eu sempre fui muito próxima da família do Pedro desde que a gente começou a namorar ele fazia questão de me levar para todos os encontros de família no início eu até achava meio cansativo mas depois me acostumei O Pedro tem uma família grande e todo mundo gosta de fazer churrasco no fim de semana aquela bagunça boa sabe sinceramente acho que eu me sentia mais à vontade com a família dele do que com a minha própria na casa dos avós do Pedro o clima sempre era animado a dona Sida avó dele vivia ocupada com as panelas
e o seu Antônio o avô sempre no meio da confusão conversando com todo mundo contando aquelas histórias antigas de quando ele era jovem e morava no interior ele era um homem carismático do tipo que todo mundo gostava mesmo com mais de 60 anos Seu Antônio tinha uma energia que me surpreendia naquele dia era um sábado Pedro e eu tínhamos combinado de almoçar lá com os avós dele até aí tudo normal Era só mais um daqueles encontros de família que eu já tava acostumada mas de alguma forma eu sentia que algo diferente estava no ar quando
a gente chegou Dona Cida estava na cozinha preparando o almoço e o Pedro foi logo ajudar o avô a arrumar a churrasqueira no quintal eu fiquei ali na cozinha conversando com a avó falando das coisas de sempre a casa deles era simples mas aconchegante um daqueles lugares que parecem parados no tempo sabe o cheiro de café fresco sempre no ar os móveis antigos fotos da família espalhadas por todo o canto eu gostava de estar ali era um lugar que me trazia paz pelo menos trazia até aquele momento enquanto eu conversava com Dona Cida de repente
senti o olhar do seu Antônio em mim ele tava ali no quintal ajudando o Pedro a acender a churrasqueira mas de vez Enem quando ele olhava na minha direção e não era um olhar normal sabe era um olhar diferente intenso na hora eu pensei que estava imaginando coisa vai ver ele só estava distraído né o temp foi passando e eu comecei a perceber que aquele olhar não era por acaso quando Pedro se afastava para buscar alguma coisa ou conversar com alguém seu Antônio aproveitava para me olhar e não era só olhar de relance não ele
me olhava de um jeito que me deixava desconfortável mas ao mesmo tempo tinha algo que me atraía eu não conseguia entender o porquê afinal ele era o avô do Pedro quase um sogro para mim como é que eu tava deixando isso mexer comigo durante o moço tava todo mundo reunido na mesa a comida estava boa Dona Sida sempre caprichava a conversa rolava solta mas eu não conseguia prestar atenção em nada minha mente estava presa naquele olhar a cada vez que eu olhava para seu Antônio lá estava ele me observando ele nem tentava disfarçar mais e
o Pedro nada ele nem percebia depois do almoço o Pedro foi pro sofá da sala para descansar como sempre fazia ele tinha esse hábito de dormir depois de comer Eu Fiquei ajudando Dona a arrumar a cozinha enquanto ela lavava a louça e eu secava seu Antônio entrou na cozinha logo depois ele disse que ia pegar mais café mas eu sabia que ele não estava ali só por isso ele parou do meu lado perto demais e me encarou por alguns segundos antes de falar e aí tá gostando do almoço ele disse isso com um sorriso que
me deixou desconcertada o tom da voz dele era suave mas tinha algo ali que eu não sabia explicar respondi rápido dizendo que tava tudo ótimo mas minha voz saiu meio trêmula ele continuou me olhando de perto e eu senti uma tensão no ar Dona Sida não parecia perceber nada concentrada na louça enquanto seu Antônio me olhava daquele jeito ele fez um comentário bobo sobre como eu ajudava bem na casa que o Pedro tinha sorte de ter uma namorada tão dedicada Mas a forma como ele falou parecia que as palavras tinham um duplo sentido naquele momento
