Café Filosófico | DA ARTE A CRIATIVIDADE | 30/06/2024

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Café Filosófico CPFL
No Café Filosófico desta semana, o curador e diretor artístico, Marcello Dantas conduz uma palestra ...
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k [Música] [Música] como a filosofia enquanto crítica cultural enxerga o nosso comportamento hoje obsessão pela felicidade obsessão por si mesmo uma tendência a produzir mentiras generalizadas né uma espécie de obsessão pela sua própria subjetividade eu sou o centro do mundo o que a arte tem a nos dizer arte é uma janela para você enxergar o outro né alguém aqui acha que arte é uma exclusividade da raça humana o pensamento racional inibe Nossa expressividade a racionalidade é uma forma dada ao pensamento que quer do pensamento que ele não se articule que ele não seja complexo quer
que o pensamento seja uma linha de raciocínio já se viu produzir linhas sem excluir onde encontrar a alegria genuína no mundo de tantas idealizações é simplicidade é não precisar de muito para ser feliz se você precisa de muito é que você pouco reconexões com o contemporâneo tema desta série do Café Filosófico durante séculos a humanidade focou em desenvolvimento e Progresso perdendo sua conexão com a natureza sem se preocupar com os danos que essa desconexão geraria ao planeta nos colocamos Acima das outras espécies hierarquizam nossa relação com os mais seres vivos de que forma podemos rever
nossa ideia de progresso no sentido de integrar os vários reinos que habitam a terra estamos dispostos a abrir mão do nosso reinado a arte é capaz de provocar o movimento rumo a essa transformação artistas e suas obras nos convidam a abrir o nosso olhar e ampliar a nossa forma de pensar a agenda principal do planeta hoje a gente buscar formas sustentáveis de poder conviver eh dentro dessa máquina que ao mesmo tempo tem que ser capaz de abrigar a espécie humana e todas as outras espécies e a base do problema que a gente vive é que
a gente tem um modo colonial de pensar de que a gente precisa conquistar eh o terreno conquistar Os territórios ocupar os espaços controlar as espécies explorar as coisas eh e os outros seres na medida do possível em nome de um antropocentrismo ou seja nós somos o centro aquilo que justifica eh a vida no planeta isso eu me dei conta que a gente tem um erro essencial nisso eh a primeira pergunta que eu faço é Qual espécie desse planeta sentiria falta no caso da extinção da raça humana agora Qual espécie desse planeta iria sentir falta da
extinção das abelhas tem um problema hierárquico nisso seja de uma hora para outra a gente entende que se a gente desaparecer do planeta tudo vai continuar bem melhor até do que está Mas se a gente tirar as abelhas do planeta você quebra todo o sistema de que sustenta se você tirar as formigas do planeta você acaba né com a forma eh de existir e isso me me fez Colocar assim tem tem uma necessidade que a gente tem que ter de tentar pensar esse diálogo esse diálogo em entre a nossa espécie e as outras espécies até
para que a gente justifique a nossa presença e que a gente possa entender a intenção dessas outras espécies isso tudo parece muito absurdo até a hora que a gente tem um Advento de uma tecnologia essencial que pode mudar tudo nesse jogo Que chama-se Inteligência Artificial uma tecnologia que é capaz de aprender a linguagem dos outros seres e você poder ser ativo num processo de conquistar a compreensão entre um campo do conhecimento e outro vamos entender uma coisa assim alguém aqui acha que arte é uma exclusividade da raça humana arte é uma invenção humana você algum
dia ouviu o canto dos pássaros você não pode afirmar isso né se você entender o que que é a arquitetura criada por abelhas formigas e vários tipos de insetos cupins você vai entender que tem uma sabedoria e um conhecimento eh ali dentro muito grande e e e expressões de afeto e expressões on tudo isso que na realidade é a matéria prima da arte e trauma né e dor sentimento todas as coisas por que que a gente é tão impermeável a entender que essas coisas podem ter uma zona de fricção e uma zona de diálogo muito
rica e eu sempre entendi que existe um tabu no território do museu né existe uma palavra proibida dentro dos museus que é aquilo que é orgânico aquilo que é Vivo né aquilo que é biológico é quase como se fosse e uma arma nuclear para o museu E aí você entende poxa tem alguma coisa de errado ou seja existe um tabu dentro daquilo que é a zona de fricção mais rica mais potente né os museus não podem aceitar a presença de um fungo por exemplo né que é algo que em si assim existem poucas esculturas no
mundo que podem ser mais esteticamente elaboradas do que um cogumelo por exemplo né Eh e formas de expressão e de cor de vida e de transformação e praticamente todo o mundo da arte é pautado por uma necessidade do capitalismo de eh dar valor às coisas dentro da longevidade então ou seja arte funciona no mundo como uma forma de você eh pegar o dinheiro que a gente sabe que é uma coisa corros né E transformá-lo numa coisa que vai ter valor projetado no tempo então para isso ela espera da arte a estabilidade Ou seja a arte
