oi oi gente estamos de volta no meio dessa quarentena com o quadro local desses literários hoje eu vou trazer um conto de machado de assis um escritor que já estava na hora de aparecer nesse quadro em que eu leio para vocês contos que são verdadeiros nocautes que nos deixam na lona destruídos tamanho a sua intensidade tamanho seu brilhantismo e o ponto que eu escolhi do machado de assis presente aqui na santa logia da companhia das letras mais que você encontra facilmente basta digitar no google é o missa do galo talvez o conto mais famoso dele
o machado ele era tão importante conquista quanto ele era romancista dificilmente houve outro escritor brasileiro tão poderoso na arte das utiliza da ironia nas narrativas curtas quanto machado de assis vamos lá missa do galo eu acho que eu já li se conta umas cinco seis vezes na minha vida mas cada nova leitura me traz e mais camadas de interpretação vamos ver se vocês gostam missa do galo nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora há muitos anos contava eu 17 ela 30 era noite de natal havendo ajustado com o vizinho irmos à missa
do galo preferir não dormir combinei que iria acordá-lo à meia-noite a casa em que eu estava hospedado era a do escrivão meneses que fora casado em primeiras núpcias com uma de minhas primas a segunda mulher conceição ea mãe desta acolheram e bem quando vim de mangaratiba para o rio de janeiro meses antes a estudar preparatórios vivia tranquilo naquela casa assobradada da rua do senado com os meus livros poucas relações alguns passeios a família era pequena o escrivão a mulher a sogra e duas escravas costumes velhos as 10 horas da noite toda a gente e os
quartos as dez e meia a casa dormia nunca tinha ido ao teatro e mais de uma vez ouvindo dizer ao menezes que ia o teatro pedi-lhe que me levasse consigo nessas ocasiões a sogra fazia uma careta e as escravas riam aço capa ele não respondia vestia-se saía e só tornava na manhã seguinte mais tarde que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação meneses trazia amores com uma senhora separada do marido e dormia fora de casa uma vez por semana conceição para descer a princípio com a existência da conversa mas afinal resignar a
se acostumar esse e acabou por achando que era muito direito olá boa conceição chamavam-lhe a santa e fazia jus ao título tão facilmente suportava os esquecimentos do marido em verdade era um temperamento moderado sem extremos nem grandes lágrimas nem grandes risos no capítulo de que trato dava para maometana aceitaria um harém com as aparências salvas deus me perdoa e se julgam mal tudo nela era atenuado e passivo o próprio rosto era mediano nem bonito nem feio era o que chamamos uma pessoa simpática não dizia mal de ninguém perdoava tudo não sabia odiar pode ser até
que não soubesse amar naquela noite de natal foi o escrivão ao teatro era pelos anos de 1861 ou 1862 e eu já devia estar em mangaratiba em férias mas fiquei até o natal para ver a missa do galo na corte a família recolheu-se a hora de costume é uma time na sala de frente vestido e pronto dá lhe passaria o corredor da entrada e sairia sem acordar ninguém tinha três chaves a porta uma estava com o escrivão eu levaria a outra a terceira ficava em casa mas senhor nogueira que fará você todo esse tempo perguntou-me
a mãe de dona conceição eu leio dona inácia tinha comigo um romance os três mosqueteiros velha tradução creio que do jornal do comércio sentei-me a mesa que havia no centro da sala e a luz de um candeeiro de querosene enquanto a casa dormia trepei ainda uma vez ao cavalo magro de d'artagnan e fui minhas aventuras e dentro de pouco tempo estava completamente é vero de domar os minutos voavam ao contrário do que costumam fazer quando são de espera ouvir bater 11 horas mas quase sem dar por elas um acaso entretanto um pequeno rumor que eu
vi dentro veio acordar me dá leitura era uns passos no corredor que ia da sala de visitas a de jantar levantei a cabeça logo depois via somar a porta o vulto de conceição e ainda não foi perguntou ela não fui parece que ainda não é meia-noite que paciência confecção entrou na sala arrastando à chinelinhos da ocova vestia um roupão branco mal apanhado na cintura sendo magra tinha um ar de visão romântica tão disparatada como o meu livro de aventuras fechei o livro ela foi sentar-se na cadeira que ficava defronte de mim perto do canapé como
