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k [Música] k [Música] [Música] k [Música] C [Música] k [Música] C [Música] [Música] C [Música] [Música] [Música] k [Música] [Música] [Música] [Música] C k [Música] [Música] k [Música] [Música] C [Música] [Música] C [Música] [Música] bem-vindos e bem-vindas à terceira Edição do webinário Internacional de educação nesse ano com o tema estudar no digital ou no papel eh momento é muito oportuno porque as escolas brasileiras o governo brasileiro nesse momento eh cogita da possibilidade de proibir o celular em sala de aula então nós estamos vendo aí a tecnologia entrando por todos os lugares e agora aos poucos
as autoridades educacionais vão estabelecendo novos formatos novos paradigmas nós temos hoje a palestrante convidada que é audre que a da Noruega e temos a também ainda as duas convidadas a Sandra escapin e a Tatiana goveia duas pesquisadoras brasileiras do primeiro time aí a esse evento eh realizado pelo terceiro ano é uma promoção é uma realização da revista educação da abre livros e da t sides Brasil e América Latina conta com o patrocínio do nossos parceiros FTD educação e Suzano papel e celulos a revista educação existe Há 29 anos completou no mês passado 29 anos eh
foi fundada e continua sendo dirigida por um grupo de jornalistas Independentes que tentam levar para para os educ informações relevantes isentas sem nenhum viés partidário político ou de grupos ou de empresas Então a gente tem orgulho de de de est nos preparando para comemorar no próximo ano 30 anos de de trabalho eu diria que em prol da educação essa educação que vocês podem saber mais pelo www revista aducação pcom.br tá E ali vocês estão Inclusive a a edição do mês é sempre aberta para que as pessoas possam tomar conhecimento então para dar início nesse trabalho
eu gostaria de chamar a Renata Miller que é diretora executiva da abre livros que passa a partir deste ano a ser nossa parceira nessa realização do evento eh sempre tiveram conosco mas eh era a distância agora não a Renata Miller tá na função aí de nos ajudar a tornar esse evento cada vez mais relevante Renata por favor explica pra gente um pouquinho aí o papel do abre livros como é que que é isso Boa tarde obrigada Edmilson Boa tarde a todos e todas é uma alegria muito grande estar aqui né participando desse evento com vocês
hoje então gostaria de agradecer né de iniciar agradecendo aos correalização e e que para nós fez todo sentido a revista educação e aides Brasil por promover Então esse importante debate abre livros para nós é uma honra participar de uma discussão tão relevante para o futuro da Educação do Brasil né abr livros é uma entidade que reúne as principais editoras de livros e conteúdos didáticos e há mais de 30 anos eh trabalhamos para fortalecer as Políticas de incentivo à leitura e ao mamento da educação do país esse tema o equilíbrio entre o impresso e o digital
na aprendizagem permeia as nossas discussões diariamente pois acreditamos que ambos os formatos quando usados de maneira complementar podem transformar a educação observamos que o digital é uma realidade para essa geração que está em idade escolar que passou a ter acesso a materiais didáticos com muitos recursos Graças aos avanços tecnológicos acreditamos plenamente no convívio entre o digital e o livro impresso dependendo do conteúdo e da faixa etária de cada estudante é importante lembrar que a leitura em papel continua desempenhar uma importância fundamental eh no desenvolvimento cognitivo e na capacidade crítica dos alunos é sabido que o
envolvimento com o livro físico ele proporciona uma maior retenção de informação além de oferecer uma experiência sensorial e reflexiva mais profunda o contato com o impresso é uma ferramenta poderosa para a formação de leitores proficientes e de cidadãos mais conscientes e pensando nesse tema ainda em 2023 no ano passado eh a abr livros lançou um estudo chamado papel e digital pesquisa sobre a eficácia dos materiais didáticos essa pesquisa inclusive Tá disponível no nosso site para quem tiver curiosidade né quiser ter acesso ela foi publicada Originalmente pelo pela associação internacional de editores o Ipa em conjunto
com a associação norueguesa de editores né e abr livros fez uma versão traduzida e interpretada também dessa dessa pesquisa aqui no Brasil isso para demonstrar que é uma discussão recorrente no nosso universo aqui né no nosso na nossa busca por políticas que com contemplem eh osos estudantes eh nesse nesse melhor uso de cada formato né então discutir como otimizar essas ferramentas para melhorar o processo de aprendizagem é fundamental tenho certeza de que as reflexões trazidas aqui pelos especialistas presentes serão de grande valor para os educadores gestores ajudando a mudar as práticas mais eficazes na sala
de aula então agradeço Edmilson a todos vocês e que tenhamos um excelente evento Obrigado Renata pelo esclarecimento aí acho que todo mundo então entendeu o papel da abre livros nessa questão do livro didático n nesse grande programa brasileiro Talvez o maior programa de distribuição de livro do mundo que é a PNLD Eu Vou Chamar Agora a T Brasil na verdade ela ela é tudo começou com ela né ela que propôs e ela que tá à frente conosco desse evento Internacional pelo terceiro ano e eu vou chamar então o meu amigo Fábio Mortaro que é o
presidente da tsai do Brasil e América Latina Fábio por favor obrigado Edmilson muito bem-vindas muito bem-vindos todos desde o lançamento do primeiro Ebook A cerca de 50 anos e agora com inteligência artificial as tecnologias digitais vem avançando e se somando aos materiais didáticos tradicionais no entanto até hoje há muitos questionamentos sobre o lugar da essas inovações que lugar essas inovações devem ter na sala de aula é um pouco do que a Renata falou agora é natural que sejam que seja assim a comunicação digital é muito recente quando comparado com os mais de 2000 anos da
existência do papel por outro lado os livros impressos e cadernos continuam sendo indispensáveis para uma educação de qualidade integrar da melhor maneira o tradicional e o inovador deve ser uma preocupação dos educadores tendo como obj a melhoria permanente do processo de ensino e aprendizagem fundada em 2008 tsid é uma iniciativa Global sem fins lucrativos que divulga os atributos únicos sustentáveis e atraentes do papel e das embalagens de papel bem como esclarece equívocos comuns sobre seus impactos ambientais tuites é uma colaboração de empresas de base Florestal celulose papel embalagens gráficas editoras jornais e revistas e opera
na Europa nas Américas do norte e do Sul na África do Sul e também na Austrália e na Nova Zelândia papel cartão e papelão são recicláveis biodegradáveis e provém de florestas cultivadas bom evento obrigado Fábio Obrigado aí pelo esclarecimento obrigado pela parceria eh lembrar a todos os participantes que os certificados serão enviados pelo e-mail da inscrição então vocês receberão imediatamente isso aí bom a primeira palestra ela vai ser da de uma professora uma pesquisadora da Noruega acho que o momento é muito oportuno porque a Noruega tem há 10 anos um acordo com o Brasil na
área de educação no ensino superior e no mês passado teve no Brasil uma comitiva de 30 pessoas da de educação da Noruega à frente dela tá o ministro de pesquisa e ensino superior da Noruega para para eh na verdade tratar de de da Renovação desse contrato desse acordo com o Brasil vocês terem uma ideia esse esse país aí que 5 milhões de habitantes lá no norte do do do planeta já financiou 73 projetos nos 10 anos do acordo então é muito importante o papel deles essa parceria é legal a a está aqui a nossa convidada
audra dermir é muito legal e muito oportuno e ela vai falar um tema eh que intuitivamente às vezes as pessoas até sabem mas ela vai falar isso agora com dados científicos Por que nos lembramos melhor das coisas quando as escrevemos à mão a a palestrante Audrey van dermir é pesquisadora e professora de neuropsicologia na universidade norueguesa de ciência e tecnologia é mestre pela Universidade livre de Amsterdã e Doutora pela Universidade de emburgo Escócia e a co-diretora do laboratório de neurociência do desenvolvimento onde investiga o cérebro humano seus mecanismos de aprendizagem de aquisição de habilidades ela
participou da série documental da Netflix bebês em Foco o a a audre vai ter uma transmissão vai ter uma tradução simultânea Então nós vamos ouvir a voz da Cecília que tá estará traduzindo alre aldre bem-vinda a palavra é sua muito grata por essa apresentação muito gentil eu t muito animada de estar aqui e vou começar compartilhando a minha apresentação vocês neuropsicologia trabalho no laboratório de neurociências que juntamente com meu marido e no no laboratório nós focamos em desenvolvimento aprendizagem e envelhecimento cognitivo começando com bebês porque eles aprendem tanto os bebês aprendem tanto de vida esse
aqui sou eu há 10 anos com bebê Jacob foi publicado no jornal norueguês nacional e dizia que os os bebês de um ano são subestimados eu dizia isso há 10 anos e eu continuo dizendo que nós temos uma tendência no ocidente a subestimar nossos bebês porque presumimos que são que nasceram com um cérebro imaturo e que precisa de tempo para amurar amadurecer e e ficar pronto para aprender e nós temos essa teoria de que bebês recém nascidos tem na verdade um cérebro pronto para aprender desde o primeiro dia no laboratório Temos vários projetos mostrando que
