[Música] ó é é curioso porque o próprio bohan diz assim a complexidade sempre esteve aí quando você olha uma floresta ela é complexa tem várias formas de vida interagindo entre si se regulando uma se alimentando da outra aí tem chuva aí tem qualidade do solo aí tem vento tudo isso tá a serviço de tudo né então a complexidade sempre esteve aí então eu saio como colocou de um modelo ideal eu tenho uma entrada de grana Eu tenho um saída de um produto com um preço tal e os meus riscos estão controlados só que não isso
sai o budg sai o plano de negócio sai o Blint do negócio maravilhoso aí vem os mundos vula né b e tem falta de matéria prima e tem problema de mão de E aí esse ponto ideal que estava entre a produção o risco e a a grana começa a deslocar eu sei que desde a do do que o mundo né entrou pra era da internet dessa interconexão global que a gente vive a gente já vem sentindo os sintomas da da questão da complexidade ou seja não tem mais como escapar como esconder mas eu acho que
a a eh especificamente a pandemia ela troue para um dado de realidade muito evidente que uma coisa que acontece lá na China nos afeta [Música] né bom hoje eu recebo aqui no canal SSM em pauta para falar sobre complexidade na segurança a Carla mikos a Juliana blei o Adilson Monteiro sejam muito bem-vindos ao canal ssma em Pauta Obrigada Rogério Obrigada Rogério uma alegria est aqui com vocês e da minha parte também já já já tive o prazer de conversar com com o Rogério e sempre sinto muito muito bem olido aqui num conversa muito boa e
agora eu tô aqui de guarda-costa dessas duas aqui que na verdade eu vim só para poder fazer o apoio Logístico para elas porque na verdade eu vou est assistindo elas também eh nessa nessa nessa tarde dessa forma de de representar um conhecimento de altíssima qualidade é muito bom né Eu acho que a gente hoje vai sair os quatro aqui fumacinha da cabeça né porque você escolher o tema hein Rogério Bom assunto assunto é interessantíssimo né dá e dá dá para falar bastante tempo sobre né mas antes da gente começar eu sempre peço para né o
Adilson e a Juliana que já já fizeram outros vídeos comigo aqui sabe que eu sempre peço para fazer uma breve apresentação mesmo você sendo né profissionais muito conhecidos na na na nossa área né Mas sempre tem alguém que né que tá iniciando que pode não conhecer então eu sempre peço fazer uma breve apresentação falar um pouquinho né de onde é que sessão qual a formação qual atuação profissional né só pro público né se situar quem não quem não conhece que eu acho muito difícil alguém não conhecer vocês mas Carlinha você que tá inaugurando aqui sua
participação começa aí pode ser então eu sou a Carla mikos Eu Sou psicóloga eh atuante né an dentro da área da segurança do trabalho já tenho uma experiência de 19 anos dentro dessa área que não foi de cara uma escolha minha né porque até dentro da Universidade na minha época a gente não ouvia falar sobre a área de segurança do trabalho eh eu sempre fui alguém interessada por áreas emergentes da segurança da da psicologia e desenvolvi alguns trabalhos acadêmicos eh relacionados à psicologia do Consumidor etc que trabalhos meus tiveram uma visibilidade assim né dentro da
academia e tal e aí eu fui convidada né para para trabalhar numa numa livraria né na na minha região uma rede de livrarias fazendo um trabalho bem específico na área de psicologia do Consumidor e enfim e nessa oportunidade eu vim a conhecer ser né ã um consultor que tava trabalhando desenvolvendo uma linha de mestrado na época da psicologia da segurança do trabalho e eu comecei a me aproximar né Eh e comecei a trabalhar eh entrei no ambiente Industrial a primeira vez né e eu me lembro muito bem que me falaram olha vai ter uma panela
de aço e e eu falei ah o que que tem vai ter uma panela de aço né e assim né Gente eu não tinha ideia do que do que que se tratava então Eh eu falo que todo o conhecimento que eu tenho hoje da segurança do trabalho veio da prática veio do contato com as indústrias com os ambientes de negócio e hoje eh eu tenho a minha empresa que é a única eh ela tem esse nome de única porque eu acredito eh piamente que cada organização a é única que cada organização precisa ser entendida em
suas dores e necessidades específicas eu não acredito em fórmulas prontas eu não acredito que a gente pode sair replicando modelo sem escutar e entender ali né E isso vem da minha caminhada aí desses 19 anos eh que eh eu tenho trilhado né dentro dessa área da Psicologia aplicada na segurança do trabalho Aprendo muito né ainda tem muita coisa que a gente pode desbravar aprender e os meus clientes e os meus parceiros me ensinam muito Então essa é um pouquinho de quem eu sou e da minha trajetória legal obrigado Carla antes que o Adilson dê a
a né a palavra pra Ju que eu sei que ele é um cavaleiro já vou pedir pra Ju se legal então eu sou Juliana também psicóloga eh eu e Carla aí passamos bons anos né Carla de mãos dadas aí desbravando as indústrias aí de vários tipos né indo em Siderúrgica embarcando em plataforma e descendo em mina então tenho um orgulho da gente ter passado anos aí caminhando juntas e até hoje a gente aprende uma com a outra né então uma delícia est com você aqui eh também eh eu eu na na faculdade eu eu comecei
a a a me dar conta do trabalho humano pela linha da saúde mental que naquela época 90 e alguma coisa era basicamente eh pautada pela Universidade né Pesquisa científic sobre o trabalho enlouquece o trabalho adoece o trabalho gera sofrimento psíquico mas também gera sobrevivência e eu já tava encantada com isso qualidade de vida e saúde mental no trabalho quando eu fui também Descobri que tinha um olhar pra questão do acidente né e aquilo me chamou pela gravidade né e e por eu ter uma história pessoal também muito eh costurada por acidentes graves na minha família
né Eh eu perdi pessoas importantes da minha família em acidentes graves e e isso era uma coisa que me impactava assim e será que realmente dava para ter evitado isso né foram várias perdas né de avôs meus os dois avôs paterno e materno né morreram em acidentes Prim uma prima minha então tragédias que foram mudando o curso da minha família e na hora que eu olhei para esse lugar de puxa eh o acidente é algo que a gente pode fazer alguma coisa isso me pegou na época e também essa contradição né Eh as pessoas vão
ao trabalho ganhar vida e elas ganham a morte ali como é que é isso né como é que por que que essas coisas acontecem então isso começou a me incomodar e me povoar naquela época e e eu sempre fui uma pessoa também muito interessada em aprendizagem né porque que como é que as pessoas aprendem principalmente adultos né como é que a gente cria ambientes de aprendizagem aonde as pessoas realmente saiam transformadas e possam transformar suas vidas e empoderadas né a psicologia é uma prática que envolve esse refinamento humano né mesmo na clínica né você vai
paraa terapia para olhar quem você é e aprender a a a conviver com quem você é de um jeito minimamente saudável né se relacionar de um jeito minimamente saudável e a minha paixão pela psicologia era já era nesse lugar da aprendizagem né e e da da promoção de saúde e aí já engatei no mestrado nessa área e tudo eh sempre curiosa né como é que a gente leva conversas importantes aprendizados importantes coloca em cima da mesa conversas difíceis e tenta encontrar maneiras de que esse sistema humano e hoje a gente fala sociotécnico né pudesse ser
um lugar de saúde né e não um lugar de dor um lugar de Sofrimento então isso sempre me Manteve eu já briguei com área de segurança várias vezes a Carla sabe já tive teve uma uma crise que eu tive quando eu saí né da Consultoria e fiz um sabático que eu dei todos meus livros a Carla ganhou um monte gan saí distribuindo eu não quero mais saber desse negócio de segurança essa gente é muito hipócrita essas empresas aí com a vida humana mas daí depois o bichinho ativou eu falei não cara não dá para sair
