e salve galera maravilhosa que o professor pablo jamilk mais uma vez hoje nós vamos mudar o quadro da terça insana e vamos transformar em terça da literatura aparentemente as pessoas gostaram de saber um pouco mais sobre literatura brasileira então eu vou inaugurar esse quadrinho que falando sobre obras literárias e analisando algumas coisas ensinando um pouquinho de feira de ação literária porque eu tenho certeza que você vai curtir antes de começar já peço para você esmagar o like nessa parada porque nós vamos trabalhar hoje de uma forma muito interessante olá você já foi obrigado a ler
um livro chamado lucila já foi dois é quando eu estava ensino médio tem o tive que ler este livro porque ele caiu no meu vestibular diga-se de passagem a primeira questão no meu vestibular foi sobre o livro lucíola lucíola é uma obra do josé de alencar bom e é uma das obras mais interessantes na minha opinião eu vou explicar para você algumas coisas sobre o período literário momento literário em que o alencar estava escrevendo e vou explicar um pouquinho sobre o livro e quem sabe né você vai querer ler aí essa obra então vamos lá
o josé de alencar foi um grande romancista brasileiro e significa que ele escrever romances romance velho não significa que eu tenho uma história de amor romance é uma narrativa de longo fôlego maior do que um conto maior do que uma novela isso é um romance tá ele escrever romance romântico porque romance romântico pablo sai não é um é uma repetição não é um pleonasmo não ele escrevi há romance na época do romantismo romantismo como escola nesse caso art bom então quando eu digo romance romântico era um texto de longo fôlego adaptado aos padrões daquilo que
se convencionou chamar de romantismo certo então só para você ter uma ideia se você já leu qualquer coisa no josé de alencar você vai entender bem os que eu vou explicar aqui o alencar meu era muito descritivo ele era muito detalhista você vai reparar quando você estiver lendo móvel no josé de alencar e ele se demora falando sobre a curtininha acordo vestindo o tecido de tonalidade carmesim que tinha um caimento que a sintura vão o corpo da bela dama aí você fala calma porque isso meu não era só escrever tava com vestido vermelho não tá
vamos pensar em primeiro lugar para quem o josé de alencar escreveu ele escrevia para as mocinhas casadoiras e para quem consumia romance nessa época é muito romance vinha em folhetins é que tá a parte de baixo do jornal cada capítulo numa edição do folhetim e ele fazia o que ao sertão descritivo assim ele chamava a atenção do público afinal de contas naquela época não tinha uma revista caras não tinha uma revista vogue para mulherada olhar como é que as outras estavam se vestindo então a referência era chega lá para o seu costureira e falar eu
quero um vestido com caimento assim assim assim igual a lúcia estava usando no capítulo 3 ai o meu sofá é muito bonito ele lembra muito aquele que o josé de alencar colocou no livro no capítulo tal entendeu é para isso essa riqueza de detalhes servia para dar verossimilhança a vida burguesa ou seja para parecer que era a vida dos caras mesmo né porque ele tava representando a burguesia tá e é isso que você vai sacar no romantismo principalmente pela pena do josé de alencar quando foi que o alencar publicou lucila 1862 então nós estamos falando
ali de um século 19 né que é o século marcado pelo romantismo e o josé de alencar trabalha com esta obra tá uma série ele inaugura nesta obra uma série que a série perfis de mulher que que é isso cara a série perfis de mulher é uma série em que o alencar faz uma espécie de estudo sobre os perfis femininos sobre a vida da mulher sobre suas características psicológicas sobre a vida feminina dentro daquela sociedade burguesa como a mulher vivia como algumas mulheres tinham uma vida mais difícil do que outras como era o papel feminino
precisamos considerar que esse que tá o romance urbano romance urbano é um romance ambientado no espaço da urbe da cidade então é o romance citadino beleza é como se fosse um romance de balada tá porque porque aí o alencar vai falar sobre o saraus que ocorriam sobre o homens poderosos gente que tinha dinheiro que tinha indústrias que viajava tipo novelão da globo cara que sempre tem gente muito rica e que briga por causa das suas ambições financeiras saiba que a ideia para o livro lucíola não veio do nada o josé de alencar não dormiu acordou
e de repente foi igual vou escrever o lucilo não ele se baseou em uma obra chamada dama das camélias tá do alexandre e do mar filho um autor francês ele a dama das camélias e ele transformou a lúcia que a nossa protagonista em uma dama das camélias do brasil certo aliás é muito importante você saber que dama das camélias tem como protagonista uma mulher que é uma cortesã cortesã é uma palavra mais bonita para garota de companhia né ou garota de programa e aí esse texto dama das camélias inspirou uma das obras mais famosas do
