e aí pessoal tudo bem estamos aqui mais uma vez reunidos para conversar um pouco sobre os assuntos pertinentes a disciplina mete 113 saúde sociedade e ambiente um ou a gente vai conversar um pouquinho a respeito do capítulo o que queremos dizer com desigualdades sociais em saúde da professora rita barradas barata professora rita médica foi diretora de avaliação da capes é uma pessoa que tem uma discussão bem interessante nesse capítulo que na verdade o primeiro de um livro que tá trata especificamente das desigualdades sociais em saúde que puxa uma discussão interessante respeito de um tema que
a gente pode chamar de determinantes sociais do processo saúde-doença então esse capítulo inicial do seu livro traz para gente oportunidade pensar um pouco e como as questões sociais elas estão intrinsecamente ligadas muitas vezes a maneira com o experimento né os processos de adoecimento é o nome da sua vida e lhe dê mais uma vez discutimos a necessidade de pensar em como as questões relativas ao processo de doença não são apenas fruto de processos biológicos que podem estar intrinsecamente ligados a outras questões tais como as desigualdades sociais o mesmo as condições outras experimentados pelas pessoas que
adoece né ou aquelas pessoas conseguem manter certo nível daquilo que a gente chama de saúde já disse que eu creio que já discutimos um pouco a respeito disso e os professores podem já até com vocês conversar a respeito dela desse tipo de perspectiva que saúde não é apenas desde nossas 48 pelo menos ausências de doença mas o equilíbrio entre todas as questões que cercam a vida de um indivíduo humano né então o texto professora rita nos oportuniza é a habilidade pensarmos nesse tipo de questão né ultrapassando as barreiras no dizer assim e da definição biológica
do processo saúde-doença ok então começando a equipe do que a altura né vem colocar no presente nesse capítulo ela chama atenção para a maneira como o reducionismo muitas vezes que a gente utiliza para tratar questões relativas às desigualdades sociais e sua relação com o universo da saúde nos leva pro terrenos bem perigosos pode me dizer dessa maneira né o reducionismo das desigualdades como se elas fossem uma mera condição de diferença entre as pessoas não nos proporcionam a compreender como elas influenciam de maneira decisiva muitas vezes a vida das pessoas em termos do processo saúde-doença né
as diferenças entre as pessoas elas fazem parte do que não quer mais comum e mais natural da existência humana as pessoas felizmente são a crescer de diferentes maneiras com as maneiras de entender o mundo né as maneiras de enxergar própria vida e a maneira como nosso corpo também se apresenta no essas diferenças elas fazem parte daquilo que a própria natureza humana e não contrário a gente não pode no entanto transformar a nossa natural diferença a nossa natural diversidade em uma desigualdade desigualdade vai ser traduzida em outra coisa é uma injustiça com relação aos oportunidades de
acesso aquilo que a gente pode entender como o que é necessário para que possamos viver plenamente inclusive tendo que saúde é mesmo então a professora coloca isso né esvaziar também essa questão do perigo de se esvaziar conteúdo político das discussões em torno da das diferenças das diferenças não das desigualdades os direitos sociais por exemplo né essa é uma questão importante para se pensar vamos trazer para o nosso cotidiano de agora para esse contexto de pandemia em que uma série de questões estão impactando né a saúde das pessoas com uma relação muito direta com seus condições
de vida e condições sociais também condições subjetivas de vida né então o que a autora coloca aqui é bem interessante a gente pensar e assim a gente fica necessário né pensar como essas negligências não é de reduzir desigualdade diferente não é essa discussão especificamente no campo da saúde como isso pode derivar de determinadas perspectivas que são extremamente o demasiadamente biologizantes da vida a gente tem que fugir desse tipo de perspectiva porque ela não consegue explicar totalmente aquilo que é a própria vida a vida humana especificamente então nos textos passados não a gente discutimos um pouco
como as tentativas a biologia da vida plenamente elas nos arrastaram para terrenos muitíssimo perigosos como eu gemia então é aqui mais uma vez é oportunidade para gente seguir pensando na necessidade de levar em consideração outras questões que não apenas essas estritamente do campo biológico que tem seu lugar mas que não determinam a vida das pessoas plenamente né ou seja temos que levar em consideração as questões subjetivas intersubjetivas sociais econômicas políticas na que cercam a vida das pessoas né sem que se analise né quando chipart por esse campo do da análise meramente biológica não se analisam