porque tem muita coisa para fazer então eu venho nesse nessa relação de prazer e sofrimento também com a área de saúde e segurança né pessoal mas a paixão fala mais alto legal Adeus bom legal Depois dessa dessa introdução deixa eu entrar aqui quietinho né com essas Du sem muita modéstia é bom eu não sou psicólogo né Eu sou do outro lado que a que a Ju A Ju já brigou um dia Engenheiro engenheiro mecânico né Eh com com a especialização em produção eh acabei fazendo direito também por conta até da segurança né porque como é
uma parte muito legalista né Essa parte de eh eh toda parte de legislação muito forte na segurança e acabei também fazendo outras coisas como eh própria engenharia de segurança né E também a algumas Vertentes do lado do negócio né Fiz um MBA em gestão de negócios fiz um fiz também um um uma pós-graduação em psicopedagogia olha só tem um pezinho aí também com ela sabe Para justamente nesse ponto que a Ju falou eu tinha eu tenho ainda essa essa também esse bichinho de entender como é que as pessoas aprendem né então eu fui fazer psicopedagogia
justamente para entender Por que que Porque que o ser humano aprende principalmente o adulto aprende né que para mim era fundamental dentro das relações do trabalho né Eh e eu já tô nessa vida há 25 anos né liderando equipes de segurança sempre em multinacionais eh consegui fazer alguns trabalhos fora do país que deu uma visão um pouquinho de de culturas diferentes né E tenho atuado aí também como eh descrevendo um pouco a respeito da segurança Filosofia de segurança eh tenho feito algumas palestras e e e e apresentações dentro dessa dessa linha de uma segurança mais
humanizada né então Eh gosto de falar s so o desempenho humano organizacional hoje eu atuo na Amazon como como um designer de segurança que é uma coisa que não tem aqui no Brasil fic contratado só para para ter essa posição aqui eh onde a gente vai trabalhar a a segurança na sua origem né na origem dos projetos na origem quando nasce que é mais barato e mais eficiente então é o design for Safety que eu que eu tenho falado aí ao longo do tempo que eu entendo hoje que faz muito sentido para as empresas e
é o caminho eh para unir esse lado humanizado com o lado de dinheiro né o dindim das empresas tem que ser eh eh valorizados e otimizados Então esse é um caminho que eu tenho trilhado e tô aqui aprendendo com essas duas aprendendo com você ão me nessa nessa caminhada aí de de aprendizado contínuo legal eu eu eu digo se já falei outras vezes né que o canal me proporciona esses momentos aqui que são são muito incríveis né únicos assim de de reunir profissionais eh do gabarito de vocês pra gente fazer um bate-papo descontraído né Eh
leve não é nada né pesado mas que tem contribuído aí acredito que pro pro aprendizado de muitos profissionais né então Claro que não dá tempo pra gente ficar né não é uma aula é um bate-papo então tem muita coisa mas serve para despertar né Eh curiosidade mais até sobre os assuntos né então e e já já já pegando esse gancho né a gente que trabalha no mundo corporativo e o nosso assunto aqui a gente vai falar sobre complexidade na segurança né a gente a gente vive falando né Há muito tempo Ná no tal mundo Vulca
né volátil inserto complexo ambíguo né Eh mas até que ponto as pessoas às vezes eu pergunto até que ponto as pessoas entendem o o conceito realmente de complexidade né então para pra gente introduzir esse assunto do nosso bate-papo tu pode nos explicar esse conceito legal eh quando a gente começou a a conversar sobre né Vamos falar de complexidade me vem essa essa veia né Eh pesquisadora em mim e principalmente né da das ciências humanas que a necessidade que a gente tem de um certo letramento né na área de segurança de algumas palavras que a gente
usa assim meio solta sem saber muito a onde aplicar o que que será que é isso mas aí entra na moda daí a gente fica repetindo e complexidade e pensamento sistêmico elas estão acho que hoje no meu no na minha pirâmide de incômodos elas estão ali no topo a gente tá muito falando de complexidade muito falando de pensamento sistêmico e agindo sem considerar isso ainda né então eu fico eh com vontade de compartilhar né para mim o principal autor de complexidade hoje é o Edgar mohan que é uma um epistemólogo né alguém que dedicou boa
parte da sua vida e da sua obra a estudar complexidade então eu já deixo aqui uma dica para quem quiser é um é não é um livro fácil de ler tá gente mas dá para dá para degustar que é introdução ao pensamento complexo do Edgar mohan um livrinho fininho dá um certo trabalhinho pro pros neurônios mas ele ajuda a gente a expandir o olhar e e traz alguns elementos legais e eu queria colocar eles como tempero aqui não para ficar dando aulinha mas para colocar temperos porque todos eles que eu destaquei aqui eles têm gancho
com as práticas que a gente busca fazer nessa área ou percebe a necessidade de fazer né acho que a primeira coisa é a gente separar o que é complexo do que é complicado eh isso é uma coisa que as pessoas eh fazem essa polarização né O que tem coisas são complexas Tem coisas que são simples e eh em termos teóricos Não é bem assim né eh a simplificar é um jeito de recortar a complexidade né mas eh transformar algo complexo em algo simples eh e muitas vezes é impossível transformar uma aciaria como a Carla começou
a falar aqui né num um processo simples não dá transformar uma uma um o centro de distribuição da Amazon num processo simples não dá dá pra gente simplificar algumas partes dá pra gente trazer eficiência e e enxugar Perfumaria né que é uma coisa que a gente tá falando muito na área dá agora simplificar o complexo já é uma coisa que é é é uma barreira né então a complexidade tem a ver com a gente olhar o todo eh sem excluir as partes então é muito simples a gente olhar pra gente mesmo né o corpo de
cada um de nós aqui é um corpo complexo é um sistema complexo nesse exato momento tem um monte de células funcionando replicando um código de DNA que é bem complexo né E criando Nova Vida dentro da gente células morrendo e digestão acontecendo e tempestades sinápticas aqui no cérebro tudo isso tá acontecendo agora né então nós somos um sistema complexo ou seja tem muitas camadas acontecendo ao mesmo tempo e elas se interconectam e torna ainda mais complexo os sistemas vivos e a gente pode enxergar uma fábrica como um sistema vivo um sistema aberto a gente troca
com o meio então a gente eu tô aqui bebendo um chá tô dando informação pro meu corpo né Eu tô aqui expirando eh eh ar e para fazer troca de ar eu tô escutando barulhos lá de fora eu tô trocando com vocês então Além de a gente ser um sistema complexo a gente tá inserido no em vários outros sistemas complexos isso dá um nó na nossa cabe cabça e o primeiro Grande Desafio de conversar sobre complexidade é a gente poder enxergar essa rede de conexões e sistemas dentro de sistemas e não ficar com vontade de
reduzir tudo isso a uma coisa a mais Eh um mais mais um é igual a do né Eh tem várias outras outras camadas nisso não é tão simples assim eh então eh complexidade tem a ver com enxergar o todo funcionando ao mesmo tempo e trocando com ambiente aí o Moran traz três princípios que são muito certeiros pra gente conversar sobre as a nossa área o primeiro deles é o princípio dialógico né diálogo é é é interação entre dois então o primeiro desafio de pensar complexo é Superar as polaridades difícil para dedel né numa área onde
a gente fala de certo e errado correto em correto adequado inadequado compliance não compliance quando a gente fala depende Calma aí o que é correto aqui não é bem correto AC lá que era o que a Carla falava né falava da unicidade do sistema eh Isso é muito difícil na nossa área que é uma área que tá acostumada no cara crachá né Tá na lei é certo não tá na lei tá errado tá no procedimento é certo não tá no procedimento tá errado e isso gera uma uma um vício num uma fantasia de controle Temos
