Como Envelhecer

[Música] muito obrigado pela presença e pelo tempo de vocês embora a gente vai precisar encurtar um pouquinho por causa do horário mas o tempo que eu estiver aqui vou fazer o melhor que eu puder para transmitir a mensagem que é absolutamente necessário né eu sou geriatra e me formei pela universidade de são paulo e fiz a residência médica especialização em geriatria e gerontologia alguns anos depois dessa residência eu fiz a especialização em cuidados paliativos que é uma área da assistência que oferece cuidados para as pessoas que estão diante de uma doença grave incurável que ameaça

a continuidade da vida e fiz a especialização intervenções em luto e essa especialização em psicologia trouxe um grande impacto sobre a minha percepção no cuidado da pessoa que envelhece é eu penso que a maior parte das pessoas que se inscrevem para uma palestra de como envelhecer elas estão as expectativas que na expectativa que eu traga algum segredo né assim como não envelhecer mas eu acho que não vou traçar este caminho da expectativa porque é o único jeito de não envelhecer você meu respeito é única forma você morre antes de envelhecer você não envelhece se você

faz parte dos afortunados que vão romper as etapas de meia idade né vão chegar à maturidade é é necessário que se tenha consciência do que nos aguarda uma das coisas mais freqüentes que o recebeu no consultório são pacientes idosos que vêm acompanhados pelos seus filhos e eles chegam na consulta extremamente contrariados porque eles vão obrigados para consulta são levados pelos filhos na marra e aí diante dessa situação que é extremamente freqüente a gente vê uma pessoa de 80 oitenta e poucos anos enfrentando diversas adversidades para as quais ela não se preparou só que é o

envelhecimento é algo que tá disponível para a nossa reflexão todo o tempo não existe ninguém que não conheça alguém de mais de 70 anos tenham avulsa tenho a você tem um marido se você tem 75 mas até que você chegasse na cidade você não não foi privado de observar o que se passa com uma pessoa na cidade só que a gente não olha pra isso a metáfora que eu uso para explicar essa situação do não preparo é assim vamos supor que vamos estabelecer que 11 exercício de imaginação que todos nós aqui temos 40 anos tá

quem é mais novo ficou mais velho quem mais velho ficou mas não todo mundo aqui tem 40 anos neste momento e eu vou combinar com vocês que daqui 30 anos eu vou passar por aqui e vou levar todos vocês para o deserto do saara e nós vamos morar lá não tem discussão a única forma de não participar da viagem como eu disse e morreu antes se você tiver vivo daqui 30 anos iremos todos morar no deserto do saara não tem negociação mas é muito calor que p você acha isso mas eu não quero morar mas

não tem escolha ao amor anda sex aur e ainda que 30 anos eu passo aqui recolher todo mundo a gente pega o avião vamos pra lá desembarcamos um deserto do saara e aí eu tenho certeza que vai ter gente vai falar assim pra mim nos ano mas é calor aqui não esperava por isso não estava preparado ou seria dizer pra mim noite nossa mas é muito frio à noite e trouxe blusa não estava preparado precisava protetor solar rabicó ser de água precisava ter trazido comida mas não sou pia não estava preparado é exatamente isso que

acontece com as pessoas elas sabem que vão passar por adversidades a partir de uma certa idade mas elas misteriosamente fingem que não sabem disso e não se preparam e aí na hora que chegou lá no deserto do saara não tem volta é um se vira você vai ter que aprender a lidar com todas as adversidades que você enfrenta quando envelhece e para as quais você não se preparou a gente tenta buscar durante o período que meio que começa a tomar um pouquinho de consciência de que as coisas não estão funcionando tão bem setenta tomar providências

bastante superficiais então o que a gente vê na nossa cultura atualmente é uma necessidade muito grande de aparentar menos idade então você tenta é fazer com que fisicamente você pareça mais jovem numa tentativa desesperada de viver aquilo que você não viveu quando você era mais jovem então tem gente de 60 anos que quer parecer que tem 30 porque ela quer viver uma uma experiência de 30 anos aos 60 porque quando ela teve 30 ela não estava se dando conta de que era importante ver determinadas coisas com 30 e deixou deixou para viver depois que é