vai ser quadros a óleo Ferro coisa pedra coisas que de alguma forma terão estabilidade através de longo período do tempo isso não tem nada a ver com Arte isso só tem a ver com capitalismo só tem a ver com a necessidade de você projetar valor em alguma outra coisa arte na realidade é aquilo que é dinâmico aquilo que é Vivo aquilo que toca as pessoas e essencialmente como toda e qualquer expressão de vida algo que se transforme ou seja arte existe para transformar as pessoas e também para se transformar enquanto processo e a gente tenta
o máximo que pode em função de atender as demandas do capitalismo é da gente querer criar arte que seja estática parada não mutável eh e aí surgem de repente um diálogo que é um diálogo que é antigo entre arte e ciência que a história da arte e da ciência se converge em vários momentos mas dois Campos esses dois Campos a arte e uma parte das ciências que é Biologia Conversaram muito pouco em toda a história ou seja a arquitetura conversou com a matemática que conversou com eh com a química com vários Campos mas a Biologia
sempre esteve meio que ao Largo da história da arte porque ela não atendia a essa demanda e eu acho que isso abre um um um território muito muito rico porque arte e ciência se relacionam a partir de um princípio que é a ideia da curiosidade né a motivação de arte e ciência se dão a partir dessa curiosidade e as as ferramentas que a gente tem para de alguma forma fazer algo realmente especial são as ferramentas que permitem que a gente seja investigador né que a gente vá olhar alguma coisa dentro de um sistema que seja
dinâmico né e o sistema biológico é profundamente dinâmico Esse é um caso que eu adoro que é um vocês conhecem as revoadas de pássaros né e todo mundo sempre achou que os voos dos pássaros ou eram uma forma de comunicação entre os pássaros ou eram randômicos mas eles fazem o mesmo padrão né de alguma forma e os cientistas observavam os pássaros por um período de tempo e não conseguiam encontrar esse padrão a partir de um certo momento um estúdio de arte estúdio drift na Holanda decidiu observar esses padrões por tempos muito mais longos e descobriu
que sim pássaros de vários cantos do mundo tinham padrões de voos que se repetiam apenas que com amplitudes muito maiores do que que as pessoas observavam né E aí você entende que na realidade eles estavam fazendo uma coreografia que tá ensaiada dentro do DNA deles ou seja você precisa aceitar que isso estava inscrito dentro dos Pássaros e que eles estavam fazendo dança isso vale para vários seres Ou seja quando você vê como a arquitetura de Formiga se repete e se adapta e se constrói como eles eh edificam aquilo de com uma com uma sabedoria tal
que você precisa entender que aquilo é uma expressão artística sim que tem uma intenção que tem uma intenção estética que tem uma estabilidade que tem também a sua capacidade de transformação a arte é dessas coisas que como ar ou solo estão por toda a nossa volta mas que raramente nos detemos para considerar pois a arte não é apenas algo que encontramos nos museus e nas galerias de arte ou em antigas cidades como floren Roma a arte seja lá como definimos está presente em tudo que fazemos para satisfazer nossos sentidos no próximo bloco A gente decide
agora então que tudo bem a gente não vai deixar de ser colonialista a gente vai só colonizar outros outras esferas outras criaturas o nosso ato exploratório escravocrata e tudo mais vai se transferindo até que ele vai chegar na robótica o dicionário define conviver como viver em proximidade possuir convivência é ter uma vida em comum é esse o sentido que nós humanos Estamos dando ao conviver não apenas entre nós como sociedade mas com as demais espécies da natureza somos capazes de observar respeitar e aprender com os outros vivos que habitam o mesmo planeta que nós a
palavra especial ela vem de esp que quer dizer espécie né aquilo que é especial aquilo que pertence a alguma espécie que tem um jeito que tem uma aparência que tem uma forma que tem uma estética né Ou seja a palavra espécie e estética estão de alguma forma ligadas juntas as espécies carregam com elas uma ideia de estética uma ideia de visualidade uma ideia de são 8,7 milhões de outras espécies no mundo Pelo menos é o que a gente estima né pode ser tem pessoas que falam em 30 milhões mas 8,7 milhões de espécies é bastante
espécie é bastante outras pessoas outros seres né ocupando esse nosso espaço e e todo dia a gente se decide eh fazer o uso né da vida ou da energia de uma outra espécie para o nosso bem né e quantas vezes a gente pensa em fazer algo em função desse outro ser ou seja Quantas vezes a gente cria né nessa forma e quantos artistas na realidade tiveram essa iniciativa alguns muito importantes quer dizer Joseph Boys tem um caso que eu que eu eu amo né que é o i like America and America likes me né que
é quando ele se tranca dentro de uma Galeria né com um lobo vivo selvagem também Trancado na galeria e os dois têm que ficar lá dentro até que os dois se entendam né primeira proposição um artista gigante como Joseph Boys né que faz um ato absolutamente simbólico de você se colocar em perigo de vida assim assim como o o o lobo também estava em perigo de vida porque também se o lobo atacasse ele alguma coisa poderia acontecer ao Lobo também né ou seja mas o confronto e a situação entre dois seres Na tentativa deles trancados