nessa área uma fantasia de controle se sistemas controlados Ultra controlados controlamos pessoas controlamos máquinas controlamos procedimentos e aí a gente tem essa essa essa fantasia esse Delírio de controle que tá sempre presente também nas nossas análises nas nossas conversas né então o primeiro princípio dialógico Vamos superar as polaridades e entender que certo e errado dependem da onde isso acontece e aquilo que é certo para uns é errado para outros enfim tem uma uma a integração entre o certo e errado que a gente precisa fazer segundo princípio é a recursão organizacional que ele chama né então
que é a gente produz o meio e é pelo meio produzido tem uma máxima na psicologia que é o o ser humano transforma o mundo e é pelo mundo transformado Então quem manda em quem quem controla quem quem tá no comando de quem então também essa ilusão que a gente tem de que manda quem pode obedece quem tem juízo Ela é bem relativa e de que se a gente desenha o procedimento e ele tá estaticamente correto quando ele vai pra prática ele vai ser estaticamente feito é uma ilusão a gente produz um pensamento esse pensamento
vai pra realidade a realidade muda o pensamento que vai mudar o procedimento né então a gente precisa ter essa essa lógica viva que o trabalho real organiza o trabalho ideal o trabalho ideal organiza o trabal real e Que bom o comportamento da empresa influencia o comportamento individual comportamento individual influencia o comportamento da empresa e não tem começo não tem fim não tem quem v o primeiro o ovo ou a galinha né são dois processos Auto organizadores eh e o terceiro princípio que ele traz que é bem conhecido o pensamento sistêmico é o todo está na
parte e a parte está no todo então você é produto do seu DNA né característica né cor de cabelo cor de olho altura eh predisposição a doenças e tal e isso tá no todo do meu corpo meu corpo inteiro é espelho do Meu DNA Mas lá dentro de cada célula também tem um espelhinho De Todo O Meu DNA então O todo que eu sou tá lá em cada partezinha das minhas milhões de células e aquilo que tá lá dentro das minhas milhões de células tá visível aqui nisso que eu sou Então essas três ideias elas
tiram a gente do chão elas elas põem D Dão trabalho pro nosso pensamento porque a gente não tá acostumado a pensar assim Então queria deixar essas ess essas quatro esses quatro ingredientes aqui pra gente poder degustar juntos e explorar juntos tô falando né me vem a cabeça o quanto as empresas ainda não não entendem o que que é complexidade né então ainda mais a nossa área que é muito né compli ou não compli né então eh a partir vocês né todos aqui com bastante experiência seja em consultoria seja né o Adilson em em empresas de
grande porte Eu também né trabalho na área aí bastante tempo eh O que que vocês já viram né Eh e que poderiam compartilhar com a gente aqui de que forma a complexidade impacta ou interfere nas questões de segurança do trabalho eu acho que o assunto é muito maior né a gente fala em complexidade eu acho que nenhum processo das empresas ainda entendem né o conceito de complexidade mas voltado paraa Nossa área né O que que vocês acham que interfere ou impacta vamos lá Carla por favor eu ia falar quem fala primeiro né Eh mas eu
queria falar uma coisa que é algo que desde que eu comecei a trabalhar nessa área me chama muito atenção né Eh talvez não exista dentro da organização né alguma coisa que eh convide tanto as pessoas para olhar para si do que um um acidente né ou alguma coisa indesejada que aconteça né que convide mais as pessoas para olhar para essas questões que por exemplo a Juliana acabou de falar do que essa algo que a gente que é um algo que a gente vê ali que é completamente indesejado inesperado né pela pessoas que é o caso
de um acidente e um dos primeiros conceitos que eu aprendi dentro da Psicologia voltada paraa segurança do trabalho é que todo acidente é um sintoma da organização é algo que vem para contar pra gente que a gente precisa olhar para outras coisas que a gente não tá olhando ainda né que eu acredito que é exatamente isso né como é que a gente pode começar a olhar para pontos aspectos decisões escolhas ou até comportamentos normos que a gente tem tido e que não estão alcançando um resultado satisfatório ou estão penalizando as pessoas dentro desse processo então
eu entendo que é é extremamente desafiador né e e paradoxal quase a questão do do acidente convidar a gente para ver isso mas talvez lá uma perda mecânica um acidente material não vá chamar tanto a gente convidar tanto a gente para olhar para nós e assumir determinadas responsabilidade sobre algumas situações decisões e e processos que a gente vivencia dentro da organização Então eu acho que a primeira coisa que a gente precisa é talvez superando um pouco essa questão da da polaridade né de de falar assim puxa ou é isso ou é aquilo é a gente
poder entender O que que a gente pode aprender com isso que tá acontecendo né Qual que é a minha parcela de responsabilidade nisso então acredito que esse essa esse é um dos principais pontos assim para mim em relação à segurança e complexidade legal muito bom bom eh eu da minha parte vou trazer pro meu mundo de engenheiro para para poder falar um pouquinho da complexidade eh na verdade eh toda nossa formação né Rogério é a gente tá no mundo neuton Iano né tudo e e e dentro desse dessa dessa questão da da complexidade na verdade
você tem vários mundos lá dentro né existe um mundo simples x + y ig a z e funciona muito bem isso esse é o mundo simples e tem isso nos processos muitos processos são construídos dessa forma principalmente a mecânica é feito disso de todas as máquinas depois você tem um um mundo complicado como a Ju colocou né que você não tem só uma causa raiz mas você tem várias causas raiz você tem V várias variáveis você pode colocar em fórmulas que aí você consegue definir não mais reta uma elipse uma tendência logaritm Mas você ainda
consegue eh eh ter matematicamente a definição da realidade que você tá vendo quando você entra na na complexidade Você tem uma coisa que não é mais variável mas sim interações Qual é de uma forma prática Qual é a diferença entre complicado e complexo complicado por exemplo posso pegar essa caneta aqui desmontar ela se eu prestar bem atenção eu consigo montar ela ou seja eu pego um todo divido em partes junto essas partes e fica ainda aquela forma original eh que eu que nasceu no complexo eu desmonto as partes e como há interação essas partes começam
a se interagir E se eu tentar juntar novamente aquela realidade original já não existe mais é uma outra realidade então a complexidade tem esse dinamismo E aí tem um um ponto que no caso nosso sai do mundo neoniano que é o chamado ser humano ou seja ele interfere como a Ju bem colocou ele cria o seu mundo e é modificado pelo seu mundo de uma forma constante né E você tem uma outra eh etapa dessa complexidade que é o mundo caótico onde você só tem interações você não tem razões né as guerras que estão aí
no no nosso mundo mostram bem isso a gente não sabe qual é a causa raiz a gente tem especulações em eh direções mas não uma causa real e você só tem o quê os efeitos né o a gasolina e o diesel aumentando aqui no Brasil com um negócio de dezenas de milhares de quilômetros longe daqui e estamos sofrendo na nossa vida a gente não sabe o que que acontece então a a complexidade é a soma de tudo isso até um pedaço do caótico existe dentro da da da da da da complexidade logicamente dentro do mundo
