e lá brasil sou professor flávio machado licenciado em letras vamos continuar com as aulas de autores do modernismo e hoje em especial vão só do manuel bandeira é um dos meus poetas favoritos de todo o modernismo brasileiro comprar comigo [Música] lembrando a gente já teve uma aula aqui no canal com todas as características gerais do modernismo é imprescindível se assistir essa aula antes de falar sobre os autores estão assistir lá na pô se você não assistiu até hoje e vamos falar em especial do manuel bandeira mas vale muito a pena te garanto não poeta formidável
uma bandeira são poetas um distinto dos outros modernistas em especial por causa da sua doença tuberculose que adquiriu logo cedo e o impacto que essa doença vai trazer para a vida dele né a tuberculose ver que ele um físico né então ele se auto-intitula é conhecida então inclusive como um físico profissional quer um é como se ele vivesse dessa doença que ele tem porque ele queria ser por exemplo arquiteto e não conseguiu o terminar os estudos eu conseguir viver a vida que ele desejava viver a doença mas curiosamente tive uma vida relativamente longa é é
bom de pensar aqui e manuel bandeira ele destrua porque ele começa ali com os traços um pouco parnasianos e depois ele rompe completamente com esses ideais e começa a fazer uma poesia que é social o certa maneira já já explico mas quem vai retratar a a beleza as coisas mais simples do cotidiano assim como tivemos lá e parte do amaral tela pintura em tela paisagem cotidiana brasileira mas eu maneira vai mais afundo em cima nas coisas mais banais mais triviais da vida é que desperta o desejo de beleza de viver de alegria que lhe desperta
várias sensações aí não só nele mesmo assim quem tá quem tá dentro porque o eu lírico dele e ele se confundem completamente já que toda a vida dele essa experiência em clínica e a doença vão afetar profundamente a sua poesia a gente vai ter como linguagem como todo bom modernista claro linguagem simples e coloquial mas numa nova bandeira em especial clube significativa tudo que ele fala tem múltiplos em eu estou na poesia dele muito interessante para o sentimento do mar ao do comum do cotidiano do prosaico do dia a dia do mais simples sentimento até
o mais complexo ele é despertado na vida comum era corriqueira dos brasileiros vai falar muito claro já comentei aqui sobre a própria doença tuberculose na metalinguagem uns portas mais metalinguísticos da primeira geração e vai falar muito sobre o próprio fazer foi a frase mais mais célebre vamos dizer assim de manuel bandeira é não quero mais organismo que não é a libertação tô cansado lirismo comedido do organismo dos escritórios daquele mesmo que tem que me adicionar para a palavra chique não eu quero um organismo que a liberdade eu faço os versos do tamanho que eu quero
eu escrevo os versos com rima só se eu quiser eu vou fazer descansarem métrica sócio acha necessário eu tenho liberdade lindo que eu tenho liberdade fazer o poesia nova experimentar inovadora e muito a e muito cotidiano é muito pelas arcas mas a partir disso atingir um nível de significado a mente levado muito confundido com a morte aparece a sam e às vezes até um certo inconformismo também a figura da morte faz parte da cabeça do manuel bandeira inclusive associada ea solidão e angústia tudo por causa tuberculose que o afastou de muita coisa para ele era
indispensável para ter uma vida te faço boa tá então ele vai aprendendo ao longo da transformação link que poética de lidar com a doença de maneiras distintas inclusive de comer tratar a doença ea morte na própria poesia e é claro a falar um muito da sua infância que foi drasticamente prejudicada pela tuberculose e ele vai atingir em todas as poesias ele praticamente valores universais são poemas da década de 20 30 e 40 mas que são poemas que vão de alguma forma que despertar uma certa identificação você vai se ver em manuel bandeira pelo menos eu
espero que isso aconteça os valores deles são extremamente universais serve para qualquer época até hoje e vamos continuar servindo com o passar dos séculos a gente fazer então análise das a fazer vamos começar com poema mais famoso no meu bandeira que é vou-me embora para passárgada quem aqui nunca ouviu falar de passar a terra onde é tudo e o poeta deseja a tudo aquilo que ele não encontra na vida dele veja vou-me embora para passárgada lá sou amigo do rei lá tem a mulher que eu quero na cama que escolherei nesses lugar né maravilhoso vou-me
embora para passárgada aqui eu não sou feliz recebe essa angústia do dever faz a doença lá a existência é uma aventura de tal modo inconsequente que joana a louca de espanha rainha e falsa demente vem a ser contraparente da nora que nunca tive me diz agora como ele manifesta seu desejo de coisas que ele não poderia ou aliás ele não pode fazer durante a infância e como farei ginástica porque a tuberculose ataca os pulmões a falta de ar na área de bicicleta montarei em burro bravo virei no pau-de-sebo tomarei banho de marra quando estiver cansado
deitado na beira do rio mando chamar a mãe-d'água para me contar histórias que no tempo de um menino rosa vinha me contar olha quanto esta prosaico como sair do dia a dia em passárgada tem tudo é outra civilização tem um processo seguro de impedir a concepção vão passar dadá maravilha tem telefone automático tem alcaloide à vontade tem prostitutas bonitas para gente namorar e quando tiver mais olha como é que vende um uma alegria de olho furinho não é o calor edital para pouco e aí dá um choque quando estiver triste mais triste mas se não