recém-nascidos são muito mais espertos do que pensamos que podem aprender desde o primeiro dia e o feto no útero também é capaz de aprender e lembrar sons e odores de dentro da barriga muita gente hoje diz que nós somos o nosso cérebro Mas eu prefiro dizer que nós somos os os nossos corpos e que o movimento é a linguagem do cérebro muita gente acha que nós temos um cérebro para sentir e pensar mas mais e mais pesquisadores hoje concordam sobre o fato de que temos um cérebro para produzir movimentos com propósito ações e comportamentos e
sabemos que cunos que que crescem e numa academia de ginástica né com aquelas rodas com locais para se esconderem com túneis e eles podem também escalar eles têm cérebros muito mais avançados e muito mais eh ramificações dendríticas do que um rato que cresce numa gaiola tradicional então nós precisamos ajudar nossos bebês a desenvolverem seu cérebro permitindo-lhes moverem seu corpo e explorar o ambiente em volta então nós fazemos esses estudos no laboratório com um bebê sentado aqui num numa numa cadeira de carro né com essas com esses 128 eletrodos sensores que captam a atividade elétrica produzida
no cérebro em microvolt Então não é que estão mandando nada para dentro do cérebro como o raio x faz mas eles captam diminutas voltagens e e em frente ao bebê nós temos uma grande tela onde produzimos vários estímulos em movimento e procuramos mapear o cérebro do bebê com esseg de alta densidade e à direita um outro sistema que se chama fns é a espectroscopia próxima ao infravermelho funcional que funciona de um um pouco diferente e também estamos usando em nossos experimentos e há 20 anos já fazemos esse tipo de pesquisa em bebês e descobrimos que
engatinhar dá um Boost ao cérebro infantil o que não é de surpreender tanto porque se você só é capaz como bebê a deitar ficar deitado na suas costas olhando pro teto você não precisa de redes neurais avançadas que informam sobre direção distância e tempo até colisão por exemplo mas assim que você se torna móvel e começa a engatinhar então captar esse tipo de informação é muito importante para poder se movimentar rápido de maneira eficiente o engatinhar então dá esse Boost no cérebro e por isso é importante permitir aos nossos bebês engatinhar o mais rápido possível
é mais fácil promover o aprendizado e prevenir problemas quando a criança ainda é pequena durante o primeiro ano de vida o cérebro dobra em tamanho e em peso então durante o primeiro ano e as células nervosas no cérebro aumentam em número se tornam mais espe e fazem mais conexões entre si e aí falamos de 1000 novas conexões por segundo durante os primeiros do anos de vida e agora dizemos que os primeiros 1 dias de vida formam a base para a infraestrutura do cérebro então o cérebro em desenvolvimento é muito plástico capaz de se ajustar às
circunstâncias à sua volta e os cérebros de crianças entre zero a 3 anos mostram enorme plasticidade o cérebro humano permanece com essa plasticidade durante toda a sua vida mas entre zero e 3 anos é quando há mais plasticidade então dá para imaginar o cérebro de uma criança cons de redes que parecem então caminhos um pouco fracos na floresta e através das experiências do mundo externo e receber várias experiências vai transformar esses caminhos na Floresta em rodovias que transportam eficientemente conhecimento e experiências mas não é só uma questão de fazer o máximo possível de redes neurais
durante os primeiros anos porque como o sistema rodoviário você precisa manter essas redes neurais porque é o princípio de use ou perca Então as redes que não são usadas irão desaparecer em prol daquelas redes que são usadas então aqui chegamos A grande questão por que que Nós lembramos melhor as quando as anotamos à mão Essa pesquisa é um pouco assim colateral a nossa pesquisa em bebês mas baseada nos mesmos princípios sobre a plasticidade o funcionamento do cérebro e como você precisa usar senão você perde as capacidades e essa pesquisa de escritura a mão foi baseada
num estudo de 10 anos atrás por mller e oppenheimer e eles escreveram um artigo e na pesquisa eles perceberam que a caneta é mais potente do que o teclado eles tinham um grupo grande de alunos de faculdade dividiram esse grupo em dois metade do grupo ia anotar a a mão uma caneta ou que ele assistia lá no t to e a outra metade anotaria no computador e depois de assistirem vários T talks então foi-lhes dado um teste e resultou que quando se tratou de conhecimento factual os grupos Independente de de qual em qual forma eles
anotaram eles tiveram igual desempenho porém resultou que o grupo que anotou a mão teve melhor Performance em perguntas conceituais E isso não foi feito medindo o cérebro de nenhuma maneira foi só uma questão de comportamento e desempenho então nós quisemos ver como o cérebro funciona enquanto se escrevia à mão versus escrever no teclado e desde 2017 produzimos três estudos diferentes e nós estamos colaborando com várias grupos pelo mundo interessados na nossa pesquisa e que nos subsidiam de alguma forma então quando na sala de aula escrever a mão desenhar ou escrever no teclado O que é
o melhor para o aprendizado Essa é a grande pergunta e como resultado do aumento da digitalização na sociedade atual essa pergunta é muito oportuna Precisamos descobrir como o cérebro funciona durante essas duas maneiras de tomar nota e é o que temos feito nos últimos 8 anos enquanto os alunos estão com esses eletrodos na cabeça e nós conseguimos medir o seu cérebros como funcionam eles foi pedido aos alunos escreverem um um trabalho com uma caneta digital num iPad ou numa tela de toque foi lhes pedido descrever a palavra escrevendo ou foi lhes pedido para desenhar a
palavra como no jogo ption 3 anos depois incluímos um grupo de crianças e foi lhes pedido desenhar palavras ou escrever em letra cursiva no estudo de 2020 foi por primeira que estudamos escrita a mão Nós presumimos antes que os os mecanismos subjacentes a desenhar e escrever a mão eram os mesmos e em 2020 confirmamos que realmente é o caso Então o que nós encontramos foi que quando nós comparamos a a digitação com a escrita à mão enquanto se escreve a mão todo o cérebro fica ativo enquanto que durante a escrita e durante o escrever no
teclado pouca atividade acontece então escrevendo a mão você usa seus sentidos suas habilidades motoras finas enquanto que digitando são movimentos de dedos similares que são os mesmos para cada letra Então nós com o cérebro nós percebemos que quando o cérebro inteiro está ativo o cérebro precisa comunicarse entre as diferentes partes que estão ativas e o Cérebro faz isso através de oscilações neuronais no domínio da frequência no tempo e em vermelho encontramos essas áreas ativas comparadas a quando se D que são significativamente mais ativas nas frequências inferiores e de maneira sincronizada esse tipo de oscilação de
baixa frequência nas áreas do cérebro na parte de trás Onde está o córtex visual e onde está o córtex parietal e a parte central do cérebro onde os a acontece a a integração sensório motora onde está o córtex motor nós encontramos essas áreas ativas nessas frequências de uma forma sincronizada em vermelha significando que o cérebro está em um estado receptivo para aprender e lembrar sabemos disso a partir da nossa própria pesquisa bem como outras existentes então usar uma caneta para escrever ou desenhar fornece mais Ganchos para o cérebro aprender e lembrar depois em 2024 em
janeiro desse ano publicamos o nosso terceiro artigo sobre conectividade do cérebro em que estudamos as redes funcionais no cérebro e aqui vocês podem ver essas redes E aí Podemos estudar as medidas da rede em termos de hubs nós né o Hub como um grande aeroporto onde há muita comunicação e atividade ocorrendo os nós são um aeroporto Regional menor e e as Quinas né que seria a força delas diz quão forte é a s fortes são as redes aqui encontramos que durante a escrita mão existe uma atividade neural funcional que parece uma uma festa no cérebro
Com todas essas conexões mas só para escrita a mão a mesma análise com a digitação não não apresenta essas redes funcionais esse trabalho mais recente recebeu muita atenção da mídia est foi publicado no econom que é uma conta Insta com 35 milhões de seguidores e em poucos dias recebemos quase 400.000 likes Então por que escrever a mão deixa as crianças mais inteligentes por a mão é preciso usar as as habilidades motoras finas para produzir letras no papel e é uma tarefa difícil E você também usa seus sentidos então assim usa todo o cérebro versus quase
não usando o cérebro quando você digita que é um motor em termos motores é muito simples e você usa menos o seu e portanto o cérebro não precisa comunicar entre essas partes diferentes e desta forma não entra num estado que o Deixa aberto para aprender e relembrar aqui eu vou mostrar um curto vídeo Então hoje muitos alunos trocam a a papel e caneta pelo teclado agora será que digitar é tão eficaz quanto escrever pode consumir mais tempo mas novo estudo mostra que escrever a mão beneficia versus o computador então usamos tecnologia eeg para ver a
atividade cerebral dos alunos e aqui temos as regiões associadas com o aprendizado mais ativas visavi digitando essa descrição e os então desenhar ou Escrever à mão e promove uma mais profunda codificação da informação e também melhora a memória para Nova informação porque é uma é uma experiência sensório motora que realmente ativa mais o cérebro Então isso é muito mais promove muito mais o aprendizado do que digitar então isso me traz para essa tendência na Europa toda no momento em que se tem as escolas completamente digitais aparecendo como como cogumelos que estão deixando de ter a
