Análise Biomecânica: Cinemática e Cinética na Prescrição de Exercícios Fisioterapêuticos

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Fisio em Ortopedia
Neste vídeo, abordamos de forma detalhada a análise de movimento através dos conceitos de cinemática...
Video Transcript:
[Música] Oi pessoal Bárbara Noal por aqui se você tá aqui você tá no canal do Fisio Ortopedia e nesse vídeo a gente vai falar sobre os conceitos de cinemática e de cinética Então a gente vai abordar e de que forma a gente usa desses conceitos e dessas definições para aprimorar a nossa análise e descrição de movimento e a nossa prescrição de exercício não se esquece antes de assistir o vídeo de se inscrever no nosso canal e ativar o Sininho para notificações ficaram com dúvidas já sabem Joga lá no chat que a gente responde muito obrigada
Olá pessoal aqui é a professora Bárbara hoje vamos dar continuidade à nossa jornada aí de entender e como a gente pode descrever melhor os movimentos e PR escrever melhor os nossos exercícios hoje a gente inicia com a temática de cinemática e cinética dois conceitos que são muito importantes eh pro nosso entendimento do movimento e para aprimorar também a nossa prescrição eh São dois conceitos que são base né do estudo da cinesiologia da biomecânica e que norteiam eh um pouquinho a nossa nomenclatura com relação à descrição dos exercícios quando a gente pensa no movimento e olha
pro movimento e começa a pensar como que a gente pode descrever esse movimento a gente pode parar e pensar simplesmente olhar pro movimento e falar OK o paciente tá se levantando de uma cadeira a a gente pode ir um pouquinho mais além e pensar paciente para se levantar da cadeira ele faz uso de apoio dos braços sobre as coxas paciente inclina demais o tronco inclina de menos o tronco paciente dobra demais o joelho paciente faz uma dorse flexão excessiva então vocês foram vendo que eu fui mudando a minha fala durante a descrição e deixando ela
um pouco mais específica a cada etapa eh Então os conceitos de cinemática e c eles fornecem pra gente eh algumas características específicas para ir acrescentando a descrição do nosso movimento então eu posso descrever uma pessoa por exemplo falando somente da cor dos olhos dessa pessoa mas eu posso também falar da cor dos olhos do tom de pele da altura do peso da cor do cabelo e por aí vai com movimento a mesma coisa eu posso simplesmente falar que tá acontecendo uma flexão e uma extensão de joelho ou eu posso falar que tá acontecendo sendo uma
flexão de joelho em Cadeia cinética fechada em resposta a um torque externo eh gerando momento interno extensor E por aí vai então hoje aqui a gente vai destrinchar um pouquinho mais como que a gente usa os conceitos da cinética e da cinemática para descrever os nossos movimentos e nortear as nossas prescrições de exercício e aí quando a gente para para observar eh uma imagem um vídeo onde a gente tá vendo o movimento sendo executado só que vocês conseguem perceber nesse vídeo que tem algumas informações extras eh que podem contribuir também para minha descrição então aqui
a paciente tá realizando movimento de centa e levanta só que diferente da imagem anterior a gente não tá vendo aqui um corte né a gente tá vendo o movimento dinamicamente acontecendo e através de marcadores posicionados aí no corpo da paciente eu consigo eh ter uma noção mais quantitativa do movimento então eu sei que ela tá fazendo eh um máximo aí de 30º de inclinação ou flexão eh anterior de tronco eu tô conseguindo eh quantificar e e bater o martelo em quantos graus eh de flexão ela parte movimento e até quantos graus próximo a extensão ela
está indo E aí do lado direito aí da tela de vocês Vocês conseguem ver que eu tenho gráficos tanto do direito como esquerdo né a gente tem gráfico sendo traçados que podem ajudar a gente a também entender Onde Ela atinge um pico de flexão Onde Ela atinge um pico de extensão seja de quadril de joelho de tronco ou de tornozelo eh que são as articulações envolvidas nesse movimento e Vocês conseguem observar também que a gente tá analisando esse movimento num plano específico então eu tô analisando o movimento com a paciente virada de lado para mim