eu terminei de secar o último prato e sair rápido da cozinha com o coração disparado fui pro quintal tentando respirar e me acalmar minha cabeça tava uma bagunça eu tava nervosa confusa como é que eu podia sentir alguma coisa com aquele olhar ele era o avô do Pedro meu namorado eu repetia isso para mim mesma mas por algum motivo não conseguia tirar aquilo da cabeça o resto da tarde passou meio embaçado o Pedro continuava na dele sem desconfiar de nada a família conversava ria mas eu tava distante com a mente longe seu Antônio tentou puxar
papo algumas vezes mas eu evitava eu sabia que tinha algo errado acontecendo ali mas não sabia como lidar com aquilo quando o dia terminou e a gente foi embora eu ainda tava inquieta no caminho paraa casa o Pedro estava tranquilo falando sobre o churrasco sobre como os avós dele eram legais e eu tentava fingir que tava tudo bem mas por dentro Eu estava cheia de dúvida será que aquilo tudo era coisa da minha cabeça Será que eu tava exagerando ou será que tinha algo mais acontecendo os dias passaram e eu tentei deixar isso para lá
voltei à rotina focada no trabalho nos estudos e no meu relacionamento com o Pedro mas de vez em quando aquele olhar do seu Antônio voltava a minha mente era como se uma parte de mim não conseguisse esquecer no fim de semana seguinte voltamos à Casa dos Avós dele dessa vez era só um almoço simples sem a bagunça de churrasco assim que chegamos senti aquela mesma tensão de novo eu tentava ignorar Mas sabia que algo estava prestes a acontecer e não demorou enquanto Pedro estava na sala com a avó conversando sobre qualquer coisa seu Antônio veio
falar comigo no quintal a princípio o papo foi normal mas logo ele mudou o Tom Ele disse que eu era uma moça muito bonita que o Pedro tinha muita sorte eu ri meio sem graça tentando encerrar o assunto mas ele continuou ele se aproximou mais baixando a voz e disse algo que eu nunca esperaria ele falou que achava que a gente tinha uma conexão que sentia algo diferente entre nós meu coração disparou na hora eu não sabia o que dizer o que pensar fiquei ali parada com a cabeça rodando Eu sabia que aquilo era errado
eu sabia que o que ele estava dizendo era um absurdo mas ao mesmo tempo uma parte de mim se sentia estranhamente atraída por aquela situação era como se o proibido estivesse me puxando e eu não conseguia resistir me afastei nervosa e disse que precisava voltar para dentro que o Pedro ia sentir minha falta seu Antônio sorriu de canto como se soubesse que por mais que eu tentasse resistir aquilo ainda não tinha acabado nos dias seguintes eu não parava de pensar no que tinha acontecido fiquei remoendo aquela conversa tentando entender o que eu sentia Será que
eu tava exagerando Será que era só coisa da minha cabeça mas quanto mais eu tentava me convencer disso mais difícil era ignorar eu comecei a notar que mesmo quando não estávamos juntos na Casa dos Avós eu pensava no seu Antônio no olhar dele no jeito que ele falava comigo na tensão que existia entre nós era uma sensação estranha porque eu sabia que aquilo era errado mas ao mesmo tempo eu não consegui ia evitar uma semana depois Pedro e eu voltamos lá de novo dessa vez foi com o coração apertado já sabendo que algo mais ia
acontecer e como eu esperava aconteceu logo depois do almoço o Pedro saiu com a avó para ir ao mercado comprar umas coisas que faltavam pra sobremesa eu fiquei sozinha com seu Antônio na casa Ele não perdeu tempo assim que eles saíram ele veio até mim dessa vez ele não foi Sutil ele me olhou nos olhos e disse que não conseguia parar de pensar em mim que sabia que eu também sentia o mesmo eu tentei resistir dizer que ele tava louco que aquilo era absurdo mas no fundo eu sabia que ele tava certo eu tava tão