eu lhe perguntasse se havia acordado sem querer fazendo barulho respondeu com presteza não qual acordei por acordar o fitei a um pouco e duvidei da afirmativa os olhos não eram de pessoa que acabasse de dormir pareciam ainda não ter pegado no sono essa observação porém que valeria alguma coisa em outro espírito de pressa botei fora sem advertir que talvez não dormisse justamente por minha causa e mentir se para não me afligir o aborrecer já disse que ela era boa muito boa é mas a hora já diz estar próxima de seu que paciência sua de esperar
acordada enquanto vizinho dorme e esperar sozinho não tem medo de almas do outro mundo eu cuidei que se assustasse quando me viu e quando eu vi passo os estranhei mas a senhora apareceu logo que é que está valendo não diga já sei é o romance dos mosqueteiros justamente é muito bonito quem gosta de romances gosto já leu a moreninha do dr macedo tenho lá em mangaratiba eu gosto muito de romances mas leio pouco por falta de tempo que o romance já que você tem lido eu comecei a dizer os nomes de alguns conceição ouvia me
com a cabeça reclinada no espaldar enfiando os olhos por entre as pálpebras meio cerradas as sem os tirar de mim de vez em quando passava a língua pelos beiços para umedecê-los em seguida via endireitar a cabeça cruzar os dedos e sobre eles pousar o queixo tendo os cotovelos nos braços da cadeira tudo sem desviar de mim os grandes olhos espertos e talvez esteja aborrecida pensei eu e logo alto dona conceição eu creio que já vão sendo horas e eu não não não ainda é cedo vi agora mesmo relógio são 11:30 tem tempo você perdendo a
noite é capaz de não dormir de dia já tenho feito isso eu não perdendo a noite no outro dia estou que não posso e meia hora que seja e de passar pelo sono mas também estou ficando velha que velho oh que dona conceição tal foi o calor de minha palavra que a fez sorrir de costume tinha os gestos demorados e as atitudes tranquilas agora porém ergueu-se rapidamente passou para o outro lado da sala e deu alguns passos entre a janela da rua ea porta do gabinete do marido assim com um desalinho honesto que trazia dava-me
uma impressão é magra embora tinha não sei que balanço no andar como quem lhe custa levar o corpo essa feição nunca me pareceu tão distinta como naquela noite e parava algumas vezes examinando um trecho da cortina ou concertando a posição de algum objeto no aparador afinal deteve-se ante mim com a mesa de permeio estreito era o círculo das suas ideias tornou o espanto de me ver esperar acordada eu repeti-lhe o que ela sabia isso é que nunca ouvir a missa do galo na corte e não queria perder ela é a mesma missa da roça todas
as missas se parecem acredito mas aqui há de haver mais luxo e mais gente também olhe a semana santa na corte é mais bonita do que na roça são joão digo nem santo antônio pouco a pouco tinha se inclinado ficar os cotovelos no mármore da mesa e manter o rosto entre as mãos espalmadas e não estando abotoadas as mangas caíram naturalmente e eu vi li metade dos braços muito claros menos magros do que poderiam supor é a vista não era nova para mim posto também não fosse comum naquele momento porém a impressão que tive foi
grande as veias eram tão azuis que apesar da pouca claridade podia contá-las no meu lugar com a presença de conceição espetar a minha ainda mais do que o meu livro continuei a dizer o que pensava das festas da roça e da cidade e de outras coisas que me iam vindo a boca falava emendando os assuntos sem saber porque variando deles ou tornando os primeiros e rindo para fazê-lo sorrir e ver os dentes que luziam de brancos todos iguaizinhos os olhos dela não eram bem negros mais escuros o nariz seco e longo um tantinho curvo da
vale ao rosto um ar interrogativo quando eu alteava um pouco a voz ela reprime mas baixo mamãe pode acordar ah e não sair daquela posição que me enchia de gosto tão perto ficavam as nossas caras realmente não era preciso falar alto para ser ouvido cochichava vamos os dois eu mais do que ela porque falava mais ela às vezes ficava séria muito séria com a testa um pouco franzida afinal cansou trocou de atitude de lugar de volta à mesa e veio sentar-se ao meu lado no canapé voltei-me e pude ver a furto o bico das chinelas
