Luciano Subirá - CRISTO: O SUBSTITUTO PERFEITO | FD#27

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
No vídeo anterior falei a respeito não só da criação, mas da queda do homem, como o pecado entra na humanidade e se instala a necessidade de salvação. A salvação, ela tem algo que nós precisamos destacar como uma chave, é o redentor. Eu quero neste vídeo falar de Cristo como substituto.
Quero que a gente possa entender um pouco da natureza substitutiva do seu sacrifício, que é chamado vicário, em nosso lugar. Então vamos começar destacando isso. Romanos, capítulo cinco, verso 8 e 9 nos apresenta a substituição como a chave da obra da salvação.
O texto diz: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. " A Bíblia reconhece o estado do homem de pecador, o coloca debaixo da ira de Deus, da condenação eterna do inferno, mas a Bíblia diz que Deus prova o seu amor como?
Pelo fato de Cristo ter morrido por nós. Então é importante nós compreendermos que o homem pecador não seria mera e simplesmente inocentado por Deus, como se ele apenas tivesse virado as costas para a necessidade de justiça e dissesse: "Não, o que você fez de errado não requer retribuição. " O amor de Deus nos poupou da punição porque alguém foi punido em nosso lugar.
É quase como a ideia, hoje em dia, de uma espécie de pagamento de fiança. Alguém até deixa de estar na cadeia, mas por meio de um pagamento. Eu sei que não é uma analogia perfeita, mas só para nos ajudar a entender.
Era necessário que houvesse o cumprimento da justiça divina e essa se deu em Cristo, sofrendo em nosso lugar para que nós fôssemos inocentados. Então, nós precisamos entender tanto a legalidade como os benefícios que provêm dessa substituição de Cristo em nosso lugar. Então, vamos construir o conceito de salvação a partir disso.
Em primeiro lugar, eu quero destacar que Deus prometeu a salvação. Deus declarou, por ocasião da queda de Adão e Eva, que o juízo sobre Satanás, que Apocalipse chama de "a antiga serpente", que é o diabo, viria por meio do descendente da mulher. Gênesis 3.
15, que é considerada a primeira profecia messiânica da Escritura, diz: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. " Deus claramente apresentou que o descendente da mulher viria para pisar, para esmagar a cabeça da serpente, que é Satanás.
É por isso que Jesus precisava encarnar. É por isso que Jesus tinha que nascer de uma mulher. Gálatas capítulo quatro, verso 14 diz: "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher".
Por que a ênfase do "nascido de mulher"? Porque era o cumprimento de uma promessa. Jesus é esse cumprimento.
Em Mateus no capítulo um, no verso 21, em Lucas dois, 10 e 11, nós vemos a Bíblia autenticando o nascimento de Cristo por meio de uma virgem, Maria, que concebe do Espírito Santo. Então, durante todos os dias do Antigo Testamento, Deus ia renovando a promessa de salvação ao seu povo. Muitas vezes a ideia podia parecer estar limitada somente ao conceito de livramento humano, circunstancial, para uma situação difícil, mas quanto mais você observa as Escrituras, você vê que o conceito de salvação ele vai se estendendo, vai crescendo.
No Salmo 91. 16, nós lemos: "Saciá-lo-ei com longevidade e lhe mostrarei a minha salvação. " No livro do profeta Isaías, nós também temos declarações a respeito da salvação de Deus.
Isaías 35. 4 diz: "Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus.
A vingança vem, a retribuição de Deus; Ele vem e vos salvará. " Uns dizem muitas vezes que a leitura da salvação era: "Puxa, o momento está difícil, Ele vai nos socorrer. " Mas olha a declaração do verso seguinte que mostra algo que se cumpriria em Jesus: "Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; pois as águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo.
" O verso 8 diz: "E ali haverá bom caminho, caminho que se chamará o Caminho Santo; o imundo não passará por ele, pois será somente para o seu povo; quem quer que por ele caminhe não errará, nem mesmo o louco. " Obviamente, no verso nove: "Ali não haverá leão, animal feroz não passará por ele, nem se achará nele; mas os remidos andarão por ele. " Então, a ideia de salvação ela ia sendo anunciada, ela ia sendo prometida por Deus ao longo das Escrituras e muitos outros textos falam isso.
Eu vou destacar apenas mais dois. Um deles é Isaías, capítulo 45, e o verso 17, que diz:" Israel, porém, será salvo pelo Senhor com salvação eterna; não sereis envergonhados, nem confundidos em toda a eternidade. " Obviamente isso aqui não era um livramento circunstancial, momentâneo.
