Entrevista - Evanildo Bechara

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Rio TV Câmara
Veja entrevistas com personalidades mercantes da vida do Rio de Janeiro. Gente que tem histórias par...
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a nossa entrevista de hoje com o imortal evanildo bechara professor escritor filólogo e um dos mais importantes gramáticos do país evanildo bechara é uma referência quando se fala em reforma ortográfica e esse é o assunto que nós vamos começar a entrevista de hoje obrigado professor prazer eu tenho que corrigir em primeiro lugar uma afirmação sua falar de imortal nós podemos ser imortais no imaginário do povo mas no fundo nós somos e morri weiss professor gostaria de saber se a reforma ortográfica veio para facilitar essa comunicação entre os povos que falam a língua portuguesa sara dificulta
um pouco aprendizado da língua francesa nenhuma reforma se for bem ajuizada vem para prejudicar nem para criar problemas ela vem sempre para facilitar mesmo porque uma reforma ortográfica nunca é para geração que a faz a reforma ortográfica sempre é para gerações futuras porque porque uma reforma pretende diminuir o fosso a distância que existe entre a realidade falada e escrita nenhuma língua do mundo consegue essa perfeição de fazer com que a língua escrita reproduza a realidade da língua falada então a ortografia tem que ter vamos dizer um aspecto convencional e eu posso de afirmar a vocês
fãs que esta reforma veio para chegar perto da perfeição na medida do possível da perfeição entre estes casamento de língua escrita e língua falada e também veio para abrir as portas da língua portuguesa para sua expansão no mundo porque uma só ortografia o que não significa uma só variedade de língua uma só fotografia abre as portas da língua para o mundo reparem que o francês da frança o francês do canadá são diferentes mas na hora de escrever em francês canadenses e franceses escrevem da mesma maneira o espanhol por exemplo que é falado em 22 nações
o espanhol tem diferenças o espanhol de madri não é o mesmo do méxico não é o mesmo da argentina mas na hora de escrever ele se inscreve da mesma maneira isso também tem um aspecto econômico porque porque um livro publicado em portugal não precisa ser passado para ortografia brasileira no caso de o livro ser ou editado ou chegado ao brasil há mais a pessoa já o adulto geralmente diz assim ah mas eu leio um livro de eça de queirós como a facilidade 9 você adulto porque você adultos supre essa distância entre a ortografia de eça
de queiroz ea ortografia de um brasileiro culto mais uma criança já não têm essa possibilidade de cobrir esse fosso essa distância que vai entre a ortografia de eça de queiroz ea ortografia não é do de um brasileiro culto nós temos na história da literatura vários exemplos nós temos vários autores que falam de pronúncias diferentes do do inglês pronunciou inglês de uma maneira porque vem a palavra escrita daquela maneira mas depois que ele ouve alguém que sabe em inglês ou inglês um americano falando ele vai ver que aquela pronúncia aquela escrita e da palavra não está
muito longe de ser a representação fonética da palavra então esse acordo veio para na medida do possível resolver esses problemas e um outro problema que se agrega a esses dois primeiro problema pedagógico facilitar a grafia para as crianças segundo o problema de internalização da língua portuguesa no mundo e se agrega um terceiro problema que é o problema político reparem que as grandes casas internacionais emitem as suas decisões em inglês e em francês em espanhol em árabe em erros mas quando chega a língua portuguesa não emitem porque tem que se saber se vai ser redigido na
ortografia portuguesa ou na ortografia brasileira então e os documentos saiu numa língua em que o diplomata o político possa ler sem ser em português então tá esse aspecto político havendo uma só ortografia o documento nessas casas internacionais pode sair também português como sair espanhol em francês e italiano e certo do professor é a fotografia brasileira ea fotografia portuguesa são os predominantes de todos os povos entre os povos que falam a língua portuguesa são pelo seguinte historicamente porque havia dois ou fotografias a portuguesa ea brasileira e os países não é que eram antigas colônias portuguesas marchavam
com portugal não só uma grafia mas também no sotaque se você pegar um angolano um moçambicano o ou se você pegar por exemplo um indivíduo de um ódio à outra região onde se fala português e se você colocar numa num cubículo e pedir que ele fale você não sabe se a pessoa que está falando ali é português é um português ou é um angolano um moçambicano porque não só a grafia mas o sotaque se aproxima muito não é do sul canadá da grafia e do sotaque português e o que aconteceu no brasil professor kia a