dentro de uma galeria ficando Dias juntos até que eles se pacifiques isso é a verdadeira Fronteira o nome do Lobo Era americaa por isso que fala i like America and America likes me né Eu gosto da América e a América gosta de mim América no caso é o lobo né e é uma pacificação dele com a história dele com a América mas também a pacificação dele com os outros seres isso vale para como como a metáfora de que cada um de nós assim assim a gente não tem a menor dúvida na hora de pisar em
cima de uma formiga ou matar uma mosca ou passar um inseticida ou de alguma forma se sentir ameaçado pelo que for a gente entende que é do nosso direito né tirar a vida de outros seres e não e colaborar com eles o grande desafio é dizer como é que artistas hoje estão fazendo pelo mundo formas eh colaborativas de arte eu vou tentar ilustrar isso para vocês eu tenho como curador eu hoje em dia já nos últimos anos eu tenho todas os as vezes que eu me encontro com um artista eu faço uma provocação e a
provocação é você é capaz de criar uma obra de arte que seja relevante a pelo menos uma espécie além da sua para muitos iso tem sido um grande uma grande inspiração né a vontade e o desejo de você criar alguma coisa que seja capaz de falar com algum outro ser basta uma outra espécie né basta que você Mande um Sinal né para isso eh eu agora a gente fez um museu no México O spheric que é um museu que é construído no meio da selva e o museu não tem portas né Ele é totalmente aberto
as as plantas vivem dentro e parte do público que a gente tem dentro do Museu são iguanas eh borboletas eh abelhas tudo aquilo que existe lá e a gente fez como Mandato do museu que a gente tudo que a gente fizesse levasse em conta né que esses seres também são público também são audiência que as obras precisam ser permeáveis a eles e de alguma forma eles eles precisam eh conversar com esse universo eu acho que apenas o Ato da gente aceitar esse desafio né e Reconhecer essa importância já é um ato extremamente transformador porque muda
a atitude colonialista que a gente tem em relação as coisas é muito engraçado assim a gente entra nessa era a Grande agenda do mundo cultural atualmente é o mundo decolonial né precisamos descolonizar tudo tirar tudo e fazer só que a gente na realidade apenas transfere de uma coisa para outra é é um sistema de escalas né então a gente decide agora então que tudo bem a gente não vai deixar de ser colonialista a gente vai só colonizar outros outras esferas outras criaturas o nosso ato exploratório escravocrata e tudo mais vai se transferindo até que ele
vai chegar na robótica né e a robótica pode ser o nosso próximo escravizado até o dia que ela se rebele né E a gente vai ter que desr robotizar o mundo porque em algum momento esse essa entidade da robótica ela vai ter uma inteligência e uma consciência própria e a gente vai ter que lidar com essa Fronteira também né Essa ciência vai se transformando a inteligência parte do desafio da Inteligência Artificial É exatamente esse ela criar uma onisciência e uma consciência que pode levar a gente para uma para uma outra esfera né aonde uma nova
revolta surge por outro lado tem uma coisa engraçada que o mundo da arte não vive sem as outras espécies se você pensar quantas sinfonias quantos quantas músicas quantas pinturas foram feitas inspirados em outras espécies em que a gente vai lá beber nelas na fonte para para poder fazer arte pra gente então a história é será que a gente não pode trazer eles para o campo da criatividade criar uma base de diálogo né Eh e uma base que seja colaborativa que a gente seja capaz de ser permeável à expressão desses outros seres tem uma tem uma
citação boa aqui que usou semiótico dáo Martinelli ele sugere que tudo na natureza é significativo existe em função biológica para qualquer coisa também para a recepção da arte o que marca a diferença entre comer e ouvir a versão de Von Caran de É principalmente uma questão de níveis o ato de comer certamente satisfaz uma compulsão biológica mais direta e urgente fome enquanto o desejo de ouvir a performance de Von Caran é menos Óbvio na sua função biológica uma obra de um artista que eu adoro que é um dos artistas que mais entenda dessa relação Isso
é uma escultura criada em colaboração por ele e as abelhas essa cabeça é feita pelas abelhas né o corpo é dado por ele e a cabeça é feita pelas abelhas as abelhas estão vivas dinâmicas e ocupando e vivendo nessa Colmeia criando uma correlação entre que artista e eh a outra espécie estão criando juntas né esse campo da arte hoje chama-se bioarte né é arte com muita fricção com Muita criatividade mas que tem uma enorme dificuldade de penetrar aos museus e uma enorme dificuldade de ser absorvida pelo mercado porque ela não tangibilização né por isso que
eu acho que ali tem um território extremamente fértil Ou seja quando ela é Ela tá Desprovida do do da da sua função institucional e da sua função comercial e ela precisa acontecer dentro do campo natural então a gente precisa talvez mudar a fronteira mudar os espaço mudar a forma de fruição e de consumo da arte para uma forma de fruição que permita que a gente seja inspirado dentro muito mais do espaço natural né do mundo natural levar a arte para a natureza do que a gente eh quererem clausura ou enjaulada da dentro do sistema institucional
