IMAGINAÇÃO ATIVA

[Música] Oi hoje eu vou falar sobre a imaginação Ativa é um método que o Jung desenvolveu e praticou de forma muito intensa ao longo de toda a sua vida Aliás a base de todo o método de toda a prática junguiana é associação de palavras é análise de sonhos e imaginação Ativa é baseado nisso que tá todo o foco de um analista UnG guiano e aquele que não tá praticando isso ele não tá de fato eh fazendo aquilo que é o objetivo da análise junguiana que tudo isso para que o ego possa estar num movimento de

progressão e adaptação e ao mesmo tempo de interioridade fazendo a conexão com o mundo interior o espírito da profundeza o si mesmo a representação Divina dele para que ele consiga atingir o sentido e o propósito da sua vida que é o que nós chamamos de processo de individuação agora Como que o Jung desenvolve este processo da Imaginação ativa eh por n razões ele primeiro um gênio além de tudo um garoto que ficou filho único Solitário até 9 anos de idade tendo uma mãe com quadro depressivo Claro porque tinha tido vários abortos na verdade triste o

tempo todo questionando a vida numa dimensão um pouco mais espiritualista eh e o pai um indivíduo melancólico também questionando a vida por conta de conflitos teológicos e e e e e e o conflito entre o Logos porque ele era um um doutor eh da academia e ao mesmo tempo um pastor luterano que abanda na tudo e vai viver de forma muito humilde e o Jung não tinha recursos econômicos Nesse contexto quando ele era um garoto Solitário eh ele ele reproduz né no memoria sões reflexões sonhos com 4 anos de idade sonhos impactantes visão que ele

tem na Catedral de Colô né Eh importantíssima eh e e as imaginações já que ele fazia sem saber que aquilo era o método da Imaginação ativa ele diz que por volta de 9 anos ele sentava na Encosta da casa dele numa pedra e ficava imaginando e ele ser a pedra que tinha alguém sobre ela e aí ele ficava praticando essa alteridade e isso foi criando obviamente uma circuitaria né ele foi capacitando toda a a dimensão cerebral e e e e o ego para lidar com esse mundo interno e eh a partir do momento que ele

se forma médico ele vai estudar a as experiências de escrita automática de psicografia da da prima dele faz um trabalho doutorado sobre isso eh então você vê que ele tá tentando entender a manifestação do inconsciente lá em burgol vai no Hospital Psiquiátrico e lá ele vê que muito daqueles indivíduos Inter que hoje chamaríamos de esquizofrênicos eles não tinham o filtro do Ego e deixavam vazar todo aquele material que ele de alguma forma deixava florar mas o ego estava lá como um observador e às vezes como um um mediador mas não como um impositor eu acho

que esse é o grande diferencial que a gente vai ter agora para explicar como que é a técnica da Imaginação ativa então assim Jong foi treinando isso foi lidando lá com os doentes mentais foi fazendo a associação de palavra e ele próprio foi tendo as experiências imaginais dele onde ele produziu os livros negros e depois saiu o livro vermelho e de lá que sai a técnica a prática a teoria agora quando ele se depara com a alquimia aí ele fica Encantado porque ele percebe que a prática em laboratório lugar que labora e ora estamos falando

de uma integração ação dos alquimistas na metáfora de encontrar a dimensão Áurea eh da dimensão mais densa e viu que é o chumbo eles praticavam eh a imaginação ativa sem saber que era tal eles projetavam o inconsciente na matéria e as projeções que aconteciam as modificações da matéria ou das projeções mentais dele sobre a matéria produziam alterações eh neles ou seja eles desenvolveram aquilo que nós entendemos hoje como a técnica espargir ca que a química acabou eh ficando eh unilateral zada e a técnica anagógico mundo da da da dimensão Mística imaginal e e assim por

diante mas para viver essa anagogia tem que viver a catabasis tem que viver a nigredo tem que descer Nas Profundezas da treva eh e resgatar né a alma H naquele eh negro né Como dizia São João da Cruz lá então é é interessante né que quando ele começa a a trabalhar logo no início né da relação dele com Freud a relação não passou de 5 anos 6 anos a história da da da Miss Miller né da Frank Miller que tá no livro símbolos de transformação ele começa a perceber de que se ela tratasse todo aquele

material que aflorava espontaneamente de uma maneira eh criativa não tentando controlar não tentando conter e dando vazão ela não teria tido O Surto e esquizofrênico Irreversível e não teria o fim trágico que teve E aí foi quando ele se liberta entendendo que ele tinha que dar essa vazão para esse inconsciente por isso que no fim da vida de uma forma muito tranquila e Serena ele diz a minha vida é história de um inconsciente que se realiza e se realiza através da obra através do Trabalho através das experi de imaginação ativa que ele desenvolveu agora Como

