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, seu canal de política internacional descomplicada. A China tem a maior população, a segunda maior economia e o maior exército do mundo. Desde o fim dos anos 1970, quando começou a implementação da política das quatro modernizações, o governo chinês tem fomentado o avanço científico e tecnológico e a transformação da indústria e da economia da China.
Como parte dessa estratégia, a política externa chinesa tem defendido a cooperação e a articulação política com outros países emergentes e a ampliação do comércio internacional e dos investimentos chineses no exterior. Mas de que maneira o Brasil se relaciona com a China e mais que isso quais foram os destaques da história das relações diplomáticas entre os dois países? Esses são os temas do vídeo de hoje.
Então bora lá! Em 1881, o Império do Brasil estabeleceu relações diplomáticas com o Império da China, e dois anos mais tarde foi aberto um consulado brasileiro em Xangai. No início do século XX, a dinastia Qing foi deposta e foi proclamada a República da China.
Em 1913, o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer e estabelecer relações diplomáticas com a Nova República. Nas décadas seguintes, a China enfrentou uma série de conflitos e instabilidades. Além da Guerra Civil Chinesa que opôs as forças nacionalistas de um lado e o partido comunista da China de outro, o território chinês foi invadido pelo Japão.
Após a rendição japonesa e o fim da Segunda Guerra Mundial, as disputas internas na China foram retomadas. Até que em 1949, Mao Tsé-Tung liderou a Revolução Chinesa e proclamou a República Popular da China. Inicialmente, o Brasil não reconheceu a China Popular e manteve as relações diplomáticas com o governo da China Nacionalista, liderado por Chiang Kai-Shek, instalado na ilha de Taiwan após a derrota na Revolução.
Em 1952, o governo Vargas abriu uma embaixada brasileira em Taipei, capital de Taiwan. A partir dos anos 1960, o Brasil e a China Popular promoveram uma série de iniciativas de fomento ao comércio bilateral, mas as relações diplomáticas ainda não haviam sido estabelecidas. Em 1971, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a substituição de Taiwan pela República Popular da China na ONU, o Brasil votou contra.
Em 1974, no governo Geisel, o Brasil finalmente estabeleceu relações diplomáticas com a República Popular da China, e com isso rompeu relações com Taiwan. Logo foram abertas a embaixada do Brasil em Pequim e a embaixada da China em Brasília. Além da promoção do comércio, Brasil e China passaram a cooperar, a partir dos anos 1980, na área de ciência e tecnologia.
Figueiredo realizou, em 1984, a primeira visita oficial de um presidente brasileiro a China. Quatro anos mais tarde em uma visita do Presidente Sarney a Pequim, os dois países lançaram um programa de cooperação para o desenvolvimento conjunto de satélites que ainda segue em atividade. A relação Brasil-China se fortaleceu rapidamente e, em 1993, os dois países estabeleceram uma parceria estratégica.
O comércio bilateral se expandiu e, em 2000, a China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil na Ásia, ultrapassando o Japão. Mas esse era só o começo. A partir dos anos 2000, Brasil e China ampliaram a cooperação, o diálogo político e a coordenação de posições em questões internacionais.
Nas reuniões da COSBAN, os vice-presidentes dos dois países se reúnem periodicamente para dialogar sobre temas de interesse comum. E, em 2012, Brasil e China elevaram suas relações ao nível de uma parceria estratégica global. Com o BRICS, Brasil e China se somam a Rússia, Índia e África do Sul, para fortalecer sua projeção internacional, defender a reforma do multilateralismo e promover a cooperação em áreas como finanças, agricultura, saúde e contraterrorismo.
Na economia, os investimentos chineses no Brasil cresceram bastante na última década sobretudo nos setores de energia elétrica e extração de petróleo e gás, além de transportes, telecomunicações, serviços financeiros e indústria. Além disso, em 2020, o Brasil se tornou um membro do Banco de Investimento em Infraestrutura da Ásia, criado pela China para financiar setores produtivos e logísticos em todo o mundo. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009 e, em anos recentes, foi tanto o maior destino das exportações brasileiras quanto a principal origem de importações feitas pelo Brasil.
O Brasil é o principal parceiro comercial da China na América Latina, e a corrente de comércio bilateral tem batido recordes nos últimos anos com superávit comercial para o Brasil. As exportações brasileiras para a China estão majoritariamente concentradas em poucas commodities: minério de ferro, soja e petróleo bruto. Já os bens vendidos pela China para o Brasil são sobretudo produtos industrializados.
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