né ela tá eu tô observando o perf dessa paciente e a gente vai entender hoje que isso também tem um porquê eh que eu poderia sim analisar essa paciente de frente só que isso me traria outros dados paraa descrição do meu movimento e outras informações sobre o desempenho da paciente durante a execução Então a gente vai conversar um pouquinho mais sobre isso ainda nesse vídeo nesse outro vídeo aqui a gente consegue observar outras informações então diferente do vídeo anterior aqui a gente tá vendo setas a gente tá vendo vetores vetores que se aproximam e ganham
magnitudes diferentes Então se vocês observarem toda vez que o esqueleto aqui né Eh ele toca o chão e fica em apoio unipodal esse vetor que era amarelo e verde um pouco menor fica vermelho e grande ele aumenta sua magnitude eh e aí a gente vai entender que esse é um outro tipo de análise onde eu tô considerando outras variáveis mais relacionadas a cinética mais relacionadas ao tipo de força eh que tá sendo eh recebida ali pelo segmento pela articulação então eh a gente já consegue perceber que eu tenho maneiras diferentes de olhar pro mesmo movimento
de descrever o mesmo movimento e aí então quando a gente tá falando de movimento eu tenho essas duas possibilidades eh de fazer uma análise cinemática do movimento ou fazer uma análise cinética do movimento e a gente vai entender O que são esses dois conceitos e como os dois colaboram paraa Nossa prescrição começando pelo conceito da cinemática a cinemática é justamente o primeiro exemplo Ou melhor o segundo exemplo que a gente viu hoje em vídeo eh onde a gente vai descrever o movimento de um corpo sem se preocupar com as forças que podem produzi-lo Então esse
é um vídeo onde vocês não estão vendo nenhuma seta para cima e para baixo e a gente não tá vendo nenhuma magnitude nemum vetor biomecânico na nada disso O que a gente tá vendo nesse vídeo é os movimentos acontecendo e qual é o grau né de movimento qual que é a amplitude de movimento que tá acontecendo durante a execução dessa atividade do Cent e levanta então a cinemática ela olha pro movimento e entende o que está acontecendo Então está acontecendo uma flexão está acontecendo uma extensão está acontecendo x grau de flexão x graus de flexão
muito ou pouca flexão eh mas ele a cinemática não me dá dados sobre Quais são as forças externas sendo aplicadas ela não não me dá dados referentes a forças internas e externas que atuam na execução do movimento porque não é papel da cinemática se preocupar com isso eh e aí Vale ressaltar né que esses conceitos de força interna e externa tipos de contrações musculares complementam essa análise cinemática e eh São temas que a gente discutiu nos vídeos passados então eh vale a pena retomar e para quem não assistiu assistir porque são conceitos um conceito acaba
sendo complementar ao outro e o ideal é que vocês consigam utilizar de todos para tomada de decisão e prescrição de exercícios E aí dentro da cinemática o que que os conceitos da cinesiologia trazem pra gente que a gente pode eh a gente é capaz de realizar movimentos rotacionais e movimentos de translação esses dois tipos de movimento acontecem no corpo humano a gente vai falar eh um pouquinho mais à frente sobre a a diferença desses dois tipos de movimento Mas entendam que movimentos de translação eles acontecem quando eu sou capaz de puxar ou empurrar algo e
os movimentos de rotação Só quando eu sou capaz de gerar movimentos rotacionais através de um eixo de rotação eh então ambos os movimentos a gente consegue observar eh eh na cinemática só que de maneiras diferentes E aí dentro da análise cinemática eu posso fazer uma análise qualitativa ou quantitativa E aí se a gente for pensar na análise qualitativa eu não necessariamente preciso de nenhum aparato então eu posso simplesmente olhar pro movimento que meu paciente tá executando e descrever a qualidade desse movimento então para esse tipo de análise dentro da cinemática a gente vai usar eh
adjetivos para dar uma noção de qualidade do movimento então durante o agachamento paciente está fazendo uma ampla flexão de joelho uma leve Doors flexão uma grande flexão de tronco uma leve flexão lombar então a gente não usa nenhum parâmetro numérico aqui dentro da análise qualitativa agora dentro de uma análise mais quantitativa do movimento considerando a cinemática a gente pode e atribuir eh graus a gente pode atribuir e variáveis numéricas para descrever o movimento que é justamente o que a gente viu acontecer e no vídeo da nossa paciente sentando e levantando com marcadores no corpo esse