"Salvação eterna", "não ser confundido em toda a eternidade. " No livro de Daniel, no capítulo nove, no verso 24, nós também temos uma declaração da parte de Deus que diz assim:; "Setenta semanas", o anjo falando com o profeta Daniel, "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos. " Um plano de redenção completa que fala sobre cessar a transgressão, dar fim aos pecados, expiar a iniquidade ne trazer a justiça eterna estava sendo apresentado.
Então, o que nós precisamos compreender é a forma como isso seria oferecido. Havia claras promessas de Deus sobre salvação? Sim, mas nós precisamos entender de que era necessário, era requerido o quê?
Um sacrifício. Um sacrifício vicário, substitutivo para que a salvação se cumprisse. Nós temos declarações de Cristo que elas só fazem sentido quando você de fato compreende toda essa preparação.
Embora no início seus discípulos tinham muita dificuldade de entender Mateus 16. 21: "Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário", vou destacar o que é necessário "seguir para Jerusalém, sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. " O próprio Pedro vai tentar aconselhar Jesus contra isso quando ouve, porque não faz sentido para ele.
Depois de já morto e ressuscitado, Lucas 24, de 44 a 47, nos mostra agora Jesus explicando o que aconteceu. "A seguir, Jesus lhes disse: São essas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.
" Jesus está fundamentando a necessidade da sua morte e também ressurreição em cima das declarações da Lei de Moisés, dos Profetas e dos Salmos, ou seja, de todo o Antigo Testamento. Então, vamos destacar agora, em segundo lugar, o que eu vou classificar da necessidade de um sacrifício. Para que a gente compreenda isso, precisamos novamente voltar no início.
A recompensa do pecado é a morte. A Bíblia sempre faz a relação entre pecado e morte. Por exemplo, Romanos 5.
2 diz: "Por meio de um só homem entrou o pecado no mundo, através do pecado a morte. " E em Gênesis 2. 17 Deus diz: "mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
" Em Ezequiel 18. 4 nós lemos: "A alma que pecar, essa morrerá. " Romanos 6.
23 diz: "porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. " A quebra da lei de Deus, a desobediência, requeria punição. A consequência: o julgamento, morte.
Agora, aonde isso nos leva? Há uma conclusão muito prática que a Escritura faz que o problema do pecado só se resolveria com morte. É aí que nós vamos entender a questão do sacrifício, a necessidade de sangue, porque a Bíblia diz que no sangue estava a vida, daqui a pouco eu mexo melhor nesse assunto, mas que o problema do pecado só se resolveria com o sangue, é claro lá em Hebreus, no capítulo nove, no verso 22, quando a Bíblia diz: "Sem derramamento de sangue não há remissão.
" No entanto, a construção dessa ideia vem desde a antiga Aliança. Eu quero ler aqui o texto até um pouquinho extenso, Hebreus nove, de 11 a 22, que diz assim: "Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não dessa criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros", que é o que se fazia, o sacrifício no tabernáculo de Moisés, "mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam quanto à purificação da carne", aqui ele está fazendo alusão à velha Aliança, "muito mais o sangue de Cristo", ele continua, "que pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!
Por isso mesmo, Ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões", observe isso: "intervindo a morte para remissão da transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador", ele destaca de novo a importância de morte, "pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue; porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei e a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes com lã, água e tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros.
Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado. Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue não há remissão. Nós precisamos entender a importância que o sangue tem e a mensagem sobre o sangue de Jesus.
E essa é uma das razões de uma ordenança bíblica clara sobre não se ingerir sangue. E eu quero fazer o seguinte comentário: isso entrou em vigor antes da Lei de Moisés, foi sustentado ao longo da Lei de Moisés e na graça, esse mandamento é comunicado como algo que deve ser guardado. Então vamos lá, uma declaração de cada vez.
Antes da lei, Gênesis 9. 3 e 4, depois do dilúvio. Deus diz assim: "Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora.
Carne, porém, com a sua vida, isto é, com o seu sangue, não comereis. " Então Deus sempre restringiu seu povo, àqueles que o temiam, de comer carne com sangue. Levítico 7.
26 e 27: "Não comereis sangue em qualquer das vossas habitações, quer de aves, quer de gado. Toda pessoa que comer algum sangue será eliminada do seu povo. " Atos capítulo 15.