língua dele vou um pouco não chega a ser uma língua brasileiras cenoura origem portuguesa com todos os fundamentos de maneira portuguesa mas ela tem as suas peculiaridades planeje a viagem que aconteceu no nosso país porque isso aconteceu no nosso país bom isso acontece pelo seguinte em primeiro lugar quando uma língua de um país é transplantada para outro país naquele outro país essa língua se a camisa porque a evolução a as mudanças se dão nos grandes centros culturais então o que houve para 70% das diferenças o que houve foi o brasil se manter fiel ao português
do século 16 época dos nossos descobridores e portugal evoluir razão porque por exemplo entre o século 16 e 18 os portugueses passaram a pronunciar o de tongo o de tombo em da mesma maneira que pronunciavam o tm então uma palavra como também para os portugueses passou uma palavra passou a ter a mesma pronúncia de mãe então entre os portugueses mãe e tão bem representa uma rima perfeita essa evolução do mma ser proferida a mãe não passou no brasil porque o brasil já estava de pé a língua portuguesa do brasil já estava fora do alcance dessas
alterações portuguesas não é a mesma coisa aconteceu com colocação de pronomes o português até o século 16 oportuno português predominavam pronome antes do verbo ou seja gerúndio seja em definitivo seja presente certo pois bem entre os séculos 16 e 17 houve uma intensificação da sílaba tônica em portugal então o que é que aconteceu os pronomes passaram para se garantir na pronúncia passaram a ser colocados depois do verbo os brasileiros continuaram com o pronome antes do verbo que se estendeu até a começar a frase comprou nomeado me dê isso me faça o favor é certo enquanto
os portugueses diziam não é dele isso passe me o copo etc etc de modo que não foi na realidade o brasil que se afastou de portugal foi portugal que se afastou dessa matriz do século 16 que foi introduzida no brasil não é então isso acontece aconteceu isso com o latim por exemplo ladinho foi transplantado de roma para ibéria para a ibéria para portugal e espanha de hoje então o latim de portugal e da espanha não é um lado de mais arcaico do que o latim clássico que predominou tanto no italiano como no francês o francês
mais distante por causa da influência do celta imaginar no francês que das línguas românicas é a mais afastada do latim então nós temos isso primeiro a permanência de hábitos linguísticos portugueses no brasil enquanto portugal mudou os seus sistema em algumas partes e em segundo lugar nas próprias alterações ocorridas no brasil agora os brasileirismos tem muito mais peso aqueles que são reminiscências portuguesas do que as novidades do que os os neologismos criados no brasil um exemplo o professor os exemplos são são muitos por exemplo um exemplo dos nossos dias a palavra a palavra na hora a
palavra no português de portugal é uma palavra moderno antigamente se dizia que a pessoa estava na fila na fila os portugueses antigamente dizia um fila e fica no brasil agora os portugueses de hoje passaram a dizer agora depois de que as novelas surgiram em portugal as novelas brasileiras os portugueses passaram a ver que bicho tinha ou podia ter uma secção pejorativa então eles hoje dizem mais fila do que agora sobre a questão dos problemas que o senhor tem falado mas as regras em relação à própria e em crise não mudam de portugal brasil não né
por exemplo o o o advérbio de negação atraia próteses aqui atrai para a crise lá também fez um segundo nome é relativo e isso realmente isso é o medo continua a mesma coisa agora e é preciso você distinguir o seguinte aí temos fazer uma distinção entre língua escrita em língua falada na língua falada você pode colocar os com nomes como você bem estiver acostumado a a a usar agora a língua escrita não a língua escrita tem outro outro padrão voltando então a questão da reforma ortográfica porque é que ela foi porque o planejamento é que
ela fosse implementada agora em 2013 e acabou sendo adiada para 2016 olhe razão não existe a razão não existe infelizmente o decreto da nossa presidente noé é não teve o amparo de uma a de um respaldo técnico foi apenas uma decisão do governo em adiar mas esse adiamento tirou do brasil uma situação de pioneirismo que o brasil sem querer assumiu no problema de ortografia porque os países todos assinaram e o brasil partiu para a sua implementação quando o governo brasileiro decretou que aquela reforma entraria em vigor a partir de janeiro de 1º de janeiro de
