PEQUENO MANUAL ANTIRRACISTA - DJAMILA RIBEIRO

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Impressões de Maria
Este é um vídeo-resenha do livro "Pequeno Manual Antirracista", da filósofa Djamila Ribeiro. Aprese...
Video Transcript:
oi oi gente eu sou maria ferreira do blog impressão de maria em vídeo de hoje eu quero conversar com você sobre o livro pequeno manual de racista da camila ribeiro esse livro foi publicado e 2019 pela companhia das letras a daniela ribeiro é uma importante o pensador a filósofa influência negra da atualidade ela já escrever publicou dois outros títulos que foram que é lugar de fala e quem tem medo do feminismo negro vamos já resenhado no blog eu vou deixar o link aqui na descrição e nesse livro aqui é em dez capítulos a jamila das
sugestões e dicas para quem quer inserir práticas anti-racistas na sua vida então esse seria um livro que tem um público-alvo bem definido que no qual serão pessoas brancas mas não só toda a pessoa pode ler esse livro para aprender mais principalmente pessoas negras também logo na introdução é um ponto que a autora deixa marcado aqui quando a gente fala sobre racismo a gente está falando sobre o sistema de opressão que é estrutural e que também é estruturante e que vem desde o tempo da escravidão porque ele que sistema beneficia comunicamente uma população que a população
branca uma fala que é mais recorrente tenho certeza que um dia você já ouvira e conhecem é da angela davis que ela disse que não basta não ser racista é preciso ser anti-racista porque mesmo que você não pratique atos racistas se você presenciam ato e não faz nada e não intervém você vai estar sendo tão racista quando quem está praticando e é bom placement porque o silêncio ele coopera para manutenção de sistema racista então sugestões de práticas racistas que que estão aqui nesse livro elas são organizadas como se fosse um crescente então em cada capítulo
a autora vai dando sugestões e aí ah entendi que ela começa já sugestões mais fáceis de colocar em prática e e que também exige menos os construção interna das pessoas que são racistas e vai evoluindo para um nível maior de desconstrução vou falar que resumidamente sobre o que a autora fala em cada capítulo e então vamos começar pelo primeiro que aí vamos sobre racismo a primeira dica que altura da é que as suas brancas se informe sobre o sistema racista por isso implica estudar pesquisar ler assistir vídeos assistir palestras de outras pessoas negras que falem
sobre o assunto que é muito comum as pessoas brancas pensar em que as suas negras tem obrigação de ensinar para elas o que é racismo o que é raça ou explicar porque um ato dela foi racista é o primeiro que nem opção negra tem obrigação de ser professor de suas brancas porque hoje em dia principalmente hoje em dia a gente a gama de material para ser estudado e todo mundo pode ir por livre espontânea vontade de estudar esse material então não espere pessoas negras sejam professores de pessoas brancas vocês capítulo também autora fala sobre o
mito da democracia racial que muitos acreditam a ver no brasil três ou mais pelo fato de que a gente aqui no período da escravidão a gente não não no período e depois a gente não teve lace negacionistas esse mito foi encontrado é principalmente pelos estudos e publicações dos sociólogos é que escreveram sobre o brasil sobre a sociedade brasileira e um desses sociólogos foi o gilberto freyre é que tentou passar uma imagem de que no brasil a gente teve uma escravidão branda porque houveram relações entre negros e brancos mas essa é uma mentira e não ele
faz parecer que foi algo com sentido e que negros e brancos se relacionavam porque eles queriam quando na verdade a gente sabe muito bem que essa mistura foi muito fruto de violência e que as mulheres negras não tinham escolha não tinham como dizer não para seu senhor a o que eu gosto nesse capítulo é que a autora chama a atenção para a importância do fato de nomear mas as opções são elas fala para se a gente presenciam as racista ou se a gente vê um ato assista é importante a gente dizer que aquele foi um
ato racista e que não foi um preconceito ou então a gente chama as pessoas de negras não tem medo de falar com alguém a negro não tentar diminuir a negritude dela tenta lembrar embranquecer lá chamando de moreninho por exemplo é importante a gente não vê as coisas como elas são oi e aí nesse sentido é a gente vai para o segundo capítulo que a enxerga negritude nesse capítulo agenor ribeiro nos leva a refletir sobre os tipos de conhecimento ensinado e reproduzido nas escolas porque a norma é que seja a norma é que seja branca né