tipo de análise exige algum tipo de aparato hoje em dia eh existem vários aplicativos do celular onde você pode filmar o seu paciente fotografar o seu paciente e traçar esses ângulos manualmente e existem softwares e laboratórios de análise de movimento que também fazem isso e para você e aí tem a necessidade dos marcadores de câmeras 2D ou câmeras 3D para eh dar para vocês essa informação eh e aí a gente vai usar Então como a gente comentou variáveis numéricas para descrever o movimento então eu tenho 90 g de flexão de joelho eu tenho 10 g
de dor flexão 80º de flexão de ombro e 45 g de flexão lombar Então são Dados um pouco mais sensíveis né um pouco mais e cravados para de fato a gente entender e toda a cinemática por volta doov movimento e conseguir descrever toda essa cinemática ambas as análises pessoal elas são válidas porque não necessariamente você precisa de um software super tecnológico para eh ter uma boa análise do movimento que o seu paciente tá executando né Eh quanto mais você treina o seu olhar clínico quanto mais você eh treina esse tipo de descrição de movimento é
mais valiosa acaba s a sua a sua análise qualitativa né então Eh as duas fazem bem o trabalho é só saber como usar em qual momento é mais interessante eu ter um dado mais quantitativo em qual momento o dado qualitativo ele já vai me ajudar bastante e aí dentro da cinemática a gente tem mais duas subdivisões aí de conceitos cinesiológicos que é a osteocinemática e a artrocinemática a osteocinemática ela eh descreve atribui e eh qualifica pra gente os movimentos das partes ósseas dos segmentos que compõe uma articulação eh então a gente tá falando mais dos
macr movimentos movimentos fisiológicos então flexão extensão abdução adução já artrocinemática como o nome já já traz a gente vai descrever e analisar os movimentos intraarticulares que vão acontecer entre as superfícies articulares eh que são movimentos que a gente chama de movimentos acessórios movimentos mínimos que são necessários pros macr movimentos acontecer então falando um pouco mais sobre a a cinemática Acho que todos já tiveram contato alguma vez né com a a descrição dos planos e eixos onde os movimentos fisiológicos acontecem e a gente vai falar um pouquinho mais sobre eles então os movimentos dentro da osteocinemática
acontecem dentro de planos planos cardinais aí onde normalmente a maioria dos movimentos músculos esqueléticos e movimentos do corpo humano vão acontecer então a gente tem o plano sagital o plano frontal e o plano transversal quando a gente fala do plano sagital e é como se a gente traçasse uma sutura sagital no crânio e a gente divide o nosso corpo em direita e esquerda se a gente for pensar nisso Imaginem que eu tenho essas duas linhas eh vermelhas aqui que a gente sinalizou na imagem para vocês é como se fossem duas paredes se o seu corpo
tá dentro dessas duas paredes a possibilidade de você conseguir abrir o braço ou seja fazer uma abdução de Glen numeral uma abdução de ombro ela é muito pequena porque você tem como se fossem duas paredes uma encostada no seu lado direito uma encostada no seu lado esquerdo isso impossibilita eh eh isso deixa faz com que você não seja capaz de abrir o braço Agora eu tenho Total Liberdade de fazer uma flexão de ombro nesse plano por quê E se eu tô dividindo o meu corpo em direita e esquerda eu vou analisar o meu corpo de
lado então vou est tendo uma visão de perfil e eu não tenho nem nenhuma parede me barrando então tentem associar esse exemplo da parede para não esquecer mais qual movimento é capaz de acontecer em qual plano e então se a gente tá dividindo o nosso corpo em direita e esquerda eu tenho que olhar pro meu lado direito e olhar pro meu lado esquerdo e quais movimentos eu consigo realizar dentro desse plano se eu tô observando meu paciente de lado Então imagina que meu paciente tá na minha frente de perfil e eu tô olhando pro lado
direito do meu paciente se ele realizar o movimento de flexão Como tá E exemplificado aqui na imagem eu consigo olhando para ele visualizar a amplitude de movimento de flexão acontecendo diferente se ele fizer um movimento de abdução de lado para mim eu vendo ele de perfil eu não consigo de fato observar toda a amplitude abdutora acontecendo Então por isso que os movimentos de flexão e extensão eles são movimentos que vão acontecer dentro aí do plano sagital e é aqui a gente utilizou o membro superior como exemplo mas isso vale para todos os segmentos agora quando