eh organizado nunca deixa ser o caótico o caótico quando tem um acidente né que daí você tenta eh eh eh neutralizar as as ah as as formas que apareceram né E aí vem a história da segurança é uma estrutura emergente do processo justamente por causa dessas interações né então quando você olha essa questão da complexidade eh eu até trago aqui um eu gosto muito do desses dois autores eh escreveram um livro chamado a teoria eh da complexidade e eh e e a relação da cência social eh eh dois professores eh lá da do Reino Unido
o o David burnie e a Jill cahan e eh e eles colocam isso como estado de arte quando você coloca esse social dentro de uma teoria complexa porque daí você reforça essa variabilidade não somente do indivíduo mas também do grupo social e isso impacta muito na segurança porque aí esse esses dois autores tá o David e a Gil eles colocam também bebendo do do eh eh do Moran eh quatro princípios para ele queun que funcionam dentro desse mundo social e complexo o primeiro de tudo que não é linear Isso é óbvio então o que que
impacta no no na na segurança procedimentos lineares não funcionam Porque eles estão sempre sendo modificados por quê Porque acima de tudo o social ele tem uma auto-organização é natural da evolução humana se auto-organizar por isso que nós somos a espécie mais eh proeminente na na na na face da terra mais poderosa foi pelo pela associação não foi pela força do indivíduo ou das suas capacidades individuais e finalmente essa essa essa essa essa essa junção dessa dessa convulsão social que tá dentro da da empresa com todas as culturas todos os desejos tudo aquilo que tá acontecendo
você tem o surgimento Então você não tem a previsibilidade do mundo neuto e isso capota o caminhão de melancia de todos os engenheiros na curva como a colocou e a Carla também não há como PR e eh e ter uma previsão daquilo que vai acontecer no processo na máquina até eu consigo mas quando eu coloco o ser humano interagindo com a máquina até essa máquina ela tem também a sua personalidade né você veja nos carros de Fórmula 1 São máquinas muito parecidas e de repente os ajustes que se fazem pelo homem Você tem uma mais
eficiente que a outra menos eficiente né e finalmente todo o sistema ele tende que é o quarto princípio que eles colocam uma evolução natural que é aquilo que a Ju colocou naturalmente ou seja o procedimento ele vai evoluir E precisa ter isso e Isso incomoda demais o mundo newtoniano do engenheiro porque Ah eu já fiz o projeto já tá tudo perfeito etc eu não preciso mexer mais não precisa sim porque ele vai est em modificação constante né E essa modificação tem que ser percebida Então olha só então quando você joga a a essa essa complexidade
dentro do mundo da organização na sua pergunta como afeta num profissional de segurança afeta tudo primeiro que eu preciso entender do Social né É é é um fenômeno social segundo eu não tenho previsibilidade terceiro Ele tá em evolução e quarto eu tenho a qualquer todo momento fatos novos que não necessariamente foram previstos naquelas montes de observação que eu faço naquelas pirâmides da vida ou mudando o pessoal de Curral de supervisão para autoproteção quer dizer isso aí é um mundo que não existe dentro da da condição humana e dentro da condição dentro de uma organização então
o o profissional é impactado porque ele tem que aprender esse lado que não que até então não foi nos ensinado nos Bancos escolares É acho que a gente eh eh eu acho que a gente isso cria um dilema dentro da mentalidade tradicional da área não só dos Engenheiros mas dos técnicos e outras profissões que se envolv né Eh que é um dilema entre o mundo ideal e o mundo vivo né Eh então como a gente eh a formação na área a a tradição na área ela é muito fixa né a gente tem a lei prevê
um ideal os padrões políticas prevêem o ideal Aí o procedimento prescreve o ideal e aí vem a Vida Viva do dia a dia e fala cara isso aqui tá pulsando isso aqui tem trocas isso aqui tem instabilidade e E então cria um mal-estar percebo né escutando aí os colegas na no dia a dia um mal-estar muito grande e uma sensação de impotência porque eu fui formado e contratado para estar aqui para estabilizar o rolê entendeu E o rolê é um caos Total horas que o caos tá mais organizado mais caórdico e tem horas que o
caos está mais descontrolado E aí como é que eu faço para para tentar enquadrar a realidade nesse ideal e e e nunca chega e isso também vai a gente acaba criando essa expectativa na alta administração nos gerentes nos líderes nos enfim coordenadores né pessoal que não é da área de segurança mas das nossas áreas clientes a gente foi educando essas pessoas também para ter essa fantasia de ideal então quando um acidente acontece no lugar da gente olhar como a Carla super bem indicou né que o acidente assim como a doença assim como conflito né qualquer
qualquer emergência indesejável de um sistema é um sintoma do que tá acontecendo no todo a gente não consegue olhar isso porque isso pega na dor na ferida narcísica Freud chamaria isso de uma ferida narcísica né eu tava aqui para manter tudo em ordem e de repente tudo descar ou eu devo ser um incapaz mesmo o nosso sistema deve tá errado o nosso modelo de segurança precisa ser revisto esses caras têm que ser demitido a gente precisa eliminar da nossa frente aquilo que fez com que isso indesejável aconteça então no lugar de ter uma resposta de
entendimento profundo do que tá rolando no sistema a gente tem uma resposta de isso não é ideal remove daqui troca faz benchmark vê o que as outras empresas estão fazendo porque isso aqui não tá funcionando né então tem uma coisa de querer descartar a realidade para poder voltar a tentar fazer o ideal virar real é uma luta em glória e e e doentia também em muitos momentos cria uma baita uma frustração também né o que eu que eu vejo trazendo pro pro mundo do do engenheiro é isso né a gente também tá muito mal no
meu entendimento muito mal preparado para isso ISS né a gente não vê isso na faculdade depois a gente não vê no pós-graduação engenheira de segurança né Eh a gente ainda é muito do compliance do padrão né padrão aquele que que tem que servir né a gente fez o procedimento o cara tem que cumprir não não n a gente não aceita que não possa cumprir né aquele procedimento eu brinco né que eu antes de eu casar eu casei com uma artista plástica né então engenheiro civil as cores da minha casa as minhas cores prediletas era preto
branco e cinza né então depois que eu casei com uma artista plástica eu tinha no primeiro apartamento que a gente teve eu tinha uma parede amarelo gema outra laranja o sofá laranja e uma parede branca porque aí eu pude escolher uma parede Pelo menos eu tinha que escolher né então mas eu brinco isso porque assim como mudou a minha a minha percepção de algumas coisas né e eu acho que na formação da engenharia a gente precisa provocar isso né recentemente Conversei com com o Fábio né Eh lá do Maranhão também sobre isso né Eh eu
acho que a gente tem que eh tá provocando esses assuntos também para para para rever aí também né os conteúdos programáticos os cursos técnicos os cursos de engenharia né e Adilson agora direcionado para ti né Vamos falar de engenheiro para engenheiro aqui como é que tu enxerga né os profissionais de segurança os líderes né na atuação dentro desse contexto de complexidade na segurança o acho que o principal a a principal barreira que nós temos que quebrar é uma é uma estrutura fossilizada eh na nossa formação que eu vou trazer lá um modelo do do Rasmussen
eh de 77 mas para mim ele é é genial quando você como Engenheiro como como gestor vai criar alguma coisa um negócio por exemplo você tem o fator econômico quanto dinheiro você vai colocar naquele naquele processo Para quê Para que ele tenha um produto e e que finalmente esse produto seja consumido e Ah e eu quando eu faço essa essa essa ponderação né eu faço o tal do SWAT ou qualquer ferr ISO Eu determino Quais são os meus riscos tanto financeiros como também ah da galera que eu vou colocar nesse processo então eu saio como