Então vimos a declaração do pós-dilúvio, antes da lei, a declaração do livro de Levíticos que a mesma ordem continuou regendo, sendo sustentada na lei de Moisés. E agora nas discussões que vão para o Concílio de Jerusalém sobre o que os gentios convertidos do tempo da graça deveriam ter da época da lei ou não, apenas quatro coisas passaram. Dessas quatro, duas estão relacionadas com o sangue.
Atos 15. 28 e 29 diz assim: "Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além dessas coisas essenciais:" 1: "que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos", idolatria, 2: "bem como do sangue", 3: "da carne de animais sufocados" e 4: "das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. " Não vamos lá.
A primeira, guardar da idolatria, a última, da imoralidade. As duas aqui do meio, é se guardar do sangue e da carne sufocada. O que era carne sufocada?
Um animal, quando morto, pensava ter seu sangue derramado. Se alguém fizesse como, por exemplo, um prato, temos aqui no Brasil a galinha ao molho pardo, que apenas torcem o pescoço e cozinha ela com sangue, não poderia ser comida. Então temos muitas coisas na nossa culinária brasileira que os crentes não deveriam estar ingerindo.
Muitos dos pratos com o nome de sarapatel é feito com sangue, ou seja, onde há sangue, não deveríamos consumir. Qual a razão pela qual Deus bateu nessa tecla desde o início e continuou depois? Que as pessoas entendessem que no sangue estava a vida e a necessidade de derramamento de sangue, era: alguém precisava morrer para que outros não morressem.
Deus instituiu o sacrifício. Lá no livro de Gênesis, no capítulo três e no verso 21, nós vemos que desde o início, quando o homem pecou, o sacrifício, ele já aparece nas entrelinhas, porque Gênesis 3. 21 diz assim" "Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.
" Quando o homem peca e se descobre nu, consequência do pecado, e tenta resolver o seu problema com folhas de figueira Deus diz: "Você não resolve o seu problema. Quem resolve seu problema sou eu. " Como Deus os vestiu?
Com as peles de um animal. Obviamente não era um animal vivo. O animal precisou morrer.
Nós temos aqui a primeira menção de um sacrifício na Bíblia que vem imediatamente atrelado à questão do pecado. Depois, nós temos uma grande figura de redenção na saída do povo de Israel do Egito, e isso acontece na noite de celebração da Páscoa. Ali, Deus institui uma celebração anual com a morte de um cordeiro.
Interessante que o apóstolo Paulo escreve aos coríntios e chama Cristo de "o nosso cordeiro pascal". A morte daquele cordeiro era o ponto de toda a redenção que eles iriam experimentar. Em Levítico 16, de 15 a 19, nós temos o Dia da Expiação.
Uma vez ao ano era feita expiação pelos pecados e isso também acontecia com sacrifício, com derramamento de sangue, com morte. E todos esses sacrifícios prefiguravam o quê? A obra de Cristo.
No Evangelho de João, no capítulo um, no verso 29, João Batista fala acerca de Jesus, o apresenta com as seguintes palavras: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. " O que ele estava dizendo? "Assim como ao longo da lei, por séculos e séculos, gerações e gerações, nós temos visto um animal inocente morrer em nosso lugar como um substituto para nos inocentar, este homem é o substituto prometido e anunciado por meio dessas figuras.
" Lembrando que Hebreus, capítulo dez, verso um diz que a lei não tinha a imagem exata das coisas e a sombra dos bens vindouros. Então, por que a necessidade de um sacrifício? Por que o próprio homem não podia se salvar.
Essa é uma outra mensagem que precisa ser entendida como desdobramento da compreensão da queda do homem. Por exemplo. Salmo 49 diz, nos versos 7 a 9: "Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre, para que continue a viver perpetuamente e não veja a cova".
Olhando para as Escrituras, percebemos Deus usando a figura de um resgate que era a redenção que já estava prevista na lei. Quando alguém, por exemplo, se tornava escravo, incapacitado de pagar sua própria dívida, um redentor poderia se levantar, pagar sua dívida e ao pagar, ele saía livre. Só que aqui a Bíblia está dizendo que ninguém poderia dar a Deus o resgate pela vida do seu irmão.
Aí ele fala sobre a redenção da alma. Ele não está mais falando de uma dívida material e financeira e nem de uma escravidão meramente natural. E ele termina falando de imortalidade.
O verso nove: "para que continue a viver perpetuamente, não veja a cova". Ou seja, para que o homem vencesse a morte, ele precisava de redenção, mas não havia nenhum entre os seus iguais que pudesse praticar essa redenção. Como entendemos isso?