escrita à mão então milhares de crianças de 6 anos recebem um iPad ou uma tela de toque no seu primeiro dia de escola e precisam aprender ler escrever e contar nesse tablet então trabalham o dia inteiro no tablet daí levam para casa para fazer lição e depois deve sobrar algum tempo para ainda jogar algum jogo em tela Então essas crianças tão pequenas gastam muito tempo da sua vida por trás de uma tela e como resultado elas não recebem nenhuma elas não recebem nenhuma instrução sobre como escrever a mão basicamente e eu penso que isso é
uma pena realmente primeiro porque escrever a mão é uma tão boa um tão bom estímulo o cérebro e também porque eu sinto profundamente que a capacidade de escrever a mão e desenhar são realmente parte da nossa herança cultural e eu sinto que no futuro a próxima geração de crianças deve ser capaz de escrever uma lista de mercado a mão um poema ou até uma carta de amor e se a gente não ensina as crianças a escreverem a mão nós não as estimulamos como deveriam ser né em termos do cérebro e tampouco serão capazes de fazerem
isso então nós perdemos uma grande parte do que significa ser humano então baseado em nossa pesquisa no nesse estudo de 2020 testamos crianças de 12 anos e nós demandamos diretrizes nacionais para assegurar que as crianças recebam o mínimo de ensino de escrita a mão e a discussão tem sido de que é tão difícil para as crianças produzirem Uma Carta à mão começar numa tela é Vai facilitar a se expressarem de forma escrita Só que eu acho que dessa forma a gente joga fora o bebê junto com a água do banho já que o estímulo ao
cérebro é tão bom nós devemos continuar a ensinar as crianças a escreverem a mão e de fato com base nesse artigo de 2020 20 estados nos Estados Unidos reintroduziram a escrita a o ensino da escrita a mão em seu currículo de escola primária em 2020 também foi publicado um livro em norueguês que se chama o as cobaias digitais que é um um escritor que é pai de três crianças e ele também é um arquiteto e ele se pergunta se hoje as crianças precisam realmente de mais competência digital ou é o caso de que eles já
têm necessidades de outras capacidades complementares como se especializarem se concentrarem por mais longos períodos de tempo e eu super concordo ele diz que nós estamos fazendo um experimento com a próxima geração e não sabemos realmente as quais as consequências de parar de ensinar as nossas crianças a escrever a mão na Escandinávia atualmente existem está ocorrendo uma grande discussão sobre diferentes estratégias de digitalização e em maio do ano passado o governo Sueco cancelou o plano de digitalização proposto para focar mais em livros impressos em em papel e caneta e Especialmente quando se lê grandes textos você
aprende mais e você lembra mais quando você lê num livro impresso na Noruega isso aqui sou eu dando uma apresentação para o comitê de uso de tela na Noruega e eles também uma proposta estratégia de digitalização em novembro desse ano mas é improvável que eles avancem tanto quanto avançaram na Suécia então nós precisamos realmente de pesquisa baseada em evidências tanto dos efeitos positivos quanto negativos das tecnologias digitais para aprendizado concentração e criatividade também na Noruega no currículo a essa digitalização no jardim de infância e dizem que a prática digital do Jardim de Infância É Para
apoiar a o brincar a criatividade e o aprendizado mas há dois estudos um de 2022 que mostra que a o brincar na no Jardim de Infância se torna muito menos criativo quando as crianças usam tela e um grande estudo japonês do ano passado testado em 7000 cuidados de bebê e criança mostrando que as crianças e usam tela reduzem a comunicação e habilidades motoras então aos 2 anos esses estudos precoces mostram resultados de introduzir a tela de toque e tecnologia digital no Jardim de Infância então baseado nesses estudos e na minha própria pesquisa eu me preocupo
muito quando eu vejo esse tipo de imagem de bebês pequenos absortos por trás de uma tela tem certeza que há bons apps de aprendizado até para bebês que ensinam crianças sobre cores números e assim por diante eu não tô preocupado preocupada eh com que eles fazem quando sentados por trás da tela mas preocupada com tudo o que perdem crianças pequenas abaixo de 3 anos não deveriam estar sentadas quietinhas por trás de uma tela eles deveriam estar fora usando seus corpos e todos os seus sentidos para tocar ver sentir e cheirar o mundo externo em todos
os situações dentro e fora porque eles têm tanto para aprender e eles precisam usar seus corpos e todos os seus sentidos para aprenderem sobre o [Música] mundo nesse sentido a OMS concorda comigo porque dizem que bebês abaixo de um ano não deveriam ter nenhum tempo de tela Isso inclui TV celular iPad e assim por diante e também devem ser fisicamente ativos na forma de tempo de barriga então espalhados né por 30 minutos ao longo do dia e quando os bebês abaixo de 2 anos estão sentados não deviam ficar parados por restritos né por mais de
uma hora então sentados num carrinho num assento de carro e quando você tá sentado tente sentá-lo no chão e deixar a criança se mover livremente no chão e engaje-se emem leitura para o bebê e contar histórias para ele e meu último slide é esse não tem app para substituir o seu colo leia para sua criança a leitura é uma atividade muito maravilhosa mesmo com bebês pequenos que são inteligentes o suficiente para entender o que você diz e uma pesquisa na Noruega do ano passado mostra que um entre Cada três pais não leem ou leem muito
poucos livros para os seus filhos e num certo sentido isso significa que dois de três pais leem regularmente mas um em cada três não e eu penso que é uma pena porque essa a leitura é uma atividade tão Eh boa e importante para o desenvolvimento de linguagem da Criança e também para desenvolver o interesse da criança pela leitura isso vai depender de quanto foi lido para ela então é aqui que eu termino eu não sei se há tempo para perguntas provavelmente não time finish Thank a tempo acabou muito grato foi fant vamos continuar então depois
desse tem até algumas perguntas mas nosso horário p a gente vai continuar com a nossa com a nossa vamos continuar com a nossa nossas palestras muito legal palestra alre Parabéns foi realmente brilhante informações científicas que comprovam aí o que já seiz há algum tempo muito bom nosso próximo eh palestrante vai é a Sandra escapin a Sandra pedagoga especialista em docência do ensino superior pela PUC São Paulo 40 anos de experiência em docência e coordenação pedagógica especialista em liderança gestão de pessoas metodologias ativas avaliação competências socioemocionais e relação escola família articulista e coautora do livro sala
de aula um espaço em construção é cofundadora do núcleo de formação de educadores educar então do impresso ao digital o equilíbrio em prol da aprendizagem é o que a Sandra vai nos fazer aí Sandra bem-vinda obrigada pela sua presença e o tempo é seu Obrigada Edmilson Boa tarde a todos um grande prazer estar aqui com vocês eh nessa tarde final de tarde início de noite né de aprendizagens eh de reflexões e de eh novas intuições que vão chegando para que a gente possa redimensionar o trabalho de sala de aula eh quando eu fui convidada para
esse momento aqui eu fiquei pensando na importância de nós refletirmos a respeito eh da validade né dos diferentes recursos E aí eh a palavra que de fato eh me representa nessa reflexão é justamente pensar no equilíbrio que a gente precisa estabelecer entre a eh o uso do digital e o uso do impresso e e a Audrey trouxe pra gente já né uma série de reflexões muito importantes nos mostrando o quanto a gente precisa sim estar eh atualizado em termos em termos das inovações mas sem deixar eh de lado aquilo que a tradição na educação é
torna também importante e dá um significado maior à aprendizagem Eu costumo dizer que eh eh todas as nossas escolhas pedagógicas elas precisam estar amparadas na nossa intencionalidade pedagógica e elas precisam também eh e ter clareza eh Dos objetivos de aprendizagem que nós precisamos desenvolver então é fundamental que o professor na sala de aula ele saiba exatamente eh Quais são os objetivos de aprendizagem em cada faixa etária que deve desenvolver para que a partir daí ele faça a escolha adequada dos diferentes recursos das diferentes estratégias é fato na verdade que nós temos agora eh pesquisas muito
atualizadas eh da neurociência trazendo que eh o recurso impresso ele de fato desenvolve uma série de habilidades muito importantes paraa aprendizagem significativa dos alunos alunos habilidades ligadas à compreensão à fixação e análise crítica né mas isso tudo nós precisamos trabalhar de modo que nós não nos esqueçamos que as tecnologias estão aí né Nós já estamos na fase da Inteligência Artificial generativa então Eh o próprio eh relatório da Unesco agora de 2023 sobre a tecnologia da educação eh nos trouxe várias reflexões mostrando o quanto a tecnologia tem impactado as diferentes áreas do conhecimento e não é
diferente na educação né e é improvável como diz o texto que a educação seja igualmente relevante sem as tecnologias digitais no entanto embora nós precisemos preparar nossos adolescentes e nossos jovens não só pro desempenho acadêmico adequado mas também pro desempenho profissional e claro que com isso a gente precisa do uso do curso de tecnologia é muito importante que a gente faça uso de recursos diferenciados para que a gente possa desenvolver diferentes habilidades e competências nos nossos alunos e essa experiência né de 40 anos na escola tem me mostrado que este é o melhor caminho não