uma outra situação que acontece com muita freqüência a gente deixa para depois a day a gente deixa para viver quando se aposentar não é assim é eu eu sempre falo sobre uma reflexão que devia ocupar a mente nova a nossa mente durante todo o tempo você torce podia acabar rápido para chegar logo às 6 horas embora você torce para a semana acaba rápido para chegar logo sexta feira pra você está de folga no fim de semana você torce pra chegar suas férias você torce pra jogar sua aposentadoria na verdade está torcendo pra sua morte chegar

mais rápido porque quando o tempo passa mais rápido o último dia está mais próximo quando você tem essa percepção do seu tempo tem alguma coisa errada com a qualidade de escolha que você faz sobre o que fazer com seu tempo se você precisa torcer para que ele passe rápido é porque você está fazendo escolhas a respeito da sua rotina completamente incompatíveis com aquilo que você considera valioso para o tempo que você tem de vida então o problema não é da empresa na do seu pai e da sua mãe da sua avó do seu filho do

marido não é da sociedade não é do prefeito não é do governador não é do do presidente da república não é do padre não é do pastor o problema sobre as nossas escolhas do que fazer com o nosso tempo é um problema nosso então nessa conversa de como envelhecer como envelhecer sem medo a gente precisa de coragem pra ficar velho para poder ser feliz quando a gente fica mais velha a gente precisa de coragem então vamos combinar que quem é muito medroso tem uma chance muito grande de cíntia em várias encrenca na época de envelhecer

quem é mais corajoso pode tomar providências bastante sensata a respeito de felicidade mesmo estado de felicidade quando se envelhece então eu me programei para conversar com vocês sobre os 5 grande às grandes aspectos da nossa vida humana e como que a gente vai trabalhar como que a gente se compromete em relação em relação a cada um desses cinco aspectos de uma maneira responsável e consciente a ponto de a gente poder usufruir o tempo de vida que a gente tem tem uma pesquisa é pesquisa é mais longa da história da humanidade que está sem está ainda

em andamento que é uma pesquisa feita em harvard que começou em 1910 linha em 1912 e 1915 algo assim me bem no século passado mesmo os pesquisadores decidiram acompanhar a vida de jovens lá de boston sobre todos os aspectos então eles acompanhavam o carro a cada ano esses jovens passavam por uma avaliação médica uma avaliação psicológica avaliação cognitiva em relação à memória desempenho de pensamento uma avaliação social e uma entrevista sobre qualidade de vida todos os anos e eles fizeram dois grupos um grupo de jovens que tinha acabado de entrar na faculdade em harvard fazendo

parte da elite é a sociedade americana da época porque a raiva de sempre foi uma faculdade elitizada e um outro grupo de jovens da periferia de boston então realmente mais marginalizados numa condição social é bem aquém a comparação desses jovens que entraram na faculdade esse estudo já tem mais de 70 anos e aí mas 84 80 no estudo tem e ele mostrou que aquelas pessoas que estão vivas hoje nesse estudo então o estudo começou a discutir em 1930 e dá 80 anos agora dá mais ou menos experiência na década de 30 e aí esse estudo

mostrou que as pessoas que chegaram a mais de 90 anos nesse estudo elas quando entrevistadas a respeito da sua satisfação com a vida de olhar para trás e falar valeu a pena do alto dos seus 90 anos eles decidiram olhar é os dados destes nestes indivíduos estudados aos 50 anos então aqueles que estavam 90 com sucesso foram lá no prontuário dele se olharam quando eles tinham 50 anos e analisaram todos os dados de destas dimensões de avaliação física emocional social familiar e espiritual para constatar o que fez diferença na qual é o prognóstico que a