A Palavra de Deus é muito clara quando ela afirma, Romanos 5. 12: "Por meio de um só homem entrou o pecado no mundo. Através do pecado, a morte, a morte passou a todos os homens", já destacamos no vídeo anterior onde falamos sobre a criação e a queda do homem, que o pecado de Adão afetou a todos.
Todos os homens passaram a estar debaixo dessa condenação eterna. Então, se o homem já nasce pecador, o pecado requer morte e ele tenta remir seu irmão, dando sua vida por ele, derramando seu sangue, ele não tem nem autoridade para o resgate, e com a sua morte ele selaria a sua condenação eterna. Ou seja, o homem estava numa situação de uma necessidade de salvação eterna, porém incapacitado de salvar-se.
Destacado esse terceiro ponto de que o homem não podia salvar-se, é aqui que entramos com o entendimento de Cristo, o substituto perfeito. Só um homem sem pecado poderia ser o substituto perfeito. E é por isso que Cristo vem a esse mundo por meio de um nascimento virginal, de uma concepção sobrenatural.
Segundo aos Coríntios 5. 21 diz: "Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós. " Cristo não só não pecou enquanto homem aqui na terra, mas ele nasce sem pecado.
Hebreus 4. 15 diz que ele foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado. Ok, isso está se referindo a sua vida adulta, mas como ele vem ao mundo?
Romanos 8. 3 diz diz que Deus enviou o seu Filho em semelhança de carne pecaminosa. Semelhança não com essa carne, porque eu e você temos o problema da condenação eterna do pecado instalado na nossa natureza, mas Cristo vem sem isso.
É por isso que, quando um corpo lhe foi formado, para que o Deus eterno habitasse entre nós, ele o foi concebido do Espírito Santo. Então em Cristo nós temos o substituto perfeito. E nós precisamos entender que o que Cristo veio fazer é diferente do que as figuras que anunciavam a vinda e o sacrifício de Cristo faziam.
Por exemplo, a Bíblia apresenta a diferença entre cobrir e remover pecados. João Batista diz, em João 1. 29 que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Mas quando a gente olha para o desenho do que acontecia no Antigo Testamento, que temos figuras da salvação em Cristo, Hebreus 10. 4 diz assim: "Entretanto, nesses sacrifícios", da velha aliança, "nesses sacrifícios faz-se recordação de pecado todos os anos, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. " Então o sangue daquele sacrifício não removia.
O que ele fazia? Ele cobria. Então, quando a Bíblia fala de propiciação, quando a Bíblia fala do sangue que era levado ao propiciatório, que estava sobre a arca, a palavra "propiciatório" significa "cobertura".
Por isso que a tampa da arca era chamada "propiciação". Quando a Bíblia fala sobre fazer propiciação pelos pecados é cobrir, e a cobertura levava Deus a não ver o pecado. Em Números 23.
21 a Bíblia diz assim: "Não viu iniquidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel". Alguém brincou: "Bom, para Deus não ver isso cevia estar com um problema sério de visão, porque aquele povo pecava muito. " Não.
Por que ele não viu? Porque os pecados estavam sendo cobertos com o sangue dos sacrifícios. Mas remoção é algo bem mais profundo.
Em Hebreus, capítulo 10 dos versos 1 a 14, lemos sobre isso. O texto é um pouco extenso, mas necessário para a compreensão plena. "Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros e não imagem real das coisas, nunca, jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.
Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? " Então a Bíblia fala que esses sacrifícios não aperfeiçoavam. Então ele diz: "Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos", como já lemos, "porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado", aquelas anteriormente oferecidas, mas porque formou um corpo para o verdadeiro sacrifício. "Então, eu disse: Eis aqui estou "no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Depois de dizer, como acima: Sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste (coisas que se oferecem segundo a lei), então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade.
Remove o primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés.
Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. " O conceito de remoção de pecados é profundo, nós não vamos esgotá-lo aqui, estamos apenas introduzindo o que vamos abordar em vídeos posteriores, mas é parte do entendimento de porque Cristo é o verdadeiro substituto, e que os sacrifícios anteriormente ocorridos ao longo da lei, que anunciavam o que Cristo faria, não tinham a capacidade de produzir o mesmo efeito ou, podemos dizer aqui, o mesmo resultado. Desde o Antigo Testamento nós já temos textos que falavam sobre substituição e que no Novo Testamento também são reforçados.