é que a gente tem a clareza de objetivos de aprendizagem e a partir desta clareza de objetivos de aprendizagem a gente possa usar os diferentes recursos sejam eles digitais ou analógicos para favorecer de fato uma efetiva aprendizagem eh dos nossos alunos e aí pensando nisso né Eh eu trouxe aqui algumas questões dos impactos positivos que o uso do impresso traz paraa aprendizagem como a aldrey já colocou Existem muitos estudos um deles da Universidade de Valência que eh eu trago aqui no meu primeiro item que fala sobre a importância de nós trazermos o papel paraa sala
de aula tanto o livro para a leitura quanto o caderno para o registro né porque ele se mostra de fato mais eficaz pro desenvolvimento da compreensão mais aprofundada de conceitos e por que que isso acontece né Por conta justamente de ele garantir uma leitura e uma produção de registro com uma maior concentração a gente bem sabe que muitas vezes quando nós estamos com o nosso celular fazendo uma leitura por exemplo chegam notificações diversas e nós acabamos eh desviando a nossa atenção da nossa leitura né estamos aqui diante de um notebook de eh que abrem várias
eh janelas e de repente a gente acaba disperso então esses estudos têm reforçado que o papel ajuda no maior foco de atenção na maior concentração e desenvolve uma compreensão mais eh segura dos conceitos um segundo aspecto que valoriza o uso da Leitura impressa é o fato de favorecer a retenção mais profunda de conhecimento do que a leitura digital porque a leitura digital ela tende a ser um pouco mais superficial né Eh na universidade de Washington uma pesquisadora a Dra Naomi Baron ela realmente identificou analisando o desempenho de diferentes alunos que a leitura no papel ela
é mais profunda do que a leitura no digital e isso não significa que a gente não possa fazer a leitura também no digital mesmo ela trazendo uma certa superficialidade nós poderemos eh juntamente com outros recursos favorecer uma leitura no ambiente de digital nas plataformas eh com mais atenção que eu vou falar um pouquinho disso daqui a pouco tá também na universidade de Valência eh foi observado nas pesquisas realizadas que a superioridade do uso do Papel ela fica ainda mais Evidente em relação à compreensão e ao desempenho acadêmico com crianças e adolescentes até 20 anos de
idade E por que isso né a gente já sabe que o desenvolvimento do córtex préfrontal ele é o última parte do cérebro a ser desenvolvida e ocorre lá por volta dos 23 a 25 anos e é justamente nessa parte que se desenvolvem as funções executivas né a capacidade de concentração de atenção de autogestão a capacidade de fazer escolhas mais assertivas então evidentemente que se eu estou em mãos com um recurso que ele é mais que ele que ele gera uma leitura mais superficial ou ele tem um um risco de nós termos mais distratores né que
me dispersam que tiram o meu foco de atenção então é evidente que o impacto no desempenho acadêmico também será prejudicado né e a gente também não pode esquecer de que o livro impresso ele também facilita a a navegação né o quão eh gostoso é a gente eh ter a possibilidade de folhe as páginas eh de um livro de sublinhar de fazer comentários né de localizar e destacar tarando passagens importantes porque tudo isso são recursos que nós usamos para facilitar uma revisão de conhecimento e que favorece uma maior fixação é evidente que hoje eh Nós também
usamos né o Kindle por exemplo E que nos permite tarar partes bastante importantes da Leitura Mas a questão da do despertar paraas questões sensoriais como até já foi dito no no nosso primeiro momento é fundamental para favorecer uma aprendizagem mais efetiva e mais aprofundada da leitura né bom eh além da Leitura eh no material impresso favorecer a concentração a memória a atenção a fixação ela também possibilita justamente pelo fato de nós desenvolvermos uma maior atenção uma maior concentração ela favorece o desenvolvimento de habilidades muito importantes eh pra vida que são a leitura crítica né e
é o despertar do aluno para uma percepção de ideias que vão além da compreensão S que eh ideias que são interpretadas e que nós podemos descobrir mensagens nas Entrelinhas do nosso texto e tudo isso eh favorece de uma maneira muito significativa o desenvolvimento cognitivo que Como já foi dito é um desenvolvimento que acontece ao longo de toda a vida e também precisa ser muito estimulado para que a gente possa eh atuar dentro de sala de aula de modo a desenvolver habilidades fundamentais né tanto aquelas que são previstas na nossa bncc como a capacidade de argumentar
o a o pensamento crítico o a criatividade e outras tantas habilidades que serão extremamente importantes eh não só pro desenvolvimento acadêmico mas para o desenvolvimento profissional pensando nisso eh o papel ele acaba também sendo visto de uma maneira muito positiva no desenvolvimento dessas tarefas cognitivas porque ele ajuda no desenvolvimento das eh da argumentação que é uma habilidade uma das habilidades essenciais né que nós devemos desenvolver ao longo da vida e ele também favorece eh uma certa empatia eh com o material lido eh empatia eu quero dizer no sentido de Eh quantas vezes nós nós estamos
lendo uma obra e nós nos sentimos dentro daquele contexto nos identificamos com a características dos personagens né daquela obra então isso gera uma capacidade de desenvolvimento da empatia na medida que o leitor ele consegue se colocar no lugar do outro também no lugar do personagem tá bom eh além dessas questões digamos das habilidades eh do pensamento do desenvolvimento dessas habilidades do pensamento eh o contato da Criança e do Adolescente com o livro impresso ele também oferece e e desenvolve a capacidade do desenvolvimento de pistas sensoriais e motoras né então o quanto é gostoso a gente
permitir que desde criança as eh eh Os Pequenos possam segurar o livro foliar sentir o peso do livro é muitas vezes a gente tem eh livros que envolvem uma interação da criança né então estimulando também os outros sentidos e tudo isso como também foi colocado no nosso primeiro momento ativa simultaneamente várias áreas do cérebro e isso estimula o processamento cognitivo e facilita de forma muito mais significativa a aprendizagem e e uma aprendizagem que seja muito mais eficaz eh para o desenvolvimento eh integral eh do aluno eh a gente sabe né que desde que a tecnologia
se tornou eh eh um carro chefe digamos assim eh na nossa sociedade e de forma muito significativa se tornou uma inovação importante nas escolas eh muitos países e muitas escolas iram maciçamente eh no uso de recursos eh digitais e como eh a Dra alre falou eh no estado Sueco Eles foram um doss países que mais investiram Mas agora eles estão também fazendo o movimento de volta né Eh e estão investindo na reintrodução eh dos livros eh eh impressos em sala de aula e e essa não é uma iniciativa isolada né Eh o Dr eh Christopher
Willard da de Harvard eh desenvolveu uma pesquisa e e mapeou que as escolas de Elite também T trabalhado nessa reintrodução dos livros impressos e hoje a gente sabe que muitas editoras eu inclusive aqui no Brasil trabalho com algumas editoras Elas têm trabalhado justamente com o equilíbrio usando não só a plataforma digital mas também o livro físico então a gente eh enquanto educador Precisa sim estar continuamente eh se formando né Eh aprendendo cada vez mais tudo aquilo que a neurociência tem a nos oferecer para que a gente de fato traga inovação paraa sala de aula não
como um modismo né Não como um recurso para eh demonstrar eh eh um poder de persuasão à família eh para matricular o filho mas para que a gente faça uso das tecnologi seja sejam elas quais forem de modo eh positivo eh para o alcance de uma aprendizagem efetiva e assertiva né além desse movimento nos diferentes países eh foi publicado recentemente Se não me engano agora em 2023 uma matéria em que o pisa eh a avaliou alunos na faixa de 15 anos e que aqueles alunos que tinham o hábito de fazer leitura em livros impressos eles
alcançaram por eh por volta de 49 pontos a mais na prova de leitura do que aqueles que só tinham o hábito de desenvolver a leitura nos livros eh digitais então vejam o quanto isso tem impactado E aí eu volto a insistir né o quanto é muito importante que a gente Trabalhe com equilíbrio não é nós não precisamos seguir um único caminho é preciso que nós diversifiquem para que a partir de cada recurso a gente desenvolva as habilidades que ele tiver de melhor né bom eh como eu trouxe aqui como eu eu estou dizendo eh existem
uma série de benefícios do uso do livro impresso pro desenvolvimento da Leitura crítica reflexiva e para uma aprendizagem mais efetiva eh em contraponto nós temos um impacto do uso do do recurso digital do livro digital na aprendizagem E como eu tenho defendido né A questão do equilíbrio do uso dos recursos eh eu acredito que também seja possível que nós trabalhemos em paralelo eh estas duas abordagens E além disso eu também acredito que de posse do uso de recursos digitais para leitura a gente possa oferecer eh propostas de trabalho que possam eh atenuar alguns problemas da
Leitura digital então por exemplo eh se no caso da Leitura impressa eu tenho maior concentração maior aprofundamento maior compreensão e interpretação e na leit digital pode ocorrer uma leitura mais superficial justamente por conta dos distratores que podem me influenciar nesse processo de leitura né e e isso pode comprometer a minha fixação e a minha compreensão é fundamental que as plataformas digitais Tragam uma interação maior de do aluno com a ferramenta então é muito importante que na proposta de leitura da ferramenta eh que esteja na ferramenta digital que aqueles eh idealizadores desse trabalho façam com que