envolvida quanto ele a gente ficou ali em silêncio se encarando por alguns segundos que pareciam uma eternidade meu coração tava disparado minha mente uma confusão mas meu corpo já tinha tomado uma decisão antes mesmo de eu perceber naquele momento tudo mudou Naquela hora em que o Pedro saiu com a avó o silêncio na casa parecia diferente a TV tava ligada mas eu nem ouvia direito só conseguia pensar no que tinha acontecido na última vez que a gente se viu o olhar do seu Antônio o jeito como ele falava e o pior o que eu sentia
aquilo tava me destruindo por dentro era como se eu tivesse pisando em gelo fino sabendo que a qualquer momento tudo ia desabar e o pior é que mesmo com o peso da culpa me sufocando eu tava ali parada no meio da sala esperando por ele quando o seu Antônio apareceu do nada no corredor Eu já sabia o que ia acontecer Ele não disse nada no começo só me olhou daquele jeito que eu já conhecia um jeito que me fazia perder o ar e foi se aproximando meu coração começou a bater tão forte que eu achei
que ele ia escutar senti um frio subindo pela espinha e Tentei me afastar Mas minhas pernas pareciam não obedecer você sabe que isso aqui é errado né eu tentei falar minha voz saiu baixa quase um sussurro mas ao mesmo tempo eu sabia que aquela frase não era para ele era para mim tava tentando convencer a mim mesma tentando agarrar qualquer pedaço da realidade que ainda restava só que ele não ligou e eu no fundo sabia que também não ligava tanto quanto dizia seu Antônio chegou mais perto e dessa vez ele não hesitou me puxou de
um jeito firme mas não bruto e me beijou aí eu não resisti mais meu corpo reagiu antes da minha cabeça entender o que estava acontecendo era como se todo aquele tempo aquele desejo escondido tivesse sido liberado de uma vez só e eu me entreguei sem pensar nas consequências meu coração estava dividido entre o que era certo e o que eu queria mas naquele momento o desejo venceu depois que tudo aconteceu eu me afastei rápido nervosa meu corpo tremia e eu sentia um nó se formando na garganta o que é que eu tô fazendo pensei já
com o arrependimento batendo eu tava trindo o Pedro e não com qualquer pessoa mas com o avô dele isso era a pior coisa que eu podia imaginar E ainda assim eu tava fazendo eu preciso ir embora falei de repente meio sem ar a culpa já estava crescendo dentro de mim e eu só queria sair dali esquecer tudo aquilo fingir que nunca tinha acontecido mas ele me segurou pelo braço com aquela Calma que me deixava desconcertada Relaxa ninguém vai saber ele disse como se fosse a coisa mais simples do mundo mas para mim não era para
para mim aquilo era um pesadelo que eu mesma tinha criado e agora não sabia como escapar Deixei a casa dos avós do Pedro apressada inventando uma desculpa qualquer sobre precisar voltar para casa ele nem desconfiou de nada só disse que a gente se falava depois mas no caminho pra casa eu sentia meu peito apertado a cabeça rodava com as lembranças e a culpa me esmagava eu tava começando a perceber que não ia conseguir sair dessa tão fácil o pior de tudo era que mesmo com tudo aquilo mesmo sabendo que eu tava ferrada uma parte de
mim ainda queria o seu Antônio os dias seguintes foram uma tortura O Pedro me mandava mensagem normal e eu tentava agir como Se Tudo estivesse bem só que cada vez que eu respondia a ele eu sentia como se tivesse me afundando mais e mais numa mentira que eu já não sabia como controlar eu olhava pro celular e pensava em tudo que tava escondendo dele ele tão inocente confiava em mim e eu eu tava me sentindo na cara dura e o seu Antônio ele continuava mandando mensagens no começo era só umas mensagens discretas perguntando se eu
tava bem como quem quer testar o terreno Mas eu sabia onde aquilo ia dar ele não ia parar e para ser honesta Eu também não conseguia parar de pensar nele era como se eu estivesse presa num ciclo do qual eu não conseguia sair mesmo sabendo que isso ia acabar destruindo tudo eu tentava evitar o Pedro o máximo que podia arranjava desculpas para não ir na casa dele dizendo que tava ocupada com trabalho ou cansada demais mas ele não Desconfiava de nada ele achava que tava tudo bem Que nosso namoro estava tranquilo sem nem imaginar o
