O que a PSICANÁLISE tem a ver com a felicidade

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Guilherme Facci
Nesse Talk vamos falar sobre como podemos aproveitar o nosso encontro contingente com a “felicidade”...
Video Transcript:
bom para quem não me conhece eu sou o Guilherme F eu sou psicanalista eh também tem um podcast sobre psicanálise sobre temas psicanalíticos que se chama a loucura Nossa de cada dia não sei quem conhece aqui aonde eu transmito a psicanálise eu tento transmitir de uma maneira que seja inteligível para todo mundo nem sempre é possível eh assim como na palestra eu tento falar de uma maneira fácil mas tem temas e tem pontos psicanalíticos que são muito difíceis mesmo e às vezes a gente tem que sambar um pouquinho pesquisar depois né fica aqui o desejo
de saber mais né sobre o assunto eu vou falar hoje sobre o que a psicanálise tem a ver com a felicidade e não é uma pergunta é uma afirmação né O que a psicanálise tem a ver com a felicidade não é um ponto de interrogação né os psicanalistas adoram desvincular felicidade do tema psicanalítico da psicanálise como se fosse como se as duas coisas uma não D não andasse mais ou menos junta com a outra como se alguém que vai procurar uma análise não quisesse ter uma vida mais feliz claro que quer né Freud era um
pouco pessimista nesse assunto no tempo que ele viveu né com a família sendo perseguida tendo que se mudar para Londres fugir para Londres fugir dos nazas uma parte da família morrendo primeira guerra mundial ou seja existia um contexto e uma tese dele doestar na civilização onde el era um Pou pessimista né eu vou falar por aqui mas isso não quer dizer que a psicanálise não tem a ver com a felicidade né e o que que isso tem a ver com o livro do aland Bottom que é um filósofo suíço né Ele é nascido na Suíça
Mas ele mora em Londres e ele faz o livro clássico que se chama arquitetura da felicidade eu gosto muito Acompanho a a o aland debot Eu consumo muito o que ele diz desde 19905 pelo menos ele é alguém que se analisou é alguém com que faz transferência com a psicanálise e que traz sempre nas obras dele uma ligação com a psicanálise então ele não é só um filósofo ele traz a filosofia e faz essa conexão com a psicanálise com a própria experiência de análise dele muitas vezes o que eu acho muito interessante e o que
ele faz nesse livro né a partir de certo momento então que que eu proponho aqui primeiro eu vou começar falando eu preciso localizar pra gente poder fazer a conexão o que que é a felicidade o que que é o desejo o que que o desejo representa para psicanálise que que é felicidade para psicanálise não é não tem nada a ver com o discurso que é vendido hoje do que é felicidade Então esse é o primeiro problema pra gente poder depois falar do livro eu vou citar algum alguns pequenos trechos do livro A gente vai fazer
essa conexão e depois eu termino com um outro autor que eu acho muito interessante que conversa com com a obra do aland botton também vou começar localizando o que que é a felicidade para psicanálise o que pode ser felicidade paraa psicanálise tá primeira má notícia eh e vão ter três más notícias tá E falar com psicanalista também tem um pouco disso né nunca traz uma boa olha Vamos começar com uma boa notícia né não tem três pelo menos três más notícias antes da gente poder começar a elaborar um pouco mais o que que pode ser
um momento interessante feliz primeiro problema gente é que o pra psicanálise o objeto que satisfaz completamente o nosso desejo não existe o objeto não existe né então a gente tem dois problemas aí primeiro a maneira com que a felicidade nos é vendida hoje né como se fosse um produto que a gente pudesse ter né então eu vou numa palestra é como se fosse então eu vou numa palestra do Guilherme vou sair feliz vou ler um livro que vai me deixar feliz vou comprar algo um automóvel uma casa Seja lá o que for né Isso não
vai nos completar né então o discurso vigente que de uma certa maneira comercializa a felicidade né Olha você vai Compra isso que você vai ser feliz não se sustenta não dentro do discurso psicanalítico essa é a primeira notícia né não existe um objeto que nos satisfaça completamente paraa psicanálise a felicidade ela tá no âmbito da contingência pode acontecer ou não e quando acontece é um encontro um encontro fortuito vamos dizer assim isso que a isso que é dentro da perspectiva psicanalítica o que pode acontecer a psicanálise está relacionada a uma contingência toda vez que a