AJ colocou de um modelo ideal eu tenho uma entrada de grana eu tenho saída de um produto com um preço tal e os meus riscos estão controlados só que não isso SA sai o budg sai o plano de negócio sai o Blue print da do do negócio maravilhoso aí vem os mundos Vulca né Ban e tem falta de matériaprima e tem problema de mão de obra e aí esse ponto ideal que estava entre a produção o risco e a e a e a grana começa a deslocar porque coisas reais são mais fáceis de administrar dinheiro
é fácil porque eu conto grana eu sei se tá faltando ou não tá qualidade o número de produção de produtos que eu que eu lanço no mercado também tá na minha mão Qual é a única variável que é não é tangível é os riscos então o que que eu faço eu começo a atacar os riscos Ah não nós somos muito conservadores nisso Vamos diminuir um pouquinho vamos acelerar um pouquinho mais o processo vamos dar mais 15% na máquina olha essa matériaprima tá muito top vamos reduzir um pouquinho a qualidade dela porque eu vou conseguir melhorar
o meu econômico e aí o rasun disse escorregar para o perigo né Eh drift danger então ele vai trazendo esse equilíbrio perto no caso da segurança das margens de controle né ao ponto que eu vou só tomar o quando ele pular como a Carla colocou pro acidente Então eu vi que o sistema tá doente né E aí qual a única coisa que consegue brecar esse escorregar do meu ponto ideal para um ponto perigoso é uma coisa chamada ética de valores da companhia onde não são mensurados nem pelo cliente e nem pela grana mas pela existência
da empresa então eu vou falar assim olha daqui para cá eu tenho certeza que eu vou machucar uma pessoa Independente se eu vou perder dinheiro ou não eu não quero meu nome da minha compania sendo eh colocado no mercado então eu assumo o o prejuízo para manter esse equilíbrio ético de valores adequados e e e eu tô dizendo isso porque é justamente o que menos os profissionais de segurança utilizam nas suas argumentações a missão A visão os valores da empresa que é um escudo maravilhoso pra gente a gente tenta falar no dinheiro fala na técnica
d ajudar a escorregar um pouquinho mais mas não fala ó para vocês declararam na companhia que por exemplo aquelas fantasias ah segurança é primeiro lugar Ah segurança é o nosso valor número um etc etc quando é na hora de você colocar isso à mesa para bloquear uma coisa que é n necessariamente vai ser ruim pro trabalhador pra trabalhadora a eu não vou colocar porque eu vou ser mal visto vai defendendo na própria empresa Então eu acho que a primeira coisa que tá focalizada porque a gente só olha essas duas coisas grana e o mundo material
e a gente fica muito distante dessa dessa condição filosófica do ser humano dentro da empresa e aí e é justamente esse ponto que nós temos como profissionais de segurança colocar na mesa e levantar a bandeira e falar olha aqui é o Marco máximo daqui eu não posso passar porque vocês estão violando o que vocês estão dizendo pra sociedade pros acionistas que vocês fazem isso todo dia essa coragem que tá faltando viu Rogério eu acho que essa essa junção é fundamental pro profissional de segurança legal Carla eh Tu Tua bastante tempo aí né Eh no mundo
corporativo também né como consultora enfim eh O que que tu percebe de Barreiras aí na nas empresas eh para que os profissionais consigam atuar né dessa maneira mais inteada aí Abraçando a complexidade no no seu dia a dia nas suas rotinas legal é Primeiro quer dizer que eu fiquei aqui Encantada te escutando Adilson muito interessante né Essa questão do Ponto de Equilíbrio mesmo do negócio e eu acho que isso tem muita relação com a questão da lucratividade do dinheiro do capitalismo se a gente quiser a gente vai longe aqui né nessa nessa linha de pensamento
e e que não dá pra gente escapar né tapar o sol com a peneira e fingir que não é isso porque é né Eh muitas vezes é é essa questão fundamental ali da lucratividade da da da viabilidade do negócio que tá em jogo em primeiro plano sem olhar efetivamente para outras questões que envolvem os valores as crenças e etc né e inegavelmente estamos no mundo capitalista estamos no né temos que fazer a roda girar Como diz né Eh mas eu eu o que eu percebo e eh Mais especificamente gente eu percebo assim depois da pandemia
né mas eu sei que desde a do do que o mundo né entrou pra era da internet dessa interconexão global que a gente vive a gente já vem sentindo os sintomas da da questão da complexidade ou seja não tem mais como escapar como esconder mas eu acho que a a eh especificamente a pandemia ela trouxe para um dado de realidade muito evidente que uma coisa que acontece lá na China nos afeta né Eh assim diretamente e quase que imediatamente e eh trouxe também à tona muitas questões né Aos meus olhos que também estavam encobertas por
n razões assim né a gente começou a ficar mais sensível com H A as questões de cuidado né com as pessoas que que trabalham em casa né as donas de casa que que TM os cuidados domésticos eh ficamos mais sensível com as questões de de fobias né homofobi [Música] etnofoco puxa quanta coisa que a gente vem aprendendo que a gente está muito todo mundo está muito mais sensível para determinados assuntos que antes eu não via antes de de ter essa eh evidência tão grande assim né Eh do quanto que a gente é afetado e a
gente afeta e afetado né pelas coisas que acontecem no mundo então queria trazer isso como um pano de fundo geral eh e a gente observa com certeza isso dentro das organizações e eu vejo como principais Barreiras dentro das organizações a primeira coisa é a primeiro uma questão de formação e aí eu não tô falando só dos Engenheiros Tás eu tô falando de todas as formações que eu sou psicóloga e eu só fui ter contato por exemplo com a área de segurança porque eu tinha um viés de interesse ali que me levou para essa área por
acaso né mas eh as formações também fazem a gente ficar dentro das caixinhas né dentro do Mundo Ideal Como diz a Juliana e fazem a gente acreditar que existe esse mundo ideal muitas psicólogas que se formaram comigo O Mundo Ideal delas é um uma sala de consultório bem decorada ela elas andando de thaer e e tendo agenda lotada né esse é o mundo ideal do do campo da Psicologia ali eh não não a gente não consegue segue eh eh não tem essa formação que faça com que a gente integre realidades distintas com que a gente
compreenda possibilidades além daquelas que tão ali desenhadas dentro de uma de um quadradinho para aquela formação então um cara que se forma engenheiro eh ele tem ali uma um viés um olhar né um ideal do que que ele quer trabalhar um cara que assume uma posição de gerência de diretoria ele não pode deixar naufragar um um negócio e a gente tá muito acostumado como diz o Adilson a ter as respostas do 1 + 2 + 3 igual a né Eh eu mexendo nessa peça ou nesse parafuso eu vou ter tal resultado e essa não é
uma lógica que funciona dentro da característica da segurança do trabalho porque a gente trabalha trabalha trabalha Para não acontecer nada no final do dia a gente não tem um produto final a gente não tem uma materialização né então não adianta apertar apertar apertar apertar apertar parafuso porque no final não tem nada para mostrar né E a única coisa que que vai dizer que a gente fracassou né é um erro um errinho que acontece ali que muitas vezes lá produtividade não é algo que vai impactar na entrega final do dia vai passar batido aquele errinho mas
na segurança é o nosso calcanhar né é a gente não assim é uma área que que trabalha no num viés contrário né numa linha de raciocínio contrária a todas as outras então isso distorce um pouco o entendimento das pessoas e é justamente nesse entendimento de ser humano de complexidade de subjetividade que a gente não tá habilitado para trabalhar que a gente não tá capacitado não tem uma formação que nos ajude a olhar para isso sem ter essa ansiedade de dizer tá como que a gente resolve isso com uma tacada só né como que qual que
