Simone de Beauvoir | O segundo sexo e a condição da mulher

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SOBRE a AULA: De Beauvoir escreveu romances, ensaios, biografias, autobiografia e monografias sobre ...
Video Transcript:
salve galera tudo bom com vocês professora renata esteves de sociologia do se liga nessa história e nessa aula de hoje nós veremos uma filosofia muito importante que já trouxe muita polêmica quando caiu uma vez no enem ea gente vai tentar entender o pensamento dela definitivamente para não causar mais tantas polêmicas que é a simone de beauvoir então aqui nessa hora a gente vai aprofundar um pouquinho do pensamento dela para que você crie condições e coragem e vontade de ler a obra o segundo sexo de simone de vôo embora [Música] [Aplausos] [Música] dora [Música] em cima
de voal importante pensador a francesa do século 20 que traz as diversas reflexões a respeito do feminismo sobretudo da época de 60 a 80 de 1960 a 1980 e o que disse não estar filósofa para compreender o pensamento da senhora de voar é importante compreender primeiro a linha filosófica que ela segue que é o existencialismo então porque a gente compreenda o existencialismo primeiro a gente precisa voltar lá atrás na nossa tradição filosófica grega que compreende um mundo através da idéia de essência então dizia lá o platão que nós temos uma essência que existe primeiro na
verdade calar um das idéias e nós devemos buscar esta verdade então como que o conhecimento se dá por meio dessa tradição platônica a verdade está lá ela existe e cabe a nós ir atrás dessa verdade que já existe esta verdade nós também podemos poderíamos denominar essência então o mundo vai se consolidando através desse ideal de essência na verdade prevalece essa ideia tanto na antiguidade quanto na idade média com o advento do cristianismo o ideal de essência se desenvolve ainda mais porque existe a ideia que deus teria criado o mundo então já ariane pronto e cada
coisa teria sua essência então por exemplo os ideais de adão e eva a eva constituiria a primeira mulher que todas as mulheres seriam iguais a eva e não adão constituindo o primeiro homem todos os homens seriam iguais ao a dom então existe uma essência para homem e uma essência da mulher uma essência para animal e uma essência tudo deus teria criado este formato esse formato seria imutável eis que no renascimento houve uma nova configuração de mundo trazendo uma nova esfera econômica uma nova esfera social e sobretudo uma nova esfera científica uma nova espera filosófica e
a partir daí ficou cada vez mais difícil sustentar esse ideal de essência então é lá no século 19 por exemplo até a biologia passa a admitir que as coisas estão em constante mutação com o darwin e é nessa linha que o existencialismo se insere na idéia de que não existiria uma essência para nada porque as coisas estão em um constante de vir isto é em uma constante transformação em um constante movimento não dá pra falar que nada é as coisas estão por exemplo a configuração do ser humano segundo darwin nem sempre foi assim e nem
sempre será então não posso falar de uma essência biológica humana porque as coisas estão elas não são é um momento é um processo eo existencialismo compreende que o mundo se dá em meio a esse processo em meio à afp a este pensamento que o sartre desenvolve a famosa frase dele que é a existência precede a essência ou seja primeiro a gente existe e aí conforme a gente vai produzindo a nossa essência é que a nossa existência é que se forma uma essência então lá no plantão primeiro tem a essência e aí eu vivo de acordo
com o que já está predeterminado que essa essência então a minha existência ela já está pré determinada agora segundo o existencialismo primeiro eu existo não tem nada pré determinado então o homem se cria o tempo todo e aí depois que eles se cria aí sim eu posso dizer que formou uma essência então esta frase do sartre vai ser profundamente importante pra gente compreender a obra da semana de voo assim o saco compreendia que o homem era livre para se criar um livro no sentido de que não existia nada pré determinado era ele que se produzia