que a gente tem a gente pode trabalhar no campo dos animais Mas a gente pode também trabalhar no campo das bactérias que são extremamente colaborativas e capazes de fazerem coisas incríveis ou dos fungos né ou dos vírus né todo esse campo eh desafia completamente o que você pode entender do que a arte pode ser em que dimensão ela ocorre né só a gente poder pensar que a gente pode pensar em arte acontecendo no nível bacteriológico que você tá endereçando num micro universo uma coisa que vai transformar e não me digam que isso é irrelevante para
o ser humano a gente acabou de vir de uma pandemia que é uma coisa que aconteceu nesse nível da semiv visibilidade um dos maiores desafios fos da arte é exatamente tornar visível aquilo que é invisível né você não pode negligenciar a importância por exemplo de um código genético de um vírus para mudar a sua existência Então por que que isso não seria relevante também para o Mundo da Arte tem uma outra artista que tá fazendo um trabalho SAS interessante o nome dela é NY oxman e ela decidiu trabalhar com o a colaboração entre impressoras 3D
e bichos da seda Então os bichos da seda produzem a seda e a impressora 3D trabalhando com os bichos da seda são capazes de produzir materiais que são materiais inéditos que permitem formas e levezas e e eh que a gente não conseguiria conceber de outra forma ou seja o bicho da seda é um ativo fabricante da obra né com com a com seus elementos e sua identidade e o ser humano cria algo que pode ser a gente vê a importância né de todos esses conhecimentos que os animais e as plantas guardam para a nossa existência
você não pode ser negligente com essas mensagens que estão sendo aí e e atenção para um dado curioso esse processo de distanciamento da natureza é um processo não muito antigo na humanidade é relativamente recente em que a gente foi se se artificializado cada vez vez mais é século XIX pro século XX né é de certa forma quando a gente tem a conveniência da eletricidade que a gente se distancia por exemplo dos ciclos de luz do dia e da noite né que permitiam que a gente observasse as estrelas né todo mundo e não era um privilégio
observar as estrelas né ou observar o som da noite ou o som das cigarras ou as coisas Tod isso não era um privilégio isso era uma condição você era Obrigado quando quando o sol se punha você tinha que se recolher para aquilo que você era capaz de lhe dar e com o advento da eletricidade pelo planeta a gente foi artificializado artificializado ar oficializando a vida e ficando cada vez mais distante desses impulsos mas isso tem cento e poucos anos gente para uma história né de homo sapiens de 200 e tantos Mil Anos eh a gente
teve muito mais tempo para ficar próximo é que as gerações nossas e dos talvez duas gerações antes da nossa três né que foram ficando cada vez mais longe eh desse dessa observação e a gente foi Vivendo uma vida cada vez mais sintética e e consequentemente menos conectada não tem jeito da gente voltar atrás mas a gente não pode abandonar esse conhecimento ancestral nessa história de conhecimento ancestral a gente fez uma exposição no México também agora que tinha algo de curioso que era dois indígenas eh Jesuítas 1568 fizeram um cdit chamado Cruz badiano era esse nome
era Cruz e badiano o que que eles sabiam que cada planta fazia Muitas das coisas que nós consideramos ervas daninhas eram na realidade preciosíssimas plantas para curas para as pessoas logo que eu abro o livro esse livro ficou durante 450 anos era uma cópia única ilustrada à mão com todas as anotações escrita em latim ficou durante 450 anos no Vaticano ele só foi lançado a público no ano de 2020 o Vaticano Manteve isso como um livro secreto e você vai entender por aqui é uma das primeiras páginas do livro tem um remédio né que é
uma planta para curar o medo e qual é a matéria prima da igreja o medo né o medo faz parte da de toda a estrutura né de funcionamento da coisa então você de repente tem um livro cuja nas primeiras páginas você ensina a como você curar o medo isso é altamente e é estranho você pensar que uma coisa com um conhecimento sistematizado organizado por pessoas comilidade científica e com conhecimento para aquilo seja guardado durante tanto tempo né inacessível nunca duplicado nunca replicado faz parte desse processo de distanciamento no próximo bloco arte não é uma invenção
humana os passarinhos estão cantando e fazendo música Há muito mais tempo as famílias estão fazendo arquiteturas impressionantes e as abelhas fazendo obras inacreditáveis há muito mais [Música] tempo quantos de nós sempre acreditaram que a arte era uma criação exclusivamente humana a nossa desconexão com as outras espéces nos fez deixar de enxergar a estética a beleza a Musicalidade e a complexidade presentes na arte da natureza arte que se tornou invisível a nós no entanto é através da obra de artistas contemporâneos que TM Esse olhar que podemos curar essa cegueira Ainda precisamos aprender a investigar os saberes
por trás de cada ser vivo quem não tem uma teia de aranha em casa mas todo mundo vai lá e passa uma vassoura em cima da Teia né sendo entendendo que aquilo ali é uma obra de arte né e o Tomás tá sendo fez de fato ele desafia isso se isso aqui são esculturas criadas por aranhas que são vendidas dentro do mundo das Artes e a pessoa tem que aceitar que ela vai comprar uma escultura que se alguém passar uma vassoura ela vai deixar ela vai deixar desistir então que você tem que de fato preservar
