A IDEOLOGIA ALEMÃ (P. 40 A 46): ORIGEM DO ESTADO E RELAÇÃO DO ESTADO ... - MARX E ENGELS

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ENTENDA A SOCIOLOGIA (ARIOVALDO SANTOS - UEL - PR)
Em texto que tem por subtítulo geral Origem do Estado e relação do Estado com a sociedade civil Marx...
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Olá vamos discutir hoje mais um trecho do livro A ideologia alemã escrito por Marx e engels hoje vamos tratar da página 40 até a página 46 da edição da ideologia alemã publicada pela boitempo editorial este item que vamos discutir tem por título geral a origem do estado e relação do estado com a sociedade civil ou seja como a Instância estado se relaciona com as relações sociais de produção uma vez que para Marx e para Angels o estado não é uma criação do pensamento e sim decorrência de desenvolvimentos históricos específicos começam observando o que a história
Portanto o mundo dos homens nada mais é do que o suceder-se de gerações distintas em que cada uma delas explora os materiais Os Capitais e as forças de produção a ela transmitidas pelas gerações anteriores isto quer dizer que cada período histórico produz conquistas no interior da vida material e estas conquistas são transmitidas para as gerações posteriores que aprimoram estas conquistas negando para as gerações que se sucedem estas novas conquistas portanto estabelece-se no interior do mundo dos homens um processo civilizatório aquilo que a história da humanidade é importante observar que quando o Marcos fala Os Capitais
ele não está se referindo ao capital tal como o conhecemos Ou seja aquele processo pelo qual dinheiro é posto para produzir para acumular produzir não mas para acumular mais dinheiro uma vez que é o trabalho que produz a possibilidade de acúmulo do Capital capitais aqui está no sentido de conquistas estabelecidas pelos homens em determinado momento no seu intercâmbio com a natureza portanto prosseguem ela continua atividade anterior sob condições totalmente alteradas e modifica com uma atividade completamente diferente as antigas condições o que pode ser especulativamente distorcido ao converter-se a história posterior na finalidade da anterior com
isto Marques e engels querem dizer o seguinte não existe uma teleologia da história a história não tem uma finalidade que já esteja previamente contida nela as conquistas anteriores não apontam necessariamente para o que será a história posterior a história que vem na sequência mas apenas coloca elementos potenciais que podem ou não se realizar no momento subsequente o fato de nos encontrarmos em um elevado estágio de desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo contemporâneo não significa que inevitavelmente teremos o comunismo pelo contrário é necessário que para que estas forças produtivas se realizem no sentido da Constituição de
um modo de produção comunista operem outros elementos sem o que este desenvolvimento fica para o gênero humano apenas enquanto potencialidade a ser realizada mas o fundamental que Marx está apontando aqui é que se cria um laço civilizatório nos homens em cada indivíduo está contido o conjunto da humanidade cada indivíduo não é um ser isolado no mundo mas pelo contrário ele traz consigo todos os desenvolvimentos pretéritos atingidos pelo gênero humano prosseguem os dois observando que da história anterior não é nada além de uma abstração da história posterior significa que a história anterior ela coloca as potencialidades
mas ela necessariamente não está dizendo o que vai ser um momento posterior podemos investigar o que vai ser o momento posterior enquanto tendência mas não enquanto inevitabilidade daí que este momento anterior ele coloca as potências ele tem uma influência ativa que pode ser exercida no momento posterior o desenvolvimento das forças produtivas favorece a Constituição de uma sociedade que esteja para além do Capital isso não quer dizer que necessariamente se terá uma sociedade comunista Pode ser que a humanidade se autodestrua antes que o capitalismo seja superado por um outro modo de produção Marques e englios observam
que no curso desse desenvolvimento se expandem os círculos singulares que atuam uns sobre os outros estes círculo singulares são aqueles pequenos agrupamentos humanos que progressivamente vão entrando em contato entre si de tal modo que aqueles agrupamentos que se encontram num estágio de desenvolvimento mais avançado trazem para este mesmo estágio de desenvolvimento aqueles agrupamentos que estavam em um estágio de desenvolvimento sócio-histórico menos avançado portanto no curso deste desenvolvimento se expandem os círculo singulares que atuam sobre os outros quanto mais o isolamento primitivo das nacionalidades singulares é destruído pelo modo de produção desenvolvido pelo intercâmbio e pela
