faço trabalho de campo como o haiti desde 2004 usar e tite são um povo fala uma língua tupi é que vivem na região dos formadores do rio xingu na parte sul do parque indígena do xingu que é participam de uma coisa que já foi chamada de sistema de comunidade multi-étnica enfim chame como quiser mas enfim de um conjunto é culturalmente homogéneo mas praticamente homogêneo de povos que falam línguas diferentes e que interagem ritualmente casam se entre si enfim compartilham uma série de modos de viver é e que isso esse compartilhamento é muito fortemente marcado pela
presença dos rituais que são rituais que reúnem os povos todos os povos da região dos quais o mais famoso mais conhecido e também mais importante pra eles é o kuarup naquela festa funerária que reúne todos os povos do xingu anos se o artigo ele é uma ele é uma reflexão pós posterior a minha tese e ele é um dia há uma tentativa de de criar um diálogo que eu não fiz ao longo da tese é com uma uma reflexão sobre a questão do capitalismo e ai e os a fundo os efeitos da entrada de dinheiro
e de bens industrializados nos mundos indígenas desde a época da minha dissertação de mestrado eu comecei a visitá los as primeiras visitas foram curtas elas tiveram mais no sentido de uma criar uma relação mas na época do doutorado já passei aí sistematicamente passar longos períodos na aldeia o máximo que eu fiquei assim seguido foi quatro meses depois períodos três meses variando ao longo do doutorado deve ter somado um total de 13 meses em campo e desde então eu tenho ido sistematicamente para lá também então eu tenho de fato assim o grosso das minhas reflexões sobre
tudo que eu desenvolvo nesse artigo parte daquele naquela pesquisa de doutorado mas eu não tenho uma relação com eles é na forma de visitas mais curtas porque a gente na vida do professor é mais difícil conciliar com esse trabalho de campo longo a minha tese de doutorado ela versa sobre feitiçaria é que é um termo enfim o termo pelo qual eu traduzir mas seguindo o modo como os meus interlocutores indígenas traduziam uma coisa que se dá entre eles que é enfim um tipo de ação que a gente caracteriza como mágica mas enfim um tipo de
ação de malefícios que faz as pessoas adoecerem eventualmente morrerem e aceitaria um tema super importante no mundo ao et na verdade na região em que eles vivem no alto xingu vitória um tema super importante super é recorrente nas falas indígenas e também na cenografia mas que até então tinha sido trabalhado de uma maneira sistemática então o meu esforço etnográfico no momento da tese foi pensar o que é o que essa feitiçaria da qual estão falando é como ela se na ela está implicado em que processos sociais é o que o site traduzem por feitiçaria é
uma coisa assim é pensando no cenário das povos indígenas da amazônia que é mais ou menos o contexto no qual a gente insere uma qualquer discussão sobre eles é muito comum que o malefício ou seja a forma de fazer mal a alguém sejam é confundida sou seja praticado pela mesma pessoa que faz curas então xamã que em geral o termo que a gente usa para falar dessas figuras de curador muitas vezes nos pontos é amazônico indígenas amazônicos é também alguém que pode fazer o mal ele pode matar e pode curar é no caso do altiplano
isso não funciona dessa maneira os seus cinco anos distingue claramente os especialistas em cultura e outros especialistas especialistas em malefício então eles têm um termo muito e é de ter um termo na noite o próprio para designar a pessoa que faz é mais difícil faz mal a outras pessoas eles traduzem se ter um feitiço eu adotei a a adoção deles porque ela me pareciam não é a melhor possível sendo deles tem basicamente duas técnicas de manejo se lá então uma é você o feiticeiro a pessoa que na verdade o termo literalmente significa pessoa que tem
feitiço então feitiço é uma coisa um objeto que provoca um adoecimento é uma festinha minúsculo invisível então feiticeiro ele pode tanto lançar essa flechinha diretamente contra alguém sem que a pessoa se dê conta ou pode amarrar essa festinha com partes do corpo da pessoa resolvidas não é que a gente chama então o pedaço de cabelo resto de comida um pedaço de roupa qualquer coisa que tenha tido um contato íntimo com a pessoa que portanto é entendido como uma parte dela e quando entra em contato com o feitiço é um veículo de afetação dessa pessoa então
é uma forma de colocar enfeites em contato com a pessoa através de uma parte dela é são basicamente essas duas técnicas também daria pra ele pode acontecer feitos por envenenamento ou seja uma comida em que essas festinhas foram introduzidas de algumas variações técnicas aí mas basicamente feitiço é isso feitiço é um modo de causa o adoecimento de alguém através desses objetos patogênicos minúsculos microscópicos que são algumas pessoas possuem que são os especialistas em infecção ag [Música]