Para que a gente entenda esse caráter vicário, substitutivo da obra de Cristo, eu quero que a gente possa olhar para esses textos falando de fato sobre o sacrifício de Cristo, aquilo que nos poupou, de recebermos a condenação que nós merecíamos e nos inocentou diante de Deus, oferecendo-nos a salvação que jamais poderíamos alcançar por nós mesmos. Então, no Velho Testamento nós vemos, por exemplo, Jesus fazendo uma citação do Velho Testamento, em João 8. 56, ele diz que Abraão viu o seu dia e se alegrou.
Do que é que Jesus está falando? Quando é que Abraão viu o seu dia? As próprias pessoas à volta de Jesus diziam: "Você não tem 50 anos, vai dizer que Abraão viu o seu dia?
", como quem replica para Jesus dizendo: "Onde foi que vocês se encontraram? " Jesus não estava falando nem de encontro. Jesus falou sobre enxergar o dia.
O que era o dia de Cristo? O dia do seu sacrifício. Quando Abraão está indo para sacrificar seu filho Isaque e ele faz a pergunta: "Papai, cadê o animal do sacrifício?
" Até esse momento, Isaque sabe de um sacrifício, mas não sabe que o sacrifício é ele. Imagino que Abraão não falou isso por algumas razões. Uma delas, eu pressuponho, é que se o menino ficasse sabendo que o sacrifício era ele provavelmente correria, não se entregaria.
O menino pergunta: "Pai, cadê o animal do sacrifício? " E Abraão responde: "Deus proverá para si o cordeiro, meu filho. " Durante muito tempo só achei que Abraão estava enrolando o garoto para dizer assim: "Você não pode saber ainda.
Lá na frente nós damos um jeito. " Mas Jesus apresenta isso de outra forma. Jesus está dizendo: "Abraão viu meu dia e se alegrou.
" Ou seja, a resposta de Abraão não se limita a Isaque. "Meu filho, chegará um momento onde você escapará da morte, porque Deus tem um cordeiro substituto para morrer no seu lugar. " Mas ele também estava comunicando uma mensagem de que um dia cada um de nós escaparia da morte à qual estava sentenciado pelo pecado, porque há um cordeiro, como diz primeira de Pedro 1.
20, conhecido antes da fundação do mundo, o próprio Senhor Jesus. Isaías 53 dos versos 4 a 6 nós lemos algo que foi declarado cerca de 700 anos antes de Cristo, falando sobre a obra redentora: "Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. " Todo o texto fala de substituição. No Novo Testamento, isso é sustentado.
João, capítulo 11, de 49 a 52 diz assim: "Caifás, porém, um dentre eles, sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo: Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não venha a perecer toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação, e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus que andam dispersos. " Aqui falava da salvação de judeus e de gentios.
E a Bíblia diz que Caifás profetizou mesmo não entendendo o que Deus estava fazendo, e mesmo não crendo em Cristo e sendo um dos que haveria de condená-lo à morte. Nas epístolas nós vemos outras declarações, como a maldição do madeiro, por exemplo. Gálatas 3.
13 e 14: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar", em nosso lugar é substituição, "(porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a benção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido. " Tito, capítulo dois, versos 13 e 14: "aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo, o qual a si mesmo se deu por nós", leia-se: "em nosso lugar, a fim de remir nos de toda iniquidade, purificar para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. " E temos também a declaração de Hebreus, capítulo dois, verso 9 que Cristo provou a morte por todo homem.
"Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor do que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. " Então, o homem que pecou, ou por conta do pecado do primeiro, passa a nascer em pecado, está sentenciado à condenação eterna, não tem a menor condição de resolver a sua própria situação, ele depende de um substituto, e é por isso que nós precisamos entender que a salvação se dá por meio do sacrifício de Cristo. Quando Paulo diz: "Pela graça sois salvos, mediante a fé", é que a graça de Deus providenciou o substituto, a morte, Cristo morrendo por todo o homem e pela fé, nós nos apropriamos disso.
E a Bíblia sustenta: não vem das obras. Não existe mérito. Homem nenhum poderia reverter o seu quadro de morte espiritual e dependia desse substituto.
Cristo, o substituto perfeito, morreu em nosso lugar. E a Palavra de Deus diz: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. " Quando eu e você reconhecemos nossa condição de pecadores, nos arrependemos, mas cremos no que Jesus fez por nós e pela fé, nos apropriamos dos benefícios da substituição, somos inocentados e não temos que pagar por nenhum pecado, porque Cristo já pagou por eles.
Ele é o nosso substituto perfeito. A Ele toda a glória.
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