giuseppe verdi chamada la traviata la traviata aqui na tradução livre de italianos em alguma coisa como a transviada a pessoa desviada de sua rota a obra do josé de alencar é muito boa em focalizar um problema social brasileiro que é a diferença entre o espaço da casa e o espaço da rua certo veja só considere comigo nessa época tô falando século 19 o espaço da rua era um espaço essencialmente masculino o que significa isso ao homem era dada a liberdade de transitar de estar em qualquer lugar ou seja ele estaria em casa como o pai
de família na rua como um homem como aquele que pode fazer negócios que pode explorar o mundo e ele não tem problema de estar na transição entre casa e rua a rua era um espaço essencialmente masculino pablo mas eu acho que não era assim porque sempre que eu vejo uns umas uns relatos umas coisas assim eu vejo as mulheres passando na rua de sombrio investir não e tomando como referência a novela da globo velho para com isso tá não tem nada a ver porque porque o espaço da rua tinha mulheres mas a mulher que passava
a maior parte do seu tempo na rua era uma mulher da rua ou seja era conhecida como mulher da vida uma transviada ea obra focaliza muito bem a distinção entre a mulher da casa ea mulher da rua a mulher da casa aquela que é socialmente aceita aquela que dita a mulher para casar aquela que os homens querem deixar protegidas dentro de casa que não saiam e que cuidem da casa dos filhos da família enquanto ele tem esse acesso a rua lá na rua inclusive ele pode encontrar mulheres da rua agora é algo muito importante considerar
a análise da obra do alencar que me mostra o seguinte a mulher que sai de casa e vai para rua nunca mais aos olhos da sociedade pode voltar a ser uma mulher da casa e isso é algo muito presente na obra muito forte com nós analisamos o enredo eu vou explicar um pouquinho desse enredo para vocês agora então nós temos ali alguns personagens eu não listen todos aqueles tem apenas alguns principais temos lúcia certo cujo verdadeiro nome é maria da glória lúcia é um nome de guerra mas você só vai descobrir que o nome verdadeiro
dela é maria da glória ao fim da obra paulo que é o protagonista entre aspas né quem nos conta a história é aquele que se apaixona por lúcia e nós temos sa que é um homem de muitas posses muita riqueza é um homem que das festas em sua casa muitas cenas ocorrem na casa dos a anna que a irmã mais nova de lúcia tá com quem paulo acaba ficando ao fim da obra para cuidar dela a pedido da própria lúcia couto é um homem inescrupuloso que se aproveitou da inocência da lúcia para pela primeira vez
se aproveitar pela pela primeira vez na verdade usar do corpo de lúcia né que acaba iniciando a lúcia numa vida de prostituição e jesuína que é uma mulher que acaba ajuda tá ajudando lúcia quando ela precisa de abrigo muito bem qual é o enredo dessa obra o enredo da obra é o seguinte são paulo recém-chegado à cidade acaba olhando lúcia nv lúcia certo e em uma troca simples de olhares o paulo se apaixona aí tá o romantismo que existe o romantismo quando eu digo o romantismo como estética de criação tá o cara simplesmente olha para
uma pessoa e o coração já sai ali batucando pior do que tambor na mão do olodum entendeu e aí o negócio fica difícil ele precisa ficar com essa mulher só que existe um problema o paulo não sabia mas lúcia era uma cortesã uma mulher uma mulher que era uma mulher da rua uma mulher que se deitava com outros homens por dinheiro e a sociedade da época condenava isso palhaço condene até hoje são paulo jamais poderia se casar com você porque as pessoas não aceitavam os amigos de paulo falou está maluco cara você tá maluco velho
olha só essa mina aí é uma cortesã em lúcia não era uma cortesã pobre é uma cortesã rica ela ganhava dinheiro ela ganhava dinheiro com aquilo que ela fazia mas era perceptível que aquela vida não era vida que ela queria foi uma vida que ela teve que abraçar e depois se conformar com aquela vida tá vamos lá então paulo se apaixona por lúcia e ele resolve que ele fará de tudo para conseguir viver um amor com ela a própria lúcia fala cara não vai dar não vai dar certo as pessoas não vão aprovar as pessoas
não vão deixar e aí você pensa que naquela época o josé o josé de alencar já tá falando sobre aprovação social está falando sobre os olhos da sociedade já se você pensar sobre o relacionamento entre homem e mulher lembra que a galera tá valendo isso nessa época certo acontece que entre diversos percalços eles acabam tentando assumir essa vida lúcia deixe de ser cortesã ela e paulo vão tentar viver juntos em uma casinha porém ao abandonar tudo e tentarem viver numa casinha no interior lúcia tenta fazer o que o movimento de volta o movimento de regresso