é a fórmula mágica então né E a gente tem sempre essa ansiedade de achar o culpado né Eh de achar a Fórmula Mágica e a acreditar que fazendo isso e isso a gente vai controlar as coisas né então muito conectado com aqueles três princípios né que a Ju trouxe do do Edgar mohan que é a gente precisa precisa urgentemente estar um pouco mais aberto eh para entender que o mundo não é feito de polaridades elas existem elas servem para nos mostrar justamente os as contradições eu me lembro bem que o Edgar mohan fala né a
gente não entenderia o que que é claro se não tivesse o escuro então ajuda a gente mas eh nós temos capacidade de Navegar aí nas nas várias outras possibilidades entre o Claro E o escuro né não existe só essas duas possibilidades eh a outra coisa é a gente poder também entender que eh existem soluções que são rápidas mas que elas não não vão perdurar a longo prazo né E que existem soluções que podem ser conr idas a várias mãos e que podem ganhar mais sustentabilidade em longo prazo Então como que a gente consegue juntar mais
perspectivas a respeito de um mesmo Ponto né de um problema de um de um aprendizado e fazer juntos as coisas acontecerem Então acho que é superar também essa ideia de que vai existir uma resposta ou que no bench Marking que eu fiz no outro num outro lugar eu posso copiar e colar pra minha realidade né gente e eh soltar um pouco Essa ilusão de controle acho que um dos principais uma das principais Barreiras é isso a gente acreditar que tem algo que a gente possa fazer e que vai nos trazer esse controle né E aí
só para encerrar eu queria trazer um uma frase que é do rigel que eu gosto muito dela porque ela materializa um pouco isso né dessa ilusão de controle ele fala o seguinte que a gente pode se proteger de tudo que a gente pode imaginar mas que a gente não pode imaginar tudo então a gente não pode se proteger de tudo né como é que a gente pode fazer pra gente se proteger o máximo possível de de n variáveis e interfaces que acontecem é à medida que a gente compartilha a imaginação com outras pessoas né então
quanto mais a gente conseguir criar juntos imaginar juntos possibilidades eh de enxergar problemas e possibilidades de falha e enxergar soluções para elas mais a gente vai est agregando né então acho que acredito que essas são algumas das Barreiras que eu vejo aí ao longo do tempo muito legal muito bom e E agora se vocês pudessem né para Vamos pensar nas organizações que querem Navegar melhor nesse universo da complexidade na segurança do trabalho eh se vocês pudessem né pedir para Ju começar mas gostaria que todos né esse aqui essas contribuições Mas se vocês pudessem sugerir novos
caminhos tanto paraas organizações como pros profissionais né que que trabalham né Eh com né ligados a esse tema né ou que tem alguma alguma interferência eh quais seriam essas sugestões esses caminhos ai ai ai que pergunta desafiadora pergunta do Milhão Essa é pergunta do Milhão é porque assim ó é é curioso porque o o próprio bohan diz assim a complexidade sempre esteve aí hum quando você olha uma floresta ela é complexa você tem várias formas de vida interagindo entre si se regulando uma se alimentando da outra aí tem chuva aí tem qualidade do solo aí
tem vento tudo isso tá a serviço de tudo né então a complexidade sempre esteve aí eh a gente começa a falar essa palavra a partir do século XIX ou seja a gente começa a filosofar sobre isso a partir do século XIX Porque até então no Iluminismo a gente no começo da ciência a gente queria eh decar tizar as coisas né a gente reduz para entender a mínima parte vai ajudar você a lidar com o todo Até que a gente entendeu que não era bem isso ajudou a reduzir Mas chegou uma altura que a gente tem
que botar o pedaço de novo no todo e aí enxergar a árvore e a floresta a árvore e a floresta quem é mais importante entre as duas coisas eh eh e aí quando a gente traz isso para eh eu tenho que olhar o Humano na segurança quem é humano o cara que tá com a ferramenta na mão não gente eh o humano é o cara da ferramenta na mão e todo mundo tem volta dele é a liderança dele é a a a turma que tá lá sentada no ar condicionado da sala do Conselho que vai
impactar na vida daquele sujeito é o terceirizado é o visitante é a matériaprima é a tecnologia então o le humano é olhar a floresta inteira não é só olhar a árvore eh eu acho que esse é um ponto né a gente precisa parar de achar que mesmo eu tô há anos tentando explicar isso e até hoje não fui bem sucedida Eu ainda tenho alguns anos de vidaa frente que é comportamento humano não é aquilo que o indivíduo faz comportamento humano é aquilo que ele faz em resposta a tudo que tá em volta dele pessoas sistemas
condições e a organização também se comporta então se eu tenho uma unidade com 4.000 colaboradores isso também tem um comportamento tem um jeito de funcionar tem uma lógica tem uma mentalidade tem padrões de entre aspas personalidade cultura Então acho que esse é o nó Esse é um dos Nós mais Fundos que a gente tem na área de segurança é olhar a árvore e achar que tá vendo a floresta inteira e ter muita dificuldade de de enxergar o sistema funcionando e isso é complexidade né então a complexidade sempre existiu a gente começou a olhar para ela
tem cento e poucos anos e agora dentro de uma área que ficou anos tentando ser tentando simplificar a gente perdeu o jogo ou seja a gente não tem mais como fingir que a complexidade não tá ali na nossa cara na época que a gente falava de ato inseguro e condição insegura a complexidade já tava lá mas a gente tinha um vocabulário limitado para falar dela ou é ato inseguro ou é condição insegura né aí a gente estrutura um monte de leis regras e padrões que é para tentar fazer controle sobre atos e condições ganhamos um
pouquinho mais de complexidade aí a gente foi adquirindo camadas eh mas isso não significa que elas não tavam lá elas já tavam lá e aí quando a gente tá agora nos últimos 10 15 anos falando de mundo vca a gente não tá falando de uma coisa que não existia né Carla trouxe muito bem racismo misogenia a né A Busca do culpado a interconectividade da vida isso sempre existi isso não é novo mas hoje os nossos olhos estão conseguindo ver então pra gente olhar a cultura pra gente olhar entender o comportamento de um indivíduo pra gente
olhar um sistema os nossos olhos precisam ser capazes de ver a floresta toda porque se eles continuarem procurando o pelo em ovo o comportamento daquela pessoa né a gente Carla psicólogo é uma desgraça a gente chega na na na investigação da ocorrência alguém olha para nós e fala assim você que é psicóloga Me explique o que que esse cara tem na cabeça para fazer uma bobagem dessa E aí a gente volta né Carla naquela Nossa pedagogia de sempre dizer sério coleguinha que você acha que tudo isso aqui é só sintoma do o cara tava com
problema em casa eu já Participei de investigação de ocorrência gente que os profissionais de saúde e segurança perguntavam assim o que que ele comeu ontem o morto né a pessoa a pessoa que morreu ele tava com problema com a esposa ele bebia Ele tem ele tem mal súbito né E e aí eu ficava ali chocada falando sério gente a gente tá aqui passando um scanner na vida desse sujeito que inclusive falecido vítima de uma tragédia para tentar explicar a partir dele o que aconteceu conteceu só essas perguntas que a gente tem né que que se
deu na cabeça do cara ele tava tomando remédio que alterou a percepção de risco dele ele brigou com a mulher ele tava sem dinheiro ele ele bebia ele passou uma semana né na na gandaia gente por favor vamos fazer perguntas sobre a floresta né Vamos parar de tentar só entender se a seiva tá passando na árvore se a raiz da árvore tá boa se o fruto da árvore tá bichado né a gente precisa com urgência ampliar o olhar sabe eu acho que esse é o para mim é o ponto principal assim de todos muito legal