gente tem aos 90 anos de um envelhecimento de uma vida de sucesso nenhum elemento sucesso uma vida de sucesso e pasmem não foi o nível de colesterol nem o controle do diabetes nem hipertensão nem marcadores tumorais nem há antecedentes de câncer na família ou até na própria história do paciente o que fez diferença a única coisa que fez referência na história de sucesso de envelhecimento foi a qualidade das relações humanas que essas pessoas tinham 50 anos então primeiro passo para você envelhecer bem você tem que ser uma pessoa bem legal bem agradável bem determinada a

receber afeto dos outros determinada a oferecer afeto para os outros outra coisa que acontece muito frequentemente no consultório é o paciente chega a fazer mas eu não queria dar trabalho então está dando mas eu não queria porque pena né adão aliás vai dar mais trabalho de cada dez pessoas nessa sala que segundo a estatística no brasil 9 e vão dar muito trabalho porque só uma vai até aquela morte súbita que a gente acha linda romântico morreu dormindo atropelado o bala perdida né é morte súbita também né sociais quando tem um acidente grave quando tem assassinato

gente não fala que lindo a gente não tem condição de achar a morte linda mas a gente quer morrer sem sofrimento né imagino que ninguém queria morrer com sofrimento mas na estatística apenas de cada dez pessoas só uma vai ter uma morte que não vai dar trabalho e talvez de problema do trabalho no luto a gente vai deixar pra tá tá certíssima tanoh data surge 2015 disponível lá no site do mtur governo federal não 10 eo é não não mas tá tá é em países é em já desenvolvidos é mais ou menos isso aqui a

gente é subdesenvolvido então a gente morre mais mas sofridamente e aí é nessa condição de cada 10 9 vão adoecer vão ter morte anunciada que eu falo que você vai ter um diagnóstico de uma doença grave incurável e você vai saber que você vai morrer embora vá negar isso vai dizer que é só uma bolinha não tem nada de grave é só um vai fazer a quimioterapia para não virar canse né tem uma série de dificuldades que a gente tem na nossa cultura de lidar com a possibilidade de que vai morrer então a gente não

vai querer falar sobre o assunto e se a gente quiser falar sobre o assunto nossos filhos não vão deixar eles vão chegar assim no dia da consulta do médico fala assim não sabe não compreende então a gente vai adoecer é possível que a gente não tem acesso ao motivo pelo qual nós estamos nos sentindo fracos ea gente está sentindo doente ea gente vai dar trabalho porque a gente vai perder duas coisas que nós lutamos muito para manter a autonomia e independência é um outro conceito também é importante quando a gente envelhece autonomia é a sua

capacidade de tomar decisões de ser lúcido orientado consciente estável sem nenhum tipo de coação você tem a condição de tomar decisões ea independência é a sua capacidade de colocar a sua decisão em prática então eu quero ir no banheiro é a minha autonomia eu quero ir agora no banheiro a minha independência eu vou no banheiro quando a gente adoece a maior parte das pessoas perde primeiro a independência eu quero no banheiro mas me mandam fazer na fralda não tem experiência mais cruel do que aquela que haja alguém que já ficou internado e ficou de fralda

quando a gente tem que usar fralda a gente percebe a importância da nossa independência é muito difícil muito desafiador se tá doente e aí você está no quarto e chega alguém pretende visitar que é sempre a pessoa que está disponível para se visitar aquela que você não gosta né a ver os visitadores do hospital são aquelas pessoas que você gostaria que jamais aparecer na sua frente mas ela está disponível para ir de visita e ela chega à sua frente mas aquela cara de cara para sempre você está morrendo de vontade de fazer cocô e se

cair no banheiro e enfermeira faz a prova esse processo de perda de independência é algo extremamente desafiadores sociais na qual já não muda de assunto é preciso embora não suporto falar sobre isso tudo bem não fala mas vai acontecer vai acontecer com você ou com alguém que você ama muito e o desafio que a gente tenha se preparar para esse momento para poder saber dar trabalho vocês sabem como dar trabalho minha mãe me ensinou como dar trabalho minha mãe teve uma doença neurológica ela faleceu de esclerose lateral amiotrófica uma doença rara porém extremamente cruel porque