e diante dessa produção vinha angústia angústia da liberdade daquele homem que não sabe como se criar ele não sabe que caminho que ele vai seguir então é dentro dessa ordem também que se estabelece as escritas da simone de beauvoir na obra que nós veremos agora denominada o segundo sexo e essa obra ela possui dois volumes são dois volumes bem densos com muita informação então precisa ter um fôlego para ler esses volumes mas que traz várias reflexões extremamente importantes principalmente em relação ao feminismo sendo importante até hoje o primeiro lugar chama se fatos e mitos e
qual é a intenção dela dentro desse primeiro volume desmistificar os fatos e/ou pressupostos né é que estão relacionados à vivência da mulher a quem é a mulher a essência feminina então aqui ela vai abordar vários aspectos ela vai abordar vários tipos de conhecimento que tentam trazer uma certa essência para as mulheres mas que nenhuma delas consegue justificar porque as mulheres se encontram numa condição de subordinação em relação aos homens e no segundo volume denominado a experiência de vida é que ela vai demonstrar a vivência das mulheres ou seja com essas mulheres construíram a sua existência
não somente a partir delas né mas a partir do que foi dado que tipo de mulher a gente construiu a partir dessa experiência assim ela vai mostrar várias experiências de várias mulheres para a gente ter um pouquinho de da dimensão do que seria a mulher hoje e por que que esta mulher foi construída desta forma e não de outra forma então começamos a sair com o primeiro volume da obra que é o fatos e mitos e logo que a gente abra a o primeiro volume a simone de beauvoir nos traz a epígrafe de 2 com
a frase de 2 pensador então a primeira frase é de um filósofo antigo que é o maior estoque eles e eles assim há um princípio bom que criou a ordem à luz e o homem e há um princípio mal que o caos que criou as trevas e criou a mulher então observem esta frase estava presente no pensamento grego que o aristóteles traz pra gente só que lá embaixo atrás outro pensador que é um pensador renascentista chamado hans o atolando pela barra que é um francês e ele diz o seguinte tudo que os homens escreveram até
hoje sobre as mulheres deve ser suspeito porque eles são a um só tempo juiz e parte é por meio desta frase do aristóteles que a gente pode identificar nomes o gini é um certo ódio mulher está atacando as mulheres e do outro lado tem o plano dela barra defendendo as mulheres é nessa polêmica que a simone de beauvoir pretende entrar no primeiro volume e para isso uma das coisas que ela faz é questionar alguns tipos de pensamento então o primeiro ela questiona a biologia depois ela questiona o ponto de vista psicanalítico e depois ela questiona
o ponto de vista materialista ao questionar a biologia à semana de boa não nega e em momento algum que existam natureza feminina mas ela chega à conclusão que embora exista uma natureza feminina diferente da natureza masculina isso não é suficiente para explicar a causa da subordinação das mulheres na sociedade ou seja isso não explica o fato de as mulheres permanecer em 9 o méxico a presas à vida privada das mulheres permanecerem na imanência e não conseguirem trans e de tal qual os homens conseguirem é esse e levar por meio da cultura assim para ela a
biologia não consegue dar conta de explicar é o fato das mulheres serem consideradas inferiores aos homens ou de fato serem inferiores aos homens dentro da sociedade na segunda parte desse capítulo denominado ponto de vista é esse canale tico ela vai analisar todo aquele discurso do froid e de um outro psicólogo chamado lado ler a respeito das mulheres e ela também não chega alegaram fraude só que ela compreende que todo aquele discurso do floyd além de ser um discurso que parte do ponto de vista masculino pra compreender a mulher é um discurso dependente de um contexto
histórico ou seja se existe de fato ali uma certa é enfim um certo complexo de inferioridade feminino em relação aos homens é porque ela se encontra dentro de um contexto que valoriza muito mais a visibilidade do que a feminilidade então por isso que existiria assim um certo complexo de inferioridade assim ela não nega propriamente as teorias do freud mas ela tece diversas críticas dizendo que a verdade da psicanálise depende de um contexto histórico e aí na terceira parte que é denominado do ponto de vista materialista ela passa a questionar o em deus é e pra