a gente considera o plano frontal eh o plano frontal é como se a gente dividisse o nosso corpo fizesse uma sutura mais coronária ali do crânio e eu dividisse em anterior e posterior o meu corpo então Imaginem agora que eu tenho uma parede na parte anterior do meu corpo e uma parede na parte posterior do meu corpo se eu tenho uma parede logo à frente como a gente tá mostrando na imagem eu não sou capaz de fazer uma flexão agora porque tem uma parede aqui me barrando agora os movimentos de abdução eles estão livres acontecer
dentro desse plano eh frontal e É nesse plano frontal ou seja vendo o meu paciente de frente olhando pra parte anterior do corpo dele ou posterior do corpo dele que eu consigo olhar toda a amplitude de abdução e adução acontecendo Então se eu tivesse que quantificar esse movimento eu estaria nesse plano frontal então posicionaria lá o meu instrumento Eu traçaria os ângulos ali De frente pro meu paciente não mais de lado e aí quando a gente fala do plano transversal imagina que agora cortaram o paciente no meio e você tá vendo ele de cima é
é um é um corte mais paralelo ao Horizonte que divide o corpo em superior e inferior e esse é um plano onde se torna possível e viável a gente observar os movimentos rotacionais acontecendo se eu tô aqui na frente de vocês na câmera rodando eh a minha Glen numeral fazendo uma rotação Glen numeral você não consegue ter a real noção do quanto eu rodei Porque você tá me vindo no plano frontal você precisaria estar me vendo de cima para ter a real noção de quantos graus de rotação eu fiz eh então na dúvida tentem sempre
fazer essa essa analogia essa comparação de tá bom esse plano ele Me fornece qual visão dentro dessa visão então tô olhando de frente qual movimento eu sou capaz de olhar e descrever quantificar em toda a sua amplitude e aqui a gente só colocou exemplos aí de movimentos acontecendo tanto no plano sagital como no frontal do membro inferior então aqui na flexão e na extensão do quadril eu tô vendo Minha paciente de lado eu tô vendo um perfil eu tô vendo o lado direito da paciente porque eu e é dessa visão é dentro desse plano que
eu consigo observar os movimentos de flexão e os movimentos de extensão acontecendo da mesma forma quando eh a imagem retrata os movimentos de abdução e adução agora não tô vendo mais a minha paciente de lado eu preciso observá-la de frente eu preciso olhar pra parte anterior do corpo dela ou pra parte posterior do corpo dela para observar de fato toda a amplitude de movimento aí do quadril acontecendo E aí mais uma eh vertente aí da cinemática como a gente comentou então é a artrocinemática a artrocinemática agora a gente vai eh descrever analisar e considerar os
movimentos que vão acontecer lá dentro da articulação entre uma superfície articular e outra superfície articular Esses são os movimentos que a gente chama de movimentos acessórios eh mas são acessórios porém essenciais pra execução do movimento fisiológico então eu posso ter o bíceps mais forte do mundo só que se eu não tiver uma uma boa condição intraarticular que permita ali eh os deslizamentos entre as superfícies articulares eu não vou ser capaz de realizar o movimento então didaticamente esses conceitos de ó cinemática e Art cinemáticas são divididos porém eles acontecem simultaneamente paraa execução do movimento então para
eu ser capaz de levantar o meu braço eu preciso que as minhas superfícies articulares rolem deslizem entre si e aí eh os três principais movimentos acessórios que a gente considera quando a gente tá falando da artrocinemática é o rolamento o deslizamento e o giro eh e a gente vai entender um pouquinho melhor sobre cada um quando a gente considera o rolamento eh eu tenho uma superfície articular rolando sobre outra superfície articular E aí se vocês forem eh observar né esse exemplo da moeda durante o rolamento eu tenho vários pontos fazendo contato com vários pontos né
então Eh toda a superfície articular rolando por outros pontos da articulação e a gente vai entender eh um pouquinho mais à frente que também são três movimentos acessórios distintos mas que acontecem simultaneamente isso tem uma lógica e tem um porquê imagina se eu só rolar a cabeça do úmero sobre a sobre a glenoide se eu sol rolar que que vai acontecer eu vou perder o contato articular né então eu não posso ter só o rolamento eu preciso eh junto com ele sincronizado a esse rolamento os movimentos de deslizamento E aí eh o movimento de deslizamento