que acontece isso ele treinava os clientes dele como eu disse o trabalho é um treinamento que tem que ser feito e é um treinamento que exige dedicação então muitas vezes a pessoa não tem essa capacidade essa espontaneidade até porque o inconsciente aterrorizador ele assusta pode vir material eh Sombrio de grande Impacto pode vir eh visões e e e imagens muito eh tenebrosas tem que ter aquilo que ele usa granales né um distanciamento mínimo para lidar com aquilo por isso que a pessoa tem que ser treinada e tem que est de alguma maneira amparada para um

processo de análise mas a experiência é solitária não ten a dúvida é um caminho totalmente Solitário aliás todo o processo de autoconhecimento é um processo solitário né não significa que você não vai depois usar todo esse ganho para contribuir para o social inclusive é é essa é a é o grande objetivo por isso que esse trabalho da análise é muito significativo e necessário nesse mundo tão assustador que nós estamos vivendo com a polaridade né com dissonância cognitiva das pessoas que estão muito eh fanatizados eh Então a gente tem que ajudar a pessoa buscar esse caminho

eh do mundo interno e o a técnica é mais ou menos essa o indivíduo vai lá pro seu espaço Solitário de preferência sem nenhum estímulo Não importa se tem eh incenso ou ou ou Essência vai interferir H sons Ah mas é um som mantra não vai interferir ele tem que tá totalmente voltado pro mundo interno o ego tem que ficar como um observador passivo até H entrando num estado que a gente chamaria de Alfa Alf gênico né e estado de semim meditação mas o ego tá lá observando então ele vai fazer um caminho que a

gente chama de contemplativo E à medida que a coisa vai vindo né através da contemplação e da Imaginação que vai surgindo as imagens em Ação é como se um teatro um filme eh fosse sendo e eh desenrolado e essa observação eh é extremamente importante na medida que o indivíduo tá lá observando chega um momento que é importante que ele eh comece a de alguma maneira a interagir com aqueles conteúdos porém ele tem que interagir da forma submissa Lembrando que a palavra submissão é submissão né missionário ao si mesmo Lembrando que si mesmo que a gente

chama muitas vezes de cbest ou arquétipo Central é a referência da centelha de V em nós por isso que muitas vezes o Jung diz que é a imag odeia a imagem de Deus em nós que muitas vezes nas técnicas e imaginação ativa quando é tentado ser reproduzido entra como algo luminoso algo muito H intenso e na forma de mandala né formas redondas a Mandala então ele vai integrando tudo isso e aí eh por exemplo no no no mistério coni uncio volume dois né da obra é é muito interessante porque ele acho que no parágrafo 360

né é o 14/2 né ele diz assim eh chega uma hora que o ego tem que se imiscuir naquele conteúdo imiscuir é tomar parte né se misturar e e interagir porém com o cuidado de não est sob controle Esse é o grande problema nós já vivemos uma sociedade que está tomada por aquilo que nós chamamos de teísmo da consciência da Razão do Ego do controle e o controle o próprio nome diz é contra o rolar e da natureza é uma tragédia e é por isso que nós estamos vivendo toda essa iniquidade essa desigualdade esse sofrimento

essa condição de miserabilidade egoísta da grande massa eh vivendo como autômatos mesmo tendo efêmeros momentos de prazer mas completamente infeliz absolutamente infeliz né Eh porque a felicidade eu vou fazer um outro vídeo falando sobre isso eh ainda recentemente e e e a gente vai entender eh O que que é né Essa verdadeira felicidade diante de todo esse mar de tristeza mas voltando então Eh o Jung muitas vezes treinava o cliente e treinava assim aí na sala dele onde ele fazia aquilo que nós chamamos de imaginação e dirigida então ele vai fazendo a pessoa ter uma

respiração mais mais tranquila né de profunda e lenta ã vai relaxando vai se sentindo seguro e aí ele vai fazendo um ã direcionamento Imagine que você tá fazendo isso caminhando aqui entrando ali até que ele deixa a pessoa num ambiente e começa a perguntar pra pessoa que que ele tá vendo eh e vai estimulando ele interagir com as coisas eh então ele vai capacitando a circuitaria neurocerebral a psi que o ego a lidar com esse material mas para depois ele fazer isso sozinho o Jung tinha total consciência daquilo que openheimer que ele teve contato e