mas foi só o tempo que ela gastou enfrentar o roupão era cumprido e cobriu as logo recordo-me que eram pretas oi conceição disse baixinho mamãe está longe mas tenho sono muito leve se acordasse agora coitada tão cedo não pegava no sono eu também sou assim o quê perguntou ela inclinando o corpo para ouvir melhor fui sentar-me na cadeira que ficava ao lado do canapé e repeti-lhe a palavra riu-se da coincidência também ela tinha o sono leve éramos três somos leves há ocasiões em que sou como uma mãe acordando custa-me a dormir outra vez rola na
cama à toa levanta-me acendo vela passeio torna deitar-me e nada e foi o que aconteceu hoje não não atalhou ela não entende a negativa ela pode ser também não entendesse pegou das pontas do cinto e bateu com elas sobre os joelhos isso é o joelho direito porque acabava de cruzar as pernas depois referiu uma história de sonhos e afirmou me que só tiveram um pesadelo em criança que saber se eu os tinha a conversa reatou se assim lentamente longamente sem que eu desse pela hora nem pela missa quando eu acabar uma narração uma explicação ela
inventava outra ou outra matéria e eu pegava novamente na palavra e de quando em quando reprime mais baixo mais baixo e havia também umas pausas duas outras vezes pareceu-me que havia dormir mas os olhos cerrados por um instante abriam-se logo sem sono nem fadiga como se ela os houvesse fechado para ver melhor uma dessas vezes creio que deu por mim embebido na sua pessoa e lembra-me que os tornou a fechar não sei se apressada ou vagarosamente há impressões dessa noite que me aparecem truncadas ou confusas contradigo-me atrapalho me uma das que ainda tem o frescas
é que na ocasião ela que era apenas simpática ficou linda ficou lindíssima estava de pé com os braços cruzados eu em respeito a ela quis levantar-me não consentiu pôs uma das mãos no meu ombro e obrigou-me a estar sentado cuidei que ia dizer alguma coisa mas estranho é como se tivesse um arrepio de frio voltou as costas e foi sentar-se na cadeira onde me achar a lendo dali relance ou a vista pelo espelho que ficava por cima do canapé falou de duas gravuras que pediam na parede e ai estes quadros estão ficando velhos já pedi
a chiquinho para comprar outros chiquinho era o marido os quadros falavam do principal negócio deste homem um representava cleópatra não me recordo o assunto do outro mas eram mulheres vulgares ambos naquele tempo não me pareciam feios são bonitos desse eu bonito são mas estão manchados e depois francamente eu preferia duas imagens duas santas estas são as próprias para a sala de um rapaz ou de um barbeiro de barbeiro a senhora nunca foi a casa de barbeiro mas imagino que os fregueses enquanto esperam falam de moças namoros e naturalmente todo na casa alegre a vista deles
com figuras bonitas em casa de família que não acho próprio é o que penso mas eu penso o esquisita seja o que for não gosto dos quadros eu tenho uma nossa senhora da conceição minha madrinha muito bonita mas é diz cultura não se pode pôr na parede nem eu quero tá no meu oratório é a ideia do oratório trouxe-me à missa lembrou-me de que podia ser tarde e quis dizê-lo penso que cheguei abrir a boca mas logo eu fechei para ouvir o que ela contava com doçura com graça com tal moleza que trazia preguiça minha
alma e fazia esquecer a missa e a igreja falava das suas devoções de menina e de moça em seguida referia umas anedotas de baile uns casos de passeio reminiscências de paquetá tudo de mistura quase sem interrupção quando cansou do passado o valor do presente dos negócios da casa das cancelas de família que lhe diziam ser muitas antes de casar mas que não eram nada não me contou mas eu sabia que casaram os 27 anos e já agora não trocava de lugar como a princípio e quase não saíram da mesma atitude não tinha os grandes olhos
compridos e entrou a olhar à toa para as paredes precisamos mudar o papel da sala desse daí a pouco como se falasse consigo eu concordei para dizer alguma coisa para sair da espécie de sono magnético ou o que quer que era aqui mitoria a língua e os sentidos queria e não queria acabar a conversação faz esforço para arrendar os olhos dela e arredava os por um sentimento de respeito mas a ideia de parecer o que era aborrecimento quando não era levava meus olhos outra vez para conceição a conversa ea morrendo na rua o silêncio era
completo chegamos a ficar algum tempo não posso dizer quanto inteiramente calados o rumor único e escasso eram roer de camundongo no gabinete que me acordou daquela espécie de sonolência quis falar dele mas não achei modo conceição parecia estar devaneando subitamente houve uma pancada na janela do lado de fora e uma voz que bradava missa do galo missa do galo e aí está o companheiro disse ela levantando-se tem graça você ficou de ir acordar lá e ele que vem acordar você vá vá que um descer horas a deus já serão horas perguntei naturalmente missa do galo