ela assim como fred parte de um moniz mesmo é psicanalítico seja ele parte de uma visão de mundo somente masculina o enredo também parte de um homônimo econômico porque ele considera que a situação da mulher se dá devido somente a economia e para a semana de voar as relações entre homens e mulheres superam suplantam a economia independente da economia a relação de homens e mulheres existe e ela tá fora muitas vezes dessa economia ela existe na vida doméstica existe em outros locais que não na economia então a primeira questão que a simone de beauvoir coloca
é o que é a feminilidade seria essa feminilidade secretada pelos ovários ou seja é uma questão da biologia ou escária a feminilidade presa ao fundo congelada ao fundo de um salto atônico ou seja existe uma essência da feminilidade uma essência imutável algo que caracteriza o que é ser feminino e aí ela ainda diz ou será que basta uma saia frufru para me identificar como mulher ou seja será que o que nos faz mulher são as roupas que a gente usa o fato de pintarmos azul e as de usar no salto alto eis que está a
questão que ela tentar responder a outra questão que ela nos traz o que é ser mulher e ela compreende que ser mulher é uma categoria que existe na sociedade assim como ser homem mas não é como se existissem duas categorias diferentes tipo uma categoria e uma categoria b é como se existisse uma categoria a e uma categoria não a entende a diferença ou seja é como se existisse a categoria masculina como positiva ea categoria feminina como negativa entendendo compreendendo-se que ser mulher é ser um não homem então nós teríamos aí o homem com é compondo
a categoria positiva e as mulheres compondo a categoria negativa mas o homem além de ele compor a categoria do positivo ele também compõem a categoria neutra porque quando a gente fala de ser humano o que nos vem à cabeça é um homem aliás na língua portuguesa quando a gente fala os homens a gente também está abrangendo muitas vezes as mulheres estamos nos referindo aos seres humanos ninguém fala mulheres se referindo a seres humanos nós usamos a palavra mulheres para se referir a uma singularidade da espécie humana e porque é que o homem não constitui uma
singularidade da espécie humana é essa questão que ela vai se colocar assim o homem é considerado um sujeito ea mulher é considerada o objeto porque na verdade a gente tem essa tendência a gente enxerga como um sujeito e tudo aquilo que não é a gente é o diferente é ou não eu é o negativo é objeto todo mundo tem essa tendência então todas as vezes que a gente foi buscar na filosofia ou em outros estudos a gente vai encontrar essa visão masculina da mulher como sendo o outro ou seja como não sendo um homem por
exemplo como que o aristóteles caracterizava a mulher para aristóteles não existiam dois tipos de sexo essa idéia de dois sexos ela é muito recente ela só vem lá e depois da do advento da biologia então como é que se como que se constitui um homens e mulheres só existe um sexo mas quando o bebê está ali na barriga da mãe sendo gerado e ele recebe muito calor ele consegue se desenvolver completamente os seus órgãos ainda fora e ele se transforma em um menino se durante a gestação não houve calor suficiente a mãe não recebeu calor
suficiente o feto se torna em completo os órgãos ficam pra dentro e ele se torna uma menina ou seja qual é o significado de mulher para aristóteles exatamente um homem completo ou não um homem ou negativo esse tipo de discurso também será possível de ser identificado contou euros contra os judeus contra os proletários só que existe uma pequena diferença normalmente as pessoas enxergam o outro a outra pessoa como negativo como não eu isso também vai acontecer com os negros quando enxergam os brancos ou com os judeus quando enxergam os não judeus ou com os trabalhadores
quando enxergam os patrões assim existe uma reciprocidade nessa idéia de outro embora os homens brancos possui uma hegemonia de pensamento e são eles que vão escrever sobre os negros trazendo a ideia também do negro com o outro muitas vezes os negros não vão se enxergar como o outro isso também vai concorrer com judeus e isso também vai ocorrer com os trabalhadores e simone de bodes mas com as mulheres não têm essa reciprocidade porque as próprias mulheres enxergam como o outro porque as mulheres enxergam como o outro e nenhuma outra categoria consegue se enxergar assim porque