o aluno tenha que interagir com essa com esse texto de diferentes maneiras para que eles foquem a atenção naquilo que seja o mais importante a ser desenvolvido uma outra questão importante que é uma característica da Leitura digital é Aquela nossa tendência a passar os olhos né na leitura Eh vamos subindo vamos lá passando o dedo às vezes até antecipando o que imaginamos que vem ali pela frente né ao invés de termos uma leitura mais concentrada então uma alternativa para eh evitar essa tendência seria que as plataformas ou que o próprio Professor oferecesse um roteiro prévio
em que a partir daí o aluno vai interagir de uma forma mais efetiva com a leitura e vai focar em aspectos mais relevantes um terceiro aspecto bastante importante e é a questão eh da percepção do desenvolvimento do circuitos cerebrais né a leitura digital ela pode afetar esses circuitos cerebrais eh comprometendo a capacidade de compreensão para informações e conceitos mais complexos então é muito importante que nas propostas que vierem a partir daquela leitura o aluno ele seja convidado a desenvolver habilidad de levantamento de hipóteses de estabelecer relação estabelecer comparações eh tecer conclusões a partir daquilo que
Ele leu que são habilidades mais reflexivas né E que são importantes que sejam desenvolvidas Porque como nós todos sabemos eh a leitura e a Interpretação não é inata é possível que nós possamos desenvolvê-la e para desenvolver é preciso que o professor ofereça ferramentas orais ou escritas para que o aluno seja levado ao desenvolvimento dessas novas habilidades né e a gente também não pode esquecer eh que o o impacto do digital nas nossas vidas acabou gerando uma impaciência cognitiva né uma eh que significa justamente essa nossa eh diminuição de capacidade de concentração e de uma leitura
mais eh aprofundada e crítica né Então nesse sentido é muito importante que as propostas de interpretação desses textos elas Tragam o olhar do aluno paraa identificação das emoções que são inerentes àquela cena para que ele reconheça sutilezas algumas ironias que são presentes no texto e que se ele só tiver fazendo uma leitura a partir de uma passada de olho Pode ser que isso comprometa eh o desenvolvimento dessas habilidades que também serão fundamentais pra vida eh então pensando nisso né então vejam trabalhar o equilíbrio do instrumento impresso com o recurso digital implica eh que o educador
eh que os autores eh seja do material didático impresso ou seja do material didático digital eles invistam na qualidade desse material invistam numa curadoria muito profunda significativa que garantam uma experiência de aprendizagem cada vez mais enriquecedora mais engajadora e mais alinhada com os objetivos de aprendizagem que nós pretendemos desenvolver a gente não pode esquecer também e eh em relação a isso que nós quando falamos do impresso nós não podemos AP considerar a questão da Leitura Nós também precisamos considerar a questão do da escrita né e e é muito importante que nós valorizemos sim a escrita
com a mão né a escrita eh que no caderno a escrita no papel porque assim como o processo de leitura no impresso ela favorece o desenvolvimento da fixação do conhecimento né tanto quando nós escrevemos quanto nós quando nós transcrevemos a gente precisa trabalhar com a organização das ideias com a síntese dos pensamentos e isso ajuda na memorização na fixação e no melhor entendimento e esse é um exercício que nós precisamos fazer desde as séries iniciais da Educação Básica até as séries finais por quê porque eh quando nós estamos nas séries iniciais o caderno acaba sendo
uma transcrição da lousa do quadro branco do professor porque o aluno ainda não consegue selecionar aquilo que é fundamental aquilo que é mais importante para ele anotar à medida que ele vai crescendo e que ele vai aprendendo estas pistas que o professor oferece ele vai desenvolvendo uma certa autonomia para que ao final da escolaridade básica ele já tem uma autonomia que ele já saiba selecionar e organizar o seu pensamento de uma maneira clara de uma maneira lógica e aqui o registro no impresso passe a se tornar para ele um um um aporte um suporte de
revisão eh de retomada de conhecimento então além da fixação ele ajuda o registro no papel ajuda na organização do pensamento porque ele faz com que o indivíduo eh Recon conheça eh o que ele aprendeu eh ou o que ele ouviu num determinado momento e ele possa se aprofundar eh posteriormente além de facilitar né o processo de revisão dos conteúdos trabalhados né e favorecer uma uma reflexão maior sobre aquilo que foi trabalhado em médio e longo prazo Além disso eh favorecer também o trabalho de escrita no caderno eh de escrita com a mão no caderno eh
desenvolve o raciocínio crítico né aumenta a nossa capacidade de análise de síntese trabalha também com a questão do foco e da concentração né Por quê Porque também assim como na leitura o uso de dispositivos digitais ele pode eh ter distratores que impeçam né a gente de focar aquilo que a gente tá fazendo e ele também ajuda né No decorrer da escolaridade aí Especialmente quando ele consegue ser mais autônomo no desenvolvimento dos seus registros ele consegue desenvolver uma personalização do aprendizado por quê Porque ele vai adquirindo habilidades para fazer o registro daquilo que é mais importante
é claro que aqui eu quero destacar também que a gente não pode esquecer que o recurso digital quando eu falo em personalização o recurso digital ele é um excelente recurso também para personalizar o ensino então como eu disse eh tanto o recurso digital como o recurso impresso eles têm seus benefícios ele tem suas dificuldades mas se usados de uma maneira apropriada de uma maneira reflexiva e alinhada com os objetivos de aprendizagem eh ambos trarão benefícios muito significativos pro aluno nas diferentes fachas etárias e aí então a gente já tá indo aqui pro pros minutinhos finais
da minha fala né eu entendo que o futuro da Leitura ele pressupõe um equilíbrio efetivo essencial e indispensável entre o impresso e o digital nós não podemos perder a oportunidade de estimular também além daquela leitura e daquele registro eh para aprendizagem conceitual e para o desempenho Acadêmico a gente não pode perder a oportunidade de oferecer recursos variados para o desenvolvimento da leitura por prazer né Eu acredito que todos nós que estamos aqui nesse webinar sabemos o quanto foi importante a gente ter tido a experiência de eh circular pelas livrarias né que infelizmente estão se tornando
mais escassas né e muitas vezes escolher um livro pela capa ou depois de ter foliado ou depois de ter lido a a contracapa ou a biografia do autor e o quanto isso nos despertou o gosto pela leitura né então Eh é importante que a gente não perca isto de vista apesar da crescente inovação da tecnologia eh No que diz respeito aos livros digitais a gente não pode esquecer que eh a produção desse material ela precisa tornar cada vez mais o aluno protagonista da sua aprendizagem ela precisa ser uma um uma produção digital que Garanta a
interatividade e o engajamento do aluno eh com a leitura eh é preciso também eh paralelamente a esse investimento no processo de leitura e de registros que a escola e a família favoreçam muito o desenvolvimento da concentração e da atenção das nossas crianças e dos nossos adolescentes é preciso que nós possamos calibrar o tempo de tela das crianças e dos adolescentes eh não só considerando que a escola precisará usar as telas também E aí portanto é preciso calibrar esse tempo de tela nas redes sociais em momentos de lazer e é preciso fazer com que a gente
eh Garanta que os nossos filhos sejam crianças adolescentes e os nossos alunos eles se aprofundem numa nas suas leituras nos diferentes recursos para que eles tirem o maior proveito né Eh dessas aprendizagens então a palavra de ordem que eu considero fundamental é o equilíbrio e a flexibilidade né no uso de diferentes recursos porque só assim a gente vai ter um trabalho e educativo né que faz a transição do impresso pro digital e vice-versa de uma maneira equilibrada de uma maneira eficiente e de forma que esta abordagem híbrida ela possa atender os diferentes perfis de aprendizagem
ela possa estar a serviço de uma personalização de aprendizagem né de modo que a gente possa desenvolver sim cada vez mais uma capacidade de leitura crítica reflexiva e que favoreça né na verdade um desenvolvimento eh na aprendizagem Global do indivíduo que e que faça com que ele saiba Né desde a escola até a vida profissional a utilizar-se eh de diferentes recursos não é para que ele possa aprender mais e melhor a cada dia então fica aqui o meu recado eu espero que vocês possam a partir dessas reflexões eh eh analisar a prática de vocês de
sala de aula né e trazer Sim sempre esse equilíbrio e essa riqueza de recursos para que os nossos alunos tenham a cada dia mais fontes de conhecimento significativos para para pro seu desenvolvimento era isso então Sandra Muito obrigado pelas suas palav muito legal eu acho que o que você colocou é que a gente anota na sociedade de modo geral a a tecnologia avança Mas algumas áreas começam a refluir um pouco o ensino superior eh o presencial hoje tem a foi introduzido no ensino presencial alguns momentos digitais a distância pouco e o próprio digital exclusivamente o