repetiram de fora batendo vavá não se faz esperar a culpa foi minha a deus até amanhã bom e com o mesmo balanço de corpo conceição enfiou pelo corredor dentro pisando de mansinho sai à rua e achei o vizinho que esperava digamos dali para a igreja durante a missa a figura de conceição interpôs-se mais de uma vez entre mim e o padre fique isso a conta dos meus 17 anos na manhã seguinte ao almoço falei da missa do galo e da gente que estava na igreja sem excitar a curiosidade de conceição durante o dia cheia como
sempre natural benigna sem nada que fizesse lembrar a conversação da véspera pelo ano bom foi a mangaratiba quando tornei o rio de janeiro em março o escrivão tinha morrido de apoplexia conceição morava no engenho novo mas nem a visitei e nem encontrei ouvir mais tarde que casará com o escrevente juramentado do marido e eu lembro a primeira vez que eu li esse conto foi em sala de aula em algum momento do ensino médio um e eu me lembro da tremenda frustração que eu sentia deverá ter 15 ou 16 anos com a leitura daquele conto que
não contava nada com nada aqui começar vai terminava no mesmo ponto achei um bastante supervalorizado né o caldo machado de assis né que todo mundo falava tanto que na verdade essa história não cortava nada foi preciso alguns anos de amadurecimento alguma experiência de vida hoje eu tenho exatamente a mesma idade da conceição 30 anos e então nas minhas sucessivas releituras do conto missa do galo mais ele se enche de significado para mim mas para você que tá ouvindo esse conta pela primeira vez eu posso fazer alguns comentários que vão esclarecer um pouquinho as coisas caso
você também tem achado essa uma história um tanto pra a primeira coisa vamos chamar atenção para o fato interessante curioso cultural o conto se passa no ano de 1860 né 6112 e naquele tempo o natal era uma celebração completamente diferente da que a gente tem hoje em dia no século 21 as pessoas não trocavam presentes de madrugada elas iam dormir normalmente no máximo elas iam de madrugada até a missa da igreja onde era celebrada a missa do galo e aí enfim era um evento religioso mas também não tem problema nenhum se você preferir ficar em
casa dormindo não tem nada que se assemelhe com a nossa celebração do natal nosso natal que hoje a gente faz uma grande ceia troca a presença cantar músicas de natal decorar árvores é uma uma influência cultural norte-americana principalmente norte-americana aqui no nosso país e no resto do mundo inteiro esse é um fato curioso mas o conto não fala sobre natal com tu fala sobre um episódio que aconteceu é um estranho encontro uma estranha conversa carregada de tensão sexual entre um adolescente de 17 anos e a mulher casada né como o parente que tinha hospedado ele
ali no rio de janeiro enquanto ele estava estudando os preparatórios que algo equivalente a um cursinho né para entrar na universidade um e esse rapaz ele tava lá hospedados na casa né do parente e tendo uma vida tranquila sem grandes grandes emoções você vê que é um menino ajuizado estudioso não é dado a farra não é não sair vai sair à noite almoço do interior itália estudando levando uma vida séria e ele sempre achou que a esposa do parente dele o tal do chiquinho né era uma mulher sem graça sem brilho e ele sabia que
aquela mulher que contava então com 30 anos de idade tinha se casado aos 27 e isso naquela época era considerado assim muito passar da idade para casa dela já era quase uma solteirona e ela não entanto tinha conseguido arranjar marido aos 27 anos o que foi praticamente um milagre na vida dela na vida de qualquer moça ficar para solteira era uma grande tragédia porque as mulheres dependiam do sustento dos marido é mas ela tinha se casado com esse marido que no entanto levava uma vida dupla todos na casa sabia o inclusive a moça inclusive a
mãe da moça que morava junto a sogra mas todos faziam vista grossa fingiram que não estavam vendo o marido ia visitar amante uma vez por semana e como eufemismo ele dizia que ia ao teatro todo mundo sabia que não ia o teatro coisa nenhuma ele ia se encontrar com a sua mãe te quero uma mulher separada também uma mulher muito falada uma mulher separada naquela época e enfim todos aguentavam aquilo e para o das aparências mas é que se questionar se aquilo não era motivo de sofrimento até de humilhação para essa senhora essa dona conceição