Ju Carla por favor perdi o rebolado aquio eu tô eu tô aqui ainda processando essas coisas que a Ju trouxe e também pensando né Ju eh Há quanto tempo que eu te conheço e que você fala de cuidado né eu lembro primeira vez que eu li o mito do cuidado né do Leonardo bof e eu fiquei ah que coisa mais linda né que maravilhoso e ao quanto o cuidado sempre também esteve na pauta e e agora que a essa cultura do cuidado tem espaço né E tem eh engajamento com as pessoas assim né Ju não
sei assim fico com essa impressão também disso que você tá falando É e tem também umas par de gente na nossa área que fala esse negócio de falar de cuidado é só para ficar perpetuando o Boris e Botando a culpa no trabalhador meu Deus Precisamos de mais 40 anos Carla Semeando Semeando mais ou menos isso não é sobre isso meus amigos né Deixa de ser preconceituoso sai da tua ideológica é isso né e e é eu acho também né que é uma ampliação de visão e de consciência que o mundo as eras né a nossa
sociedade ela está nos convidando a a ter mas tem pessoas que vão est ainda muito muito aqui disso e Ok tá tudo bem a gente também vai lidar com elas né Eh eu separei aqui duas coisas que eu acho que são bem importantes três na verdade três coisas que eu acho que são importantes pras empresas que querem lidar melhor com a questão cidade E aí falando a respeito da da da de lidar com o humano né que o humano não é o operador que o humano não é o problema que as pessoas têm em casa
o humano é todas as pessoas que trabalham dentro de uma organização poder começar a a observar os fenômenos né E especialmente os acidentes doos incidentes com senso de autoresponsabilidade não tentando botar a culpa em coisas que tão fora de nós né é o sujeito é o problema que ele teve em casa é a sociedade é o mercado é a matériaprima sei lá mas como é que como é que nós estamos intrincados né nessa Trama toda complexa né e o que que a gente pode aprender com isso então acho que esse senso de de autoresponsabilidade E
à medida que a gente tem senso de autoresponsabilidade vários autos vem a reboque a gente começa a se perceber a gente começa a se conhecer a gente começa a entender que o humano não é simples e a gente também começa a olhar com mais empatia né Eu acho que tem um caminho legal aí segunda coisa que eu acho muito legal pra gente sair dessa questão da polaridade é trocar a o e desculpa o ou pelo e né então não é uma coisa ou outra é uma coisa é outra né então eu recentemente eu publiquei uma
frase e no Instagram né que é eh o as pessoas não são pagas para cumprir o procedimento mas para gerenciar a variabilidade em torno deles né E aí eu perguntei isso te dá frio na barriga ou te dá uma alívio no coração ouvi essa frase né que aí a gente consegue ver que nível que a gente tá porque eh eu não tô dizendo que a gente tem que jogar fora os procedimentos né Eh e tampouco que e e as pessoas precisam ficar ali presas nele mas como é que a gente pode integrar as coisas não
é uma coisa ou outra uma coisa é outra né então acho que esse pensamento de integração que vai fazer a gente enxergar o indivíduo e a floresta né como a Ju falou e gente aquilo que também a Ju também é uma mestre para ensinar pra gente que é a colaboração é a gente olhar eh que sozinho a gente não vai dar conta né que a gente precisa contar com outras perspectivas que a gente precisa a Ah não saber dar respostas que a gente não tem obrigação de de dar solução para tudo mas que a gente
tem sim eh a possibilidade de contar com outras pessoas que TM tanto conhecimento tanta experiência quanto a gente ideias que talvez a gente não esteja percebendo né não esteja vendo e que podem agregar então buscar ajuda pedir ajuda pedir opinião pedir colaboração das pessoas eu acho que são são é um caminho possível também pra gente lidar com a era da complexidade então esses três pontos que eu trago aqui legal obrigado Carla Edilson bom eh Depois dessa aula das Duas né me sobra muito pouco para poder falar mas eh olhando o lado aqui eh eh do
estudo né da dos Engenheiros e dos dos do pessoal do do do do cartesiano eu acho que a gente para liar com a com a com a complexidade primeiro nós temos que assumir eh que eh o estado de desconforto é uma continuidade e tem que se sentir bem dentro dele uhum porque o engenheiro corre para o conforto a previsibilidade e ao contrário a gente tem que estar num estágio de desconforto para poder encontrar as soluções reais e não as imaginadas né dava um exemplo no começo da minha carreira Eu Tive Um Desafio eh que era
dar treinamento para 50 surdo e mudo dentro da empresa era uma Metalúrgica eles contratavam muito porque era era muito ruidosa então era perfeito ter pessoas surd e mudo e para mim virou um terror porque não imagina um nível de de de desconforto entrar praticamente numa sociedade que eu não sabia nada né e eh mas me permiti E aí eu perguntei pr pra tradutora de li queia para eu poder me relacionar com eles Falou fica com eles senta com eles mas eu não sei fala não se preocupa eles vão cuidar de você eles vão te ensinar
e foi a melhor coisa uma das melhores passagens da minha vida porque eu ia no restaurante eles me chamavam porque eles começavam a me ensinar gíria não libras e eu ficava uma hora chorando e de dar risada né falava olha Adson eles falavam alguns falavam alguma coisa grande maioria não falava nada não quando a gente pede pro banheiro a gente faz assim ó hum Que que é isso é o número dois entra e sai Ah então agora eu entendo como é que vocês chegavam entendi legal então ele ele falou não tem como falar eu vou
no toalete então el entrei fal ó ótimo todo mundo entendia rapidamente né então eles começava me ensinar e eu comecei a realmente a me comunicar com eles mas antes disso eu precisei me predispor a Estar numa situação eh desconfortável Isso foi uma lição muito grande da minha vida que hoje não eu levo eu não tenho problema de estar numa situação desconfortável porque eu vou aprender e isso eh para o engenheiro realmente é é é é um eu acho que é um é uma um desafio é uma quebra de uma casca muito rígida que a gente
foi moldado cimentado ao longo de digo de décadas né e está e a complexidade mostra Exatamente isso aquilo que é imprevisível aquilo que não está Mas você está dentro e você tem que providenciar soluções você tem que providenciar eh eh condições para que aquilo tenha a saída esperada mesmo não planejada Então essa essa eu acredito que seja a a a maior lição que eu ganhei da eh eh conhecendo um pouquinho mais do ambiente complexo eh de estar numa situação desconfortável mas ao mesmo tempo para mim é é normal isso que aí tem uma grande fonte
de aprendizado legal pessoal que privilégio Que honra né ter essa aula aqui com vocês né pessoas eh muito queridas né até separei aqui Ju para te mostrar ó meuu diário de bordo aqui ó do Gão travessia né que tivemos recentemente juntos aí né que foi foi muito legal muito quem não fez é uma sugestão aí procura porque é bem bem bem legal mesmo né Como tudo que faz tem muita qualidade então Adilson também né Adilson eh agradeço a tua participação pô é sempre bom est contigo sempre bom conversar contigo né a Carla a gente tá
se conhecendo agora né mas tem certeza que a gente vai se falar outras vezes né e a gente mora próximo agora podemos tomar um café esperar o Adilson nas férias esperar a Ju nas férias também enfim né Então queria agradecer demais a participação de vocês aqui né Eh sempre bom est com vocês aprender com vocês né e queria que vocês deixassem aí fizesse as suas considerações finais aí pra gente finalizar essa noite maravilhosa aqui legal eu h eu e Carla fizemos formação em psicologia sistêmica há milhares de anos na vida passada né Carla com uma
