o Olá Sejam todos bem vindos Eu sou professor as leis Barbosa aí no vídeo de hoje eu vou falar sobre conhecimento prévio na leitura a partir principalmente mas não apenas as considerações de Ângela kleiman contidas aqui na obra texto e leitor aspectos cognitivos da Leitura obra fundamental que já apresentei para vocês em outros momentos em que traz como tema inicial né no seu primeiro capítulo esta questão do conhecimento prévio que para mim é uma das mais importantes no que diz respeito à leitura tanto de um modo geral Quanto Mais especificamente e literária por isso que
eu vou tratar aqui dos dois aspectos e se você se interessa por conteúdos assim você que é estudante de letras professor de língua portuguesa com apenas um apaixonado pelos estudos da linguagem não deixe de se inscrever no canal e ativar o Sininho das notificações para que você sempre seja informado quando novos vídeos foram publicados Além disso curta o vi a festa é uma forma de você mostrar que está gostando do meu trabalho então bora lá e caso você se interessa por adquirir o livro de clayman eu vou deixar aqui na descrição do vídeo o meu
link de afiliado da Amazon para que você vai lá deu uma olhada e se for o caso que compra através do meu link pois esta é uma forma de você ajudar a manter o canal é preciso que sempre nos lembremos que a interpretação de um texto a construção de sentidos de um texto ela não se dá a partir de um único fator e muito menos a partir de fatores unicamente textuais ou seja por mais que o texto seja relevante enquanto produto de uma subjetividade enquanto produto de uma relação com o mundo em uma vivência Ou
seja que traga em si as marcas do autor e por melhor que seja esse autor na construção de sentidos por melhor que seja esse autor na criatividade na forma como nos Encantam o surpreendo com sua escrita um texto não vai parar unicamente na estrutura do papel ou seja lá em qual suporta ele esteja publicado o texto só se realiza plenamente com a leitura afinal de contas é para isso que nós descrevemos para que os nossos textos sejam lidos e principalmente para que os nossos textos sejam compreendidos mas escrever mus para nos comunicar com outras pessoas
nós escrevamos para interagir é uma forma de atuar em relação ao outro ou aos outros a sociedade de um modo geral e Ângela Klein já começa o seu Capítulo 1 aqui da obra texto e leitor chamando a atenção para o fato de que é mediante a interação de diversos níveis de conhecimento como o conhecimento linguístico o textual o conhecimento do mundo que o leitor consegue construir o sentido do texto que vocês percebam que cada um desses tipos de conhecimento e se relacionar com diferentes tipos de experiências pelas quais o leitor vai passar ao longo de
sua vida tanto a escolarização formal que ele dá muito do acabou se necessário para utilizar bem o conhecimento linguístico no momento de interpretação utilizar também o conhecimento textual que é o segundo nível é mas também a sua relação com o mundo com a família com a sociedade em que vive o ambiente cultural em que está inserido porque isso aí vai estar presente de forma muito significativa no conhecimento de mundo aquilo que também é conhecido como conhecimento enciclopédico e que corresponde a coisas que extrapola em muito a pura e a mera superfície textual no ano e
todo o conhecimento linguístico autora vai chamar a atenção para aspectos como pronúncia conhecimento do vocabulário e regras da língua chega o conhecimento sobre o uso mesmo da língua então aí que vai estar toda a noção do leitor a respeito de gramática a respeito de léxico e vocabulário o conhecimento textual ou seja o segundo tempo de conhecimento que a autora traz em seu livro ele já vai um pouco além da estrutura meramente linguística né a regras gramaticais a formação de enunciados frases nós temos aqui questões bem mais amplas por exemplo como a tipologia textual a distinção
entre um texto narrativo um texto descritivo um texto expositivo e eu como que compreender isso é importante para interpretação de um texto eu diria já pensando em toda a contribuição posterior que veio em relação à época em que ela produziu esse livro conhecimento de gênero os eixos de gênero foram se aperfeiçoando ao longo principalmente do fim do século 20 e agora início do Século 21 e a ser a estrutura do gênero textual em que aquele texto está escrito foi produzido e o terceiro tipo é realmente o conhecimento de mundo ou seja o conhecimento enciclopédico que
é o mais amplo de todos por que envolvem uma série de questões né envolve aí todo um aparato social e cultural que nós vamos obviamente conhecendo a medida em que vamos interagindo dentro da sociedade quanto mais vivemos quanto mais nos relacionamos com diferentes grupos com diferentes pessoas quanto mais experiências nós temos mais esse conhecimento enciclopédico vai se adensam nós enquanto professores temos que ter essa noção porque vai ser muito distinto aqui é muito distinta a carga de conhecimento enciclopédico que um aluno do ensino médio e um aluno lá do início do fundamental é terão porque