de 30 anos na noite do natal rapaz tinha combinado de ficar acordado para ir chamar um amigo para eles para eles irem juntos à missa e ele é surpreendido no meio da e pela dona conceição que surge na sala inocentemente e engata com ele uma conversa nessa conversa ele percebe na dona conceição o que ele nunca tinha percebido antes que ela era uma mulher formosa com sonhos cheio de meiguice com algum ressentimento embora ele não tivesse idade ainda para compreender aquilo ela faz menção a diversas coisinhas detalhezinhos que são simbólicos do que é o casamento
dela ela diz por exemplo que existem quadros de mulheres na sala e que ele ela achava aquilo inapropriado parecia mais apropriado para está no barbeiro não era digno aquilo é evidente que ela tá fazendo uma crítica à postura do marido marido que pulava a cerca que a traía que colocava aqueles quadros indecentes na sala é com se representassem a indecência do marido a humilhação a que ela era submetida ela dá diversas demonstrações de como o dia-a-dia da vida de casada era desprovido de alegria de amor de romance de brilho e apagavam dentro da sua condição
social de mulher casada que devia submissão e obediência ao esposo em alguns momentos o garoto ele tem 17 anos ele é muito inocente não é dotado de malícia mas ele fica perturbado com a presença daquela mulher e começa a reparar em partes do corpo dela na alvura da pele ele ver os antebraços e percebe como se pode ver as veias azuis naquela época pele muito branca era considerada de grande beleza de grande sedução ele chega reparar no as contas de chinelos que se entreveem pelo roupão no momento que ela se senta cruza as pernas coloca
o joelho direito por cima e observo o contorno das pernas dela ele começa a achá-la lindíssima ea maneira sobretudo como ela vai se soltando vai conversando faz com que ele fique inebriado por aquela explosão de vida que estava ali sufocada dentro daquela mulher tão apagada mas ele é acordado do seu devaneio o amigo vem bater chamar ele para missa do galo e ela rapidamente se recompõe a mesma condição apagada que ela tinha antes do dia seguinte ela nem mais lembra aquela moça simpática bonita doce com que ele tinha conversado ela volta a vestir a sua
máscara de mulher casada a missa e sem graça e esse conto ele ele te passa fácil dele se passar na noite de natal ele faz com que a gente fica se perguntando o que será que aconteceu nessa noite de natal será que foi algum tipo de milagre de natal o fato dessa mulher ter colocado a cabeça para fora da sua prisão doméstica da dos da condição que aprisionava o que vimos acontecendo foi simples foi sutil e ao mesmo tempo foi miraculoso e com tanta subtileza com o domínio total e completo do da atenção do tempo
da narrativa das condições dos dois personagens machado consegue fazer um retrato de uma época mostrar uma condição humana também me o restante é evidente que o que acontece com aquele rapaz adolescente é uma um encantamento mal porção sexual e a gente começa a se perguntar como a gente faz em outras obras de machado de assis será que dona conceição estava tentando seduzir garoto o que que leva uma mulher casada a sair de sair do seu quarto ir na sala conversar com um rapaz de 17 anos enquanto o marido tá fora traindo ela o que leva
uma mulher a fazer aquilo será que ela tava tentando seduzir você será que era consciente o que ela tava fazendo ou será que ela só precisava de alguém para conversar e se conta me parece de uma beleza infinita de grande ambiguidade essas perguntas não têm respostas e a cada vez que eu essa história mas eu me deleito eu e mais suposições eu faço na minha cabeça vocês podem ver o meu conto tá inteirinho rabiscado eu adoro quanto mais fascinante uma história me parece mas eu escrevo nos rodapés e nas margens das páginas porque é um
jeito que eu encontro de conversar com o escritor com o artista machado de assis é isso gente digam depois aqui embaixo nos comentários o que vocês acharam desse conto a gente se vê no próximo vídeo ou beijo e vamos estar sempre muito bem acompanhados nessa quarentena um machado de assis cadê meu machadinho olha aqui machado de assis é sempre meu fiel companheiro em todos os momentos beijão até mais é