teve jeito quando de noite me der vontade de me matar olha que mudança extrema que mudança radical lá sou amigo do rei terei a mulher que eu quero na cama que escolherei um bora passar a saga então essa fuga do poeta da realidade que incomoda que oprime tu destrói todos os dias essa doença que eu percebe que o persegue perdão e o impede de dizer a vida da maneira que ele mais gostaria para mim esse é um dos poemas que eu mais admiro meu predileto uma maneira talvez ele é tão prosaico ele é tão cotidiano
que ele me desperta uma sensação assim muito agradável inclusive uma namorado aparece na verdade é um diálogo ele nem tem estrutura de um sonho lembra que ele quer organismo que a libertação então nem entendendo estrutura de poema ver rapaz chegou-se para junto da moça e disse antônia ainda não me acostumei com e com a sua cara a moça olhou de lado e esperou você não sabe o que a gente a criança de repente ver uma lagarta listrada a moça se lembrava a gente fica olhando a meninice brincou de novo nos olhos dela rapaz prosseguiu com
doçura antônia você parece uma lagarta listrada a moça arregalou os olhos e fez exclamações rapaz comprou eu antônio você é engraçada você parece louca acho que é impossível expressar mais amor do que dessa maneira do que comparar a essa essa música amar essa mulher amada um com um inseto tão inusitado com criatura tão inusitada tão diferente tão é tão fora do comum é tão fora do padrão do romantismo por exemplo me causam sensação interessante antônio você parece uma lagarta listrada muito bom último poema que difere completamente qualquer coisa que você conheça com poema ele dialoga
ali no limiar o limite do que é um poema do que é um texto jornalístico seja ele é quase que tem acontecesse múltiplos gêneros combinado não é uma intergenericidade a gente pode dizer assim nesse poema que tem um título já revela poema tirado de uma notícia de jornal é transformar o dia a dia o cotidiano um exemplo de um jornal de noticiário em poesia é como se a própria vida fosse poesia de fato é por isso que eu gosto tanto de manuel bandeira ver joão gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da babilônia
quando tem essa chave assim assim embaixo é porque o verso ele não como na linha então tive que descer ou a editora teve que descer essa frase de joão gostoso até o morro da babilônia era apenas se veste era para ser um verso único tá por isso que ele tá com esse tracinho aí ele fica deslocado a parte que faltou foi deslocada até o fim da linha para você não sabia porque tá assim agora você aprendeu joão gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da babilônia num barracão sem número oi boa noite ele
chegou no bar vinte de novembro bebeu cantou dançou depois se atirou na lagoa rodrigo de freitas e morreu afogado a série a transformação esse personagem é quer dizer ele pegou a notícia que o cara se matou e transformou ela narrativa poética eu tentei extrair ali alguma poesia desse evento trágico um de interessante muito muito manuel bandeira inclusive na época chamar este poema era quase uma afronta os conservadores aos parnasianos etc esse poema testamento para mim é também um dos mais excepcionais e talvez mais triste sair do manuel bandeira ao contrário presente namorados que já tem
uma pegada muito mais alegre testamento é ele falou sobre ele mesmo e a maneira como ele viveu a própria vida veja o que não tenho e desejo é que melhor me enriquece você me dá um grito ele viu daquilo que ele não teve de poesia dele surgiu daí tive o dinheiro dos perdidos de amores esquecidos mas o maior desespero rezei ganhei essa preste essa prece até arrepia essa prece é a própria poesia dele é o próprio fazer poético e terras da minha terra outras terras andei mas o que ficou marcado no meu olhar fatigado esse
olhar fatigado de um vai usar muito essa expressão tá foram terras que inventei perder eu ficou marcado nele para as pernas que ele tentou você conhece uma das terras aqui no meu bandeira inventou o que é passada eu vou-me embora para passárgada que a gente viu agora porque o meu lacinho para gente seguir caminho tudo aqui no mesmo slide não faço versos de guerra não faço porque não sei mas um torpedo suicida darei de bom grado a vida na luta aqui no meu treino é o filme desde o menino para arquiteto meu pai hoje tem
um dia saúde e fiz-me arquiteto não pude só o poeta menor eduardo saindo um pouco de tudo aquele olhar fúnebre de novo testamento do manuel bandeira para um poema mais alegre também muito interessante que porquinho-da-índia o nome já revela o cão ele é voltado para a infância de uma obra da tarsila do amaral aqui no fundo para ilustrar também para ficar mais bacana dele quanto quando eu tinha 6 anos fica o romantismo interrompendo aqui o romantismo ele tinha aquela visão da infância muito idealizada né do lado da setinha ali na segunda geração a fuga para
a infância com os poetas não sei se você se recorda na aula que a gente fez aqui no canal sobre o romantismo gerar vocês tem uma porta da infância casimiro de abreu ai que saudade da aurora da minha vida da minha infância querida que os tempos não trazem mais é porque eu vou olhar mais melancólico mas o código da infância manda a bandeira ele é mais para usar com mais cotidiano ele é mais direto sobre a infância veja porquinho-da-índia eu tinha seis anos ganhou um porquinho da índia e do oi coração me dava o teu
bichinho só queria estar debaixo do fogão e vá vem para sala para os lugares mais bonitinhos mais limpinhos ele não gostava iria estar debaixo do fogão não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas o meu porquinho da índia foi minha primeira namorada eu quero ter gostado da aula aprendido um pouco mais sobre o modernismo tudo manuel bandeira aqui para menos coisas mais interessantes de toda a geração da primeira em especial mas todas as outras também é claro como sempre bons estudos e até a próxima valeu e