divisão do trabalho surgida de forma natural entre as diferentes Nações tanto mais a história torna-se história mundial de modo que por exemplo se na Inglaterra é inventada uma máquina que na indústria e na China Tira o pão de números Trabalhadores isso subverte toda a forma de existência destes impérios a que Marx está pegando mais um momento do processo civilizatório diz Marques dizem Marx e englis no Manifesto por exemplo o capitalismo arrasta para a civilização até as ações mais bárbaras e Todas aquelas que se encontravam em um patamar menos desenvolvido se confrontam cedo ou tarde como
este desenvolvimento aqui é a mesma ideia na medida em que o capitalismo se desenvolve ele vai trazendo para a esfera do capitalismo territórios que até então estavam à margem deste processo é o que ele está falando Das nacionalidades singulares o território da Índia ele estava distante da Europa no entanto na medida em que o capitalismo se desenvolve ele se estende para a Índia e começa a fazer a Índia a participar deste processo civilizatório a mesma coisa Os territórios da América Latina pensemos o Brasil como que o Brasil e foi se inserindo progressivamente na Esfera do
capital de tal modo que dimensões presentes no capitalismo europeu começaram a penetrar também no território brasileiro trazendo a colônia para a esfera do capitalismo também a República é este momento no qual se sai de uma determinada maneira de ser gerir a economia para uma que passa a ser integrada cada vez mais ao circuito do capitalismo Mundial daí que no curso desse desenvolvimento se expandem círculos singulares que atuam uns sobre os outros quanto mais o isolamento primitivo das nacionalidades singulares é destruído pelo modo de produção desenvolvido no caso modo de produção desenvolvido é o capitalismo pelo
intercâmbio e pela divisão do trabalho surgida de forma natural natural no sentido de necessária que está presente no interior do processo necessária entre as diferentes Nações tanto mais a história torna-se história mundial portanto cada vez menos temos a história se passando na Esfera local o mundo vai cada vez mais se integrando em uma rede complexa de relações pensemos por exemplo as articulações existentes entre os elos débeis e os elos fortes do capitalismo analisados por Lene no livro O Imperialismo estágio superior do capitalismo para Marx e engels esta transformação da história em história mundial não é
um ato da autoconsciência portanto não é o pensamento que produz esta transformação mas são condições concretas que conduzem a Constituição da história mundial e aqui ele está fazendo um embate com o idealismo não é o pensamento que foge a realidade o pensamento ele interioriza os elementos da realidade e reflete sobre esses elementos de tal modo a colocar respostas a realidade Que Tem Diante de si essa transformação da história em história mundial não é um ato da auto consciência mas uma ação material verificavel da qual cada indivíduo fornece a prova na medida em que anda e
para come bebe esse veste como isto Marques e englios querem dizer o seguinte horas o homem Ele não se alimenta de uma determinada maneira não anda na posição bípede não se veste de um determinado modo simplesmente por um ato do pensamento para que isto ocorra foram necessárias conquistas históricas e que só podem ser explicadas pela atividade prática dos homens ao longo dos séculos é um fato disso Marx e englios dizem Marx e englios é um fato empírico portanto constatável pelos órgãos dos sentidos é um fato empírico que os indivíduos singulares com a expansão da atividade
numa atividade histórico Mundial tornam-se cada vez mais submetidos a um poder que lhes é estranho ao mesmo tempo é que se desenvolve a história mundial se desenvolve também uma certa margem de mistificação das relações sociais os homens vivem no mundo globalizado mas não conseguem compreender efetivamente O que é este mundo globalizado pensa neste mundo globalizado como forças mágicas do mesmo modo que os homens envolvidos no processo de Constituição do mercado mundial a época de Marx viam todo aquele desenvolvimento como estranho não como produto da sua própria ação no mundo e sim como forças Independentes as