a fundo as correlações existentes entre diferentes outros componentes de viram como acabamos de 0 a pouco economia gênero raça educação ambiente dentre tantas outras questões que devem ser levadas em consideração e tem a pensar naquilo que tá acontecendo agora inclusive com relação ao campo da saúde e aí nesse sentido a autora assim definir o conselho desigualdades sociais em saúde são as diferenças do estado de saúde entre grupos definidos por suas características sociais mas como riqueza educação passam raça e gênero perdão raça etnia gênero condições do local de moradia ou trabalho e muitas outras coisas que
podemos colocar todas essas questões influenciam diretamente o tipo de acesso que as pessoas têm ao direito na entendimento em saúde a compreensão da necessidade do cuidado de si e uma série de outras questões que são importantes para definir os chamados processo saúde-doença não se pode portanto confundir diferença com desigualdade como a gente já mencionou a diferença faz parte da nossa diversidade natural a desigualdade não desigualdade é produzido por nós o que é diferentes modos de se enxergar essa desigualdade muitas vezes a gente pensa na desigualdade apenas com componente econômico sócio-econômico mas a as assimetrias elas
podem ultrapassar inclusive essa referência que a referência econômica na a gente tem assimetrias de poder que não são apenas essas definidas pelo poder financeiro mas outras que são definidas por questões que não necessariamente dependem das condições financeiras mas que podem também ter alguma relação com elas o gente pode né ponto a que são questões relativas oportunidade de se manter sadio pensando especificamente universo da saúde essas oportunidades de se manter sadio vão variar de acordo com a posição social com o lugar que ocupa a pessoa em uma determinada realidade né com mais a experiência dessa pessoa
nessa realidade na qual vive menor será provavelmente sua oportunidade se manter sadio inclusive em termos de compreender a necessidade de tomar determinados cuidados para se o consigo para que se mantenha saudável então ela vai né caminhando no sentido de indicar que a discussão em torno das igualdades não é uma novidade ela vende bastante tempo podemos colocar perdão fortemente o século 18 e 19 como talvez nascer dores esse tipo de discussão que se amplia partir do século 19 por uma série de questões especialmente aquelas que são decorrentes das contradições do avanço do capitalismo internacionalmente é no
momento do capitalismo industrial sobretudo avança pós-revolução industrial ali na segunda metade do século 18 que tem suas consequências mais os dentes no século 19 e atinge seu ápice no século 20 dessas contradições obviamente vão impactar a saúde das pessoas não é que muitas vezes não tem seus direitos assegurados nesse sentido de garantir a elas a possibilidade de cuidado em relação à saúde então é algumas consequências ponto de vista política são observadas por exemplo discussões a respeito do direito e saúde a gente tem estados que entendem o direito à saúde como um direito universal um direito
humano básico e outros estados que não atribuem o mesmo peso a esse direito exemplos clássicos vamos colocar dois dois lugares que estão ao centro né dois estados que estão ao cento do mundo ocidental seria a grã-bretanha de um lado e os estados unidos da américa de outra na grã-bretanha a gente tem o famoso nhs né o serviço a saúde e do outro lado a gente tem um médico quer e o que se ué se divide em dois braços mas que um sistema não universal sistema de saúde dos estados unidos ele é não tem como propósito
da cobertura universal esse pessoas as pessoas elas tem que pagar taxas mínimas para ter acesso mínimo aos serviços de saúde e se quiserem ter um maiores coberturas ela se em contratar serviços privados para tanto então nesse sentido a gente tem nos estados unidos atribuição aos indivíduos da responsabilidade de manutenção de sua própria saúde de um outro lado na grã-bretanha nós temos o sistema de saúde que a plenamente universal e coloca como direito humano básico e de responsabilidade do estado fornecimento de cuidados em saúde papel semelhante exerce que o nosso sistema único de saúde o sus
e aí e como posições polares podemos apontar nessas contradições entre os sistemas universal e na universal de acesso aos serviços de saúde comportamento político da maioria dos dirigentes países europeus por exemplo que cada vez mais concedem importância a redução das desigualdades sociais em saúde considerando que os sistemas nacionais de saúde e outras políticas sociais devem ter como principal objetivo o alcance da equidade ponto iremos algo importante aqui equidade não é a mesma coisa de igualdade é muito confundido comumente confundir os dois conceitos equidade quando eu reconheci as diferenças entre as pessoas na inclusive diferenças traduzidas