EAD também tá sofrendo uma série de alterações na busca desse equilíbrio que você também colocou aí em diversos exemplos eu acho que o que vai prevalecer é o híbrido mesmo Obrigado Sandra né pela pela sua presença lembrar a todos que nós vamos agora partir paraa última parte do nosso evento Este é um um webinar internacional de educação promovido pela revista Educação do sides Brasil e América Latina e abre livros e agora nós vamos não esquecendo do dos nossos parceiros FTD educação Suzano papel celul que estão nos apoiando ah ou e até patrocinando a a última
palestra vai ficar com a Tatiana goveia coordenadora da faculdade de pedagogia do Instituto singularidades e do laboratório Maker de formação de professores organizadora da revista acadêmica em invenções pedagógicas D inovação Educacional pela F USP pós-doutora pelo Instituto de estudos avançados sobre inteligência artificial na educação é coautora do livro inteligência genuinamente humana e a Tatiana goveia vai falar inteligência humana entre o orgânico e o artificial Boa tarde Tatiana bem-vinda e obrigado pela presença muito obrigada Edson um prazer enorme estar com todos vocês aqui na sequência palestra da Andre e da Sandra foi muito bom escutá-las eh
pretendo também trazer contribuições agora uma perspectiva um pouco mais histórico e cultural por esse debate tão relevante então Agradeço o convite eh de falar um pouquinho para vocês eh no momento que todas as escolas estão tomando suas decisões fazendo escolhas importantes então muito obrigada pelo convite vou compartilhar agora a minha tela e também trazer minhas meus livros né de de apoio meus livros físicos de apoio para falar um pouquinho com vocês sobre a inteligência humana entre o orgânico e o artificial Ah Para começar um pouquinho essa história eu queria retomar um momento da história da
humanidade que é a nossa cultura oral que a gente nunca perdeu mas que teve um momento eh um longo momento da nossa história em que ele foi predominante essa cultura oral eh passada de geração para geração eh transmitindo todo o nosso acervo o nosso conhecimento eh os nossos aprendizados individuais e coletivos e depois de uma longa fase da história da humanidade vinculada a cultura oral né Principalmente por narrativas por histórias que a gente ia Contando um para os outros a gente entrou numa outra fase da humanidade que é a da cultura escrita e essa parte
da Cultura escrita ela trouxe uma revolução eh pra nossa forma de conhecer de aprender de transmitir conhecimento Eu gosto bastante desse livro para quem quiser se aprofundar um pouquinho mais nessas temáticas que é o livro do Peter druck a uma história social do conhecimento nesse livro ele Ele conta um pouco desse da da ideia da eh de como foi se estruturando um pouco eh tanto o a imprensa quanto a popular iação do Papel a difusão dos conhecimentos então ele vai contando como o conhecimento tava vinculado também a um tipo específico de recurso de plataforma eh
e não menos importante a gente tem o papel da escola nessa transição entre a cultura oral e a cultura escrita e a escola ela é fundamental nessa transição porque quando a gente tá falando da cultura escrita a gente não tá falando unicamente da leitura de livros que pressupõe sim um uma habilidade específica um desenvolvimento intelectual específico Mas também da apropriação do sujeitos pelo ato da escrita em sermos autores em sermos produtores de conhecimento isso Marca uma característica muito específica dos nossos tempos em que somos autores e não apenas leitores do mundo né então a escola
ele tem esse papel fundamental de ao ao estar estabelecida ao redor do mundo todo eh conseguir viabilizar que essa essa cultura seja compartilhada e difundida de forma única na nossa história no finalzinho da Minha tese em 2016 eh tem um trechinho em que eu já faço um esboço do que é possível talvez a gente chamar de uma cultura multimidiática ainda como uma hipótese se é isso mesmo que caminharemos né Por um novo processo de compreensão do que que é a cultura de como a gente transmite cultura e como nós nos fazemos sujeitos também a partir
destas novas eh formas de conexão e de distribuição eh da informação do pensamento eh e portanto da da Constituição de quem nós somos pensamos e criamos Então vou me aprofundar um pouquinho mais nessas várias etapas olhando principalmente pr pra escola nesse eh nesses movimentos eu acho que interessante a gente pensar que a escola ela é feita de artefatos esses artefatos marcam datam a história da educação a história da escola e aqui é um exemplo desses artefatos antes da gente ter a popularização do Papel a gente tinha esse tipo de material auxiliando no processo de aprendizagem
dos alunos Mas vamos pensar como que um professor e um estudante vivenciam essa escola no momento em que esses são os nossos recursos a gente por exemplo não consegue documentar o trabalho do nosso estudante a gente consegue Olhar aquela produção naquele momento mas se depois de 2 3 meses ela já tem alguma variação alguma diferença eu não tenho ali um registro permanente que me permita fazer essa comparação então o ser professor neste momento histórico é muito diferente do ser professor quando a gente tem por exemplo o advento do papel que foi uma tecnologia que revolucionou
o fazer docente e a cultura escolar então a gente sempre teve artefatos educacionais que marcam esse fazer mas o papel foi emblemático como tecnologia como tecnologia paraa educação então a gente teve uma mudança na cultura escolar hoje se a gente olhasse para as nossas escolas seria impensável falar de uma escola falar de um processo de aprendizagem que ignorasse essa tecnologia chamada papel por quê Porque ela tem uma base que nos permite registrar melhora ali alimenta a forma de memória como as H palestras anteriores trouxeram mas existe uma documentação um registro pedagógico que permite avaliação processual
que traz registros pro próprio ambiente escolar né Vamos pensar por exemplo o que que são as obras de artes ali eh enfeitando todas as nossas escolas nossos corredores os trabalhos que os alunos desenvolvem ao longo do semestre que vão sendo expostos nas salas de aula e que isso é significativo para para para esses estudantes eh como produtores como estudantes como eh pessoas que estão se desenvolvendo neste ambiente cheio de recursos cheio de eh estímulos os professores também observarem como isso está se dando no processo de aquisição do conhecimento e as próprias famílias que também encontram
ali um momento de articulação de conversa e de estímulo aos seus filhos Então essas crianças quando param no corredor mostram pra mãe pro pai o que eles estão fazendo o trabalho que eles fizeram existe toda uma troca cultural muito simbólica e significativa em cada um desses momentos em cada um desses encontros Então hoje a cultura escolar é uma cultura muito fundada nessa tecnologia chamada papel e como consequência também desta Cultura baseada nessa tecnologia a gente tem a leitura e a escrita né o domínio da leitura e da escrita se torna fundamental para compreensão do mundo
e pra Construção do pensamento e quando a gente fala numa abordagem mais integral de desenvolvimento eh prevista inclusive na própria bncc a gente vai entender essa corporeidade marcando todo o processo de Desenvolvimento Infantil e e juven né e ao longo de toda a nossa vida ah o desenvolvimento a partir do corpo pelo corpo faz parte do processo de aprendizagem acho que a primeira palestra da da Andre ela deixou isso muito claro como que os bebês precisam dessa interação física com o mundo para estimular o próprio cérebro o pensamento não está alheio o cérebro não é
parte fora do corpo né Ele é integrado ao corpo então quando a gente fala na corporeidade na educação eu acho que na infância tem algo muito significativo que é o fato do dos bebês se desenvolverem a partir do corpo em interação com o mundo e é esse movimento do do encontro ao mundo que eh gera o processo de aquisição do conhecimento e portanto seu próprio desenvolvimento físico psíquico emocional Mas eu destacaria também a corporeidade para os adolescentes é uma época da vida muito específica que traz um salto de desenvolvimento tanto físico quanto psíquico e que
eh tem características muito próprias da sociabilidade essa construção dos vínculos afetivos da das relações interpessoais e que infelizmente quando a gente olha pro mundo contemporâneo e interação com as redes sociais em especial tem tido um grande Impacto negativo nessa sociabilidade eh a que esse livro tem ficado muito conhecido também a geração ansiosa eh e que nesse livro ele traz um pouco mais eh de detalhes do impacto das redes sociais do impacto do mundo digital como um todo eh no desenvolvimento desses jovens né dessas eh crianças que passaram pelo processo de eh pelo processo de advento
Tecnológico de grandes avanços tecnológicos como os smartphones e que que que fizeram o seu primeiro desenvolvimento a sua pré-adolescência nesse momento histórico e que hoje e são considerada Então dessa geração ansiosa então o autor ele vai eh detalhando eh como a sociabilidade como os encontros reais a os vínculos afetivos estão sendo drasticamente prejudicados por uma mudança nessa relação antes física antes direta nas escolas nos clubes nos eh nas ruas eh nos Espaços coletivos nos espaços públicos por interações virtuais Então acho que também é uma leitura que vale muito a pena para essas nossas discussões eh