quais eles precisavam ser subordinados do mesmo modo que hoje os indivíduos vem ou capitalismo Mundial como forças as quais eles precisam ser subordinar veja se por exemplo esta Mística que existe em relação ao mercado se fala do mercado como se fosse uma força mágica pairando sobre os indivíduos e força esta que eles não têm como controlar ou que não teriam como controlar quanto mais o mercado mundial se desenvolve portanto quanto mais as relações capitalistas de produção se desenvolve desenvolvem mais esse misticismo se acentua mais este feticismo social se acentua e Isto pode ser constatado dizem
Marx e engels empiricamente isso pode ser superado com o desmoronamento do Estado de coisas existentes da sociedade ou seja só é possível a superação de toda esta mitificação social de todo este feticismo social superando as próprias bases que estruturam a sociedade capitalista e portanto o próprio modo de produção capitalista para Marx e engels isto implica um processo revolucionário que conduza a Constituição da sociedade comunista entendendo-se por comunismo um determinado modo de produção que não está mais ancorado nas relações de classe e na qual a base principal é a de constituir as condições necessárias para a
fruição da existência humana para o exercício das potencialidades humanas daí Marx e engels dizerem que este mercado e este fetichismo existente no mercado mundial pode ser percebido observado empiricamente e só pode ser superado com desmoronamento do Estado de coisas existentes da sociedade o que por sua vez só pode ser realizado por obra da revolução comunista e com a superação da propriedade privada superação esta que é Idêntica aquela revolução horas Marcos e englis estão colocando aqui o seguinte a finalidade da revolução não é reconstituir a sociedade com novos proprietários dos meios de produção e novos explorados
por pelo fato de que a propriedade não é propriedade coletiva a finalidade é abolir a propriedade privada uma vez que propriedade privada pressupõe relações sociais de exploração e este processo tem que ser realizado pela revolução para Marx e engels uma revolução comunista só tem efetivamente sentido se ela conduzir a eliminação a abolição das relações sociais de produção ancoradas em classes sociais portanto a revolução comunista ela é a dissolução da propriedade privada e instauração da propriedade coletiva dos meios sociais de produção é com isto com esta revolução que retoma ou permite aos homens se reapropriarem das
forças produtivas sociais do trabalho é por meio desta revolução que se dissolve este poder misterioso é por meio dela que é dissolvido e que se instaura a verdadeira Liberdade do indivíduo singular esta liberdade será tanto mais profunda na medida em que a sociedade que passa a se constituir a sociedade comunista for permitindo for criando as condições para o maior terreno de fruição da existência humana para o terreno de uma maior exercício das potencialidades humanas por parte de cada indivíduo daí Marques afirmar que a efetiva riqueza espiritual do indivíduo depende da riqueza das suas relações sociais
se ele vive em uma sociedade de classes na qual ele subordina grande parte da sua existência a um trabalho que se apresenta sobre a forma de trabalho assalariado pouco tempo resta para que ele possa fazer a fruição da vida cotidiana mas se existir uma sociedade na qual o tempo de trabalho socialmente necessário é reduzido e o tempo livre é ampliado criam-se as condições para que este indivíduo faça fluir as suas potencialidades humanas aprender música aprender a escrever romance poesia fazer escultura e outras potencialidades mais que poderiam ser exercidas para da dimensão de cada indivíduo somente
assim prosseguem eles os indivíduos singulares são libertados das diversas limitações nacionais e locais são postos em contato prático com a produção incluindo a produção Espiritual do mundo inteiro em condições de adquirir a capacidade de fruição dessa multifacetada produção de toda a terra que é criação dos Homens o mundo é criação dos homens a dependência multifacetada na medida em que os vários territórios passam a entrar em contato entre si o homem Ele vai entrando em contato também com o conjunto da humanidade há um exemplo dado por lukaku em seu livro no qual estuda o jovem Reino