em desigualdades infelizmente e que eu preciso dar é proporcionalmente mais atenção aquelas pessoas que tiveram menos oportunidade para que elas possam de fato se equilibrar né elas não vão ser igual a essa talvez mas e se promover ações que equilibrem o jogo entre essas duas pessoas ou dois grupos populacionais eu preciso dar mais atenção a quem precisa de mais atenção né e teve menos oportunidade então essa discussão sobre a equidade em saúde bastante forte na europa de maneira geral e talvez tenhamos ali no sistema de saúde pública da inglaterra da inglaterra não perdão da grã-bretanha
é um dos melhores exemplos né no enem é esse que eu serviço nacional de saúde lá da grã-bretanha então devem ter visto nos noticiários essa imagem né que traz traduza a campanha agora do nhs com relação ao coronavírus nem tudo é perfeito grã-bretanha por decisões políticas demorou muito para reagir a pandemia né tá sofrendo com isso agora mas nós tem em todas as as conferências e entrevistas as autoridades públicas têm preferido tem participado na inglaterra e chegou até o noticiário o nhs é destacar né tanto que aí nessa imagem tá escrito protect the nhs né
proteja o sistema público de saúde cuide do sistema público de saúde ficando em casa bom então o ficar em casa também né o afastamento social a quarentena é que é tão discutida hoje tão fortemente às vezes violentamente discutida é algo para gente pensar em como questões sociais influenciam diretamente as questões relativas à saúde pessoas que precisam trabalhar setores precisa produzir etc etc mais que tem que se a ver com a necessidade das pessoas preservarem a própria vida né e uma das maneiras de se preservar a própria vida inclusive e preservar nos sistemas públicos de saúde
então esse apelido do nhs na verdade do governo britânico diz muito com relação a isso né e para ponto a outra coisa o sistema de saúde público na g falar inglaterra de novo na grã-bretanha é é o orgulho nacional o orgulho britânico o nhs né ele tem 72 anos e sistema e é um dos pontos de inspiração para a criação do sus no brasil inclusive de outro lado né os governos norte-americanos não consideram que esta seja uma questão relevante para o estado mais uma vez podemos pensar no exemplo do agora né o sistema público de
saúde não existe nos termos do nhs nos estados unidos isso tem causado uma série de problemas para as pessoas que têm infelizmente contraído o arcoverde 19 o coronavírus novo coronavírus né tem chegado sempre noticiário imagens do colapso do sistema de saúde da cidade de nova york por exemplo do próprio estado de nova york né são bem significativos outros dados também tem sido destacados como o número de pessoas mais pobres negras latinas né estão em número muito maior entre os mortos do que os outros seres pessoa e recursos financeiros abundantes para correr até o sistema de
saúde vigente naquele lugar na perspectiva de daquele estado direito à saúde é algo intrinsecamente relacionado as capacidades individuais estilos de comportamento e possibilidade pagar os serviços apropriados não ao sistema 100% público universal a um debate sobre a cobertura mínima era puxada pelo estado por exemplo a partir dos dois braços que tem intervenção de recursos estatais e que foram aumentados a partir de 2010 com chamado alguma quer né e que enfim o objeto de disputa política nos estados unidos até hoje o que tá acontecendo agora durante academia é tá despertando um novo debate a respeito da
natureza de sistema de saúde chamando atenção para a necessidade de universalização de acesso né então aí algumas imagens das pessoas é e se manifestando com relação a esse aumento da responsabilização estatal com relação a uma pequena parte ainda do serviço de saúde nos estados unidos via de regra as pessoas elas tem que pagar né por um seguro mínimo né o estado não dá cobertura as pessoas que estão fora dessa cobertura mínima se precisarem de cor de digamos assim de procedimentos que sejam mas complexos elas vão ter quantas caras apagar né infelizmente no brasil constituição de
88 decidiu que a saúde é um direito de todos universalizou esse direito e era excesso sem barreiras é uma das marcas do sus tenha problemas ou não ele é um conquista é inegável em termos de direitos sociais né antes do sus existir o acesso a esse tipo de serviço público era bastante limitada no brasil só as pessoas por e estavam previdência social tinham direito a yatchs sistema público de saúde não é hoje é né não existisse por exemplo esse tipo de cobertura porque a pessoa não pagava porque o serviço não era presente ali no lugar