vai tirando a independência todas as suas capacidades com total o silêncio vai assistindo as suas perdas com total consciência que não tem ninguém com que tem como tinha rolar falou assim eu não estou mais andando sinal imagine se não está acontecendo como a gente faz com as pessoas que têm câncer neto tem uma lesão no pulmão ea pessoa fala assim não é nada e se acredita porque sei lá pode ser que não seja nada mesmo agora quando você deixa de jogar não tem como discutir deixei de andar deixa eu te falar deixei de engolir e

ao longo de todo o trajeto de doença da minha mãe que ela foi adquirindo maior necessidade de cuidado ela era uma pessoa gostosa de cuidar então sei a já a arrumar ela não na cadeia assim que chegava perto do rosto dela se dá um beijo ceia da comida na boca dela quando você tem a primeira colherada ela pegava sua mão assim e beijava e agradecia e ela agradecia no sentimento pleno de gratidão mesmo não de se sentir mal porque dava trabalho mas de se sentir bem por poder receber cuidado então ao longo do nosso trajecto

de envelhecer ou até em algum momento que a gente fique doente sem precisar tabelinha é porque às vezes a gente fica doente antes de envelhecer a gente acha que só vai acontecer quando a gente ficar velho às vezes fica doente anos lembra disso na hora de dar trabalho e falou que a gente vai ser uma mala sem uma mala né então que a gente seja aquela mala de rodinhas as quatro rodinhas sim que é gostoso de levar sim a gente tem caseiro de carregar chamar a gente tem prazer de cuidar entender que ao longo da

nossa história a gente vai construindo relações que facilitam ou dificultam esse prazer de cuidar nós vivemos numa cultura que coloca a obrigação do cuidado para os pais e aí é muito frequentemente se vê numa casa de repouso uma senhora um senhor que nunca recebe visitas ou mesmo no hospital que ele nunca recebe visitas ea equipe de saúde reclama fala nossa que absurdo está abandonado aqui ninguém vem visitar ninguém vem cuidar só que é preciso também dizer pra vocês que não é o fato de ter cabelos brancos mais de 60 anos que tornam a gente santo

nós temos uma história construída com os nossos filhos os nossos padres e as consequências desse dia a dia que aconteceram aos 30 20 30 40 50 60 anos as consequências vão frutificar quando a gente a 2 e do ponto de vista biológico no entanto retomando aqui a questão que eu coloquei no meu plano é da gente falar sobre as dimensões do envelhecimento como é que a gente se prepara para enfrentar o deserto dos a então primeiro ponto dimensão biológica dimensão física que se faz pra que esse corpo seja habitável até o último dia da sua

vida nós sim de fato a nossa casa é o nosso corpo então você está morando dentro do seu corpo quando a gente fala de ecologia next e tem que manter essa tem o homem tinha insustentável limpa adequado com manutenção se a gente tomar essas providências para o nosso corpo também ficava mais fácil de chegar no 1 tempo de envelhecer de uma maneira mais confortável e menos dolorosa então as três coisas principais que a gente vai oferecer para o nosso corpo pra que ele dê conta do que nos aguarda quando a gente fica mais velho são

coisas básicas que vocês não precisar fomento que pra ouvir porque de fato todo mundo sap então primeira coisa é a alimentação aquilo que você come viram aquilo que você é então se você comer porcarias e vai produzir é neurotransmissor genérico de não reclama dos genéricos que não funciona direito que os remédios genéricos não funciona direito então por que eles não funcionam direito porque a matéria prima utilizada não é de boa qualidade então se a nossa matéria prima é a comida hipócrates já me ensinou isso na raiz da medicina não faça do alimento a sua medicina