no qual ele mostra por exemplo ou ele cita por exemplo como que os desdobramentos da Revolução Francesa A Era napoleônica permitiu que os homens passassem a se reconhecer como seres universais na medida em que os exércitos percorriam a Europa aqueles indivíduos pertencentes ao exército eles começavam a entrar em contato com outras culturas e a se perceberem como homens do mundo e não apenas como homens de um determinado território a dependência multifacetada essa forma natural da cooperação histórico Mundial natural sempre no sentido de momento necessário da cooperação histórico Mundial dos indivíduos é transformada por obra dessa
revolução Comunista no controle e domínio consciente desses poderes que criados pela atuação recíproca dos homens a eles se impuseram como poderes completamente estranhos e os dominaram portanto a revolução comunista permitiria que os homens voltassem a recobrar a consciência ou a compreensão de que tudo que existe é produto da própria ação dos homens e não de forças externas ou de forças místicas Marques e engels prosseguem sua reflexão observando que no desenvolvimento das forças produtivas advém surge uma fase em que aparecem forças produtivas e meios de intercâmbio que no Marco das relações existentes no caso no Marco
das relações capitalistas causam somente malefícios e não são mais forças de produção mas forças de destruição maquinaria e dinheiro e isso e ligada a isso surge uma classe que tem de suportar os fardos da sociedade sem desfrutar de suas vantagens e que expulsa da sociedade é forçada a oposição a todas as outras classes uma classe que configura a maioria da sociedade e da qual a consciência da necessidade de uma revolução radical a consciência comunista já está colocada trata-se aqui de uma passagem que envolve vários elementos o primeiro deles é o desenvolvimento das forças produtivas Marques
e engels dirão por exemplo no Manifesto do Partido Comunista que a burguesia desempenhou na história um papel fundamentalmente revolucionário revolucionário no sentido de transformador na medida em que ela superou a sociedade feudal e apresentou Quais são as potencialidades humanas que podem ser desenvolvidas no entanto as revoluções burguesas não tem por finalidade instaurar uma sociedade de homens iguais mas tão somente de homens juridicamente iguais igualados apenas no plano da Lei horas isso significa que a propriedade continua sendo propriedade privada e não propriedade coletiva e que portanto em vez de abolir relações sociais de exploração as revoluções
burguesas consolidam novas relações sociais de exploração utiliza as forças produtivas para consolidar o domínio da burguesia e não para garantir a fruição da existência humana a maquinaria ela vem nesse sentido ela encurta o tempo de trabalho mas intensifica a extração da mais-valia Absoluta e relativa o dinheiro ele passa a ser o mediador Universal entre mercadorias mas ele apenas o mediador que vai fazer com que os homens entre em contato em contato entre si para venderem o que possuem e não contatos verdadeiramente humanos relações verdadeiramente humanas daí eu ia afirmar que no desenvolvimento das forças produtivas
advém uma fase em que surgem forças produtivas e meios de intercâmbio que no Marco das relações existentes das relações capitalistas causam somente malefícios para o gênero humano e não são mais forças de produção não impulsiona a Humanidade para o exercício da fruição da existência mas forças de destruição uma vez que torna o trabalho cada vez mais unilateralizado e potencializa os graus de alienação dos homens alienação entendida enquanto dissociação dois exemplos são a maquinaria e o dinheiro passa a ser uma mediador Universal das trocas ligada isto a esse desenvolvimento da burguesia há também o desenvolvimento de
uma outra classe aquela que é obrigada a suportar os fardos do universo burguês a fim de permitir a acumulação de Capital esta contraposição estará colocada mais uma vez no texto posterior à ideologia alemã que é o Manifesto do Partido Comunista quando Marx e engels dizem mas a burguesia não gerou apenas a morte da sociedade feudal gerou também a classe que vai colocar fim ao seu domínio o proletariado moderno este proletariado moderno vai ser a classe dele possuída que tomando consciência desta disposição tende a se colocar em contraposição ao domínio burguês portanto ao domínio do Capital
no interior da sociedade e aí que Marques observam que surge uma classe que suporta os fardos verdade sem desfrutar de suas vantagens ou seja de todas as potencialidades humanas que foram geradas pelo desenvolvimento da sociedade burguesa esta classe que está expulsa da sociedade expulsa Não no sentido de que ela não participa da sociedade não existe na sociedade e sim no sentido de que ela não desfruta das riquezas sociais geradas no interior da sociedade e que expulsa da sociedade é forçada a oposição a todas as outras classes portanto proletariado está colocada na necessidade de lutar contra