que tava rolando por trás um dia ele me chamou para almoçar na casa dos avós de novo eu tentei inventar uma desculpa mas ele insistiu tanto que eu acabei cedendo fui com o coração na mão já sabendo que ia ser difícil encarar o seu Antônio depois de tudo que aconteceu quando a gente chegou tava tudo normal Dona Cida como sempre já tava preparando o almoço e o Pedro foi ajudar o avô a mexer na churrasqueira igual sempre fazia eu fiquei ali sentada no sofá da sala mexendo no celular e tentando não pensar no que tava
por vir só que não demorou muito para eu sentir aquele olhar de novo quando olhei pro quintal lá estava ele me encarando de longe com aquele sorriso discreto como se já soubesse que eu não ia resistir por muito tempo depois do almoço a avó do Pedro pediu para ele ir no mercado comprar umas coisas que faltaram ele foi na hora sem nem pensar duas vezes e eu fiquei ali com seu Antônio só nós dois meu coração começou a acelerar era como se o tempo tivesse desacelerado e eu sabia que algo ia acontecer o clima tava
carregado e eu mesmo tentando fingir que tava tudo normal já tava me entregando por dentro ele se aproximou de mim devagar o cheiro dele aquele misto de colônia antiga e cigarro já tava me deixando nervosa ele se sentou do meu lado e começou a falar baixinho dizendo que não conseguia parar de pensar no que aconteceu que sabia que eu também tava assim e ele tinha razão eu tava mas a culpa ainda me segurava como uma corrente que eu não conseguia quebrar quando ele tentou me beijar de novo eu afastei não dá falei quase num desespero
O Pedro vai descobrir isso não pode continuar eu tava tentando me convencer tentando colocar um ponto final ali só que ele não se afastou ele sabia que eu estava lutando contra algo que eu já tinha perdido aí me deu um est levantei do sofá de uma vez nervosa com o coração disparado não dá mais seu Antônio isso aqui tá errado demais falei tentando sair dali mas ele ficou parado me olhando com aquele sorriso calmo como se soubesse que mesmo eu dizendo aquilo eu ia voltar eu tava mentindo para mim mesma eu sabia disso e ele
também saí da casa dos avós do Pedro sem olhar para trás fui embora apressada tentando respirar tentando botar os pensamentos no lugar mas no fundo eu já Sabia que aquela história não ia terminar ali eu tava presa e quanto mais eu tentava sair mais parecia que eu estava sendo puxada de volta os dias foram passando e eu tentei juro que tentei me afastar mas não consegui o seu Antônio não desistia e a cada mensagem dele a cada palavra era como se ele me puxasse mais para dentro daquela situação que eu sabia que ia acabar mal
eu me via dividida entre o desejo e a culpa entre querer fazer a coisa certa e não conseguir me afastar do que era errado o Pedro continuava sem desconfiar de nada ele achava que tava tudo bem E eu me odiava mais a cada dia por estar enganando ele assim mas ao mesmo tempo eu já não conseguia parar era como um vício uma coisa que eu sabia que estava me destruindo por dentro mas da qual eu não conseguia me livrar eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso ia explodir era questão de tempo até o
Pedro descobrir tudo e quando isso acontecesse Eu sabia que ia perder tudo o respeito dele o carinho da família e talvez até a mim mesma mas naquele momento eu só conseguia pensar em uma coisa quando eu veria o seu Antônio de novo e isso por mais que me matasse por dentro era o que dominava meus pensamentos dia e noite eu tava num caminho sem volta e no fundo sabia que o Fim dessa história ia ser trágico mas mesmo assim continuei andando em direção ao Abismo eu me lembro bem do momento em que tudo começou a