aquela identidade por incrível que pareça o mata de aranha é bastante robusta né se você não passar a vassoura ela pode ficar lá por muitos e muitos e muitos anos né ela tem uma uma longevidade linda e ela tem uma estética que é fascinante you don't know really How They come to be from where they enter people Ask how you feed Spiderman Ask The Question back how you fe The Spider Your Home people Nobody Knows Spiders here have a Safe Heaven not been Killed By pesticides on the mass exion I kind of like the Idea
that Spider to occup Part of the building kind of Change how we work we take care of [Música] que o lindo disso é a gente pensar que ou seja criadora da forma é uma aranha e a aranha cada Aranha constrói e a sua teia com um exoesqueleto ela uma for a teia é uma forma dela expor a si mesma é o desenho dela no espaço né E ela constrói aquilo a nossa capacidade de observar essas aranhas E permitir que elas vivam permitir que elas se interajam dentro do do ambiente e ao mesmo tempo ser capaz
de ouvir os sons que elas produzem e modelar depois uma obra em que as pessoas vão vivenciar isso fisicamente né Isso dá um encontro lindo pra gente entender que a gente tá de fato eh amalgamado né a gente tá misturado com os outros seres o Tomás acabou de fazer uma exposição na serpentine em Londres em que ele fez questão de desligar a Galeria da rede elétrica e Toda energia que vai ser utilizada dentro da galeria seja pro sistema de segurança iluminação banheiros o que for terá que ser gerada por energia solar né então tem placas
solares em cima e ela gera internamente energia se tivesse chuva se o dia ficar nublado a galeria fechava as portas para os humanos e deixava só os outros seres entrarem nas Galerias então entravam as borboletas os passarinhos O quem que tivesse no parque ess pentar fica dentro do hde Park em Londres né E então a galeria ficava permeável a visita de outros seres e não permeável a visita humana Então ela passou a ter essa pulsação você nunca sabia se você ia chegar na porta e a galeria está aberta ou Não dependia do Sol né Se
ela produzisse energia suficiente esse tipo de correlação esse tipo de abertura para o diálogo que é a mudança de atitude né Qual é a mudança de atitude ao invés de eu chegar num lugar e colonizar esse lugar eu vou lá e faço amizade com eles né Essa é é por que que a maior parte dos bichos tem problemas com os humanos por culpa nossa né porque a gente sistematicamente os mata né A primeira coisa a gente vai lá e mata depois a gente conversa né Eh e enquanto que na realidade eh entre e o a
capacidade de convívio de aprendizado e de e de e de empatia entre os seres existe a partir da nossa capacidade de encontrar linguagens linguagens que se que tornem eh as formas permeáveis uma artista brasileira chamada Vivian kakuri ela criou essa caixinha de som que é uma caixa que ela reproduz o som das formigas e ela fez a caixa de rapadura e coloca isso num parque né E aí as formigas sobem e comem a caixa de som né porque rapadura figa adora açúcar né e elas são atraídas pelo som e elas vão lá e comem E
aí sim esculpem a obra porque a obra era apenas uma caixa só que ela vai sendo esculpida pelas formigas Ou seja a gente o que que é isso é uma plataforma pro diálogo eu vou falar a sua língua e vou te dar o que você quer agora a gente começa a conversar sobre como a gente faz essa obra juntos assim como um pintor é capaz de deixar uma tinta craquelar né ela tá deixando ela dentro do sistema randômico do tempo daquilo que é a colaboração meteorológica ou das intemperes das coisas aqui a gente está trabalhando
ativamente com outro ser criando uma linguagem entre eles vai chegar o dia em que a gente vai ser capaz por Inteligência Artificial de entender o que que a formiga tava falando que música que ela estava cantando né E aí a gente vai chegar nesse outro nessa outra poética numa poética que é possível que a gente de fato um dia converse com os bichos e provavelmente a melhor plataforma pra gente fazer isso é a arte Makoto azuma ele é um artista do Japão e ele fez as coisas mais radicais mas ele trabalha com flores e a
ideia dele nesse caso foi eh criar uma Ikebana eem um bonsai para seriado ao ponto mais profundo que ele poderia chegar no Oceano Pacífico então ele monta isso e leva num barco e lança isso ao fundo do mar com câmera né e a espera de que os outros seres recebam Essas flores né flores que nunca estiveram no fundo do mar é uma espécie de mensagem que é um ato artístico simbólico muito importante de uma mensagem harmônica né para o fundo do mar e esperar que os outros seres e recebam isso e convivam e criem uma
um um código de de correlação Lembrando que flores são coisas inexistentes no fundo do mar a gente precisa desse território do simbólico a gente precisa de estabelecer fica claro que isso é uma fronteira que isso é uma exige um esforço muito maior do que você pintar um quadro exige um esforço criativo Tecnológico de inteligência um esforço científico um esforço estético E acima de tudo uma escuta capacidade de observação a primeira coisa que a gente tem que entender é que arte não é uma exclusividade humana ponto a arte não é uma invenção humana não é os