2009 em que iria se estender para as adaptações necessárias por mais quatro anos até 2013 então 2014 a implementação estaria no brasil totalmente definida e é só a fotografia foi uma fotografia que chegou ao brasil sem grandes alardes ela chegou o brasileiro começou a empregar e podemos dizer que hoje a ortografia o acordo de 1990 está definitivamente implantado na imprensa nos livros didáticos no artigo na nas legendas da televisão você vai ao aeroporto você não vê mais vôo com acento circunflexo não é então a ortografia estava totalmente implementado muitos portugueses diziam e dizem ainda que
o brasileiro teve uma só lamento em adaptar se ao acordo porque o acordo estaria mais levando mais em conta os hábitos brasileiros ora quem diz se isso ou quem disse isso nunca leu o acordo porque nós brasileiros tivemos de alterar muito mais os nossos hábitos de grafia do que os portugueses a única cedência portuguesa a única concessão portuguesa é abolir uma consoante que não se pronuncia por exemplo eles escrevem diretor com c escrevem egito com p usando duas consoantes que uma criança ao aprender ou ao ouvir a palavra diretor jamais colocará um ser porque ele
não ouviu isso é pura letra não é um funeral uma não é um som da língua não é a mesma coisa egito agora quando a criança ouve egípcio ela ouve o pt então ela pronuncio p foi a única cedência dos portugueses agora nós brasileiros tivemos contra os nossos hábitos tivemos de abolir o circunflexo de voo enjôo perdoou os assentos é detém vem etc abolimos oe o ônibus para o xxi de idéia jibóia etc abolimos o trema então se prestar atenção todas essas mudanças aqui o brasileiro se submeteu já eram arbitos ortográficos português os portugueses desde
45 já não colocavam assento idéia não é apple pé ea etc os portugueses já não colocavam acento circunflexo em voo enjôo pedon já não colocava o acento circunflexo entrei lei bem e já não usava um trema e isso não mudará a pronúncia da palavra não de modo nenhum não muda que você escreve como a você produzir a palavra como você ouve a palavra escrita na agora o problema do trema antes disso essas cedências brasileiras vieram enriquecer a ortografia usada no brasil porque veja bem você colocava sem circunflexo em voo ora não há outra maneira de
você pronunciar essa palavra o acento era supérfluo ele não viria acrescentar nenhuma dificuldade de pronúncia então colocassem flex em vôo e jogou o perdôo era uma excrescência você colocar por exemplo o o o acento circunflexo em crei leigh day ver era uma exorbitância no sistema brasileiro porque porque esses verbos até o século 18 eram proferidos como você profere ele tem eles têm não existe diferença de pronúncia entre o singular ele tem eo plural eles têm muita gente até para marcar o plural até do público é eles têm não há necessidade disso então isso diferencia o
que o circunflexo esses verbos até o século 18 eram proferidos assim ele vê eles bem eles vêm com é só esse complexo ele crê eles crêem não é só e acento circunflexo ora quando a partir do século 18 o plural passou a ser indicado com os dois pés crê em lei primeiro sobre o assento sobre o assunto então isso veio os portugueses faziam isso mais científicamente do que os brasileiros agora vem o problema do do trema a agora sem trema eu vou pronunciar linguiça não consequência é seqüência você não vai pronunciar esta palavra guerra a
palavra aquele nunca a palavra aquele por exemplo nunca teve se o trema em você e não precisava ter mais você não vai pronunciar com ele porque a palavra está sem trema você fica em dúvida é saber se é o é pronunciado não é pronunciado existem algumas palavras que podem ter seus produtos como os da verdade e daí não acontece o seguinte esses grupo g o é gil e kewell e apresentam 33 possibilidade primeiro sempre proferido o sequela nunca se ouviu se aquela sequela nunca ninguém ouviu linguiça e linguiça então o nesse primeiro grupo é sempre
proferido existe um segundo grupo onde o pode ou não ser proferido é o exemplo se você pode ser líquido o líquido não é 5 n o qüinqüênio pode dizer das duas maneiras e há um terceiro onde o não deve ser pronunciado portanto não deve ter trema mas as pessoas pronuncio por exemplo uma palavra como é a questão palavra questão não deve ter o proferido é muita gente profere o muita gente diz questão questionário questionar mas é um vício de linguagem é um vício de pronúncia noé é um vício de pronúncia outra coisa você diz distinguir
você ouve distinguir e distinguir isso extingue e extinguir hora e se unam pode ser proferido embora é seja proferido embora seja até registrado no dicionário porque se você pegar o verbo argüir e distinguir o argüir conjugando você diz é o arguto arroz ele argumenta então o de argüir faz parte do tema verbal agora se você pegar distinguir você diz eu distingo você não diz eu distingo 1 você dirceu agu então pronunciar distinguir e extinguir o vilsão vícios que acabaram sendo adotados então você tem três casos de vacilação onde o é pronunciado onde ele é facultativo