são experiências diferentes o aluno do em e eu já tem uma vivência fora do âmbito puramente familiar muito grande enquanto que o aluno lá do sexto ano é basicamente as relações deles são com a família com uma igreja ou coisa do tipo mas sempre muito resumidas com a escola em ser e percebam que o conhecimento enciclopédico ele vai muito além da formação oficial dentro de uma instituição de ensino né muitas vezes ele lida com conhecimentos que uma pessoa que jamais frequentou a escola consegue trazer e agregar aquela ela situação de produção ainda que ela não
leia mas dentro de um texto oral ela consegue interpretar muito melhor do que uma pessoa que nunca teve determinadas vivências entendo eu achei bem interessante o exemplo que ela usa aqui não exemplo que não é dela ela colhe de outros autores no caso aqui uma obra te dou Helena mas é um exemplo que eu achei perfeito como gemas para financiá-lo Nosso Herói desafiou Valente a todos os risos das dem osos que tentaram dissuadi-lo de seu plano os olhos Enganam desse ele um ovo e não uma mesa e que ficam corretamente esse planeta inexplorado Então as
três irmãs fortes e resolutas sairão à procura de provas abrindo caminho às vezes através de imensidões tranquilas mas amiúde através de Picos e vales turbulentos os dias se tornaram semanas enquanto os indecisos espalhavam rumores apavorantes a respeito da Beira finalmente sem saber de onde criaturas aladas e bem-vindas apareceram anunciando um sucesso prodigioso e aí você diante de um texto como esse você fica sem saber como começar a interpretação né quem é esse esse herói do qual se fala quem são essas é Nada Sem Fim bom até aí nós não temos o conhecimento prévio nós podemos
nos utilizar aqui tanto do conhecimento linguístico quanto do textual mas nenhum desses será suficiente para a correta interpretação do texto quando a autora traz a informação de que este texto trata da descoberta da América por Cristóvão Colombo aí a coisa começa a fazer sentido né o plano do qual ele fala era descobrir uma nova rota para a Índia é associar o mundo mais um ovo do que é uma mesa né o seja não uma Terra plana mas se uma Terra é redonda o medo dos indecisos né a tripulação a lei que temia chegar à beira
da terra e cair num Abismo né junto com a água enfim e as criaturas aladas como os pássaros né que chegam da terra e são avistados pelo navio e indicam que chegaram ali próximo da Terra Firme tendo conhecimento de Cristo e com Colombo né quem passou pelo processo de escolarização em que em algum momento já ouviu falar na questão da descoberta da da conquista da América por Cristóvão Colombo evidentemente a partir daí traz todo uma carga de conhecimento enciclopédico que facilita muito a interpretação deste texto que facilita muito a construção de sentidos por parte do
leitor em relação Este texto embora aqui ela não fale diretamente do professor mas é sempre importante trazemos a questão para o nosso lado né e refletimos sobre a importância do professor como condutor desse processo o professor como alguém que verificando que o conhecimento prévio dos alunos é em no maior ou menor grau consegue ou não auxiliar na construção do sentido para aquele texto é aí onde vem seu papel e auxiliar e orientar de intermediar a o acesso ao maior número de informações O que é essa carência ou não seja suprido eu não pude deixar de
associar muito do que eu fui lendo e muito do que eu fui refletindo é com o texto literário texto literário que eleva a níveis os mais inesperados essa relação do leitor com o texto e com os conhecimentos prévios e como os conhecimentos prévios auxiliam ou não muitas vezes na interpretação de um determinado texto quem me veio à mente a pergunta de um inscrito né que recentemente deixou um comentário aqui no canal Leandro a quem eu deixo meu abraço perguntando sobre como que eu realizo as minhas aulas de literatura né como que eu trabalho com a
literatura em sala de aula que eu falei para ele sobre a importância nova influência enorme que a estética da recepção tem sobre o meu trabalho sobre a forma como entenda a Literatura e sua relação com o leitor é e muita coisa a festa da recepção explora e sugere e enfim trata dentro de seus textos dentro de suas preocupações com a a relação leitor e texto casam com o tema do nosso vídeo de hoje eu falava para ele é respondendo ao comentário que eu exploro muito esse conhecimento prévio dos alunos a gente parte lá desde o
horizonte de expectativas né é tomando aí as considerações de piaus Roberto e aos desde o horizonte de expectativas né ou seja aquilo que o aluno traz como expectativa em relação àquele texto que ele vai ler o como que a leitura corresponde se aproxima ou se afasta ter-se Horizonte de expectativas a partir da experiência estética na experiência com próprio texto enfim a tudo isso tem muito a ver com a estética da recepção por isso que eu decidi falar um pouco também disso eu lembrei é da minha experiência aqui com o livro A lei a literatura eo
leitor textos de estética da recepção uma obra infelizmente esgotado aqui no Brasil organizada por Luiz Costa Lima e enfim contextos aqui de Hans Robert EA os organiza entre outros autores importantes da estética da recepção já não prefácio da obra né introduzindo muitas das considerações que vão ser trazidas à pelos outros autores Luiz Costa Lima nos diz que os textos e não só os ficcionais tão pouco são figuras planas mas ao contrário enunciados com vazios que exigem do leitor o seu preenchimento e Isa mais à frente no capítulo que lhe corresponde aqui dentro da obra nem