passarinhos estão cantando e fazendo música A muito mais tempo né as famílias estão fazendo arquiteturas impressionantes e as abelhas fazendo obras inacreditáveis há muito mais tempo entendeu você tem que entender que eh o o homem chegou tarde nesse jogo a gente é um bando de Aprendizes então assim e basta o que precisa é mudar nossa sensibilidade gente parar de tentar ficar fazendo retrato da gente mesmo entendeu e porque boa parte da da arte humana foi só a busca apenas de se autorretratar enquanto que a arte é uma janela para você enxergar o outro né arte
é para você ver o mundo para te ensinar a ver as coisas para te ensinar a decodificar esse magnífico planeta e você para isso você precisa de certas lentes né de capacidade de olhar para o mundo tem tanto para te ensinar mais do que você fazer só o seu autorretrato né é o egocentrismo absoluto antropocentrismo artista que faz o seu a retrato né É porque afinal eu me Basto né Eu só preciso de mim se eu me retratei a mim eu estou resolvido Todos Nós pensamos n nas nossas vidas como uma cronologia uma coisa que
vai ter um começo e um fim que está estabelecido numa escala máxima de 100 anos né isso será a existência a isso e não é né Nós viemos de um longuíssimo arco de existência e que você já foi outra criatura né molecularmente falando isso eu acho fascinante Ou seja você molecularmente e já foi um outro ser e será outro ser amanhã a gente tem eh alguns trilhões de bactérias dentro do nosso corpo que dizem muito mais a respeito de quem a gente é do que eh o que a gente do que você imagina né quando
uma pessoa tem desejo por açúcar né ou quando uma pessoa tem atração por outra pessoa isso está acontecendo dentro do nível bacteriano a propensão ao álcool bacteriana obesidade bacteriana Isso tudo acontece no nível bacteriano isso diz respeito à bactérias que você possui dentro de você te dando instruções de como você vai se comportar e de como você vai ser se você não acha importante ouvir o que que os caras têm a dizer você não tá ligando para você porque eles já estão falando por você é interessante pensar que o tempo do mundo biológico ele e
é muito mais rápido do que o que a gente estima né Alguém sabe em quanto tempo surge um cogumelo por exemplo horas tempo de crescimento de um cogumelo pode ser uma noite né Eh e os tempos bacteriológicos também podem ser extremamente dinâmicos então você não tá falando de uma coisa que você tá Como é por exemplo crescer uma árvore né que podem ser anos e anos e anos não é uma coisa que acontece com uma dinâmica muito viva dentro de um tempo de observação você pode é capaz de ver né tem muitos artistas criando obras
com comua né né bases bacteriológicas comua é um uma base bacteriológica é interessante pensar que a a luta inicial da vida a primeira luta da existência né porque não ela acontece no nível do encontro entre fungos e bactérias fungos e bactérias é a primeira batalha né E você colocar esses elementos em fricção e em coabitação você permite que você revele uma dinâmica de transformação como as coisas tenham fungos e bactérias lutam com suas visões de mundo assim de uma forma muito muito muito muito forte e absolutamente lindo no próximo bloco A tecnologia sempre evoluiu com
os desafios da arte né e a arte eh sempre foi potencializada pela [Música] tecnologia a capacidade de se regenerar recriar e Renascer é uma das maiores lições que se pode aprender na arte de conviver com a natureza usando a própria natureza como inspiração podemos regenerar e recriar o nosso jeito de estar no mundo como afirmou o ativista inglês David eten me parece que o mundo natural é a maior fonte de empolgação a maior fonte de beleza visual a maior fonte de interesse intelectual é a Mai maior fonte de tanta coisa na vida que faz a
vida valer a pena um mro do de artistas tentou criar formas de você eh fertilizar objetos conhecidos do cotidiano assim como a gente pode polinizar que a gente pode também esporar a gente pode também fertilizar por exemplo um computador para que ele se torne uma base mineral né um substrato mineral para que plantas cresçam ali dentro né Por que que a gente não pensa em devolver o ciclo de as coisas a invés da gente eh a gente devolver as coisas que são produzidas pelo homem a um ciclo que seja um ciclo biológico dinâmico em que
as coisas se transformem em que as coisas eh deixem de ser lixo e se tornem elementos ativos né para outros Campos da existência ou seja tudo é possível de ser regenerado se você está dentro do campo da vida ou seja a melhor coisa pra gente pensar numa sociedade sustentável é uma sociedade regenerativa uma socied que seja capaz de inventar algo de novo com aquilo que faz que seja capaz de transformar os resíduos que a gente deixa em resíduos que sejam eh que produzam um impacto Positivo pelo menos artisticamente ainda mais melhor se for de outras
formas também eu acho que a gente chegou num num num num momento em que todas essas Eh esses esse universo né ele gera uma fricção de possibilidades de entrar dentro de um território do desconhecido quando a gente começa seria tem a mesma importância do que é uma corrida espacial de você ir pro para um outro planeta né a gente tem tantas formas de vida nesse planeta para serem ainda comunicadas para que a gente seja capaz de interpretar para que a gente crie linguagem para que a gente crie fricção para que a gente eh desvende né