ela está grávida de paulo e no fim da obra lúcia morre ela morre e ela morre grávida essa é uma mensagem muito forte dentro da obra o filho da prostituta não pode nascer um amor prostituto não pode dar frutos é é a mensagem com alencar trás e é por isso que ele mata a protagonista por isso que ele mata a lúcia porque se ele tivesse deixado lúcia viva e ela tivesse casado com paulo isso seria um escândalo para sociedade da época a obra provavelmente é censurada por quê porque atentaria contra a moral e os bons
costumes as pessoas vão querer começar a fazer isso é a ideia que se tinha e por isso alencar mata gera o alívio para a sociedade burguesa mas ele deixa essa mensagem vocês são os hipócritas porque porque os próprios personagens que estavam lá couto por exemplo foi o cara foi um homem que iniciou a lúcia no mundo a profissão mas falo porque ela foi pegar aqui se não lúcia tinha uma irmã criança ana certo e tem um pai que estava doente e para poder dar conta da família dela para ajudar a sustentar a família o couto
oferece uns trocados né a fim de que ela acidente com ele e ele começa a ser uma espécie de patrocinador da prostituição o que hoje as pessoas resolveram chamar de enxugar dele né criaram o nome mais bonito para isso mas parece que algo muito semelhante enfim o que acontece aqui é a lúcia demonstra o fardo que a mulher carrega de ela se poder ser apenas uma coisa e não poder mudar o seu destino e olha que interessante lúcia o nome lúcia tá vem da raiz mesma raiz de lúcifer tudo bem então quando você ouve lúcia
e lucifer o nome de guerra de lúcia é um nome infernal certo representa aquilo que é caído moralmente baixo maria da glória em oposição quando ela volta usar este nome marinha é o nome da mãe de jesus que foi mãe de jesus virgem de acordo com a história então olha oposição ela era maria enquanto era virgem quando deixou de ser maria ela virou lúcifer no capeta o cravo união o tranca rua entendeu virou a maldade e quem vira mal não pode tentar voltar a ser bom não pode tenta a ser a virgem porque sem possível
cara os nomes na obra não são colocados à toa existe uma metáfora e que deve ser analisada outra coisa interessante no início da obra o paulo é explica porque o explica o que é uma luciula para quem não sabe lucila é uma mosquinha tá é uma mosquinha e voa sobre o pântano sobre o charco e ir esse nome lucila que tem a mesma raiz de lúcia serve para metaforizar o seguinte a voar voar é uma atitude sublime reservada a poucos poucos tem o dom de voar mas a lucila esse bichinho aqui voa somente por cima
da podridão só vou por cima do charco do pântano do lugar fétido é a mesma coisa que acontece com a lúcia a lúcia uma cortesã da alta-roda frequenta alta-roda e ela só frequenta alta-roda que sem uma atividade sublime porque ela se deita com os homens por dinheiro que significa uma coisa rebaixada e pútrida na obra literária dessa época então nós temos aqui uma mensagem que é uma mensagem muito poderosa quando você tiver na aula de literatura em seu professor fala cara o josé de alencar era um bairro do escritor foi um dos maiores romancistas você
tem aqui um exemplo de porque nós falamos isso essas coisas não são gratuitas e aí você fala pablo mas como é que você tem certeza eu acho que não é isso então vamos lá existe uma disciplina de investigação literária que começou com aristóteles tá lá no século 3 antes de cristo ele começou a estudar literatura estudar representação artística literar essa disciplina veio se desenvolvendo até hoje e nós pessoas que estudamos na graduação que somos formados em letras que vamos estudar isso o resto da vida nós aprendemos a hermenêutica da interpretação literária então quando você fala
assim ah não na minha opinião não é isso eu acho que ele não tava pensando essa parada você pode ter uma opinião como leigo certo hein e a análise hermenêutica a análise hermenêutica e a ciência literária então é algo que não se confronta certo às vezes eu tô tentando explicar isso as pessoas falam tá mas não é só tua opinião que conta só que isso não é uma opinião esse é o resultado de uma pesquisa e isso é algo muito curioso no brasil hoje quando você publicar você a pessoa olha aquilo e ela acha que
não é daquele jeito ela nem me procura saber de onde é que não sai ou quem foi que falou era só manda aí eu acho que não é assim mesmo esses dias eu fiz uma análise do machado de assis e o cara me responde assim ó eu nem um livro mas eu acho que não é assim por aí aí não dá né velho aí não dá curtiu se você curtiu cara deixa o like monstruoso um comentário fácil inscrição no canal e compartilhe este vídeo um abraço força