que elas aceitam a própria submissão porque elas entendem que o homem é sujeito e elas é o objeto porque elas compartilham dessa ideologia com os olhos e ela nos dá e três tipos de resposta então primeiramente porque as mulheres não possuíam os meios concretos para se constituir comunidade a partir disso se afirmar ea então o seu por enxergar o outro como o outro como negativo como objeto e por que elas não possuem esses meios concretos no caso dos judeus à região une os judeus no caso dos trabalhadores é o próprio trabalho os problemas as dificuldades
que eles vão encontrar dentro do trabalho que fazem com que eles sintam unidade trabalhadora e com que o patrão seja encarado como o outro como inês em siau no caso das mulheres não tem como ela se afirmar essa unidade não tem como ela se reúne e por que elas estão dispersas entre os homens elas têm outros tipos de laços entre os homens é muito diferente você pensar numa relação entre o trabalhador e o patrão e você pensar uma relação entre uma mulher e um marido entre filha e thai ou entre tia e sobrinho ou entre
tio e sobrinha são relações muitas vezes familiares que dificulta o reconhecimento dessa unidade a segunda resposta que ela dá é que as mulheres elas não têm história não existe um momento um começo da onde teria começado a opressão feminina ela sempre esteve aí ela está em e por fim ela disse que muitas vezes é confortável ser o outro porque pode até ter o lado ruim ela fala o caminho de ser o outro pode constituir muitas vezes um caminho nefasto porque você se sente estranha suas próprias vontades por que você não transcende porque você não se
constitui como um sujeito mas por outro lado é um caminho fácil porque não tem aquela angústia aquela angústia que a gente sente quando a gente tem liberdade aquilo já está dado somos objeto então muitas vezes as mulheres se comprazem em ser o objeto são muitas vezes os homens vão encontrar nas mulheres profundas com cumplicidades durante a opressão às mulheres vão aceitar este papel de outro ao lado dos homens esse papel de inocente ao perante o essencial que seria os homens mas aí tem uma outra questão que a simone de beauvoir coloca porque o mundo sempre
pertenceu aos homens ela diz a gente tem inúmeras justificativas tentando provar em inferioridade feminina para tentar justificar por que as mulheres nunca comandaram mundo ou nunca dividiram o mundo igualmente entre os homens no entanto todas essas justificativas são pra ser pensadas 2010 desconfiada essas justificativas nenhum é totalmente válida porque essa justificativa foi feito a partir dos homens ou seja a partir de uma perspectiva masculina sobre o que é ser mulher então dá pra desconfiar né aqui a gente pode perceber que ela está formulando a idéia de androcentrismo ou seja é pensar que o problema das
mulheres está justamente porque os homens que construíram o mundo e eles construíram um mundo a partir da sua perspectiva colocando é um lugar pra eles como sujeito como essencial e colocando um lugar para as mulheres como objeto como inês em siau e o problema às vezes é muito mais profundo do que a gente pode imaginar então por exemplo revolução industrial o movimento feminista aumenta muito é a gente tem um movimento das operárias as mulheres que saem à rua para protestar para reivindicar por direitos se o feminismo por um lado está crescendo a reação contra o
feminismo também cresce e isso é sempre na história é só as mulheres reivindicarem seus direitos que aparece um monte de reação contra só que às vezes essa reação vem de forma um pouco mais sutil às vezes essa reação ela vem pelas idéias pela ciência pela filosofia e não somente pela violência porque a gente sabe que durante essa esses protestos principalmente das operárias as mulheres foram reprimidos violentamente mas precisava existir ali alguma ideologia que justificasse a inferioridade feminina e durante a revolução industrial foi justamente a biologia que era um conhecimento que estava se desenvolvendo cada vez