ele acontece concomitante é o movimento de rolamento só que em algumas situações eles vão acontecer em sentidos opostos Em algumas situações eles vão acontecer no mesmo sentido e a gente vai entender como isso acontece e porque às vezes é para um lado às vezes é pro outro e aí o nosso Último Movimento dentro da artrocinemática é o giro E aí o giro imagina ali a moeda rodando sobre um único ponto né então um único ponto fazendo contato com um único ponto Imagina aí um peão Imagina aí um movimento mais de pivô então eu giro sobre
o próprio eixo E aí por que que é interessante a gente conhecer né os movimentos acessórios e por que que é interessante a gente saber descrever esses movimentos acessórios eh Às vezes a gente pode se deparar com pacientes que eh possuem né um excesso de translação anterior da tíbia Como é o exemplo desse paciente aqui que pode sinalizar pra gente algumas coisas né pode ser um teste positivo para algum algumas coisas porém Eh esses movimentos acessórios eles eh se presentes de forma exagerada podem representar aí Alguma instabilidade da mesma forma que se eles não estiverem
presente então nem o oito nem o 80 né porque se eles não estão presentes o nosso movimento ele fica limitado então Eh entender sobre esses movimentos intraarticulares e a importância deles é muito importante pra gente entender muitas vezes por que meu paciente não tá conseguindo ter amplitude de movimento completa e muitas técnicas de terapia manual acabam considerando essa esse conceito da artrocinemática para eh embasar a técnica e a gente conseguir aplicar eh simular ali o deslizamento interarticular para devolver pro nosso paciente esses movimentos de deslizamento principalmente E aí vem a tal da lei do côncavo
e convexo né que às vezes lá na graduação a gente fica descabelado só para tentar entender o que é o côncavo E o que é o convexo né então então e a primeira coisa é tentar se familiarizar com o conceito e com o visual então Eh treinar o olhar para tá na minha frente uma forma ali e um desenho uma imagem enfim da cabeça do fêmur então o ideal é eu treinar o meu olhar para ser meio instantâneo e entender que a cabeça do fêmur ela tem um formato convexo muito importante né lembrar que o
côncavo vai ser sempre aquela superfície um pouco mais Funda um pouco mais profunda e de encaixe né e o convexo acaba sendo a superfície que normalmente se encaixa então Eh tentar esclarecer e e treinar o olhar para que esse conceito do côncavo e convexo fique claro aí a gente Para para pensar meu Deus mas para que né Eh o conceito da artrocinemática ela segue ele segue essa essa lei do côncavo convexo e faz sentido pessoal não é a toa eh O que que a lei do côncavo e convexo diz pra gente que toda vez que
uma superfície convexa esver se movendo sobre uma superfície côncava esses movimentos de rolamento e deslizamento eles devem acontecer em sentidos opostos professora Mas por que né imagina lá ó aqui na imagem a gente consegue ver eh a cavidade glenoidal e a cabeça do úmero ou o úmero se articulando ali na cabeça GL então considerem que o segmento que está se movimentando é o úmero úmero na sua extremidade na sua superfície arular Ele é bem convexo então ele tem esse formato bem convexo que se encaixa ali na cavidade glenoidal que é levemente côncava e imagina se
não existisse eh essa regrinha e eu quisesse para fazer o movimento de abdução do ombro rolar paraa direita e também deslizar paraa direita eu perdi totalmente o contato articular Então para que a gente mantenha as superfícies articulares em contato eu preciso rolar para um lado e deslizar pro oposto porque aí eu mantenho ali a congruência articular e o movimento fisiológico acontece da maneira que vocês estão observando ali na imagem sem que se perca contato entre as superfícies ósseas que é o cenário ideal e diferente acontece quando a gente tá falando da superfície côncava agora se
movimentando sobre a superfície convexa então aqui a gente tá vendo o exemplo do joelho num raio x num plano sagital porque a gente tá vendo aí a flexão e a extensão acontecendo e se a gente for lembrar aí né de como é o formato anatômico da tíbia e a gente vai se lembrar que ela é predominantemente plana Mas tem uma leve concavidade que os Men n iscos existem ali para aprofundar um pouquinho mais e deixar ela um pouquinho mais côncava e ao contrário da parte distal do fêmur que também é convexa como a parte proximal