as intenções que existem e e as soluções que estão ali dentro que e é e é fascinante se você pensar por exemplo o mundo dos fungos né existem 1,5 milhões de tipos de cogumelos no mundo só 10% deles tem nome 90% deles nem nome tem como é que a gente pode endereçar e ir pra Marte se a gente não está olhando né para aquilo que é a fonte de vida de todos os eh vegetais e animais do planeta originam de alguma forma no universo dos fungos e os fungos aqui estão e a gente não está
olhando eh nem para eles nem o suficiente para dar nome a eles então cabe uma um terreno de colaboração entre a observação científica eh a a capacidade de criat de criação artística e essa ferramenta absolutamente transformadora que é a inteligência artificial que pode unir essas coisas como nada eh aconteceu antes eu acho que a arte e tecnologia elas são aliadas elas não estão em competição de maneira alguma Ou seja a tecnologia sempre evoluiu com os desafios da arte né e a arte eh sempre foi potencializada pela da tecnologia isso vai desde todo sempre assim desde
da pré-história eh você riscar e fazer uma arte rupestre na pedra era uma tecnologia extremamente sofisticada para aquele tempo de reconhecer o que que eram os materiais o que que era a forma como você representa como você trabalha eh Isso vai acontecer na história da arte inteira esse diálogo é o diálogo da potencialização né da criação Ou seja a criação precisa da mão e da cabeça precisa das duas coisas ela precisa do do é chave do processo e a gente ter esse eh esse encontro é importante arte é aquilo que tira o chão da gente
sim porque só é arte aquilo que expande a definição do que é arte arte que é apenas a repetição né de uma coisa que já foi feita ela não em todos os momentos em que a arte foi relevante foi no momento que ela empurrou a definição de arte para um campo ainda mais distante daqu ele que era o campo originário Ou seja a arte tem esse papel de tirar de você não mas isso se você pergunta Ah mas isso é arte provavelmente é né é exatamente ali que tá ou seja ninguém tem dúvida que se
vê uma pintura Ah isso é arte Tá bom até que aquilo seja disruptivo na sua compreensão do que pode ser uma pintura te leve para uma outra coisa ou seja que aquilo seja uma colaboração feita entre entre processos químicos processos biológicos processos os tecnológicos próprio que foi o papel do mundo digital pra arte ou seja capacidade de você projetar para dentro de uma máquina e ela devolver de volta aquilo transformado por algum por algum ente essas coisas são os expansores então eh só interessa no campo da compreensão maior do que que a gente tá fazendo
no planeta toda vez que a gente pega um conceito e leva ele a um novo estágio de compreensão né Eu acho que o que o que eu tô tentando apresentar para vocês aqui hoje é um terreno novo pra gente dizer mas isso é arte o Lucas fez uma pergunta e ele diz assim se você acredita que a tecnologia Pode democratizar o acesso à arte e à cultura ou a desafios significativos que precisam ser superados para alcançar essa meta Olha quem democratiza qualquer coisa é democracia não é não é Tecnologia Tecnologia não Não a tecnologia não
tem uma um juízo de valor interno de que ela vai democratizar ou ou elitizar ou despriorizar isso nem isso não pertence a isso O que faz uma a você ter uma uma arte democrática é uma sociedade democrática faz parte do etos de onde você tá inserido numa sociedade ditatorial você vai ter arte ditatorial né numa sociedade num sistema fechado você vai ter uma arte fechada dentro daquilo é Reflexo a arte não é uma coisa exógena a sociedade em que ela tá inserida a minha proposição é entender que nós precisamos expandir a definição do que é
a sociedade ou seja a mosca e o mosquito que tá voando aqui dentro e o rato que tá passando ali embaixo no seu pé fazem parte dessa sociedade eles estão coabitando com a gente enquanto a gente não reconhecer que a sociedade ou seja a definição de democracia precisa se expandir às outras espécies senão a gente vai ter um ato mais uma vez um ato Colonial em relação a colonizador em relação às outras espécies e a gente vai pagar um preço por isso no longo curso né No momento que essas espécies se rebelarem contra a gente
então é melhor que a gente Estabeleça forma de diálogo mais saudáveis né do que a gente fechar a porta diante disso e não a arte nem a tecnologia tem o poder de democratizar uma sociedade Quem tem é educação não dá para desconectar que a transformação também ocorre dentro da gente e acontecerá dentro da cultura e dentro da forma de convivência entre as pessoas no fundo o Real transformado do contato entre homem e natureza é o homem nós somos os beneficiários desse contato né Nós podemos não destruir a natureza legal mas a natureza não tem problema
porque se a gente destruir a natureza a gente morre e ela volta a existir numa boa então a natureza não tá em perigo a humanidade tá em perigo e a humanidade tá em perigo pela sua estupidez Eu acredito em Inteligência Artificial porque eu já estou convencido que a estupidez natural é grande então qualquer inteligência mesmo artificial ou natural é melhor do que a estupidez humana Sem Limites tem uma coisa que a vida me ensinou que é não confie nos seus olhos mas confie no seu nariz os olhos Enganam muito a gente é o olho é
uma máquina com uma uma uma capacidade de ilusão muito grande e parte do trabalho da arte é brincar com isso brincar com a ilusão do da Visão eh mas e o campo da bioarte tem embutido dentro dela uma coisa genial que é o olfato o nosso nariz é muito mais preciso em capacidade de de entender as coisas e e e também porque o nosso nariz se conecta com esse cérebro maior que nós temos dentro de nós que é o nosso intestino Onde estão a grande quantidade de bactérias do nosso corpo que dão instruções para como