entre o digital e as nossas outras eh tecnologias de interação social e de aquisição de aprendizagem de conhecimentos uma outra reflexão que eu acho que vale a pena quando a gente fala do desenvolvimento integral é a questão da própria construção da mente tem um livro clássico né já do do vigotsky que é o pensamento e linguagem que ele vai expor Quanto que o nosso pensamento eh e agora a neurociência poderia falar do próprio cérebro né as nossas próprias conexões físicas dentro do cérebro acontecem a partir da linguagem Então como se dá essa linguagem o tipo
de linguagem o tipo de comunicação que a gente tem que é quase um um tecido invisível que nos conecta né nos conecta com os nossos pares Mas com toda a cultura que nos rodeia essa linguagem ela estrutura o nosso próprio pensamento e que agora a gente observa que portanto estrutura também o nosso cérebro fisicamente então quando a gente fala da linguagem acho que a professora Sandra trouxe muito bem né Tem alguns estudos que já não nos mostram que a linguagem dos livros ou da linguagem das redes sociais ou linguagens mesmos mais e eh corriqueiras que
acontecem no mundo digital elas são muito diferentes a gente tá passando por um processo de mudança da nossa linguagem não só a redução do número de vocabulários que a gente Domina e que utiliza cotidianamente Mas também da da nossa capacidade de interpretação de textos a nossa capacidade de compreensão de textos complexos E que nos permite por exemplo o desenvolvimento do pensamento crítico Talvez hoje uma das habilidades mais essenciais pra vida neste mundo com tantas informações com tanta disputa por verdades Então eu acho que os tipos de linguagem ela permite esse desenvolvimento da mente e por
sua vez também eh a nossa capacidade de olhar e pensar criticamente e por fim mas não menos importante an nesse aspecto eh queria também trazer esse ponto que a professora Sandra trouxe sobre a empatia eh um livro também que ficou muito conhecido e maravilhoso cérebro no mundo digital eh da Mary Wolf ela Traz essa Perspectiva da leitura da Leitura profunda que se dá no livro impresso o livro impresso ele possui um tipo né de de página de interação de interação física que também nos dá um conforto eh e um distanciamento para que essa leitura mais
espaçada mais tranquila se conecte com as nossas memórias com os nossos pensamentos e reflexões mais profundos e que se não fosse esse espaço essa possibilidade de nós dialogarmos ao mesmo tempo com o texto esse texto sendo muito superficial rapidamente observado não dá tempo das sinapses acontecerem e conectarem aquilo que tá sendo lido ou que por hora ainda é externo a nós a aquilo que é já constitutivo nosso e quando a gente consegue essa conexão do que é de fora com o que é nosso é o lugar em que a gente se desenvolve é aquilo que
gera incômodo é aquilo que gera conforto é aquilo que impacta o o conhecimento atrelando esse conhecimento ao afeto às emoções e É nesse momento que a memorização vai acontecer e mais do que a memorização é quando a gente tem a nossa capacidade de ter empatia por essas várias histórias por esses vários sujeitos muito alheios à nossa própria vida alheios aos nossos próprios contextos então é um momento em que a gente pode se expandir enquanto ser humano a empatia é a nossa Cola social é o que fez a humanidade chegar até hoje aqui é esse vínculo
que a gente tem um com o outro outro a partir do momento que a gente objetifica o outro que a gente perde a nossa capacidade empática a gente se torna cada vez mais indivíduo eh incapaz de se comover de se sensibilizar com o outro e portanto também de viver em sociedade de passar por processos Democráticos de escuta de construção coletiva de saber construção eh coletiva de um mundo mais justo e ético para todos então a leitura não é algo menor na construção dessa sociedade o tipo de leitura não é algo menor então aqui São só
alguns aspectos desse desenvolvimento integral né Não não vou também conseguir me eh ater a muitos outros eh mas recomendo bastante essas leituras e então entramos nessa nova fase que todas as escolas aqui estão também eh debruçadas que é uma fase que a tecnologia passa a ser digital né então ela eh além de carregarmos historicamente todas essas outras tecnologias incorporamos também as tecnologias digitais do nosso mundo e aqui a gente fala de uma Cultura multimidiática né que combina a oralidade a escrita a visualidade expandindo essas formas de comunicação e aprendizado O que é incrível porque a
gente tem eh formas diferentes de aprender conteúdos diferentes que mobilizam os estudantes de formas diferentes então termos essa possibilidade né de mandar um vídeo que complementa com texto eh que tem um jogo que gera uma possibilidade de de exercício que tem uma Interação em sala de aula que volta para para para casa que volta para uma plataforma Então essa dinâmica toda só vem a contribuir vem potencializar o aprendizado como um todo mas a gente também pode pensar que essas novas tecnologias nos trazem outros desafios né A a professora Lúcia Santa ela da PUC tem textos
muito provocativos como esse do NE humano em que ela vai eh analisando essas mudanças tecnológicas também como mudanças antropológicas então quando a gente fala de que a gente tá alterando o nosso eh dia a dia seja do professor seja do aluno a gente tá olhando paraa tecnologia dentro da sala de aula mas essa tecnologia paralelamente ente tá alterando as nossas formas de nos relacionarmos no mundo como um todo as nossas formas de aprender as nossas formas de trabalhar as nossas formas de tomada de decisão as nossas formas de compra então todas ess esses aspectos da
vida humana estão sendo impactados pela tecnologia e portanto essa mudança passa a ser uma mudança antropológica quem nós somos hoje como ser humano é muito diferente enquanto experiência né hum de 1000 anos atrás ou mesmo de 300 anos atrás quando a gente for pensar no nosso cotidiano né Então essas mudanças tecnológicas elas trazem uma outra camada de análise para quem trabalha com educação que não é apenas qual aplicativo ou recurso usar em sala de aula mas qual a educação que faz sentido pro mundo tecnológico e pro mundo que tem os desafios que tem de sociabilidade
de trabalho de interação de construção ia deste planeta né pensando inclusive nisso que isso é um planeta que nós somos parte desse planeta e que parte dessa tecnologia hoje tem um consumo energético que não comporta hoje a gente não tem como sustentar os tipos de tecnologia que a gente tá desenvolvendo a inteligência artificial por exemplo tem um consumo energético altíssimo e que a gente já está num limite planetário que não vai dar pra gente simplesmente ampliar esses gastos energéticos a gente tem que criar outra lógica de produção de energia para sustentar esse desenvolvimento tecnológico então
isso tudo traz um desafio para educação que é pensar para além da sala de aula qual educação faz sentido para esse mundo e para esse mundo em que os alunos já vivem já convivem já são e também pro que eles virão a atuar como profissionais daqui 20 e 30 anos né quais são essas competências quais são essas atividades que eles vão desenvolver nesse momento da vida das vidas dessas pessoas então ah acho que né de forma resumida essa mudança para uma cultura oral escrita e agora por uma incorporação de tecnologia digital ela é uma mudança
da cultura escolar e que muito bem apresenta também a professora Carlota boto nesse outro livro aqui cultura digital e educação em que ela mostra isso como a as escolas estão mudando a o seu fazer o seu fazer doc essa perspectiva de de trabalho de interação com os alunos Então aquela eh pequena lousa usada pelos estudantes ali para treinar caligrafia e fazer alguns pequenos exercícios mudamos então pro papel algumas vezes agora estamos no tablet estamos na interação com computadores com smartphones né E essa essa interface toda gera uma mudança na cultura escolar no fazer cotidiano das
suas escolas a a forma com que a gente organiza os espaços os nossos tempos as nossas carteiras a relação com o professor com o tutor com os colegas tudo isso tá passando por transformações e o nosso fazer docente se encontra em cheque se encontra em desafio porque tradicionalmente a gente foi educado por um tipo né específico de de fazer docente de interação em sala de aula e agora a gente tá se deparando com uma uma um momento histórico diferente daquele que a gente foi enquanto estudante Então como ser professor no mundo atual como trazer essas
novas tecnologias sem que a gente também perca aquilo que foi essencial para nos trazer até aqui por exemplo a empatia por exemplo o pensamento complexo a leitura profunda Então acho que fazer essas incorporações em parte são são testes são eh tentativas de alguns professores que vão compartilhando seus saberes até que isso se torne mais naturalizado mais seguro de de fazer esse movimento mas também essas pesquisas como as que a gente tem trazido aqui nesse webinar né que são pesquisas que ajudam muito o professor a tomar suas decisões as escolas a tomarem as suas decisões Então
essa apresentação por exemplo eu fiz junto com uma plataforma chamada Gama essa plataforma chamada Gama ela gera imagens por Inteligência Artificial e isso me ajudou muito porque eu sempre gastava muito tempo fazendo curadoria de imagem Ah eu quero uma imagem para ilustrar aquilo essa outra para ilustrar outra e ali eu só escrevi os prompts e as imagens iam surgindo eu ia fazendo adaptações dos proms e as imagens iam surgindo eh Então para mim foi uma tecnologia que me ajudou a construir uma apresentação que transmite melhor o meu pensamento ou seja potencializa o meu fazer docente