é por isso que ele criticava o Freud né de que qualquer observador interfere naquilo que tá sendo observado mesmo que o observado não saiba que está sendo observado e por isso que é uma grande bobagem meter um divã e ficar do lado de costa achando que você não vai est contra trans indo estimulando transferência isso não tem sentido nenhum por isso que o Jung deixa muito claro que nós trabalhamos na transferência a gente tá dentro da relação e é por isso que o analista tem que est de alguma maneira protegido no tripé conhecimento teórico e

cultural em abundância conhecimento de si mesmo através da análise e supervisão dos casos para não correr o risco de ter o abuso de poder ou ser contaminado e contagiado psiquicamente pela virulência da psique do outro porque a gente tá o tempo todo exposto a isso ah voltando Então a partir do momento que o indivíduo tem essa experiência né da Imaginação aí o Jung diz que ele tem que escrever registrar e de preferência depois de alguma maneira reproduzir aquilo na forma de desenho de de moldura de dança de poesia de escrita alguma coisa ele tem que

fazer eh e é por isso que nós entendemos que o Jung é o precursor de todo o conhecimento das práticas de arte e terapia e expressões criativas que é o fazer simbólico da alma e que é um caminho muito importante para quebrar exatamente o controle H do pequeno ego querendo se impor diante do self e não estar Submisso a ele né h e também ele é o precursor das técnicas da psicossomática por isso que muitas vezes a a gente estimula o nosso cliente a estabelecer um diálogo eh com e a doença com o órgão doente

com o sintoma é interessante isso eh então tanto a técnica da Imaginação ativa quanto a A análise do sonho ampliação de palavras é sempre voltar o indivíduo para lidar com a espontaneidade eh do self do inconsciente e nesse caminho de relação eh com o inconsciente é que você vai encontrando aquilo que nós podemos chamar de sentido de propósito eh de significado pra vida que é o processo de individuação Jung eh Com certeza absoluta eh conseguiu isso né Eh por isso que ele pode dizer eh com uma grande tranquilidade no fim da vida né Eh quando

ele faz o memória sonhos e reflexões que a minha vida é história de um inconsciente que se realizou que permitiu o inconsciente se realizar porque o o ego estava a serviço do si mesmo ou seja a serviço de Deus que habita em nós né não fora de nós né esse Deus fora de nós eh tá na mão dessas eh religiões aí presas né no na na teologia do poder na teologia eh da prosperidade mas todas voltadas para mamom paraa riqueza né Principalmente dos seus líderes e não para auto eh conhecimento para autonomia para amor próprio

e libertação dos seus fiéis infelizmente mas por quê pela falta de Cultura pela falta de um estímulo para fazer essa jornada pro mundo interior que é o grande caminho e o processo da Imaginação Ativa é um facilitador enorme ele diz que é um facilitador que pode ser até mais eficiente do que os sonhos desde que o ego não esteja no comando o ego tá lá Submisso interagindo com ele percebe que é possível ele receber as orientações eh conversar com a sombra com o complexo como Jung falava com eidu com Salomé com Filemon que são representantes

intrapsíquicos dele e eles orientavam Jung e ele compreendia tinha insites e e assim por diante O problema é que e essa supremacia da Consciência do ego da razão é tão grande que a gente ver eh curso eh ou H práticas de desenvolver sonho lúcido em banca de jornal né ou seja mas o que que é esse sonho lúcido não é um ego onírico observando e fazendo pergunta humildemente como um discípulo diante dos grandes mestres que são os elementos intrapsíquicos e sim é o ego direcionando eu quero sonhar com aquela mulher maravilhosa que eu vou tá

com ela numa praia eh curtindo ã sei lá sexo ou coisa do tipo então Eh o que que é isso Não é esse o objetivo não é essa a realidade por isso que a gente tem muito medo da Imaginação ativa se tornar uma animação dirigida pelo próprio ego pelo próprio complexo de poder do indivíduo né E aí não adianta aí pode vir um sonho mais mirabolante ou uma Imaginação mais mirabolante que o indivíduo vai dar um encaminhamento que o pequeno ego quer que seja dado assim como aconteceu Jung cita isso no caso de nabuco donosor

na Bíblia né que veio o sonho mostrando de forma escancarada o quanto que ele tava numa inflação de ego identificado com si mesmo e ele não compreendeu é isso espero ter contribuído e com um pouco mais né a curiosidade e a ampliação do tema da Imaginação Ativa é uma prática muito legal você que é analista UnG guiano você que tá fazendo uma análise num campo UnG guiano se entregue para essas três dimensões Associação de palavra análise dos sonhos e a imaginação ativa grande abraço ajudem divulgar o nosso canal e vamos somar para fazer com que

este Campo junguiano cada vez cresça porque eu acredito verdadeiramente que é o caminho pra gente sonhar com a tal rol aquariana e sairmos desse patriarcado tão indigesto e tão nocivo que nós estamos vivendo até uma próxima [Música]