd discutem aspectos da educação que boa parte deles tem respaldo da neurociência outros eles podem ser até criticados e e podem ser relator ados com base nos conhecimentos que a gente tem da psicologia cognitiva de como o cérebro funciona isso acontece em toda teoria dá nenhuma teoria 100% exata né então a quando por exemplo um aluno de pedagogia se ele tivesse oportunidade de entender um as bases do funcionamento cerebral e ler também esses teóricos ele vai começar a fazer uma um diálogo entre os

teóricos da educação e as bases neuropsicológica sou neurobiológicos da aprendizagem eu acho que isso tem proveito grande então quando paulo freire falando né discutir a questão da aprendizagem significativa aquilo dar sentido é claro isso é muito importante não é só isso que é importante não existe também é a gente tem que pensar que tem alguns conteúdos que são muito assim complexos por uma uma aprendizagem sem nenhuma ajuda por exemplo quando a gente fala do construtivismo que é assim né uma metodologia mais exploratória do do aluno e percebendo o ambiente e construindo o seu conhecimento é

eu tenho que ficar atenta que tem alguns conteúdos que eles precisam de uma ajuda mais formal para eles serem aprendidos então precisa haver uma mediação com respeito à questão da neurociência que vem se desenvolvendo na senhora como pesquisador na área há a agente percebe o que exige muito confronto entre questões filosóficas filosofia da mente como é que tá tá é que fica esse confronto é da filosofia com a qual neurociência é o seguinte eu acho que nós estamos numa época que as as várias áreas do conhecimento elas têm que começar a dialogar entre elas é

nós não podemos cair no erro o de achar que a a neurociência ela vai desbancar por exemplo teorias da filosofia da educação do direito da economia mas na medida em que essas áreas é estudam ou aborda um comportamento humano existem conhecimento sobre o comportamento humano que podem sim fazer algumas modificações nessas outras áreas que são mais voltadas para humanas mas que na verdade quando você estuda alguma ano você está usando você está estudando o comportamento é tão por exemplo atualmente existe uma área da neurociência que estuda é duas coisas a ética em neurociência que é

um assunto ea neurociência da ética ou seja é o que faz um sujeito ser ético né existem indivíduos que são ótimos se comportam adequadamente tem seus princípios éticos etc mas sofre um traumatismo craniano e passou a se comportar de forma inadequada né sem mais é seguir os princípios éticos que ele seguia o que aconteceu ou seja existem áreas cerebrais que são responsáveis por pelo pelo julgamento moral que elas levam em consideração o valor das coisas que elas são capazes de tomar decisões ou seja aquelas é de vitória que elas sejam capazes de tomar decisões mas

que elas influenciam as decisões que a gente toma elas estão envolvidas na tomada de decisão então a gente sabe que existem características do funcionamento cerebral que vão acabar tendo implicação é no que a gente chama de ética em como é que a gente considera a ética a outra questão por exemplo é do direito assim a gente sabe que existem pessoas que têm transtornos mentais mesmo e que eles esses transtornos mentais e impedem que a pessoa tenha uma reflexão é exata sobre a dimensão do do ato não é criminoso que ela praticou então o indivíduo não

consegue refletir sobre aquilo eu vou considerar esse indivíduo criminoso não o que eu vou fazer com ele e isso são questões que vão ter que ser colocadas numa mesa de discussão onde todas as áreas de risco tem né conjuntamente então a sua pergunta ela é provocativa mesmo né é complicada de ser respondida mas eu acho que vai haver muito mais contribuições para esclarecimento e talvez novos posicionamentos de uma área de outra época a neurociência num num não veio pra determinar o funcionamento das outras áreas a forma como a gente se comporta está ligada a uma

rede de células nervosas que que se estruturou com base na nossa genética mas que é modificável dentro de determinados limites pela interação com o ambiente saber que essa rede ela tem algumas regras de funcionamento saber que as conexões entre as células nervosas elas podem ser reforçadas o que significa que eu vou ter memória sobre aquelas experiências sobre aqueles conteúdos mas elas também podem ser de seitas desgastados ou seja significa os nossos esquecimentos aquilo que o memorizo aquilo que eu que eu mantenho como comportamento que eu vou levar para minha vida são são josé é uma

memória baseada nos nas entradas que eu tive nos estímulos que eu tive e que permanecem mantendo aquelas redes neurais em funcionamento se eu deixo de ativar aquelas redes eu perco aquele comportamento então boa parte daquele comportamento e outra coisa que é muito importante essa organização que o cérebro tem e que que tem uma contribuição importante das interações ambientais ela não faz julgamentos de valor que eu quero dizer com isso o cérebro se reorganiza com estímulos que sejam bons ou que não sejam bons então eu posso é a ajudar uma pessoa a desenvolver seus comportamentos para

o bem e para o mal então isso faz com que toda toda área do conhecimento que trabalha com interação social ela se beneficia do conhecimento da das bases neurobiológicas do do funcionamento cerebral porque quando eu penso na sociologia antropologia na educação é eu preciso pensar que eu estou trabalhando com um indivíduo que tem uma estrutura orgânica que está por trás aqueles comportamentos os nossos comportamentos não ocorre em outras dimensões até onde a ciência sabe né não ocorre em outras dimensões que não seja essa esse equipamento né neural que a gente tem a grande diferença dos