gente busca driblar a contingência de alguma maneira e o neurótico nós neuróticos tentamos fazer isso o tempo todo né que é fazer uma equação aonde a gente não perca nada temos um problema porque não vai se sustentar vai ter um furo aí e a segunda má notícia é que mesmo sabendo de alguma maneira a gente se dá conta que ele não vai existir a gente vai querer esse objeto mesmo assim a gente vai buscar esse objeto né como que eu vou dar um exemplo bom a Ju acabou de comprar o iPhone 15 né Por exemplo
não vai satisfazer ela sabe que não vai ficar mais feliz com o iPhone 15 o discurso capitalista entendeu isso né já tem o iPhone 16 eles estão planejando 17 então quando a gente compra um objeto ele já nasce eh ultrapassado de alguma maneira né querer o objeto não tem nada de errado com isso gente o problema é quando esse esse querer está no imperativo né quando a nossa busca pelo objeto do desejo ou um objeto que nos deixaria feliz está no imperativo Isso quer dizer ter que eu tenho que eu tenho que comprar eu tenho
que consumir ou eu tenho que eh quando você tá viciado num jogo né você percebe quando o objeto começa a tomar uma proporção na nossa vida que a gente fica de alguma maneira refém aí a gente tem um problema né então buscar algo não quer dizer que esteja errado Aliás o movimento do desejo é esse a gente busca algo para não encontrar Olha que interessante a visão psicanalítica eu cito aqui um um trechinho meu né ser feliz é consentir a um encontro que não é mas que loucura é essa Guilherme como é que é um
encontro que não é né tô falando do ponto de vista psicanalítico a gente já vai chegar no livro e vai entender como é que funciona é isso daqui ó tá vendo o objeto aqui tem um objeto a gente faz qual é o grande barato PR psicanálise é a gente fazer o contorno do objeto né Tem um objeto A aqui isso é um movimento de Esse é o esquema de pulsão freudiano tá lacaniano vai vamos dizer assim a gente tenta querer pegar o objeto toda vez que a gente acha que a gente vai apreendê-lo isso é
impossível né então por isso que às vezes você tem um consumo compulsivo de alguma coisa e aquilo em vez de solucionar a tua angústia te deixa mais angustiado ainda você acha que você vai encontrar mas o grande barato tá em fazer o contorno desse objeto esse movimento pulsional de contorno é é o grande já pode ser interessante ele é parcial ele não é total hum onde o objeto parece que existe e aí a gente tem um problemaço o objeto existe se você for extremamente religioso se você for alcatra se você for viciado em heroína tô
dando vários exemplos se você for viciado em jogo se você acredita na alma gêmea o objeto aí o objeto existe não que ele vai se sustentar mas ele existe ele existe como o objeto Deus ou uma substância objeto garrafa ou como uma pessoa que ocupa a posição de um objeto que nos completaria totalmente romântico o romântico o o viciado em jogo e o crente dentro do ponto de vista psicanalítico estão na mesma posição Qual é a posição existe um objeto que me completa absolutamente e eu não preciso de mais nada pode funcionar pode funcionar principalmente
no caso das religiões o Lacan tem um texto que se chama ã a psicanálise o triunfo das religiões ele escreveu isso em 1955 por aí né então ele já tava percebendo que o triunfo da religião seria o fim da psicanálise porque se você tem o objeto você não vai se perguntar sobre algo que tá faltando né e para que a gente possa começar uma análise de alguma maneira a gente tem que se dar conta que algo falta e a gente vai num processo de análise se perguntar qual é o objeto que causa o nosso desejo
não é o OB ó objeto causa do desejo não é o objeto que complementa o nosso desejo absolutamente são duas coisas diferentes o objeto causa é aquilo que é aquilo pelo qual a gente faz o contorno Tá então pro religioso extremo religioso o objeto existiria esse objeto é Deus eu não preciso de mais nada terceira notícia aí eu já não acho que é uma not né Acho que pode ser uma coisa mais interessante Qual é a definição uma das definições que Freud dá da Felicidade né ó o que ele diz abre aspas a felicidade é
um problema individual aqui nenhum conselho é válido Cada um deve procurar por si tornar-se feliz deu para escutar gente Cada um deve procurar por si tornar-se feliz ele coloca na voz ativa né não é que algo vai me deixar feliz eu tenho a responsabilidade de me tornar feliz essa é uma boa e uma má notícia né porque por que uma má porque de alguma maneira a gente tem Seria muito bom né se tivesse um guia se tivesse algo que uma pílula um uma bula de remédio um livro qualquer coisa que nos conduzisse à felicidade a