da medicina o seu alimento então a cura não vem dos remédios que prescrevo vendo que você come do que você ingere que você bebe a cura de qualquer adversidade só pode ser alcançada a partir de um organismo que se propõe a enfrentar o desafio da pura porque não é fácil ser reconstruída ácidos e aí se você só come porcaria você está oferecendo para o seu corpo matéria prima de péssima qualidade para ele se virar para compor os tecidos que você todo tempo léza quando tem esses mal a maus hábitos então não tem mistério isso aí

mas ana cláudia integralmente chato então tudo bem como não integraram se vira com as consequências depois não existe nada que você reclame agora que você não tenha que se responsabilizar pelo resultado quando ficar mais velho não tem então se você não tá a fim de se comprometer com a qualidade da sua alimentação vai dar pau no final é claro que tem meia dúzia de imortais talvez um sim 100 mil assim que começo a porcaria que fume que bebe que tem uma vida parece que tem um corpo incrível cara feita de tungstênio não é feito de

carne e osso mas essas pessoas são raras então a gente vai contar com a possibilidade que somos todos iguais e que ninguém aqui é especial e todos iguais aqui quando a gente tiver no no pedaço final da nossa resistência a gente vai ser todo mundo igual ao longo desse processo né do cuidado com o corpo a gente tem que lembrar que nós somos feitos com quatro membros a gente tem braços e pernas que não foram feitos para ficarem parados porque se fosse para ficar parado a gente teria casco aí a gente andaria que nem tártaro

a gente tem braços e pernas porque a gente a gente tem olhos têm ouvidos tem boca é pra gente se relacionar com o mundo a gente se relacionar com o mundo a gente precisa de movimento hamas e não gosta atividade física a ciência quando chegar no envelhecimento que as articulações que estiverem rígidas que seu coração não dá conta de enfrentar uma embolia pulmonar uma pneumonia que você não tiver um fígado que dá conta de tomar remédios mais fortes aí o teu processo de cura de qualquer doença vai ser muito mais trabalhoso para o seu corpo

então a movimentação na o exercício é parte absolutamente imprescindível pra quem se propõe e receber amazonas se eu fizer exercício como direita não fico doente fica você tem que fazer o que precisa ser feito pelo motivo certo o motivo certo é pra você ver bem dentro do seu corpo e muita gente também que chega é que a consulta é agora que eu fiquei também é tão mais exposta publicamente eu tenho sido muito procurada por pessoas com doenças graves mesmo incurável essas pessoas estão em cuidados paliativos estão indo no consultório pra conversar como elas vão morrer

bem coisa que é um negócio impensável né quando comecei a trabalhar com isso há 20 anos atrás imagina se eu ia recebendo consultório uma pessoa assim olha eu tenho um câncer avançado é a expectativa pela minha estatística é de que eu viva mais três quatro meses eu quero saber como é que eu vivo esse três quatro meses sem dor como que eu preparo a minha família pra minha morte como que eu vou lidar com o medo que eu sinto neste momento então é surreal né uma consulta dessa pessoa chega e fala isso e aí nesse

momento em que ela chega e fala isso muitas vezes ela traz uma certo ponto de mágoa porque chega no consultório às vezes as pessoas com câncer e fala puxando a claudia eu comia tão bem sempre fui uma pessoa tão preocupada com a alimentação sempre fiz atividade física eu sempre me cuidei sempre fui uma com uma pessoa comprometida com essa qualidade do que eu posso viver mas ficante que adiantou tudo isso aí eu digo quanto tempo você tem de câncer às vezes a pessoa tem 23 anos de câncer você só tem três meses de câncer pode

ser um câncer de pâncreas um câncer gástrico um câncer de pulmão que às vezes é avassalador no e eu digo você só sobreviveu a tudo isso porque você fez tudo isso talvez se você não tivesse feito teria morrido antes talvez se você não tivesse feito teria dado conta de sobreviver tratamentos tão tóxicos como sus que você tem vivido ultimamente então todo esse trabalho de cuidado com a nossa alimentação e com nossa organização de movimento diz respeito a um preparo de superação então você faz de pouco a questão acho que deve ser o filho a filha