que tu lado o jogo do texto nos diz assim o texto é composto por um mundo que ainda há de ser identificado e que a esboçado de moda o leitor a imaginá-lo e por fim a interpretado levando em consideração essas noções tanto as traças e trazidas aqui Ângela kleiman quanto também as considerações da estética da recepção como todo eu chamo a atenção para o conhecido poema tirado de uma notícia de jornal e Manuel Bandeira Originalmente publicado na obra libertinagem João gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num Barracão sem número uma
noite ele chegou no bar Vinte de Novembro bebeu cantou dançou depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado é muito comum que algumas pessoas perguntam é mais em sua poesia como que nós vamos entender que esse texto é um poema é etc é lógico que ao escutar que o título do poema é poema tirado é de jornal O Leitor já traz um Horizonte todo de expectativas em relação a essa obra já constrói uma opinião sobre o que ela vai vai trazer como ela vai ser como ela vai trabalhar a sonoridade e talvez
tudo isso seja quebrado com a leitura do texto e no final as pessoas comecem a se perguntar ué mas isso é um poema uma notícia e eu lembro de um professor é que sempre dizia o seguinte qualquer coisa é poema quando o poeta diz que é uma placa pode ser um poema né e e a gente vê dentro da poesia moderna muitas vezes não é uma placa entra no livro de poesia vira poema assim nós gostamos ou não aí já é outra questão Eu particularmente não gosto né o próprio poema tirado de uma notícia de
jornal não está nem perto dos poemas de Manuel Bandeira que eu mais gosto mas é lógico que quando nós trazemos para a interpretação e o nosso conhecimento enciclopédico né Para contrapor com esse Horizonte de expectativas aí onde é a coisa começa a fazer sentido porque você vai entender que a poesia primeiramente ela tem uma certa liberdade então ela não necessariamente preciso corresponder às expectativas que nós temos tanto em relação a temas quanto em relação à estrutura textual enfim você também vai entender que Manuel Bandeira E aí trazendo também referências em relação ao autor em tudo
aquilo que você conhece sobre Manuel Bandeira você já vai entender se Manuel Bandeira e um poeta do período moderno né grande parte de sua obra é tem interferências tem influências do pensamento Modernista como um todo então já fica claro para você que você não vai encontrar um poema queimadinho nessa seriamente embora ele tenha podemos assim mas não necessariamente animado um poema com e é uma estrutura bem tradicional também não o seu conhecimento prévio também vai levar você a perceber que dentro da poesia moderna é comum se brincar com diferentes gêneros recortes de notícias de placas
de Publicidade tudo isso dentro de um texto se você já leu por exemplo Paulo Leminski você não ser surpreendi com esse texto aqui dentro de um livro de poesia se você aciona mais ainda o seu conhecimento prévio você vai entender que na verdade isso aqui não é uma notícia você vai ter a referência de como uma notícia se organiza é o gênero textual notícia aí você também vai trazer questões de conhecimento textual e não apenas enciclopédicos lembrando dos três níveis ali que Ângela kleiman trabalha você vai lembrar que uma notícia não se estrutura bem assim
em versos dessa forma que e você vai entender bom no fim das contas aqui Esse é um poema Isso me lembra muito a opinião de Hans Robert jauss não neste livro aqui mas em outro que também tá esgotado que eu não tenho aqui na época da um mestrado eu li o xerox né intitulado a história da literatura como provocação a teoria literária uma coisa em que ele diz que a grande chave da relação do texto com o leitor eu tô aqui é Lembrando que a gente não vou dizer as palavras exatas porque eu não tô
com a obra aqui mas a grande chave da relação do leitor com o texto está na forma como se relaciona todo o conhecimento prévio do leitor com a experiência que se dá na leitura daquela nova obra bom é justamente o que acontece com o leitor aqui quando se depara com o poema tirado de uma notícia de Jornal tendo tudo isso em mente a gente entende a importância desse conhecimento prévio o modo como o conhecimento prévio seja linguísticos seja textual seja enciclopédico contribui para a criação de sentidos no texto o modo como tudo isso é importante
de ser considerado não apenas dentro de uma obra não apenas por nós enquanto estudiosos da linguagem mas no nosso trabalho de professores para que possamos claro sempre explorar e isso do aluno chamar o aluno a participar do momento de interpretação chamar o aluno a participar da construção do sentido da obra Acredito que tenha sido relevante trazer algumas dessas considerações aqui é lógico que o ter o livro né de Ângela kleiman Ele tem muito ainda nos dizendo E eu vou trazer né outros vídeos sobre este livro mas acredito que esse primeiro capítulo já nos trouxe o
importantes questões a serem pensadas refletidas a respeito do trabalho com o texto em sala de aula que é o nosso grande o e se você gostou do vídeo Não deixe de entrar Caxias de comentar pois a sua participação é sempre muito importante para este canal agradeço muito pela audiência e até o próximo vídeo E aí [Música]