substância branca o mundo que a gente vive no mundo branco então desde o tempo da escola a gente só aprende a a história do ponto de vista de um povo que é o povo vencedor que são os brancos e a gente aprende muito sobre colonização e a gente aprende muito pouco sobre escravidão e sobre é sobre como povo negro também foi um pouco resistente não são um povo que foi trazer escravizadas além disso enxergar negritude implica aceitar que as pessoas negras podem acessar espaços de poder em que elas não estejam lá para servir autora dar
um exemplo de que quando ela estava em é sim ociosas paz que não se espera aqui mulheres negras estejam é estejam principalmente para palestrar o para-sol me ver mesmo é só dar um exemplo de que as suas tentavam se ela tava lá como faxineira ou se ela se ela era copeira abre como se ela não pudesse estar lá e sem ser para sempre ganhar essas funções ela fala que o problema não é é essas profissões porque não tem nenhum problema nas profissões o problema é as pessoas sempre acharem que a gente vai desempenhar estes papéis
sempre e enxergar e ela também fala que enxergar a negritude não é ser condescendente é que vocês pessoas brancas tem que nos aplaude ir e nos elogiar às vezes só porque a gente faz o mínimo só porque a gente é inteligente ou porque a gente faz coisas que qualquer pessoa faz vocês acham o máximo que nós passamos quando na verdade a gente só tá sendo normal mesmo e aí adianta ribeiro chama atenção para a importância de se enxergar as cores mesmo é negro branco porque fingir que não existe diferenças raciais no brasil não vai resolver
o problema a gente tem que encarar o problema de frente e o que vai resolver o problema do racismo é discutir o problema do racismo e aí isso não leva para o próximo capítulo que é reconheço os privilégios da branquitude as pessoas têm o costume de pensar esfinge sobre o racismo sempre focado em pensar o indivíduo negro mas elas esquecem de pensar que o problema do racismo que o racismo é uma problemática branca já dizia grande aqui lomba ou seja é preciso que a branquitude que as suas brancas saiam desse lugar de desse lugar que
eles se colocam como sujeito universal em que os negros são os outros e que o negro é o outro porque o outro é diferente não é igual a mim e reconheço esses privilégios que envolve que os envolve e aí refletir sobre as estruturas de poder e começa os privilégios vão se perpetuando ao longo do tempo é porque é nossa sociedade ela se se organiza de a forma que a raça é levado em conta sempre é uma vez que os homens brancos estão lá no no topo da pirâmide de privilégio social então é isso né mamãe
branco mulher branca negro mulher negra e aí também a gente já entraria numa discussão de interseccionalidade mas a ideia é basicamente é essa de que a nossa a nossa sociedade se organiza de um modo a privilegiar as questões de raça e as pessoas brancas sempre vão ser as mais privilegiadas sim ainda não é que esse reconhecimento gere culpa porque a culpa não resolve nada a ideia é que esse reconhecimento gerar reações e ações concretas em prol de uma mudança significativa para que haja uma mudança mesmo no nosso sistema nossa organização social enquanto sociedade isto nos
leva para o próximo capítulo que é o seguinte perceba o racismo e finalizado em você é acho que todas as pessoas negras tem uma história de que tem um amigo branco que quando é acusada de um ato racista ou tem uma ação raça está apontada ele se defende dizendo que eu não sou racista eu tenho um amigo branco ou eu não sou racista meu namorado meu namorado é branco como se isso o processo que ele batata doce automaticamente assista mas ele não percebe que esse é um ato ainda mais racista usar pessoas negras como escudo
para se defender do próprio nazismo a sua vila também falar nesse capítulo sobre a gente prestar atenção na linguagem que a gente usa porque muitas vezes a linguagem deixa transparecer expressões expressões racistas e ela disse que a língua tá cheio de valores sociais por exemplo quando a gente relogio uma mulher negra e diz a ela é uma negra bonita como salmo puder só o seu uma mulher bonita não precisa falar que ela é uma negra bonita sabe ou então quando a gente usa expressões do tipo criado mudo ou a gente fala que a situação ficou
