nós somos imensamente influenciados pelas pessoas que nós escolhemos ter ao nosso redor e aquilo que nós somos hoje é profundamente investigado pelas pessoas que nos inspiram no século 17 o poeta inglês john donne escrever uma frase muito marcante nenhum homem é uma ilha isolada em si mesma todo homem é um pedaço do continente uma parte do todo e essa ideia essa pequena ideia que parece muito simples na verdade tem implicações gigantescas e é sobre isso que eu quero falar aqui hoje eu quero fazer um diálogo entre essa ideia e os conhecimentos que nós temos hoje
a respeito do funcionamento do cérebro humano você já deve ter parado para pensar que quando eu vejo a cor azul e conto pra você que aquilo é azul mesmo que você concorde comigo que de fato aquilo se trata de azul você nunca vai saber de verdade se o azul que eu tô vendo é o mesmo que você está vendo e é claro que esse azul que eu você e as outras pessoas vêm provavelmente é muito semelhante afinal de contas nós temos cones e bastonetes nos nossos olhos que são muito semelhantes e nós temos um cérebro
que é muito semelhante também é por isso que existe uma ciência da mente a psicologia se não houvesse um certo grau de semelhança entre as experiências psicológicas que as pessoas têm não seria possível construir uma ciência a respeito dessas experiências psicológicas mas ser muito semelhante não significa que é idêntico à complexidade de organização e funcionamento do cérebro é muito grande nenhum cérebro é 100 por cento idêntico ao outro e é por isso que as pessoas são tão diferentes nos diversos aspectos da vida então é óbvio que a minha experiência de azul é muito particular é
muito subjetiva é muito minha até porque o azul pode remeter aos anos em que eu cresci na praia ou as memórias afetivas que o poço em relação à cor azul ao longo da minha vida essas e outras nuances fazem com que a minha experiência de azul seja fundamentalmente diferente da sua em outras palavras você nunca vai ter a mesma experiência de azul que eu tenho assim como eu nunca vou ter a mesma experiência de azul que você tem é fácil perceber isso com um exemplo imagine uma pessoa que nasceu daltônica uma pessoa que nasceu sem
a capacidade de discernir quaisquer cores imagina que eu vou tentar explicar pra essa pessoa o que é a cor azul eu posso até tentar explicar as características físicas da luz e da própria cor azul como o comprimento da onda do espectro eletromagnético e por aí vai no entanto essa pessoa nunca vai ter a experiência de azul assim como ela nunca vai ser capaz de comparar as suas experiências de azul com as minhas afinal de contas ela não tem a aparelhagem biológica necessária para produzir essa experiência do azul ela simplesmente não sabe e não tem como
saber o que é a experiência de azul assim como você e eu não temos como saber qual é a experiência do infravermelho de enxergar em infravermelho toda vez que você aperta o botão no seu controle remoto e emite a luz infravermelha você não está tendo a experiência daquilo apesar da gente consegui entender a física por trás desse processo da mesma maneira a minha experiência de amor por exemplo é fundamentalmente diferente da sua quando você vira pra uma pessoa e fala eu te amo e essa pessoa vir e responde eu também te amo é forçoso reconhecer
que essa experiência de amor que você tem é provavelmente diferente da experiência de amor que a pessoa diz ter por você e isso nos leva a duas reflexões em primeiro lugar aquilo que eu chamo de humildade psicológica é comum os pais chegarem aos filhos e dizerem a seguinte frase você tem tudo para ser feliz agora você já deve ter percebido que essa frase está errada a frase correta nesse caso seria você tem tudo que eu acredito que no teu lugar me faria feliz afinal de contas a experiência de felicidade do teu filho pode ser e
provavelmente é muito diferente da sua ou então é muito comum você ver julgamentos morais incisivos a respeito de pessoas que sofrem com depressão a pessoa com depressão é frequentemente chamado de fraca covarde preguiçosa as pessoas virão pra pessoa com depressão e dizem coisas como por exemplo você precisa ter força de vontade e por aí vai acontece que nós sabemos hoje que o cérebro da pessoa com depressão têm déficits em uma série de circuit arias ou seja é um cérebro fundamentalmente diferente de um cérebro saudável pediram uma pessoa com depressão que ela veja o mundo de
maneira mais alegre ou então que ela tenha força de vontade por aí vai é a mesma coisa que você pediram daltônico que ele tenha experiência de azul é um egocentrismo psicológico que acontece naturalmente o egocentrismo que faz com que a gente queira impor as outras pessoas as nossas experiências particulares de mundo em pôr as nossas crenças impor as nossas visões impor as nossas percepções a primeira proposta que eu tenho você então é a seguinte tem a consciência de que as experiências do mundo das outras pessoas são provavelmente diferentes das suas como disse o grande filósofo