e então a gente tem os côndilos femurais ali assumindo uma forma bem convexa eh e nesse exemplo onde a gente tá vendo o movimento de flexão e extensão em Cadeia cinética aberta do joelho acontecendo é a tíbia que vai se mover sobre o fêmur que fica parado Então a gente tem agora uma superfície côncava se movendo sobre uma superfície convexa e a lei do côncavo e convexo na artrocinemática diz que quando a superfície côncava estar se articulando em relação à convexa os movimentos de rolamento e deslizamento eles vão acabar acontecendo no mesmo sentido justamente pra
gente ter essa manutenção da congruência articular do encaixe articular e da estabilidade articular E aí pessoal pensando nesses principais conceitos da cinemática a gente consegue entender um pouco mais alguns gráficos e algumas informações que a gente às vezes é exposto durante a nossa gradação durante as nossas leituras complementares então o exemplo que eu trago aqui é um gráfico de análise cinemática da Marcha considerando membro inferior e como vocês já entenderam Se eu tô vendo meu paciente de de lado eu tô observando aí o plano sagital E aí no plano sagital A gente vai ter predomínio
aí dos movimentos de flexão extensão pensando aqui em quadril e joelho eh e aí um gráfico de análise cinemática ele me traz aqui ó movimento articular do quadril em graus ponto final então ele tá me dizendo o quanto esse quadril está fletido o quanto ele está estendendo a cada fase da Marcha eh e da mesma forma que a gente tem análise cinemática dentro do Plano sagital A gente pode deve e faz análise dentro dos outros planos então aqui a atividade mantém a mesma é a marcha eh só que agora eu tô olhando pro quadril no
plano frontal e se eu tô olhando pro quadril no plano frontal eu já sei que eu vou ter informações sobre movimentos de abdução e adução então a gente consegue ver aqui ó Qual a informação que esse gráfico me dá o quanto de abdução eu faço de quadril o quanto de adução eu faço de quadril ponto final não me diz se eu tô usando músculo x y z não me diz se o momento externo ele é flexor extensor nada disso ele me traz informações sobre eh o quanto de movimento está acontecendo e qual movimento está acontecendo
e dentro de qual plano esse movimento tá acontecendo E aí pessoal continuando a nossa descrição e lapidando e aprimorando um pouco mais ela a gente entra agora no conceito da cinética diferente da cinemática lembra que na cinética agora a gente vai considerar as forças que estão produzindo o movimento retardando o movimento ou modificando o movimento então aqui na cinética é a hora que a gente vai se preocupar com vetores biomecânicos a gente vai se preocupar com a magnitude do vetor com a minha capacidade de gerar força interna com qual é a força externa que está
atuando no meu movimento então aqui agora a gente complementa A análise né então é interessante demais eu entender o quanto de movimento eu tô fazendo E aí a cinética ela complementa essa informação de como eu tô fazendo Qual é o tipo de força interna que eu tô gerando qual quais são as forças externas que estão atuando e provocando essa ação eh interna Então pessoal considerando que dentro da cinética a gente vai ter que olhar para as forças que estão atuando no movimento lembra daquele primeiro exercício que a gente fez no primeiro vídeo que a gente
conversou sobre tipos de contrações musculares aqui esse conceito vai ser muito importante e o primeiro passo pra gente entender um pouco mais sobre a cinética é o saber olhar pro movimento e identificar Quais são as forças que estão atuando sobre ele então eu não preciso de um software Mega blaster para fazer isso mas eu preciso entender como que as forças externas atuam né O que são forças externas e o que são forças internas quando a gente cons considera eh o corpo humano né as forças que mais habitualmente estão envolvidas no movimento é a gravidade a
gravidade é um exemplo de força externa clássico né que é uma força que não é gerada eh por nós pelo pelo corpo humano eh e é uma força que está atuante nos nossos movimentos quase que todo dia e toda hora né A não ser que a gente esteja lá no espaço na estação espacial não lidando com a gravidade mas eh a gente não pode esquecer nunca que por mais que você não esteja indo lá e colocando um terband uma caneleira no seu paciente a força da gravidade ela está agindo e se você não consegue identificar