e onde ele rigorosamente está errado então o que fizeram os portugueses diante da oscilação não vamos obrigar o homem comum a definir na escrita se leva teremos não leva tema ele nunca levar a trama ea pessoa pronuncia como está acostumada com o bulls é uma região dela constando como está pronunciada acostumar quem está pronunciaria acostumado a dizer questão a dizer coisas cremos em tremês é ficar à vontade agora não pode é no dicionário registrar com a conta tema agora o dicionário registrará entre parênteses a pronúncia se ué proferido do é proferido como por exemplo acontece
com inexorável quem resolverá melhorado pois é todo mundo fala em melhorar não está no dicionário talvez embalado mostrando a pronúncia o problema do ifri este acordo enfrentou o problema e de maneira inteligente resolveu 90% dos casos porque o emprego do hífen antes de ser emprego do hífen é um problema semântico o que é o que é que o hífen vai mostrar se a palavra é composta por não é composta por exemplo você pega uma palavra como o pé direito a o pé a minha o pé direito da minha meia está furado então você sabe que
é o pé direito da meia está furado mas se eu disser o pé direito desta sala então esse pé direito não é não existe nem pedem direito é apenas a distância que vai entre o chão eo teto então pé direito é um composto é um problema do hífen não é um problema do isso o problema do iphan é um problema de saber se a união de duas ou mais palavras constituem uma unidade semântica ou não constitui a unidade semântico que quando eu digo pé da meia no pé direito da meia não é então é o
pé e é o direito não é o esquerdo mas quando eu digo pé direito da sala pode ser este lado da parede pode ser este lado da parede não existe relação nem com pé nem com o problema posicional desse direito esquerdo frente eu gosto então pé direito neste sentido é um composto então esse é o problema fundamental do iff agora como foi que esse acordo resolveu da seguinte maneira inteligentemente primeira regra se o composto é constituído de dois elementos livres na língua e entre eles não há elemento de ligação não usa silva que o pé
direito por exemplo pé direito por exemplo tenente coronel tenente coronel tenente uma palavra livre coronel o que é uma palavra livre uma palavra que funciona na língua do jeito que aparece no composto não perde agora se entre os dois elementos você tiver um elemento de ligação aí você não precisa do hífen porque o elemento de ligação já relaciona os dois alemão por exemplo pé de moleque pé de moleque por exemplo o general-de-brigada essa regra tem exceções mas a regra geral que funciona em 90% dos casos essa regra está aqui agora se os dois elementos nos
dois elementos você tem um prefixo que é uma forma empresa não é forma livre porque o prefixo está sempre junto de uma palavra as regras são as seguintes se o prefixo terminar por uma vogal ou por uma consoante que seja igual a consoante o aaa a vogal que coubesse aí vocês e para punir por exemplo uma palavra como vamos imaginar ante ibérico ante termina puri ibérico começa por e então você aí tem que separar polícia antibélico não é agora se não acontecer isso é junto com o produtor qual é um prefixo produtor com termina por
ó produtor conversa pela consoante pq não tem nada com ó então o produtor tem que ser junto agora se a mesma coisa com sub base sub termina por b base começa por b então vamos separar por isso e sub-base com ele agora subtenente se inscreve junto subtenente ou seja antes da reforma sub-raça se separava também cuidado com ele agora não separa mais também sobre raças 1 teresa não aí não aí você se você juntar sub raça você vai ter um conjunto r então e nem azuis é um caso de exceção você leva a ir agora
se o primeiro elemento termina por um vogal e o segundo começa por rs aí você tem que duplicar o rsi então minissaia você escreve sempre com dois s junto minissaia não é você escreve junto então esses são os princípios fundamentais você com isso resolve 90% dos casos o emprego do hífen e é difícil a professora muito completamente regra os professores tinham que inventar umas palavras mirabolante em que cada vogal colocada consoante lembrava um prefixo ou um sufixo é difícil já é e hoje é muito baixo fácil resolver o problema com esse adiamento da entrada em
vigor mesmo do da reforma ortográfica para 2016 o que muda por exemplo no ensino nas escolas é agora não viu nova ortografia em razão da demanda não muda nossos públicos não muda nada não muda nada isso somos só esse esse decreto é inócuo do governo só veio reforçar os inimigos do acordo principalmente os portugueses que os portugueses começaram a servir ó os brasileiros já estão se preparando pra sair do acordo por isso delataram o prazo para depois saírem do acordo não esse acordo continua a reinar no tempo está a olha ele está tão visceralmente ligado