mais que veio para justificar a inferioridade feminina trazendo a idéia de uma natureza inferior vale lembrar que a biologia já usou se diversas vezes de biologia não de uma pseudo ciência para aprovar a inferioridade do outro isso aconteceu também com os negros num período de que o racismo foi científico tentou se provar a inferioridade dos negros por meio da biologia na segunda parte dessa obra a semana de voar vai investigar a história então ela vai trazer a história da opressão feminina 10 lá na antiguidade até os dias de hoje e aí nesse momento ela coloca
algumas questões até hoje atuais como por exemplo a os salários e menor ou a legalidade ou não do aborto a idéia da sexualidade feminina e por aí vai em nenhum momento ela vai defender ou não essas idéias ela só vai colocar com elas foram é tratadas de modo diferente durante a história na terceira parte ela fala sobre mitos ou seja como se deu uma simbolização uma mistificação a respeito das mulheres por meio das lendas por meio dos mitos e também por meio da literatura e aí para terminar a obra ela escolhe alguns autores que utiliza
esse simbolismo feminino que normalmente inferiores a mulher e refuta esses autores aí ela termina a obra dizendo ou melhor admitindo que as mulheres são de fato inferiores mas elas são inferiores não por uma questão de natureza ou por uma questão de essência por uma questão de construção social fosse construído uma existência feminina que fez com que ela fosse inferior e aí cada pergunta essa situação de inferioridade existe mas resta resta nos saber se ela vai de fato se perpetuar a segunda parte da obra experiências vividas é aqui que eu já falei pra vocês que ela
vai mostrar como é a mulher mais se constituir quais são as experiências que vai fazer com que a mulher seja assim e não de outra forma e ela começa o texto dela dizendo assim não se na se mulher torna assim uma frase muito famosa e muito polêmica mas o que ela está dizendo com isso na primeira obra ela já provou que não existe uma essência feminina e o não se nasce mulher mais torna se é a mesma coisa que aquela frase lá do sartre que é a existência precede a essência ou seja não existe uma
essência feminina então você já não nasci mulher você vai se tornando por meio de práticas durante a sua existência e ela vai colocar as experiências que as mulheres vivem normalmente no caso mais tradicional não todas mas a grande maioria é a partir da infância então o primeiro capítulo dessa obra é denominado formação onde ela vai mostrando como que vai se formando a menina na infância na sexualidade durante todo esse período a segunda parte se denomina situação que ela vai escrever justamente qual é a situação feminina com a situação que a mulher casada se encontra que
a prostituta e por aí vai gente a obra é extremamente densas em traz muitas reflexões cartas enfim ela aborda muita coisa mas basicamente ela está mostrando como essa mulher tá se construindo veja que ela é uma existência lista então a primeira obra foi pra provar não existe essência e agora a essência que a mulher está construindo aqui é sobra às vezes chega até mesmo incomodar porque é uma mulher que não tem muito para onde escapar e ela vai realmente se construindo como alguém inferior como alguém é essencial como alguém que depende do homem em alguns
momentos essa mulher vai tentar escapar e transfer de então a na terceira parte que a simone de beauvoir vai mostrar como essas mulheres buscam trans e de sódio tem um problema essa transcendência termina sendo individual as mulheres acreditam que elas sozinhas ou conseguir superar o machismo e conseguiu transcender e simone de beauvoir entende que não ela entende que a transformação tem que ser mais profunda se a gente não mudar essa estrutura androcêntrica toda pensada a partir de uma perspectiva feminina de nenhuma forma as mulheres vão conseguir transcender ainda que elas pensem que sim e aí
como a gente está aqui construindo a existência da mulher ela vai explicar como é que cada mulher tenta transcender é de forma individual e isso termina não dando certo e ela vai pra último capítulo que se chama mulher independente ou seja que já é possível perceber que as mulheres foram mudando é que já tá parecendo uma certa luz quando a gente pensa na idéia de uma mulher independente que vai surgir o que esta mulher independente esta mulher que já adquiriu seus direitos que agora pode votar e que principalmente agora pode trabalhar e é por meio