onde vive ela tinha seu corrente idade filantrópicas e colocava milhões de pessoas fora do sistema hoje todas as pessoas indistintamente elas estão dentro do sistema elas podem ser atendidas por ele aliás elas devem ser atendidos por ele né essa previsão constitucional definiu a saúde através de um conceito amplo que inclui os seus principais determinantes e apontou em minas gerais os princípios que o sistema nacional de saúde deveria ter universalidade integralidade e equidade são o tripé sustentador do nosso sistema único de saúde ele universal portanto ele aberto a todas as pessoas indistintamente sem a integralidade respeito
atenção integral à vida das pessoas e todos os determinantes que podem de fato afetar a manutenção da sua saúde né da sua plenitude nesse sentido ea equidade de dar mais atenção aqueles grupos populacionais que precisam de mais atenção em detrimento de outros que tiveram mais oportunidades com desenvolvimento inclusive de políticas de saúde integral relacionadas a grupos populacionais específicos tais como população lgbt população negra e indígena mulheres não é só um par de mulheres é dos anos 80 mais antiga política de saúde integral é prevendo um tratamento equânime para um grupo populacional então são discussões importantes
que o sus faz assim como outros serviços de saúde espalhados pelo mundo né a universalidade é uma das questões centrais no debate de hoje né aí existem nossos a ser preservado devemos lutar por ele as discussões em torno da temática surgiram das ferramentas desigualdades como eu já falei especialmente por conta dos efeitos da revolução industrial e da internacionalização do capitalismo das mudanças tecnológicas bruscas que muitas vezes fazem com que os benefícios dessas mudanças demorem a chegar ao onze encarecia demasiadamente há uma contradição entre os valores de igualdade fraternidade e liberdade deja a revolução francesa e
os efeitos né das transformações socioeconômicas que ocorreram no mundo ocidental especificamente que se espalham por outros cantos desse mundo ao longo do tempo e que alcançou muitas vezes níveis que dificultam de fato de uma maneira muito violenta que a manutenção de uma boa saúde por parte das pessoas que afetam o meio ambiente perfeito diretamente a estrutura social em fim de todas as maneiras que possamos imaginar a sociedade situações de risco dermus comportamentos relacionados à saúde o estado de saúde física e mental tendem a variar entre os grupos que a compõem entender essas variações e as
razões dessas variações é algo muito importante para conseguir compreender a dinâmica dos processos saúde-doença e mesmo de como determinadas medidas podem ser orientadas criadas e implementadas para que esses problemas sejam efetivamente combatidas solucionados ao perigo de sempre haver uma simplificação no entendimento desses processos né por exemplo cubanos indivíduos por sua própria saúde individualizado processos que podem ser um reflexo de contextos sociais mais amplos né e quando se negligência tal fato nós nos arrastamos para terrenos que são muito perigosos para a vida das pessoas não e de fato a vida delas em risco essa explicações fragilizando
a pertinência da desigualdade de saúde em países por exemplo que tem bons sistemas de saúde o que tem um pib saltos a gente tem que levar em consideração que pode ser para ver a presença de assimetria sociais mesmo em paisagens que teoricamente são todas bonitas bem arrumadinhas e sem problema diferença entre países com grau de desenvolvimento atendido atendimento médico por exemplo são chave para entender isso a gente tem lugares que tem uma economia estável etc mas que muitas vezes a desigualdades persistentes inclusive no acesso à saúde né doença como causa a posição desfavorecidas dos indivíduos
deve ser algo pensado né e não o contrário a doença muitas vezes ela vai ser determinada pelo contexto social o nome de vidro que determina o seu processo de adoecimento sozinho então é por exemplo reduzia absolutamente é o estilo de vida ou o próprio indivíduo toda a razão de ser dos processos de adoecimento vai nos empurrar para outros terrenos perigosos para entender esse esse processo os limites dessa responsabilização do indivíduo também devem ser portanto pensados né é estudos epidemiológicos por exemplo um dia que a professora rita indicam que fatores de risco não explica mais do