que até a literatura de cordel já escreveu um cordel sobre um acordo ortográfico já existe isso o acordo ortográfico com o título a última do português que é justamente o acordo ortográfico então esse acordo já está esse decreto só viajo para os inimigos principalmente em portugal para defender a tese de que o brasil já está se preparando para sair do acordo não esse decreto é um decreto que não teve nenhum nenhuma nenhuma aconselhamento a o governo não consultou academia que foi o órgão que representou para a assinatura do acordo não é e esse acordo não
tem nenhum efeito os cursos continuam exigindo o aprendizado do acordo ortográfico os livros didáticos entre sérgio e dizer que só o brasil obedece a esse acordo é fechar os olhos à realidade porque 80% da imprensa portuguesa segue um acordo os livros didáticos já estão na ortografia portuguesa os documentos oficiais já estão na ortografia portuguesa de modo que dizer que um acordo é não está sendo usada em portugal a maior relutância está entre angola e moçambique mas o problema de angola e moçambique não é não se refere ao audi diretamente ao acordo é porque há problemas
internos que levam os moçambicanos e os angolanos a tentarem primeiro resolver casos mais urgentes para depois voltarem a pensar na ortografia de modo que não há esse caso um grande filósofo francês do século 20 o chamado gaston paris disse certa vez que numa reforma ortográfica a quem nós não pedimos podemos pedir socorro são os escritores porque que os escritores têm com a palavra uma relação afetiva muito diferente da relação em o homem comum com a palavra que escreve haja vista o caso da ortografia nos diversos é nas diversas escolas literárias os simbolistas por exemplo achavam
que lágrima devia ser escrita com y porquê porque o formato da letra desenhava melhor o rolar da lágrima pela fase ainda hoje nós dizemos na linguagem já aquele devido a um professor com p maiúsculo é você atribui a maiúscula uma dignidade que normalmente ela foi escrita com minúscula aprisionado por isso você diz meu querido pai minha querida mãe e pode escrever esse pai e mãe com letra maiúscula - de modo que os escritores têm uma relação afetiva com as palavras e por isso mesmo não devem ser chamados por que o senhor acha dessa nova proposta
pedagógica de ensinar a linguagem falada e às vezes erradas o considerada inapropriada em alguns meios é esse tipo de linguagem que se acha como nós pega o peixe geralmente se diz que é uma visão democrática eu a criei pois é eu acho que é uma visão anti democrática na medida em que você não fornece a criança os subsídios necessários de que ela vai vai precisar para passar num concurso para se apresentar diante de escalões sociais mais adiantado ninguém faz força para ficar no seu estado com todos nós procuramos fazer força para ascender socialmente e quando
se ouve um escritor do peso do escritor monteiro lobato sendo qualificado como racista por causa de algumas palavras alguns termos que utilizou em sua literatura que o senhor pensa sobre isso eu acho que é uma visão anacrônica uma visão distorcida no tempo de mon lobato ouviu essa relação entre branco e preto principalmente quando doméstica no âmbito do seio da família era uma visão extremamente natural você não olhava para um uma pessoa a escuro a pessoa preta dentro da sua da sua casa da mesma maneira que o capataz via um preto na hora de obrigá lo
a trabalhar mais do que seriam necessários são situações diferentes dentro da sociedade brasileira e os escritores refletir refletirão isso josé de alencar tem uma peça não é de teatro em que o personagem praticamente principal era um preto era um preto que servia as as meninas da casa não é então a a a pessoa que olha para monteiro lobato com o preconceito de hoje não é a pessoa que está fora do seu tempo e automaticamente a sua análise é uma análise imparcial e portanto time perfeito a língua portuguesa ela em alguns meses é profissionais a anda
muito mal falada muito mal empregada é a que se deve isso o professor ao mau ensino o ensino da língua portuguesa está realmente muito ruim e isso se reflete depois na universidade nos concursos para oab onde a bactéria que mais reprova é língua portuguesa isso é um problema de de de ensino de qualidade de ensino ea língua portuguesa é um instrumento importantíssimo para qualquer profissão qualquer assim a nossa é o nosso cartão de visita é o nosso cartão de visita não é nós já tivemos presidentes que foram eleitos pela maneira especial com que usavam a
língua portuguesa não é tivemos gente nessa situação os grandes oradores na política tira o grande partido do seu conhecimento da língua materna da língua portuguesa muito obrigado por entre o brasil eo brasil prazer
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