que está procurando os dois não liga no celular de um depois ligando do que atender que atender isso às vezes acontece também com está em consultas e liga nua e não atende liga no outro e aí quando a gente tem esse comprometimento é com o físico do ponto de vista da alimentação e da atividade física a gente tem condição de superá qualquer doença que possa nos visitar ao longo da nossa vida as doenças também aparecem para as pessoas que se cuidam e isso não é castigo isso não é uma coisa para despertar a mágoa a

gente só precisa lembrar que o que nós estamos fazendo de correto com o nosso corpo é o que precisa ser feito e tem um ponto final depois essa frase a gente não faz para viver eternamente que ninguém vai ver tranquilamente a gente não faz para ficar não ficar doente porque corre o risco de a gente tá você tem que fazer o bem porque o bem é que precisa ser feito se você faz bem pra se dar bem já fez errado você tem tudo tem segundas intenções nas suas atitudes já não tem mérito nem fazer direito

pode ser socialmente mais aceitável mas eticamente é uma conversa muito íntima não pega bem do ponto de vista ainda físico tem uma coisa que eu preciso compartilhar com vocês que a respeito da nossa mente nós estamos num país que envelhece na velocidade mais rápida do planeta em 2030 a gente vai dobrar a quantidade de pessoas com mais de 60 anos que atualmente em torno de 7% a chegar a 14 6 por cento não tem nenhum país no mundo que vai ser tão rápido a gente em 2050 de cada cinco pessoas que se vê na rua

uma vai ter 60 anos ou mais nosso país não está preparado para acolher a gente quando tem mais idade porque não está preparada porque todo mundo não se prepara nesta as próprias pessoas que têm que vão ter 60 anos nos preparam que dirá a saúde a educação às vias públicas então vai ficar muito difícil assim ter um lugar que não é bom nem morrer envelhecer aqui no brasil então tá é melhor cair fora né porque aqui realmente morrer aqui ou é um dos piores países do mundo em termos de qualidade de assistência no final da

vida e provavelmente vai se tornar um dos piores países do mundo para você viver é como se estivesse no deserto do saara e aí em relação à nossa mente tem uma situação que é muito freqüente quando a gente fica mais velho que é a demência o quadro de demência que é conhecido como doença de alzheimer doença de alzheimer é a causa mais frequente da mente mas existem outras causas também que trazem para nós um risco maior à medida que a gente fica mais velho quem é que quer chegar nos 85 35 90 passar sequer parar

no twitter pra gente que quer alcançar esse espaço a gente precisa ter consciência que a incidência de doença de alzheimer na cidade acima dos 85 anos é tipo par ou ímpar se nós dois temos 85 um de nós dois tenham time entender é sério isso é muito grave porque de novo a gente não está preparado porque a doença de alzheimer é mais desafiadora porque você perde antes de perder a independência você perde a autonomia você perde a sua condição de tomar a decisão e autonomia negócio a coisa mais valiosa do ser humano é a autonomia

a gente desde pequenininho a gente luta pra até nossa vontade respeitada só que chegou um momento que você não sabe nem o que você quer ou se você sabe hoje você não lembra o que você queria ontem esse desafio a gente vai ter que enfrentar porque não tem cura para o alzheimer não tem cura para o alzheimer significa que vai acontecer e se acontecer a gente tem que ter um cérebro preparado pra driblar a doença isso tem como fazer então pra você se preparando assim eu falasse luta tem como se preparar pra não ter alzheimer

só morrendo antes dos 85 não tem história familiar que também contém história familiar da história familiar é mais precoce e tem chance de ter mais jovem então se pra se preparar que você tem que fazer tem que fortalecer o seu cérebro porque as pessoas que têm práticas de fortalecimento mental se elas tenham designer ninguém percebe você vai ter condição de driblar de tal forma a dificuldade que não vai ser nem consciente porque os seus neurónios vão resolver o seu problema sem que você peça pra eles e aí se você tiver usar melhor o impacto da