ao mesmo tempo é mais Libertador a gente poder fazer a nossa própria criação a nossa própria invenção e colocar isso no mundo de maneira singular Então passa por responsabilização do nosso próprio desejo mas isso rende uma certa Liberdade né como que a gente vai colocar o nosso desejo no jogo da vida né no na na realidade do mundo então a subjetividade humana paraa psicanálise a o jeito desejante é como se fosse constituído de uma cebola cascas já descascou uma cebola você vai tirando camada por camada E no meio não tem nada não existe uma substância
eh algo que nos defina né dessa maneira não tem um miolo né são camadas subjetivas que a gente vai construindo ao longo da vida mas para falar que a psicanálise vai por um caminho que não existe substância absoluta Tá e agora a gente avança um pouquinho para trazer uma o começo de uma da parte do da da arquitetura da Felicidade onde o aland de botton faz uma conexão muito interessante sobre as nossas preferências né então ele começa fazendo no livro em alguma Em algum momento por que que algo nos afeta a ética de algo nos
afeta seja na arquitetura seja num desenho numa obra de arte no desenho de um de um móvel por que que a gente é afetado por isso e não e afetado positivamente ou negativamente por um estilo arquitetônico por exemplo e não por outro e como isso nos afeta é muito interessante que o mecanismo eh de como a gente é afetado ou escolhe comprar uma casa por que eu entrei na minha casa cheguei L olhei e falei é aqui que eu quero morari entrou teve mais ou menos a mesma impressão e falou é aqui a gente fez
a proposta da compra da casa no elevador descendo é algo que você olha e aí o al deo interessante com o mecanismo da Paixão primeira do amor à primeira vista da paixão à primeira vista né eu vou abrir uma aspas aqui do treo que eu recortei abre aspas podemos chamar algo de Belo sempre quando detectamos que o objeto em si contém de uma for contém de uma forma concentrada aquelas qualidades que nós como indivíduos ou sociedade nos falta Olha que interessante a gente coloca no objeto a gente projeta naquilo ou projeta no outro assim é
o mecanismo da paixão à primeira vista eu projeto no outro aquilo que eu acho que o outro tem e que eu não tenho Olha que interessante o mecanismo e o outro não tem nada a ver com isso olha a encrenca o outro é só uma tela em branco que a gente tá usando para projetar não é que o outro não tem nada a ver com isso outro tem alguma coisa a ver com isso porque tem alguns traços no outro né que eu considero como ele tá dizendo aqui tem alguns traços no outro ou ou na
outra pessoa ou em algo que eu tô escolhendo que eu tô elegendo como Belo né contém uma forma concentrada das qualidades que a gente supõe que falta então o mecanismo de apaixonamento é super interessante porque a gente no outro o outro não tem muito a ver com isso e a gente quer ser amado pelo nosso próprio ideal projetado no a gente projeta o nosso ideal no outro e e quer ser amado pelo nosso próprio ideal é uma coisa muito interessante né E que o aland de boton aproxima isso ele tem essa sacada né acho que
é muito interessante de como a gente elege algo Belo Por que que é belo né então assim avançando um pouco eu vou abrir outra um trecho pequeno aqui a noção de que as construções se expressam nos ajuda a colocar no centro da discussão sobre arquitetura e felicidade esse parêntese é meu arquitetura ele fala arquitetura eu coloquei arquitetura e felicidade os valores pelos quais a gente deseja viver e não apenas como a gente quer que uma construção Pareça que ele tá dizendo aqui que a própria expressão da arquitetura traz o desejo do arquiteto né de como
ele quer que aquela obra se expresse que aquela construção que aquele prédio que aquele desenho de alguma maneira expresse aquilo expressa valores que para ele ele considera importantes ou valores pelos quais Ele acha que vale a pena viver né arquitetura interessante aquela que transmitiria ou que expressaria isso aí vem um cara que se chama ST que o que o aland de Bon cita aqui um carinha que se chama stand que ele faz a seguinte afirmação a beleza é a promessa de felicidade o é um dos primeiros que coloca começa a colocar o termo palavra felicidade
em jogo no no no na história da estética da arquitetura ele começa colocar o termo felicidade em jogo Isso muda muita coisa o stendal ele começa a estabelecer a diferença entre o nosso amor ao Belo e da preocupação acadêmica com a estética Olha que interessante o nosso amor ao Belo da preocupação acadêmica com a estética o stend foi quem melhor resumiu a ligação entre valores estéticos e os valores individuais ele liga e separa isso ao mesmo tempo né ele fala olha pode ser duas coisas diferentes porque eu tô introduzindo o termo felicidade então não necessariamente