que 25 porcento os programas crônicos de saúde portanto a gente tem que buscar outras fontes para eles 25% ele bem pouco se a gente for parar para pensar mesmo que cheiro de vida seja importante individualmente dificilmente ele seria capaz de explicar por exemplo desigualdades em saúde as pessoas que escolhem por exemplo sem cola é né são as pessoas que escolhem a atos discriminatórios para se por conta de sua orientação sexual por exemplo por conta de qualquer outra questão que diga respeito a seu modo de ser e estar no mundo então é só questão importante que
você pensar então de outro lado temos que correr rapidamente fugiram combater explicações de fundo genético para as desigualdades porque elas vamos aproximar perigosamente da do terror do passado em relação e hoje em dia por exemplo na rede teorias que determinavam biologicamente que as pessoas seriam se elas seriam doente só não seria inteligente ou não capazes ou não para determinada as questões tão professora rita nem se der tem muito nesse ponto porque é uma questão de fato indiscutível né gente deve sempre tratar com bastante atenção autora identifica com a teorias principais pretendo e as questões relativas
ao processo saúde-doença em decorrência das desigualdades sociais que seriam a estruturalista o materialista a psychosocial a determinação social do processo saúde-doença que tem a sua benção brasileira e a teoria eco-social cada uma dessas quatro perspectivas de compreensão dessa questão que a gente discutir nesse momento são ainda vigentes e consideradas importantes para se pensar às origens desse problema especificamente a teoria estruturalista o materialismo tá mais interessada né entender como as desigualdades socioeconômicas produzem doença na como as interpretações elas têm que se focar mais nas assimetrias de classe ou nos assimetrias econômicas para conseguir entender as razões
de ser das desigualdades sociais em saúde como por exemplo a falta de dinheiro das pessoas para conseguir pagar plano de saúde onde não exista saúde pública onde a saúde pública por exemplo seja escassa seguir deficiente né então um dos pontos destacados o texto dela diz que a falta ou insuficiência de recursos materiais para entender de modo adequado os estressores ao longo da vida cabo produzir a doença e diminuir a saúde por exemplo e ainda com relação a essa teoria teoria é capaz de explicar grande parte das desigualdades de fato mas segundo a professora rita ela
tropeça diante do paradoxo de que nem sempre riquezas de um país por exemplo vai se traduzir num bom serviço de saúde prestado no nível né alto de manutenção da saúde ela chama atenção para que para realidades com pib alto que muitas vezes tem problemas na expectativa de vida ou que não conseguem a a todas as necessidades em saúde daquela população em detrimento de lugares tem pires menores que são países por exemplo conseguir considerados pobres e conseguem oferecer uma cobertura de atenção em saúde maior do que aquele outro país mais rico e ela dá exemplos com
relação a isso a gente pensar por exemplo cuba e os estados unidos né ninguém de expectativa de vida em termos também de atenção que o estado dá para para para serviços de saúde sendo que são dois países com realidades econômicas e políticas absolutamente diferentes a teoria psicossocial né ela já dá mais importância a percepção de desvantagem social como fonte de estresse desencadeadores das duas essas né então em termos das pessoas é digamos assim só matizar em é aquilo que representa e a desigualdade em sua vida né mas não apenas isso né a partir da clara
percepção dessas desvantagens que se apresenta no estrutura social de um determinado lugar como esse facto leva até a produção das doenças por exemplo as pessoas percebem que não tem condição de por exemplo até pagar o plano de saúde e se poderia fazer com que a sua saúde se debilita se os países e grupos sociais em que as necessidades básicas estão atendidas as diferenças relativas na posse de bens e nas posições de prestígio e poder essa outra questão discutida por essa teoria passam a ser mais relevantes para a produção e distribuição das doenças do que simplesmente
o nível de riqueza material aí a outra condição que as pessoas têm a mesma grana por exemplo mas tem desigualdade acesso a outras questões da vida isso deve ser levado em consideração também um beijo poder são itens que vão ser colocados na pauta de discussão da teoria psicossocial bem alinhada e nesse sentido a sociologia do marxismo então como é que essas distribuições assimétricas que ultrapassam as questões materiais mais básicas como elas podem influenciar diretamente a vida das pessoas inclusive na sua saúde mental como reconhecimento social e o prestígio podem de fato influenciar em como as