processadores que a gente usando os computadores é que essa rede ela tem um dinamismo ela ela se modifica cotidianamente para quem está aprendendo hoje em dia tem muitos estímulos diferentes só me falou que nem sempre quer dizer na verdade é muito difícil senão impossível aprender do a prestar atenção em duas coisas ao mesmo tempo que recado é possível dar pra quem é e se não gostaria passasse a gostar de aprender mais e se gostaria não está conseguindo que essa pessoa tem que fazer a primeira regra a pessoa que quer aprender alguma coisa ela precisa é

dedicar energia atenção para aquilo é você comentou que é muito difícil a gente fazer é prestar atenção em duas coisas ao mesmo tempo realmente é você até consegue distribuir sua atenção mas você sempre perde um pouquinho do conteúdo se você está falando ao celular dirigindo você fala ao celular e aí você dirigir falando ao celular e ele dirigia então entre uma alternância a alternância de tarefa né entre uma e outra tarefa e isso você acaba perdendo parte das informações tanto que você perde algumas alguns detalhes do trânsito em alguns detalhes da conversa então isso faz

com que o seu cérebro processo de forma pior né ou não tão eficiente cada um desses estímulos que você está tendo simultaneamente então se você está assistindo uma aula e e você está com seu celular vibrando essa distração compromete as informações que você está recebendo então é uma regra você prestar atenção a fala de uma pessoa uma e você tem que fazer uma opção é uma escolha a outra questão é que não existe a aprendizagem se você não tem revocação da experiência que você teve ou seja eu tô te explicando algumas coisas sobre neurociência se

você não ficar pensando nisso ler de novo com v contar para alguém é isso não vai ficar no seu cérebro não vai ser transformado em memória então é é preciso entender que você vai ter gasto de energia de tempo de dedicação à tarefa de aprender então se você não está interessado em se tornar um profissional melhor e você se tornaria melhor se você tivesse aquele conhecimento aquela experiência que uma escola uma universidade gostaria de dizer que tá te provendo tátil oferecendo você tem que repensar qual é a sua opção é claro que existe uma diferença

do aprendiz que está na educação básica e do aprendiz que está no ensino superior no ensino superior espera se que aquele indivíduo esteja ali porque ele tem interesse em se tornar uma pessoa melhor mais habilitada com mais competências para determinadas tarefas ele ele o estudante universitário ele precisa se orgulhar de ser melhor do que ele era anteriormente ele precisa ter isso como meta e não ter como meta passar na disciplina ou se formar ele precisa ao se formar dizer eu sou muito melhor sei muito mais eu sou muito mais competente e consigo resolver muito mais

problemas do que eu consegui anteriormente na minha opinião nem todas as pessoas têm necessariamente esse objetivo eles podem ter outros objetivos na vida isso é demanda uma reflexão de opções que você quer fazer agora a questão da educação básica é uma responsabilidade das pessoas que que dos pais do governo etc é de dar condições aquela população de ter habilidades suficientes para que eles possam ser se transformar num cidadão por exemplo é que possa exercer seus direitos cumprir seus deveres é ter uma boa interação social esse é uma cultura que tem escrita que aquele indivíduo possa

aprender a ler e escrever porque isso traz vantagens de adaptação e sobrevivência então a criança ou o adolescente que está na educação básica ele não está necessariamente porque foi opção de vida dele é um pouco diferente e aí precisa ter um envolvimento importante da família um estímulo da comunidade da sociedade em valorizar é o esforço que esses alunos empregam na escola é no cotidiano dizendo ou seja por exemplo um pai junto de uma criança que está sendo alfabetizada todo dia ele tem que quando a criança voltar da escola perguntassem o que se aprendeu ali vão

pegar um livro pra ver olha que bacana agora se está conseguindo ler o cardápio do restaurante você já sabe que tem aqui então fazer com que esse aprendiz ele entenda que o fato de estar aprendendo coisas novas está tornando uma pessoa de maior valor com o melhor é inclusão na sociedade na sua comunidade isso é muito importante do que muitas vezes aprendizagem baseada em projetos em algo que o aluno exerça nem que é outra questão se é muito importante os professores ensinam muitas coisas mas o cérebro que aprendi é um cérebro que têm que está

funcionando então numa sala de aula é muito estranho que só o professor ali devia ser justamente o contrário quem quem precisa aprender é quem mais devia tá funcionando numa sala de aula o professor deveria ser só um mediador um orientador hutchinson de livro para quem gosta desse assunto os filmes são de alguma literatura primeira sugestão que eu vou fazer do de um livro que foi publicado em 2011 ou seja já tem 15 anos de publicação que foi escrito pp por mim e pelo professor ramon com cinza que chama neurociência educação como o cérebro aprende da

artmed que apesar de ter sido publicado em 2011 ele contém as bases neurobiológicas da aprendizagem escrito numa linguagem muito acessível para o público em geral ela é a escrita deste livro foi assim baseada na experiência que nós tivemos com os professores então à medida que a gente ia conversando com os professores não estamos vendo como é que era melhor linguagem a ser usada para pra explicar apresentar esse assunto para os professores existe um outro livro também da artmed que chama porque os alunos não gostam da escola que é de um autor estrangeiro do daniel william

e que eu também recomendo tem uma linguagem muito fácil pra para o público em geral mas ele me traz muitas questões das estratégias pedagógicas então não é um livro que interessa para qualquer pessoa a eu acho que professores né alunos de pedagogia e iriam gostar muito tem uma outra publicação é uma revista chamada neuroeducação da editora segmento que ela tem cerca de 4 números por ano e ela aborda vários assuntos da área é pedagógica da escola fazendo assim assim com a neurociência