e ter a clareza de para onde tá indo esse vetor dessa força externa às vezes ele pode te atrapalhar ou às vezes ele pode ajudar o seu paciente na execução do exercício sendo que você não queria isso você queria gerar um pouco mais de dificuldade então sempre devemos considerar na nossa análise a atuação aí da força da gravidade e via de regra né a força da gravidade vai ser aquela força vertical para baixo que quer de fato impulsionar e jogar eh o nosso corpo e os objetos pro chão a gente tem os músculos que são
os os responsáveis por gerar As forças internas ativas né dentro do nosso corpo eh e a maneira com que esse músculo é capaz de gerar a força interna também muda dependendo de algumas variáveis que a gente vai discutir eh ainda mais à frente na nossa na nossa aula e a gente tem as famosas aí resistências externas que são as resistências que nós fisioterapeutas aplicamos no nosso paciente durante a prescrição de exercício então pode ser desde minha própria resistência manual e a colocação de de caneleiras de terband enfim eh anilhas barra Qualquer que seja o tipo
de resistência externa que você coloca e prescreve para o paciente e aí a gente tem que lembrar né que do do ponto de vista da cinesiologia uma força tanto interna quanto externa ela pode impulsionar um movimento ela pode gerar forças de tração ao movimento ela pode produzir o movimento ela pode barrar o movimento e e ela pode modificar o movimento e aí a ideia eh de destrinchar um pouquinho dentro aí do da cinética e de análises biomecânicas é que vocês entendam que se eu sei ler muito bem para onde tá indo esses vetores tanto o
vetor da força externa então entenda o vetor é a seta né Para onde ela tá indo para que lado ela tá apontando Ela é maior ela é menor então esses conceitos de cinética pessoal eles podem ser muito mais aprofundados né aqui a gente vai eh traçar os principais pontos que influenciam e podem ajudar vocês aí na prática Clínica mas lembre-se que aqui a gente tá falando de conceitos relacionados à física conceitos relacionados à à magnitude de vetores e acoplamento E por aí vai então Eh o conceito básico que a gente tem que ter em mente
é que não necessariamente uma força ela só existe para produzir para impulsionar para gerar grandes a alavancas e movimentos a gente pode gerar forças que vão ter uma ação diferente vão ter uma ação de modificar ou de retardar um movimento que vão ter uma ação mas não tão eh tão relacionada a Gerar grandes alavancas mas gerar mais estabilidade Então a gente tem que entender que esses conceitos Eles são muito individualizados a cada análise de movimento que a gente faz e E aí como a gente já Aumentou a a força ela pode ser caracterizada como interna
ou externa forças internas basicamente né as as geradas de formativa São atribuídas aos músculos né A minha capacidade de gerar contração muscular e as forças externas exemplo que a gente deu gravidade as resistências que a gente prescreve durante a execução do movimento do paciente e aí se a gente for parar para pensar o tempo todo Nós seres humanos aqui na terra não é a galera lá da Nasa em Marte e o tempo todo a gente tá brigando com o vetor da gravidade então o vetor da gravidade a gente já comentou ele gera um vetor ou
seja El ele gera uma força vertical para baixo então para eu me manter aqui em pé conversando com vocês explicando para vocês para eu conseguir gesticular para eu conseguir eh andar daqui até o carro eu preciso devo e graças a Deus consigo gerar força interna em resposta a essa força externa eu não consigo desligar a gravidade ah hoje eu tô cansado gravidade não quero trabalhar muito desliga aí não sou capaz então meu corpo o tempo todo tá gerando força interna tá gerando torque interno que é o conceito que a gente já vai aprofundar em resposta
a essa força externa Então esse momento externo já já já trazendo aí um outro conceito para vocês né então uma força externa eh ela é capaz de gerar um torque externo que é capaz de gerar um momento externo Então se a gente for olhar paraa gravidade aqui imagina que a gravidade tá agindo aqui no meu corpo nesse sentido vertical para baixo então o tempo todo a gente de de forma mais eh generalista aqui né mas o tempo todo ela quer gerar um momento flexor importante que é se ela ganhasse de mim ela ia conseguir me