do trabalho que ela vai sair de casa que ela vai conseguir um projeto que ela vai conquistar a outras coisas que ela vai adentrar ao mundo da cultura que finalmente ela conseguiria ser mais ou menos igual ao homem igual no sentido de que ela também estaria construindo a sua própria existência com o sujeito então supostamente aquela mulher que não fica presa casa que não é dona de casa que sai para fora para trabalhar com que estaria finalmente a sua transcendência se constituindo como sujeito e acima de búfala só que não isso não acontece porque normalmente
a maior parte dos trabalhos não só entre as mulheres constituem exploração então a maior parte das pessoas que trabalham são exploradas e uma exploração não liberta ninguém muito pelo contrário termina aprendendo mais e mais ainda que as mulheres trabalham elas ainda não conseguiram se livrar do trabalho doméstico e isso piora a condição de vida das mulheres porque se antes elas tinham o trabalho doméstico agora elas têm além do trabalho do méxico o trabalho fora constituindo então uma dupla jornada ou até mesmo uma tripla jornada se a gente for inclui aí a criação dos filhos além
do que o trabalho das mulheres não vão alcançar mesmo sucesso que o trabalho dos homens alcança seja por preconceito seja porque a vivência feminina não permite chegar a isso ela cita por exemplo kafka e van gogh uma mulher não conseguiria chegar a ser um carro nem o forró porque porque as experiências que são proporcionadas para elas são muito diferentes das experiências desses grandes artistas escritores e pensadores então elas não conseguiriam transcender a tal ponto e além de todo o preconceito que ela sofre isso me lembra um pouquinho a o livro da virginia woolf chamado teto
todo seu em que ela passa a imaginar a irmã do shakespeare então ela imagina que existe uma irmã do shakespeare e que têm exatamente os mesmos talentos que o shape só que o destino da irmã do shakespeare não é tão feliz quanto shakespeare ela não alcançou o mesmo sucesso termina inclusive se suicidado justamente pela questão do gênero ea simone de beauvoir atrás aqui essa mesma reflexão então se os direitos não foram capazes de libertar na prática as mulheres eles só ficarão na teoria se o trabalho também não foi capaz de libertar as mulheres de mudar
a situação feminina então qual seria a resposta a cerimônia de pedro a diz que a gente tem que transformar a estrutura que essa condição econômica modificada que é onde as mulheres adentraram ao mundo do trabalho não foi suficiente porque o mundo ainda é masculino o mundo ainda é um dos entre cusco então a única solução seria modificar a estrutura desse mundo trazendo uma perspectiva feminina para o mundo ou seja mulher deixar de ser o outro ela e também não significa que ela vai fazer do homem também um objeto mas o homem um sujeito ea mulher
também um sujeito e ela mesmo criar a sua existência e não ser colonizada por idéias estranhas que são idéias do homem e aí ela termina esta obra com uma poesia muito bonita de um poeta francês chamado rango e este lindo poema vai aparecer aí na sua tela para a gente finalizar essa aula então diz o rambo os poetas ceron quando for abolida a servidão infinita da mulher quando ela viver para ela e por ela tendo libertado o homem até agora abominável ela será também poeta então a mulher encontrará o desconhecido divergiram dos nossos seus mundos
de idéias ela descobrirá coisas estranhas infunda weiss repugnantes deliciosas nós aceitaremos nós compreenderemos então espero que vocês tenham entendido um pouquinho da obra da semana de voc é isso o primeiro volume consiste é tentar provar e aí por meio de muitos argumentos de uma literatura muito densa de que não existe de fato uma essência feminina já pronta já estabelecida e o segundo ela vai tentar mostrar a existência feminina como que foi construída essa essência e de fato as essência é se cristalizou tornando a mulher inferior ao homem mas mostrando que o que fez isso foi
exatamente a existência ea existência a gente pode mudar e essa proposta da semana de boal espero que vocês tenham gostado da aula espero que tenha dado um pouco de vontade para a obra claro para quem ainda não leu e a gente fica a gente se vê então no próximo vídeo beijos pra vocês [Música]
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