doença na sua vida é bem pequenininho talvez você precisa ter uma agenda talvez você precise é reduzir um pouco a sua carga de responsabilidades inclusive de dirigir é pra só não colocar em risco a vida das pessoas também têm que ceder um pouquinho na coisa de sair acompanhando que pode ser que se perca seu sempre no mesmo mercado mas conforme observado no mercado parece que chegou no japão que não reconhece as coisas e isso é assustador mas quando acontecer isso é possível que a doença já estivesse no seu cérebro é muito tempo só que seu

cérebro dava conta de lidar com este problema o caminho para isso aprender a imagem na copa na cidade vou aprender vai aprender condição de aprender todos nós temos em qualquer idade a diferença é que quando a gente fica mais velho a gente tem que botar em prática o que dizem pra gente que acontece quando ficar mais velha que fala quem mais velha que qualquer uma bronca que recebem é muito teimoso não é só escuto isso você vai ser muito teimosa é muito teimoso então isso é mérito do envelhecimento seja teimoso não desista de aprender vão

dizer que será capaz semana passe a ser capaz então o aprendizado é uma chuva de rejuvenescimento no cérebro e traz pra nós a possibilidade de conexões maiores entre os nossos neurónios aprender é fundamental a mas eu faço crochê tricô só vale se você aprender ponto novo ah mas eu sei tocar piano só vale se você mudar de estilo tudo que você já souber você que fazer algo novo em cima disso o melhor recurso para desenvolver conexões do cérebro é a música se fortalece as cordas vocais toda essa musculatura que quando a gente fica velho fica

flácida fica forte quando você canta se você aprende música de instrumento você tem uma outra linguagem para o cérebro que associa aos a escuta a música entra no nosso cérebro por um lugar que o alzheimer não atinge então pode ser o seu recurso de salvação caso você tem essa doença de conexão com o mundo você fica online de novo através da música então aprendizado é fundamental ea outra coisa que é muito importante é meditar ae mas eu não consigo é muito chata então paciência fica lé depois né ai no ar mas outra coisa também que

não cabe quando a gente fica mais velha mas eu nunca fiz então é tempo demais a vida é uma só tem que experimentar jeitos diferentes mas eu sempre fiz assim tão monótono muda sempre nunca não cabe para quem está ficando mais velho tem que fazer diferente então você vai aprender música você vai cantar se meditar e aí com isso vai ficar uma uma pessoa muito mais esperta muito mais capaz de tomar suas decisões e o melhor mas serena emocionalmente que é outra dimensão que a gente vai ter que enfrentar que é muito delicada a nossa

dimensão emocional ao longo da nossa carreira como seres humanos vai tomando proporções muito desgastante a gente vai ficando é com maior risco de ficar magoado com a irmã risco de ser atingido pelas palavras alheias embora a gente tenha uma compreensão da vida que pode ser diferenciada dependendo de como você lidou com as suas emoções no longo da sua vida ela não querer conversar com você cara a cara quando você fica mais velho e uma das coisas mais difíceis que a gente tem que enfrentar é o luto o luto não estou falando só pelos amigos que

a gente perde quando ficar mais velha que a gente começa em um velório né a gente está falando de luto de coisas intangíveis também se pede de capacidades você perde espaço ao longo da nossa vida a gente perde tempo né e aí quando a gente chega na na maturidade a gente acha que o tempo não passa ela tem um paciente meu falou assim quando a gente é jovem os dias são longos e os anos são curtos e aí quando a gente é mais velhos dias são curtos e os anos são uns porque cabe muita coisa

nesse tempo na dimensão emocional a gente vai conseguir lidar com isso se a gente tiver serenidade ea serenidade a gente adquire pela meditação então é mais de terapia ana é terapia bem rico também pra fazer mas o difícil é você encontrar um profissional que respeite ou a pessoa mais idosa porque em geral jovem olha para o idoso como alguém incapaz e muitas vezes o profissional de saúde também faz isso então a meditação é um recurso de estabilidade emocional muito poderoso então vai te ajudar cognitivamente porque as pessoas que meditam pelo menos meia hora por dia