preta para falar que a coisa ficou ruim essas coisas que a gente tem que prestar atenção na nossa linguagem o próximo capítulo é após políticas educacionais afirmativas e aquela faz a manutenção uma diferenciação entre o que é capacidade o que é e me mostra que as cotas raciais é algo que que ajuda a evidenciar essa diferença e que pode corrigir essa falta de oportunidade para que as pessoas tenham acesso a uma educação de qualidade desde cedo que no brasil a gente tem essa ideia errônea de que existe meritocracia de que as pessoas conseguem as coisas
porque elas elas merecem ou por mérito próprio quando na verdade não ela só é só um privilegiada socialmente e a gente vê muito isso quando a gente pensa principalmente em educação porque tem pessoas têm acesso a todo o povo tem outras que não tem acesso a nada e aí no final do ano elas tem que prestar uma prova como partir sem do mesmo lugar e elas não faz tem no mesmo lugar o capítulo seguinte é transforma esse ambiente de trabalho e aqui a jamila vai nos levar a refletir sobre a quantas pessoas negras tem no
ambiente que a gente trabalha e a refletir sobre a questão do negro único será que nas empresas que a gente trabalha só tem um negro e que esse dentro tá lá para dizer que a empresa é não é racista porque tem um leigo trabalhando lá e acho que também quer é uma uma discussão muito importante principalmente nos dias de hoje que a sua tão é ficando mais conscientes sobre diversidade e pensar que diversidade não é é cumprir cota é fazer com que fatos pessoas negras sejam naqueles espaços levando em consideração que você vez que a
gente faz com que as produções de pessoas negras de grupos oprimidos passarem por um processo de pagamento sistemático a gente chega no capítulo lê autores negros que ambos que eu mais gosto aqui é autora dá dicas de que faça a leitura de promoções de pessoas negras e não por uma questão essencialista de que a vôlei esse livro só porque foi escrito por uma pessoa negra mas por entender a buscar entendendo que as pressões de pessoas negras nos permitem com que tenhamos acesso a outras formas de pensamento a outros modos de enxergar o mundo não só
uma forma branca de enxergar o mundo como eu já contei lá no início e ela fala uma coisa que eu acho muito verdade ela disse se somos a maioria da população nossas elaborações devem ser lidas de batidas excitadas quer dizer a gente também tem capacidade de pensar o mundo de refletir o mundo de elaborar ideias e então é isso lembra pessoas negras não porque for ler um livro porque eu sou negra que escreveu mas ler porque entende que pessoas negras também produzem pessoas negras também tensão você continuar um só lendo só autores brancos é sem
tentar mudar essa realidade a gente vai ter vai continuar tendo as festas ou representação da realidade e vendo só um ponto de vista me lembra muito a palestra da chimamanda ngozi adichie que é uma escritora nigeriana ela deu uma palestra em 2019 no textbox em que ela fala sobre os perigos de uma história única então que a gente não caia nisso né de reproduzir só uma história a única que a gente possa ter acesso a outras histórias da outros pontos de vistas o capítulo seguinte é questionar a cultura que você consome aquela vai falar sobre
apropriação cultural e o quanto tem umas faseamento de sentido por conta do capitalismo então é o que se faz é pegar algo que seja significativo para uma cultura e transformar aquele algum objeto em álcool pode ser vendido algo que tem um valor monetário quando na verdade se a gente quer mesmo valorizar uma cultura a gente precisa respeitar lá no meio estudos não transformar naquilo aí tem que eu posso usar ela lembrou um episódio de a nossa branca é os outros want e aí a comunidade negra falou muito sobre esse episódio mas a questão não é
uma pessoa branca usar turbante a questão uma pessoa branca usar turbante ou colocar dreads ou colocar tranças e não entender qual que é o real significado disso para as pessoas negras não entender que faz parte de uma cultura de que faz parte da da constituição de um povo da história de um povo desmerecer tudo isso toda a história de um povo só por uma questão estética e por uma questão que não tem nenhum valor para para ele algo que asume la dizer que respeitar uma cultura não é se apropriar dela você pode respeitar uma cultura