não se trata de uma escolha no plano da consciência quero ou não quero a sociedade capitalista é necessário que ele tome consciência do que significa sociedade capitalista e que sua existência tende a ser cada vez mais miserável na medida em que a sociedade capitalista permanece classe que configura a maioria dos membros da sociedade e da qual emana a consciência da necessidade de uma revolução radical de uma transformação profunda das relações sociais de produção e essa transformação profunda das relações sociais de produção burguesas exige a consciência comunista observam ainda Marques e engels que as condições sobre
as quais determinadas forças de produção podem ser utilizadas são as condições da dominação de uma determinada classe da sociedade cujo poder social derivado de sua riqueza tem sua expressão prático Idealista na forma de estado existente em cada caso aqui ambos estão introduzindo a questão do Estado o estado não surge por um ato de Alto consciência por uma vontade do Espírito o estado surge em razão de determinadas condições concretas que perpassam o desenvolvimento histórico social mas onde quer que o estado tenha se manifestado ele sempre atua no sentido garantir os interesses da propriedade privada de garantir
os interesses da classe dominante daí afirmar em que as condições sobre as quais determinadas forças de produção pode ser utilizadas sob as condições da são as condições da dominação de uma determinada classe da sociedade cujo poder social derivado de sua riqueza resultante do acúmulo da propriedade das mãos de poucos tem sua expressão prático Idealista na forma do Estado prático porque o estado resulta da ação dos homens Idealista na medida em que se interpreta o estado como sendo o estado de todos quando na verdade o estado é o estado de uma determinada Classe A classe que
domina econômicamente precisa também dominar politicamente como dizem Marx e engels Em outro momento da ideologia alemã razão pela qual toda luta revolucionária dirige-se contra uma classe que até então dominou toda a classe que busca dominar e portanto implementar seu projeto de sociedade necessita de tomar o poder do estado não tem como estabelecer um novo modo de produção sem o controle do poder político do estado Só o poder econômico garante uma certa força mas é necessário que além do controle sobre as relações sociais de produção haja também o controle de um aparato que permite ou restabelecer
as condições de classe sobre outras formas ou abolir as relações de classe por este caminho se entra na discussão da ditadura do proletariado ou do Estado de transição que foi analisado insistentemente por lerem no seu livro o estado e a revolução discussão essa que não faremos neste momento se não nos desviaríamos muito da reflexão que Marx Está apresentando aqui neste momento observam ainda Marques e engels que todas as revoluções anteriores portanto todos os processos radicais que conduziram a passagem de um modo de produção para o outro a passagem do modo de produção como não primitivo
para o modo de produção escravista do modo de produção escravista para o modo de produção feudal e do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista em todas as revoluções anteriores a forma da atividade permaneceu intocada isto quer dizer o quê desde que se saiu do comunismo primitivo todas as transformações que ocorreram no interior da história as transformações radicais que ocorreram no interior do mundo dos homens conduziram ao restabelecimento dos ordenamentos de classe e não a superação da sociedade de classes em todas as revoluções anteriores a forma da permaneceu intocada e tratava-se apenas
de instaurar uma outra forma de distribuição dessa atividade como é que as classes vão se distribuir no interior da sociedade uma nova distribuição do trabalho entre outras pessoas aqueles que executam atividade e aqueles que comandam a atividade enquanto a revolução comunista aquela que procura superar a sociedade burguesa volta-se contra a forma da atividade existente volta-se contra as relações de dominação de classe até existe até então suprime o trabalho trabalho aqui o trabalho assalariado é impossível existir uma sociedade sem trabalho sem atividade prática dos homens mas é possível você ter uma sociedade onde o trabalho não