O que é valorizado como uma preocupação acadêmica vai coincidir com aquilo que me faz feliz então o stendel ele se aproxima muito do que é felicidade pra psicanálise Olha a frase do stend aqui existem tantos estilos de Beleza quanto visões do que é felicidade existem tantos estilos de Beleza quanto visões do que é felicidade né lembra o Freud falando que é um problema individual o lac vai falar isso de outra maneira Hum o que que a gente elege como Belo então de alguma maneira o Alan de botto vai propondo a partir da metade do livro
Claro que ele expressa a opinião dele do que ele acha mais bonito mais legal dentro da arquitetura dentro do Design mas em algum momento ele fala é e a partir de stendal mas essa discussão começa a ficar a gente vai para uma outra direção porque não dá para dizer o que academicamente ou se existe um estilo arquitetônico dominantemente que é mais bonito mais legal e melhor do que os outros essa discussão fica impossível né ele começa a dizer não dá pra gente eh colocar Lecor bousier contra o Andrea paladio e ter que eleger eh um
né quer dizer Le Corbusier é mais importante para alguns para alguns arquitetos sim né Eh para outros não né tem o o paladin paladin ismo paladi anismo por exemplo não tem nada a ver com o Lecor buer e e esses valores estéticos podem tá ou não pra gente né como como a gente é afetado por aquilo não vai ser da mesma maneira né Por exemplo E aí vai falar bom mas tudo bem dentro da época dentro da sua época dentro da sua cultura a uma das primeiras Encomendas do pro Le Corbusier a madame savoi né
que acho que a vila savoi hoje ela queria ela queria processar ele criminalmente tá tá no livro aqui né ela falou olha essa casa é inabitável foi o termo que ela usou inabitável eu não quero eu quero que você me devolva o dinheiro pare o projeto e eu vou te cessar e acabou não rolando um processo criminal mesmo porque teve acho que entrou a Segunda Guerra ou tava próximo disso eu não lembro direito por Tá mas não teve um processo para dizer por exemplo ela e a gente não tá julgando se leec bouzier foi importante
dentro da arquiteto claro que foi para ela não não pegou e ela contratou o cara ela tava dentro da da daquele tempo daquela cultura Então olha que interessante onde a gente vai a gente vai para onde a gente vai indo e aqui eu faço um resumo do que eu li né mas que tem a ver com a arquitetura com a psicanálise a arquitetura tem se aproxima muito da psicanálise aí tem uma frase do alande bolon que eu resumi mais traduzi e resumi mais ou menos assim precisamos da arquitetura para nos lembrar do que é importante
para nós mesmos Olha que interessante precis da arquitetura para nos lembrar do que é importante para nós mesmos eu vou abrir uma aspas aqui do que ele tá falando no livro que é um trecho que eu acho muito importante precisamos de um lar no sentido psicológico tanto quanto precisamos de um no sentido físico para compensar uma vulnerabilidade precisamos de um refúgio para fortalecer nosso estado de espírito Porque grande parte do mundo se opõe aos nossos desejos precisamos de nossos quartos para nos alinhar as versões desejáveis de nós mesmos e para manter vivos os lados importantes
de nós Olha que interessante ele coloca no detalhe né não é só a nossa casa é o nosso quarto é um pedaço da nossa casa que a gente precisa para lembrar dos valores daquilo que importante para nós mesmos então a estética ela não é secundária né ela tem uma importância primordial não é porque o objeto do desejo não vai nos completar eh totalmente que ele não nos afeta que ele não é importante o problema é né A partir disso não queremos saber quem somos aí começa um problema vou abrir aspas tá poderia eu poderia ter
escrito isso porque é um complemento da palestra muito importante mas é o aland de botton que tá escrevendo o fracasso dos Arquitetos em criar ambientes agradáveis reflete a nossa incapacidade de encontrar felicidade em outras áreas das nossas vidas a arquitetura ruim no final das contas é tanto um fracasso da Psicologia quanto do Design ela é um exemp expresso por meio de materiais do mesmo tipo né é a ela a arquitetura ruim é um exemplo espesso por meio de materiais do mesmo tipo que em outras áreas nos leva a casar com as pessoas erradas escolher empregos