professora Solange rossete que era uma foi quem me apresentou de gar mohan e quem me apresentou o mundo aí da das complexidades e ela dizia uma coisa que eu nunca esqueci ela dizia assim blá blá blá de complexidade e pensamento sistêmico todo mundo faz agora viver complexamente sistemicamente é a questão então a gente ficar dando palestrinha e fazendo DDS Zinho e mostrando slide Zinho de sistema sociotécnico complexo qualquer pessoa pode fazer agora botar o olho na realidade e vê Aquele monte de variável se mexendo e algumas são concretas como a d falou outras Não né
são imateriais são subjetivas precisa ter um olhar para ver que aquilo tá acontecendo mesmo não de uma maneira né Eh na matéria essa é a questão então Eh ler sobre isso estudar sobre isso discutir sobre isso é um jeito da gente ir se culturando ganhando vocabulário ganhando eh musculatura para fazer isso mas a gente só vai trabalhar mesmo de maneira sistêmica humanista complexa quando a gente enxugar a a a né as sujeiras do óculos e realmente conseguir perceber esse mosic de coisas que estão ali acontecendo exemplo disso né a gente tem uma psicologia do século
XX ali de Freud até os grandes dos anos 70 e 80 que tinha uma série de verdades sobre o funcionamento psíquico sobre o cérebro sobre Ah por que o ser humano funciona pensa fala e do jeito que ele fala de 2000 a 2010 com a a o advento da ressonância magnética a gente parou de estudar o cérebro morto que é estudada a milênios eu e Carla espetamos muo alfinetinho naquelas cérebro que tava na bandeja com cheiro de formol do 2000 2000 a 2010 com a ressonância magnética a gente começou a estudar o cérebro vivo o
cérebro reagindo a imagens a cenas a dores físicas Qual é o caminho daquela daquela tempestade elétrica que passa pelo corpo inteiro e volta pro cérebro né E isso revolucionou várias verdades sobre o comportamento sobre a psique sobre as emoções sobre pensamento memória tantas outras coisas né então foi quando a gente criou um instrumento de ver a coisa viva é que a gente exponencializar de segurança a fazer vamos botar uma ressonância magnética no olho aí e Vamos enxergar a coisa viva porque é nesse lugar que a gente vai conseguir aquiar o sistema né que nem o
pessoal fala ou trazer remédios soluções dispositivos ações acordos para que isso possa ganhar mais saúde né Eh não para ganhar controle mas para ganhar vitalidade né que no final das contas é um que o sistema vivo precisa autopo ele precisa continuar Vivo se manter vivo evoluindo e vivo e vivo e vivo e não adoecendo e entrando em processo de entropia né então eu para mim essa esse é o grande ponto todas as conversas sobre visão sistêmica na segurança e essa essa minha dor assim e blá blá blazar sobre isso a gente vai poder fazer isso
muito agora eu quero ver sentar na frente de um de um acidente né Carla e Olhar aquela teia toda se movimentando e dizer ó tem isso aqui tem isso aqui tem fator organizacional tem gestão tem liderança tem coisa do cara também mas tem coisa da do capitalismo ali também e tudo isso tá ali E aí enxergar poder enxergar tudo isso funcionando Vai dar muito mais chance da gente Colaborar eu acho sabe eh jui te escutando assim eu fico só pensando eh como como um técnico de segurança às vezes que é responsável às vezes pela área
de segurança que teve um ano de Formação técnica ele vai conseguir ter essa lente é né Eh Ou ainda né uma psicóloga ou um engenheiro que saiu da faculdade fresquinho ali sei lá tem do anos de que trabalhou cara eh e eu tô trazendo esse ponto porque eu acho que é um um um aspecto muito importante que as empresas precisam começar a investir mais né precisam reconhecer que se a gente quer ser uma empresa né no nível SG se se o valor da nossa empresa é a vida a saúde a segurança das pessoas eu preciso
trazer essa área para um outro patamar né eu preciso trazer esses profissionais para um outro patamar assim preciso investir eu preciso dar qualificação para esses caras eu preciso trazer Juliana Adilson e toda a nossa né assim não importa quem mas eu eu preciso né ampliar a capacidade de percepção dessas pessoas assim eu eu me compadeço muito sabe dos profissionais assim porque não é fácil né Ju não tem nada de simples nisso e a gente tem uma alta exigência sobre esses profissionais que muitas vezes realmente falta qualificação eu eu tô me colocando assim eu saí da
faculdade e eu me lembro de te escutar palestrando né e falar assim nossa eu queria ter uma visão parecida com a da Ju n eu queria conseguir enxergar elementos que ela enxerga assim quando ela faz algumas observações e foi daí que eu fui atrás de de uma formação sistêmica né Ju eu fui atrás de E aí assim os profissionais como é que faz né onde que a gente busca essa então Claro quem tem esse motorzinho vai atrás mas nem todos tem tem né E aí a gente precisa e as empresas também precisam né uma corresponsabilidade
então eu eu deixo aqui esse esse essa mensagem de vamos investir nessa área mesmo né legal legal Carlo bom eu eu queria eh encerrar minha minha parte falando de um pensamento justamente do Edgar Moran né Eu acho bastante eh pertinente eu gosto muito dele ele na na obra lá ciência com consciência escreveu o seguinte uma teoria não é o conhecimento ela permite o conhecimento uma teoria não é uma chegada é a possibilidade de ter uma partida uma teoria não é uma solução é a possibilidade de tratar um problema em outras palavras uma teoria só é
só seu papel cognitivo só ganha vida com o pleno emprego da atividade mental do sujeito é essa intervenção do sujeito que dá ao termo método seu papel indispensável ar razou perfeito é isso você encarnar né Adilson a teoria tem que encarnar do contrário blá blá blá bonitinho tem que ter humano ou seja ele precisa tá dentro eh da da simbiose tem que tá lá dentro do organismo Caso contrário é só um papel é um um livro numa prateleira se você não tem essa parte biológica de viver a a a teoria ele não vai virar nunca
um conhecimento porque o conhecimento é prax É pracis né você tem que botar ele para rodar e e e eu acho que isso eh também traz a a própria forma de revolucionar aquela Teoria em no conhecimento e aí a gente parte para uma coisa chamada evolução e não somente teorização ol substituição simples de modismo né Agora não é mais esse método Agora É Outro método agora tem que pegar no corrimão não agora tem que ouvir o trabalhador e aí a gente fica nessa dancinha de alguém que pensa eh estrutura o negócio e a gente sai
reproduzindo sem nenhuma reflexão né dius exatamente legal muito bom ai gente eu amei participar disso daqui aprendi horrores também viu Obrigada Rogério Eu que agradeço Nossa para mim é como eu falei são momentos de aprendizados incríveis assim e Num bate papo leve né nada trazendo também pra realidade né porque às vezes a gente não se a gente for muito acadêmico também né a gente acaba né ficando difícil de entender e trazer pra realidade né então muita muito teórico também para mim eu sou o cara prático né então não sou acadêmico também Carla como falou eu
eu sou de de aprendi tudo também na na na vivendo né na prática quando falou de acearia ali eu me lembrei lá do do início lá que foi complexo também quando eu pisei numa aaria euv dis Nossa esse mundo é é interessante e aprendi bastante também mas de novo quero agradecer muito vocês mesmo né É um prazer tá com vocês aqui ten certeza esse vídeo aqui vai né vai chegar em várias pessoas aí vai né vai ter um uma abrangência bem interessante né um assunto diferente assim que eu não tinha trazido aqui ainda então que
é a realidade que a gente vive né então tem que fazer sentido também para quem assiste aqui e acho que vai fazer bastante sentido então agradeço aí a a possibilidade de vocês estarem aqui comigo eu sei que não é fácil as agendas de vocês de todos nós né mas obrigado obrigado mesmo é obrigada Rogério Obrigada Dilson Ju Valeu gente muito bom coisa mais boa ficaria aqui UMS 4 horas com vocês Bat E aí gostaram desse vídeo Então se inscreva lá no nosso canal Ative o Sininho para receber as notificações dos próximos vídeos muito obrigado e
até uma próxima