pessoas vão experimentar a própria vida das pessoas que tem embaixo prestígio por exemplo mesmo que não tenho condições econômicas ruins podem ser levadas ao adoecimento a partir das perspectivas e aí dá uma discussão sobre a privação absoluta ou relativa de determinados bens ou seja geração de desigualdade desigualdade absoluta que é quando a total falta de condições presentes e cidades básicas de tudo né e a privação relativa que é bem diferente e eu tenho condições mais equilibradas mas me faltam outras questões como exemplo que da privação absoluta a altura dá para gente aqui a esperança de
vida na suécia que um país que tem pib per capita de 42 mil dólares é de 80 anos enquanto angola cujo pib per capta é de $2800 esperança de vida ao nascer é de 40 anos então aqui tá claro questão de pobreza absoluta ou de privação absoluta quem tem mais consegue oferecer mais que tem menos não consegue oferecer muita coisa importante as pessoas não vão viver tanto de outro lado privação relativa diz respeito que quando se ultrapassa esse limiar de atendimento às necessidades que são básicas para todas as pessoas as diferenças relativas entre os grupos
passa a ser mais importante como aquilo que a gente vai identificar como determinante do processo saúde-doença todo mundo tá é a mesma coisa tem uma vida só se econômica relativamente parecida então os outros ingredientes da vida eles passam até importância também mas se chama atenção no exemplo aqui em como determinados ingredientes como a estrutura política elas vão fazer também é diferenças qual que é a interpretação política para determinar os direitos como o acesso à saúde como exemplo podemos citar a comparação entre cuba e os estados unidos como um pib per capita de dez vezes menor
que os estados unidos no entanto apresenta a mesma esperança de vida ao nascer que é de 77 anos está intrinsecamente ligado à formulação do direito à saúde como direito fundamental e um país e como direito relativo em outro né a determinação do social do processo saúde-doença que é que a terceira perspectiva de busca de compreensão dos das desigualdades sociais em saúde é centrada na análise dos mecanismos de acumulação de capital e de distribuição de poder e prestígio é bens materiais decorrentes desse acumu a posição de classe reprodução social passam a ser vistos como os principais
determinantes do processo saúde-doença dentro do perfil da saúde e da doença das pessoas ou seja onde a pessoa mora que trabalho que ela tem etc também não é só a questão do dinheiro ao conjunção de diferentes fatores que podem influenciar diretamente na distribuição de saúde entre aquela população de um país específico por exemplo a posição de classe a reprodução social passa então ser vistas como principais determinantes do processo saúde-doença questão de pobreza absoluta ou relativa então para ser visto da perspectiva da inclusão ou da exclusão né essa é uma questão muito debatida pela nossa realidade
que no brasil a não existe de nome de inclusão-exclusão coloca todas as pessoas que são excluídas de determinados processos sociais em posição de desvantagem em relação as outras isso de fato pode levá-los a desenvolvimento de uma série de problemas de saúde os impactos da estrutura social sobre a saúde são pensados por essa teoria nos processos de participação ou de exclusão por exemplo dos serviços públicos de saúde então mesmo que a gente tem um sistema universal é o caso do sus ainda a processo de exclusão relativos aos serviços públicos de saúde é só uma questão interessante
se pensar após ter uma pessoa que é transexual por exemplo duas pessoas transexuais vamos pensar nesse exemplo elas são porém apesar de serem ângulo se não sexuais relações de classes sociais diferentes elas tiveram anos anos de informações colar diferente a quantidade de ônibus diferente de tempo de escolares e elas recebem salários diferentes etc é ambos portanto estão próximas na condição de sua identidade de gênero no entanto estão distantes socioeconomicamente mas podem passar pelos mesmos processos de exclusão não sei se eu tô conseguindo me fazer entender mas é legal para gente pensar como é que processo
de exclusão muitas vezes eles podem passar assim em paralelo a outras questões que cercam a vida das pessoas então uma pessoa posta é grana muitas vezes pois ter uma vida materialmente boa mas ela pode passar por processo de exclusão no entanto não podemos negligenciar que aquela outra pessoa transexual que não tem grana muito provavelmente ela vai sofrer muito mais do que aquela que tem dinheiro e essa é uma questão muito delicada que deve ser pensado né muitas vezes isso gera violentíssimos processo de exclusão social das pessoas via de regra não conseguem atendimento nos serviços públicos