jogar no chão então em resposta a isso eu sou obrigada a Gerar uma força interna extensora para manter a minha postura aqui e e a análise da cinética ela vai se preocupar com isso porque se eu se vocês fossem analisar o meu movimento aqui parada em ortostatismo vocês teriam que ir primeiro lembra Quais são as forças externas agindo no mento gravidade e a minha força peso ambas verticais para baixo gerando aí esse momento mais flexor e aí a cinética me diz que né isso através de software ou extrapolando pro nosso olhar clínico eu tô tendo
que gerar um momento uma força interna extensora em resposta só para me manter em pé então a gente o tempo todo tem que fazer isso então sempre lembrem de considerar isso na hora de prescrever o exercício E aí a gente tem que lembrar Às vezes a gente perde pra gravidade é natural que isso aconteça Em alguns momentos por diversos fatores eh mas que normalmente o nosso corpo é feito para gerar essa resposta interna eh em resposta a esse momento externo mais flexor coisa que esse astronauta aqui não tem que se preocupar porque ele não tem
a gravidade querendo jogar ele pro chão ele pode usar ela é a ausência dela a favor dele para se locomover e gastar menos energia para isso E aí da mesma forma que eu trouxe para vocês um gráfico de análise cinemática com relação à marcha aqui eu coloquei um exemplo de análise cinética eh da Marcha só que observem como um é complementar ao outro se a gente olhar pra parte a aqui do gráfico ele tá me dando uma análise cinemática então Ó o movimento articular do quadril em graus ele tá me falando o quanto de adução
e o quanto de abdução se a gente olha pro gráfico B ele já tá falando aqui para mim ó torque interno da articulação do quadril a gente vai destrinchar o torque ainda mas entenda ele tá me falando eh Quais músculos e como esses músculos estão trabalhando em resposta ao torque externo que está sempre presente então observem aqui como como esse conceito ele é bacana se a gente observar o gráfico a tudo que tá para baixo do gráfico como ele exemplifica aqui é adução então a gente tá tendo um momento adutor né o movimento eh de
adução tá acontecendo só que se vocês observarem qual tipo de torque interno está acontecendo é o torque interno abdutor justamente para conseguir me manter em pé durante a marcha e executando os movimentos que eu preciso executar se o movimento articular é adução eh em Cadeia cinética fechada e em resposta ao torque externo gravidade e eu gerar mais força adutora Muito provavelmente eu caia Muito provavelmente eu não consiga fazer o movimento E aí pessoal moral da história quando a gente vai falando de cinética a gente tem que se preocupar com as forças e para que lado
elas estão indo então a força externa tá indo para baixo se eu quiser vencer se eu Ger quiser gerar uma uma contração concêntrica por exemplo eu preciso gerar uma força interna para cima em sentidos opostos então Eh moral da história pra gente entender mais sobre a cinética eu preciso entender Quais forças estão atuantes como elas estão atuando para eu conseguir entender como que eu respondo a essas forças porque se a gente entende isso eu consigo entender tá bom o meu paciente eu preciso fortalecer abdutores então eu vou colocar o meu terband gerando um vetor adutor
importante para quem resposta ele tenha que fazer uma abdução E aí nas cenas dos próximos capítulos a gente vai discutir um pouquinho mais sobre essa questão de geração de força e quais são as variáveis que vão influenciar eh nessa produção de torque interno Então no próximo vídeo a gente vai conversar um pouquinho mais sobre os conceitos de torque e alavancas muito obrigada Pessoal espero que vocês tenham aproveitado até aqui ficou com alguma dúvida coloca lá no chat que a gente responde Obrigada fala Pessoal espero que tenham aproveitado o vídeo Lembrando que nesse vídeo a gente
passou pela definição de cinemática e dentro da cinemática sobre as subdivisões da artrocinemática e da a cinemática falamos de como a gente consegue aplicar os conceitos da cinética não só paraa nossa análise e descrição mas já começamos a a aprimorarem como a gente usa disso paraa nossa prescrição de exercícios se você esqueceu de curtir e comentar no nosso vídeo agora é a hora e não esquece de Compartilhar esse vídeo para todo mundo que você acha que possa aproveitá-lo de alguma forma muito obrigada [Música]
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