mudar dentro dentro de mim aquele peso no peito a culpa a sensação de que tudo ia desabar a qualquer momento mas estranhamente o tempo foi passando e as coisas continuaram como estavam o Pedro não Desconfiava de nada eu continuava ao lado dele agindo como a namorada perfeita participando dos almoços em família ouvindo as histórias do seu Antônio fingindo que tudo era normal mas por dentro Eu sabia que nada mais era como antes a verdade é que eu comecei a me acostumar com essa vida dupla no começo era difícil cada vez que eu via o Pedro
a culpa batia forte mas com o tempo essa culpa foi se transformando em algo mais silencioso quase adormecido era como se eu tivesse aprendido a lidar com ela a esconder isso dentro de mim num lugar que eu não precisava encarar o tempo todo e assim os dias iam passando e ninguém descobria nada Os encontros com o seu Antônio continuavam Mas eles eram raros sempre bem calculados não acontecia mais aquele desespero aquela urgência que a gente tinha no início agora tudo era feito com cuidado na surdina quando rolava era rápido discreto e cada um seguia sua
vida como se nada tivesse acontecido a gente sabia o risco que corria mas parecia que quanto mais o tempo passava mais confiantes ficávamos de que ninguém jamais descobriria a dona Sida não Desconfiava de nada e o Pedro coitado continuava na inocência ele falava do avô com aquele respeito de sempre dizendo que seu Antônio era um homem de honra de caráter eu ouvia tudo calada com o estômago embrulhado mas sorria e fingia que concordava aquilo já tinha se tornado uma rotina um jogo de esconder emoções e controlar a verdade e eu que sempre me achei a
pessoa mais sincera do mundo tinha me Tornado uma especialista em mentiras com o passar dos meses comecei a perceber que essa história nunca ia ser descoberta não porque eu fosse boa em esconder mas porque ninguém olhava para o seu Antônio com desconfiança ele era o patriarca da família o velho sábio o homem respeitado por todos ninguém jamais cogitaria que ele pudesse estar envolvido em algo assim e eu eu era só a namorada dedicada do Pedro a menina que todos gostavam a combinação perfeita para manter o segredo com o tempo os encontros foram ficando cada vez
mais espaçados o seu Antônio talvez por perceber que o risco era grande demais começou a se afastar e eu eu por mais que ainda sentisse aquele desejo escondido também sabia que aquilo não podia durar para sempre era como se aos poucos a chama que existia entre a gente fosse se apagando até virar só uma Brasa morna sem força para queimar mais nada os almoços de domingo continuaram a rotina com o Pedro também a vida seguia seu curso e eu fui me convencendo de que aquilo tinha sido apenas uma fase um momento de loucura que a
gente viveu mas que no fim das contas ninguém precisava saber eu voltei a me dedicar mais ao Pedro a tentar reparar de alguma forma o que tinha acontecido entre nós mas no fundo sabia que o passado não desaparece tão fácil assim as lembranças dos momentos com seu Antônio ainda me assombravam às vezes não era mais o desejo que me consumia mas a memória do que eu tinha feito de como eu traí a confiança do Pedro de como eu me deixei levar por algo que eu sabia que era errado mas por mais que essa culpa viesse
de vez em quando eu também sabia que era algo com o qual eu podia conviver afinal ninguém descobriu E essa era averdade que me permitia seguir em frente no fim das contas o segredo ficou enterrado entre mim e o seu Antônio ninguém nunca desconfiou ninguém nunca soube o Pedro seguiu sendo o mesmo cara de sempre e eu a namorada que ele achava ser perfeita o tempo passou e a vida continuou eu aprendi a viver com o peso do que fiz e de alguma forma aquilo virou apenas mais uma parte de quem eu sou talvez no
fundo a verdade seja essa algumas coisas nunca são descobertas e algumas culpas a gente carrega sozinha sem que ninguém jamais saiba