observando de longe dando sobre elas e não precisa respeitar uma cultura usando essa cultura tem capítulo a janela também fala sobre racismo recreativo que é um termo cunhado e discutido pelo adilson moreira rações um eu vivo é praticar racismo e coberto de humor a gente vê muito disso na televisão muito disso nos programas de humor é em que é se vale de estereótipos racistas para fazer e aí ela também evidencia as violências simbólicas aqui atrizes e atores negros estão submetidos porque a gente vê muito disso na televisão de que os lugares que os negros ocupe
e isso também nos levam a questionar quando a gente assistiu alguma produção audiovisual a pensar refletir sobre o seu pesca suas negras estão desempenhando e que isso nos faz repensar também a nossa o nosso consumo de cultura e o próximo capítulo é conhecer os seus desejos e afetos nesse capítulo de novo ribeiro vai falar sobre a hipersexualização nos corpos das mulheres negras e o quanto isso coopera e quanto isso faz com que essas mulheres tentam um sentimento de solidão uma vez que ela tem os seus corpos e usados apenas sexualizadas elas não recebem afeto que
há uma lisa e como mulher e como mulher com sentimentos e aí por conta do racismo é conta desse racismo auxiliares livros ficam à margem das escolhas afetivas porque muitas vezes nos homens tocar em seu rosto na com as mulheres por uma questão sexual e nunca por uma questão emocional digamos assim então se você é uma pessoa branca que ama e se relaciona com uma pessoa negra é é preciso entender se como sujeitos socialmente privilegiado prestar atenção para não reproduzir as operações dentro do relacionamento além disso é preciso também buscar entender a condição do outro
e o último capítulo é combata a violência racial a gente sabe que tem pesquisas que dizem que a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado e a gente sabe também que as políticas segurança pública se convertem a aprender eu terminar população negra e fica evidente principalmente na chamada guerra às drogas que a gente sabe que não é uma guerra às drogas é uma guerra se converte contra as pessoas negras e pobres então é você pessoa branca veja o que você tá fazendo para combater a violência racial na sociedade em que você vive então é
isso é só os capítulos e assuntos discutidos no livro pequeno manual anti-racista danila ribeiro é tentei fazer aqui um resumo do que fala em cada capítulo mas quero deixar indicação essa indicação de leitura para vocês é uma leitura rápida é que nos agrega muito é para mim não foi nada de novo porque são assuntos que eu já tive contato antes mas tenho certeza que vai ser muito agregador principalmente para pessoas brancas se eu tivesse que apontar um defeito desse livro é o fato deve ser o pequenininho a gente chega no final e pensa já acabou
então é então é isso é um livro ótimo é muito introdutório para quem quer começar a pensar e refletir sobre assuntos raciais e outra coisa que eu também gosto nesse livro é que ele é cheio de notas tão tem muitas indicações de outras leituras para se aprofundar e também no final tem um e tem informações sobre a autora mas não só também tem sobre os autores negros citados então aqui esse livro você vai conhecer muitos outros autores negros é um pequeno manual mesmo eu indico muitas a leitura espero que vocês gostem uma experiência que eu
fiz lendo esse livro foi fazer essa leitura junto com um amigo que é branco e e a gente fazer sprint de leitura que é ler por um determinado período de tempo e depois desse determinado período a gente discutir sobre o que a gente tinha lido tão como experiência bacana porque eu não tava ali com professora e ele já tava aprendendo e se tivesse alguma dúvida e eu pudesse responder eu esclarecer essa dúvida e é algo que eu sugiro que vocês façam tão bem principalmente nesse período de quarentena é que vocês leiam livros as pessoas que
vocês gostam como pessoas que vocês queiram discutir depois é bom ter essa companhia mesmo que à distância e não precisa ser um livro teórico assim como esse pedaço que são bom livro para lembro pula principalmente pessoas brancas mas pode ser qualquer livro pode ser um livro de ficção pode ser um artigo ou pode ser mesmo filme que você assista com uma pessoa e queira discutir sobre o filme depois então fica a indicação para que vocês tenham gostado do vídeo que vocês tenham se interessado pelo livro e é isso até o próximo vídeo não esqueçam de
curtir aqui de comentar e de se inscrever no canal caso você ainda não seja inscrito e tchau tchau
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