toda a máquina vai funcionar essencialmente quase todas essas coisas que eu tô falando são problemas ainda não resolvidos são coisas para o qual não existe um um sistema program uma coisa eh pensada de como a gente vai fazer isso tudo é é problema sem solução e por isso que artistas são importantíssimos nessas horas artistas e cientistas que são essas pessoas que trabalham com a curiosidade e com eh a capacidade de invenção de lidar com pegar uma coisa que é como é que sabe faça faça faça faça-me uma pergunta que a gente não saiba responder tipo
como o voo dos pássaros o que que quer dizer o som daquelas daquelas as formigas ou o que que ou que o que que que que as baleias estão cantando Esse é um estudo que uma coisa que saiu recentemente deve ter umas poucas semanas que eles descobriram que as baleias cantam músicas elas o Que Elas Cantam é repetido tem uma música e tem momentos em que elas cantam uma música e momentos que Elas Cantam outra música né E aí você começa a entender que ali existe uma uma coleção Aquilo não é um o que o
som que uma baleia faz aleatoriamente Ela está de fato repe uma canção chegamos num lugar interessante a gente agora tem que ser mais permeável a ouvir esse som de uma outra forma tem uma frase que que é do jun Pike que foi um dos grandes Pioneiros n da arte em vídeo ele falava se você quer ser o número um você tem que construir a sua própria Estrada seja a gente vai ter que asfaltar essa estrada a gente vai ter que abrir esses caminhos encontrar as elas e as os os caminhos capilares para ouvir como isso
vai se se expandir pelo espaço e sem que a gente destrua né o ambiente que a gente tiver a Laura diz assim que quando falamos em pensamento decolonial ainda ficamos presos como acho que você disse à colonização de outras espécies e a pergunta que ela faz ela gostaria que você falasse na verdade mais sobre isso da colaboração entre as espécies para citar a dona hara a dona har bem eh Vamos lá eh cara tem muitos tem muitas plataformas aí pra gente olhar isso a nossa o maior problema do pensamento Colonial não é óbvio que tem
impactos sociais reais mensuráveis e tudo mais mas é o modos operand o modo mental Nós gostaríamos de ser superiores e servidos nós queremos que alguém seja escravizado à nossa vontade esse desejo que se estabelece como base é a o o cerne do problema você vai trocar o vetor Mas você vai continuar colonizador no ato isso é algo que acho que precisa eh mudar psicologicamente e só é possível se a gente for sensibilizado pela as outras vidas no passado né se consideravam que pessoas escravizadas não tinham alma ou os indígenas não tinham precisavam ser e providos
de essas coisas foram ditas e essas coisas foram eh eh colocadas a gente durante muito tempo até o presente né a gente considera que os animais não têm percepção né do que do do do que é a existência consciência não é verdade eles têm não não só tem consciência quer dizer o mundo biológico não só tem consciência como produz consciência né produz mais consciência para você então esse esse diálogo ele é é só só é possível que que você aceite essa essa essa essa esse diálogo se você for tocado emocionalmente por isso por isso que
a arte é importante como vetor para trazer essa discussão em cima da mesa você precisa ser eh emocionado Pela expressão de algo que se torne compreensível para você e isso é precisa ser simulado precisa ser produzido uma situação para que isso aconteça né acho que a arte tem um papel importante nisso fazer com que a gente se torne eh eh mais sensível né ailo que a gente tem como código né espontâneo eh o do conflito e do confronto e e partir para o modo do diálogo e da escuta né partir pr pra empatia como plataforma
de de de contato e partir para usar a tecnologia e a ciência como Aliados para uma situação mais harmônica né ou seja usar a tecnologia para produzir uma sociedade mais integrada com os conhecimentos naturais que ela tem em torno vai produzir uma chance da gente não ir a todo vapor em direção ao mundo distópico né Toda vez que a gente fez isso na história da humanidade a gente teve um renascimento a gente teve uma nova vida uma uma um frescor de que a humanidade pode fazer coisas novas né Ir para outros lugares toda vez que
a gente entrou chegou mais perto desse contato isso eh gerou uma ampliação de consciência e gerou uma mudança de atitudes se a gente for capaz de fazer isso de novo agora a gente tem uma chance de não ir pra distopia plena que a gente tá indo rapidamente inscreva-se no canal do Café Filosófico CPFL no YouTube e siga nossas redes sociais para mais reflexões a gente passou por um processo cada vez maior de se distanciar da observação as o os xamãs todos olhavam para essas coisas com atenção e observavam e experimentavam aquilo que era possível por
exemplo se você pensar o que que é a força do conhecimento indígena No que diz respeito por exemplo a easc é gigante Exige uma enorme observação de que que são os fenômenos da natureza seja não é uma ciência para ser jogada fora é uma ciência para ser [Música] estudada Y
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