espinosa nós não devemos odiar desprezar ridicularizar invejar ou nos irritar com as pessoas nós devemos compreendê las e isso eu chamo de humildade psicológica ea segunda reflexão derivada disso tudo é a seguinte se de fato eu nunca vou sentir o que você sente e você nunca vai sentir o que eu sinto então parece que o poeta de onda que eu mencionei no começo do vídeo estava errado parece que ele estava errado afinal de contas se eu nunca sinto que você sente e se nós nunca sentiremos o que os outros sentem parece que nós somos sim
ilhas afinal de contas estamos isolados em nós mesmos mas isso não é correto nós somos um animal profundamente social como eu já disse em outro vídeo publicado aqui no nosso canal chamado o que nos faz felizes o cérebro humano é um cérebro social basta você tentar calcular agora quantos porcento do deus momentos diários são sobre outras pessoas e rapidamente você percebe que a grande prioridade do nosso cérebro é justamente pensar sobre outros seres humanos pensar sobre outras pessoas nosso cérebro possui circuitos dedicados a compreender as outras pessoas a sentir o que elas estão sentindo a
dividir o nosso mundo com o mundo do outro todo mundo por exemplo costuma ter aquele amigo que eu chamo de amigos cemitério sabe aquela pessoa que quando você sai com ela ela só fala de desgraça só fala de coisa ruim de coisa negativa o que acontece com você quando você sai com pessoas assim você já deve ter percebido que parece que você absorve a negatividade da pessoa assim como pode ocorrer o contrário quando você está rodeado de pessoas que são queridas pessoas que influenciam positivamente geralmente você se sente mais motivado mais energizado mais positivo tem
gente que acha que isso é a obra ou coisa parecida mas não é bem isso que as evidências científicas nos dizem o que as evidências científicas nos mostram é que nosso cérebro é uma espécie de antena social uma poderosa antena social que está o tempo inteiro de maneira largamente inconsciente observando e interpretando o que outras pessoas pensam e sentem e fazendo com que nós pensemos e sentamos coisas semelhantes tudo isso pra que nós estejamos mais coesos dentro dos grupos onde nós estamos inseridos então nenhum homem é uma ilha nós somos todos parte de um grande
continente social e por isso mesmo nós somos profundamente influenciados pelas pessoas que nos rodeiam e pelas pessoas que nós escolhemos como inspiração mas eis o cerne da questão nós escolhemos nós podemos escolher estar próximos a pessoas negativas há pessoas que é pequena a nossa vida pessoas que nos entristecem nos angustiam nos fazem mal você já deve ter percebido que como disse o escritor americano leon níveis parece que nós não temos tempo para nós os amigos mas para os nossos inimigos parece que nós temos todo o tempo do mundo nosso cérebro infelizmente é mais antenado nas
coisas que são negativas do que nas coisas que são positivas na ciência isso se chama viés de negatividade em breve eu farei um vídeo especificamente sobre essa questão trazendo inclusive algumas estratégias científicamente comprovadas para que você consiga contornar esse modo de operação natural do nosso cérebro de prestar mais atenção lembra mais e também de produzir emoções mais intensas perante coisas negativas do que perante coisas positivas mas isso não significa que nós não temos escolha nós podemos escolher estar próximos há pessoas que nos engrandecem a pessoas que nos inspiram a ser maiores e melhores há pessoas
que focam aquilo que há de melhor em nós tem muita gente no mundo que por não conseguir crescer por si própria precisa diminuir você pra se sentir grande você sabe do que eu estou falando os invejosos e as pessoas de mau caráter por exemplo se você se deixar influenciar por essas pessoas se você estiver rodeado por essas pessoas isso só vai diminuir só vai fazer você sentir tristeza e angústia só vai fazer você olhar para trás e duvidar em vez de olhar pra frente e construir o grande físico isaac newton disse uma frase que me
marcou profundamente se hoje eu enxergo mais longe é por estar em pé sobre os ombros de gigantes então a minha recomendação é você é não se rodear de pessoas pequenas evite se contaminar com pessoas que só te fazem olhar para trás busque gigantes em busca de pessoas que te inspiram a ser cada vez melhor que desafiam a sempre olhar adiante pessoas que permitam construir um mundo pessoal cada vez mais rico e próspero sobre essa questão do cérebro social e da influência da inspiração de outras pessoas nas nossas vidas eu recomendo novamente aqui no canal o
livro do neurocientista metro libermann chamados o chão que infelizmente ainda não tem tradução para o português e não esqueça que na descrição do nosso vídeo você encontra as referências bibliográficas e leituras adicionais a respeito de todas as questões que foram discutidas aqui também na descrição do nosso vídeo você encontra um link para os nossos cursos caso você queira aprofundar seus conhecimentos sobre a relação entre mente cérebro e comportamento se você gostou não esquece de curtir compartilhar e se inscreveu em nosso canal e se você já foi inscrito no nosso canal você pode clicar no sininho
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