6 5 a 6 dias por semana tem uma espessura de córtex maior que os outros então você tem neurônios mais bombados tá super fácil a gente olha se pode é a gente pode depois a gente pode até dar umas idéias aqui pra começar grupo de meditação aqui porque não é uma coisa de menor complexidade a gente não precisa de acelerador nuclear pra para meditar não tem necessidade de altas tecnologias a gente vive em um país onde 40 por cento das pessoas no final da vida consideram fundamental o último ato derradeiro o ato derradeiro no último

ato derradeiro é proporcionar um ato derradeiro estar em paz com deus 40% essas pessoas porque somos nós ao longo da nossa vida a gente vai precisando de validações de deus na nossa vida então a gente escolhe muitas vezes o caminho religioso para ter segurança de que tudo vai dar certo só que se tudo der certo você morre no final tá tudo certo tudo dando errado o desfecho é sempre os mesmos sempre o mesmo tem gente que fala assim ah mas eu tenho fé não vou morrer fácil as pessoas com fé move também né é a

própria expressão das lideranças religiosas mostra que a morte é algo que faz parte da história humana todos os líderes religiosos morreram jesus morreu buda morreu morreu maomé morreu pastores morrem as famílias dos pastores morrem também famílias de monges budistas morrem monges budistas também morre a questão é qual é o sentido da sua vida e ao longo da nossa história nós buscamos essa resposta você não tem que perguntar por que você está aqui é uma pergunta que só leva à perda de tempo porque esses óleo passado quando se fala porque se olha pra lá você tem

que perguntar pra quê oprah que te projeta para o futuro então pra quê que eu vivo aqui que eu existo se você não sabe pra que é importante é acelerar o processo de resposta e talvez esse momento da sua vida não te traga resposta talvez a gente só tem a resposta mesmo na semana na última semana de vida porque na última semana nas últimas semanas últimos tempos de vida que a gente tem a possibilidade da gente se conectar com realmente o nosso eixo espiritual quando estou cuidando de um paciente em final de vida e não

olha eu vejo uma pessoa caquética com icterícia com a city e vejo uma pessoa que tem um grande espírito aumente que ela não cabe mais nesse corpo aqui quem entende de computador sabe que quando você pega um software muito potente põe um pc velho queima é isso que acontece com a gente a gente passa para um nível de dimensão de compreensão do pará que do mundo todo que não cabe mais nesse espaço nessa nave aqui que a gente tem então o envelhecimento traz para mim para nós essa realidade incrível que o último dia da sua

vida é o dia que 100 para receber seu diploma de ser humano então todo o seu processo ao longo de toda a sua história são aulas são lições que você vai tendo para poder receber o diploma no último dia então eu escrevi há pouco tempo livre que chama à morte um dia que vale a pena viver ea raiz de toda essa história é esse final porque no dia que a gente morre é o dia da nossa missão cumprida tomara que a gente tem a nossa volta pessoas que chorem pela bênção de estarem presentes na nossa

vida de terem pretendem participar da nossa história de ponto chegar a hora ana cláudia morrendo assim portela recebeu o diploma de quem cumpriu a missão dela ea gente chora e só de saudade das pessoas que a gente ama que as pessoas que a gente quando a gente tiver lá esticadinho quando estivermos todos iguais paradinhas que as pessoas à nossa volta se não não é um caminho de religião exclusivamente você pode ser ateu então grau espiritualidade absurdo é uma forma como a gente se relaciona é um caminho de sentido de espiritualidade nós somos os únicos a

única espécie no planeta que tem consciência do jogo ele será computado mas a gente como ser humano a gente precisa de aula de valorização porque a gente não sabe se o atual processo de envelhecer é um processo antes de tudo muito potente para ensinar a gente ser humano não fez mossa muito obrigada pela fifa [Aplausos] [Música] ah [Música]