mas outras tecnologias ao contrário prejudicam o fazer docente eu até costumo falar com com os meus alunos dessa dessas disciplinas de de tecnologia que eu falo tem soluções tecnológicas que parecem avanços tecnológicos mas são retrocessos pedagógicos por quê Porque colocam o aluno colocam o professor em posições que são do século passado que a gente do ponto de vista da pedagogia já ultrapassou Já estamos com outras concepções sobre o processo de aprendizagem Então não é possível que a gente crie Soluções tecnológicas aplicativos que T uma cara uma roupagem muito moderna e que na verdade tão ali
reduzindo esse processo de aprendizagem né trabalhando ali numa lógica de eh bonificação de vínculo de estímulo à aprendizagem com base em prêmios e não no melhor que é a aquisição do conhecimento é o contato direto com esse saber que alimenta o estudante que o constitui e isso é o vínculo mágico que tem na educação não é ganhar a estrelinha quando a gente termina de fazer um exercício né então como construir soluções tecnológicas que potencializem esses trabalhos todos ao invés de prejudicar o fazer docente e o processo de aprendizagem do próprio estudante então ah essas reflexões
Acho que são ainda muito eh instigantes e tão aí sendo construídas eu acho que a gente tem um desafio que é eh o ser humano em desenvolvimento entre esse mundo orgânico e o digital aqui eu Trago essa imagem eh em que aparentemente essas crianças estão juntas aprendendo né Mas qual é o nível de interação dessas crianças elas estão interagindo entre si ou intermediadas por uma tecnologia que é um foco único que limita a criatividade limita esse estímulo essa conversa esse diálogo entre eles né a educação acontece ali nas trocas na sociabilidade Então essas reflexões precisam
ser feitas eh para finalizar os meus livros impressos que eu fico falando aqui eh para vocês verem como eu gosto mesmo dos livros impressos Eu leio muito digitalmente mas fal que livro bom a gente tem que ler não empressa eh do maturana árvore do conhecimento ele traz um pouco essa perspectiva Como Nós seres da natureza e outras espécies também tem naturalmente este estímulo por aprender por buscar o conhecimento por se desenvolver é natural é biológico da nossa parte eh esse processo de desenvolvimento o o inverso é que é que é pouco natural né o não
aprender a apatia o não desenvolvimento que é o antinatural né Nós enquanto Espécie a gente é ávido por se adaptar por entender o nosso contexto absorver o que que tá acontecendo ao nosso redor E criando soluções a partir disso E aí culturalmente a gente criou ali uma outra camada eh diferente da natureza eh préa e e que a gente trouxe uma camada de complexidade e agora no mundo digital a gente Traz mais uma nova camada porque a gente abre mão da nossa corporeidade a gente cria uma Instância de diálogo para além né desse livro físico
para além do nosso encontro do encontro na sala de aula do espaço físico da escola então esses temas eu acho que vão precisar ainda ser muito mais desenvolvidos Para quê Para que a cultura escolar sendo parte da cultura de um povo e de um período histórico ela tem a obrigação de dialogar com esses objetos culturais e desse momento ela não pode se eh ver alheia essas discussões e falar Não não olha na minha escola aqui vai ser tudo proibido Eu não falo disso Isso é lá para fora a gente não pode se ver alheio disso
a questão é como como como a gente vai desenvolver isso nas nossas escolas ess esse diálogo essa interação a gente vai trazer aplicativo Em algum momento ou não a gente vai refletir sobre esses aplicativos a gente vai ter robôs qual que vai ser ess esse lugar de interação isso também é parte do projeto pedagógico da escola então a escola ela tendo um projeto pedagógico muito claro alinhado com os seus docentes com a com as famílias que pertencem a essa comunidade escolar ela também vai ter mais clareza de como tomar essas decisões o que que faz
parte ou não dessa escola dessa comunidade dessas crianças do aprender destas crianças específicas desse contexto a gente não tá falando de alunos genéricos de professores genéricos de um território genérico A escola é sempre localizada ela tem um lugar Um lugar físico ela tem interações que são com aquelas pessoas então o nível também de aquisição dessas tecnologias também tem que olhar para isso e aqui eu trago algumas referências eh esse aqui é um livro que eu coordenei junto com a Mari e Regina durante a a pandemia chama inteligência genuinamente humana em que a gente olhando pro
pra evolução da Inteligência Artificial na sociedade buscamos identificar algumas competências humanas que seguirão fazendo sentido mesmo em um mundo cada vez mais eh de interações com a inteligência artificial aqui a gente fala da inteligência e dessas competências de forma geral né Não especificamente para quem é professor mas esse outro livro do Fadel educação para a área da Inteligência Artificial já olha para as relações ligadas à educação na era da Inteligência Artificial como isso tá mudando a escola mudando esses componentes curriculares qual que é essas quais são essas competências mais significativas E aí recentemente a Unesco
também fez esse exercício e nos trouxe dois materiais muito valiosos que são as competências que os alunos e que os professores devem desenvolver nessa nesse mundo né de Inteligência Artificial e por fim né aqui pro Brasil algo bastante significativo que é a nossa bncc da Computação que traz esse olhar para como a gente pode trazer a computação a cultura digital a inteligência artificial nas várias fases da nossa educação e para já caminhar também pro nosso encerramento eu queria trazer essa perspectiva eh do que que eu acho que a escola Pode ser né diante desse diálogo
e dessa desses Desafios que a escola ela deve ser um lugar seguro para aprender e se apropriar do cultura digital e ser um lugar seguro pode significar algumas vezes isolar esse lugar dos recursos tecnológicos de forma temporária para introduzi-los de forma sequencial de forma cuidadosa de forma crítica aqui eh trago um pouco dessa perspectiva do makeer né a abordagem construcionista do papert que fala muito desse lugar do experimentar do fazer com as mãos do pensar com as mãos e aqui eu acho que para além dessa relação que a gente viu de complementariedade entre papel mundo
digital ou qualquer outro desses recursos eu acho que papel papelão os recurso os materiais reciclados de forma geral eles podem ser também grandes oportunidades grandes contribuições pro aprender da cultura digital então quando a gente pensa numa programação desplugada nessas primeiras interações eh das Crianças principalmente das crianças pequenas dos jovens a e esse esse fazer esse essa cultura Maker ela vai potencializar a aprendizagem digital o pensamento da programação o pensamento a robótica então todas essas eh competências podem ser desenvolvidas com outros materiais com outros recursos para daí sim essa introdução ao mundo digital para que né
a nossa inteligência humana que é um sistema orgânico e complexo se desenvol que se desenvolve a partir da dessas interações com o mundo para que a gente consiga fazer essas escolhas que vão moldar o nosso futuro vão moldar o futuro da Inteligência humana né como a gente viu ao longo dessa trajetória histórica a nossa a nossa mente tá sendo alterada a partir dessas interfaces então para que a gente consiga garantir que a ao ao tomarmos as nossas decisões individuais e coletivas a gente amplie o potencial humano ao invés de nos reduzirmos a seg ou caçadores
de likes muito obrigada pela atenção de todos vocês e a gente segue em contato obrigada obrigado obrigado pela sua presença Excelente excelente o papo com você e os participantes elogiando as três palestrantes dizendo da parabenizando a curadoria porque na verdade quando você assiste as três você a gente fica com uma visão bastante completa o que meou todas foi sempre a importância da leitura do livro físico desde a audre que colocou ali uma criancinha ali de bebê já foendo um livro para sentir o peso aquela coisa toda e aí Alguns leitores lembraram né que as livrarias
desapareceram as megas Stores mas tá surgindo muita livraria de bairro muitos empreendedores estão tentando seguir por um caminho alternativo e a gente tem hoje cantos de leitura eh por por várias regiões de do Brasil de São Paulo particularmente muito forte Então eu acho que é um novo novo caminho que o livro eh começa a trilhar e chegar na mão das pessoas onde a gente pode inclusive se inspirar então Eh livro leitura você assentou muito bem né desenvolvimento pensamento crítico que é o que vai nos distinguir e a busca da das várias dades como você bem
colocou então Eh nós encerramos esse webinar internacional de educação né abr livros redes educação tes Brasil e América Latina e foi patrocinado pela FTD educação pela Susana papel e celulos e contou com apoio institucional de várias várias instituições é um é um uma sopa de letrinhas e tantas abreviações que estão no site eu vou pular então agradecer a todos a equipe que durante um ano todo trabalhou para isso e dizer que no próximo ano a gente fala de novo quarto encontro Internacional e provavelmente Já tá trabalhando nisso será antecipado para o primeiro semestre Quem sabe
em abril Obrigado a todos que ficaram aí até o fim que nos que nos apoiaram com a presença e vamos contar com outros e para mais informações sobre educação www revista educacao.com.br Obrigado e um grande abraço a todos [Música] [Aplausos] [Música] C [Música] [Aplausos] [Música] [Música] C e [Música]
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