inadequados tirar férias malsucedidas Qual é a tendência de não entender quem somos e o que nos satisfaz Olha que interessante a tendência de não querer quem querer saber mais quem somos ou que nos satisfaz é o que desemboca tanto na arquitetura ruim quanto em escolhas que nos prejudicam n nossas vidas o caminho é o mesmo hum vocês estão me acompanhando gente e aí eu trago um outro autor que é o seguinte que é um cara que se chama edmond Bur que escreve um tratado sobre a estética importantíssimo esse cara influenciou Kant por exemplo o edmond
burk escreve por volta de 1750 o Sublime e o belo que é um tratado sobre estética ele é o primeiro a trazer uma questão que é a atenção vai dizer que a atenção é fundamental para que a gente tenha a experiência estética num né uma experiência estética como sendo uma experiência do mundo que nos dê Sensações que nos permita e um pouco além do óbvio né Essa é experiência estética isso tem a ver com o encontro e o edmond burk vai trazer um tema fundamental que é a atenção que ele vai dizer assim né quer
dizer mais ou menos assim é impossível ser feliz sem estar presente naquilo sem atenção não dá para não dá para ser feliz distraído Gente olha o problema aí a gente tem um problemaço né Vocês estão que que Aposto que veio na cabeça de todo mundo as redes sociais e o celular não é à toa que hoje o Brasil passou os Estados Unidos e a China como o país que mais Medica para ansiolítico e antidepressivo isso tem a ver será que isso tem a ver com a falta de atenção a quantidade de substâncias novas e drogas
se eu tenho pedido número um hoje no consultório é quero algo para poder manter o foco né pode ser eh cogumelo cbd antidepressivo ansiolítico eu preciso de alguma coisa que me ajude a focar naquilo que eu tô fazendo ou seja de alguma maneira a gente tá percebendo qual é o problema Hum mas eu vou voltar um pouquinho então não é só a atenção isso contardo caligaris fala de uma maneira brilhante numa das últimas palestras que ele deu ele cita edmond burk ele fala sobre o problema da atenção Ele vai um passo além porque ele traz
o hedonismo né o hedonismo como algo sendo interessante né não um crime né o edonista é aquele que quer ter algum quer ter o prazer do momento e o o contardo fala algo muito interessante que é o hedonismo sem cultura fracassa ou eh quer dizer a experiência estética sem o saber fracassa né quer dizer então é uma junção de atenção mas também de saber mais sobre aquilo que a gente tá consumindo a história daquilo o por olha olha o ponto que eu vou dar alguns exemplos aqui né quer dizer saber mais sobre o que a
gente tá o qual é o desenho de uma poltrona porque aquilo foi desenhado porque um sofá foi desenhado daquela maneira porque um vinho foi feito daquela maneira Qual é a história o que tá por trás né aí tá a experiência estética que vai com atenção e com desejo de saber mais que é o que nos move né que eu tô querendo dizer saber sobre a história do vinho que estamos bebendo muda o sabor do Vinho saber como o móvel foi criado entender um pouco mais do Design de como ele foi concebido saber sobre a arquitetura
de um lugar muda a nossa experiência Outro dia eu escutei no consultório uma analisando que tinha acabado de voltar de férias da Grécia tá ela tava relatando um um restaurante que ela tinha ido como aquilo era maravilhoso ela dava detalhes do da arquitetura do restaurante de como a arquitetura de alguma maneira lá consegue Juntar uma sofisticação com uma certa simplicidade eh ela descrevia em detalhes isso tempo todo durante a sessão tá tudo tão lindo e tão simples depois que ela termina a descrição ela fala o seguinte né By The Way né como se aquilo fosse
né me dando uma dica né ah e meu analista foi o melhor carpo de beterraba que eu já comi na minha vida vocês percebem gente depois ela descreveu será que o carpo de beterraba Seria legal se ela tivesse comendo na na cozinha numa cozinha com a luz branca na cabeça dela com três crianças chorando o marido reclamando Será que a estética não afeta Ela falou isso não era sobre isso eu tô trazendo um trecho mas ela nem nem né falou Olha tem uma coisa eu comi o melhor carpo de beterraba da minha vida né isso
teria passado Às vezes a gente come um carpo de qualquer coisa uma salada nem percebe que tá comendo né quer dizer sem atenção sem querer saber mais você pode estar no lugar mais bonito do mundo você pode estar no na casa do leor buer e não prestar atenção naquilo né então a importância da de estar presente e a pergunta né Será que não estamos distraído distraídos demais para para ter momentos de experiência estética ou para ter para encontrar felicidade de alguma maneira se a felicidade é um encontro como que a gente pode encontrar essa experiência
estando distraído é isso gente fechou di
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