saúde por mais que elas têm pleno direito eles então a gente tem uma versão também versão brasileira da determinação do processo saúde e doença determinação social e essa versão brasileira dá mais ênfase explicativa modo de vida das pessoas considerando que neles estão englobadas ali tanto aspectos materiais conta aspectos simbólicos como acabamos de discutir agora pouco quantas que refletem as características sociais da produção distribuição e consumo de todas as coisas quais cada grupo social está relacionado atravessa um modo de vida né é complexo a gente for para a peça o conselho de um modo de vida
nesse caso reúne e o mesmo marco teórico condições coletivas dos grupos e os comportamentos o que compõem esses mesmos grupos né é junto ali uma série de fatores para poder entender como eles podem de fato influenciar a proximidade dessas pessoas com os riscos relativos à saúde e aqui a gente tem por fim a teoria social que chama atenção para os processos de incorporação no sentido forte do termo pelos organismos humanos nos aspectos sociais e psíquicos predominantes no contexto nos quais os indivíduos vivem e trabalho é um pouco parecido com as teorias anda com a teoria
anterior ou porém pouco mais amo leve em consideração que não a cisão entre o ambiente por exemplo e o psiquismo humano né as mentalidades a saúde mental e as questões de fundo sócio-econômico por exemplo todas elas estão no mesmo pacote e todas elas concorrem para a manutenção da saúde ou para aquisição de problemas que iremos traduzir como doentes né ou seja para se entender esses processos gente deve levar em consideração todos esses aspectos lugar em que em que as pessoas vivem o que elas comem como elas trabalham significado do trabalho o seu grau de satisfação
com a própria vida na tudo isso deve ser levado em consideração para se compreender o processo saúde-doença no caso dessa teoria e a teoria é junto com a teoria do modo de vida e tem incorporado ali na versão brasileira o processo social do da aquisição dos doenças é representam esse oi gente pular as três teorias anteriores na estrutura social determina a ação social no apenas a versão brasileira considerando os padrões de saúde de doença como as consequências biológicas dos modos de vida e trabalho próprio de cada grupo social determinados pela organização econômica e pelas propriedades
políticas da sociedade eu colocaria mais as propriedades também simbólicas da sociedade e antônia fecha o texto deve com algumas considerações que são bastante pertinentes bem importantes e ela diz lá compreender as desigualdades sociais portanto vai muito além da simplificação habitual presente nas dicotomias doença de pobre doenças sociais versus doenças sociais verso doenças biológicas não existe isso né essas dicotomias elas são fruto de antiga simplificações que não fazem sentido toda e qualquer doença e sua distribuição e não são produtos da organização social não tem sentido falar portanto em doenças sociais e doenças não sociais todas as
doenças sociais em todas elas a gente for parar para pensar hoje em determinantes sociais com relação a um coronavírus as populações mais pobres elas estão muito mais expostas né então em lugares com menor cobertura serviço público de saúde o melhores oportunidades de emprego e renda de trabalho e renda né as pessoas estão mais expostas portanto a gente tem que reconhecer esse tipo de risco quando por exemplo tenta lhe desenhar quais serão as ações para tentar preservar a vida dessas pessoas nas desigualdades no estado de saúde estão de modo geral fortemente atreladas à organização social e
tendem a refletir o grau de iniquidade existentes em cada sociedade o acesso e utilização de serviços refletem também essas diferenças mas podem assumir feições diversas dependendo da forma de organização dos sistemas de saúde especificamente e por fim a equidade na oferta de serviços de saúde a ausência de diferenças para as necessidades de saúde iguais equidade horizontal e a provisão de serviços prioritariamente para grupos com maiores necessidades que a equidade vertical então essa discussão inclusive muito forte no sus aqui no brasil a necessidade de fato garantir as pessoas direitos em relação ao acesso né é um
acesso uma para suas necessidades específicas que infelizmente são decorrentes do processo de desigualdade ok então essas são recados importantes que a autora deixa no texto dela para a gente pensar então chegamos ao fim da aula aula bastante longa aí 40 minutos então peço que vocês dão a sinalização que acharam dessa discussão de hoje para que a gente possa conversar um pouco mais né sobre o que vocês conseguiram entender a partir das discussões proporcionadas pela professora rita barradas barata é um grande abraço para todo mundo e se cuida