seja exercitado em condições de assalariamento suprime meu trabalho e supera a dominação de todas as classes ao Superar as próprias classes ao abolir as próprias classes e esta revolução é realizada pela classe que está em condições de exploração portanto proletariado moderno esse proletariado moderno se coloca em ação para abolir todas as relações de classes todas as separações dos homens em nacionalidades entre outros elementos que isolam os homens do conjunto da humanidade só que este processo não se dá a margem da sociedade capitalista ele se dá explorando as potencialidades geradas pela própria sociedade capitalista daí Marx
Marx e engels observarem que esta sociedade Ela nasce do interior da sociedade atual ou seja ela nasce das entranhas da própria sociedade burguesa colocam ainda Marques e engels que para a criação em massa desta consciência comunista tanto quanto para o êxito da própria causa ou seja da revolução que conduz a abolição das classes Face necessário uma transformação massiva dos Homens o que só pode realizar o que só se pode realizar por um movimento prático por uma revolução então a revolução não é um ato da consciência é um ato pelo qual tomando consciência da necessidade de
superar as relações sociais de produção os homens os indivíduos se colocam enquanto classe explorada na luta pela derrocada da sociedade que solidifica as relações de classe a revolução portanto é necessária não apenas porque a classe dominante não pode ser derrubada de nenhuma outra forma não tem como falar para burguesia Olha você já dominou durante mais de dois séculos é o momento do proletariado tomar as rédeas da situação a burguesia ela sempre vai impor resistência a qualquer transformação ou a qualquer indício que ameaça o seu poder de classe Basta ver por exemplo no caso brasileiro Como
que o capital ele levanta uma série de restrições mesmo quando se trata de um partido extremamente reformista como é o caso do PT do Partido dos Trabalhadores daí que a Revolução é necessária não apenas porque a classe dominante não pode ser derrubada de nenhuma outra forma mas também porque a classe que derruba detém o poder de desembaraçar-se de toda a antiga imundície e de se tornar capaz de uma nova fundação da sociedade portanto a que Marx e ambos estão se referindo ao que seria a ditadura do proletariado seria o controle do Poder de estado nas
mãos do proletariado mas para abolir todas as relações de classe só que para bovir todas as relações de classe é necessário derrotar inicialmente a própria resistência que a classe burguesa destronada ou expulsa do controle do aparato de estado vai interpor Face a Face trabalhadora organizada esta concepção da história consiste portanto dizem Marx e engels em desenvolver o processo real de produção a partir da produção material da vida imediata e em conceber a forma de intercâmbio conectada a esse modo de produção e por ele engendrada quer dizer a sociedade civil em seus diferentes estágios como fundamento
de toda a história tanto a apresentando em sua ação como estado como explicando a partir dela o conjunto das diferentes criações teóricas e formas da consciência religião filosofia moral etc etc e em seguir o seu processo de nascimento a partir dessas criações o que então torna possível que há coisas seja apresentada em sua totalidade horas o que estão dizendo aqui estão dizendo o seguinte se queremos compreender o mundo dos homens temos que ir partir dali de onde o mundo dos homens se realiza que são nas relações sociais de produção temos que partir da base material
da sociedade para compreender como que o processo real de produção ao se desenvolver foi produzindo também vidas cotidianas totalmente distintas e modos de produção totalmente distintos mas não apenas isso além de produzir uma determinada maneira dos homens produzirem e reproduzir em sua existência material estes modos de produção eles produziram também ou constituíram também formas de aquilo que Marques vai chamar por supra-estrutura é no terreno da supra-estrutura que vamos encontrar por exemplo a forma de consciência religiosa a forma de consciência filosófica a forma de consciência moral entre outras formas de consciência que marcam a vida cotidiana
dos indivíduos a que marcas já aponta também para uma discussão que fazem outro momento que é da relação entre infraestrutura base material da sociedade e Supra estrutura as manifestações políticas e ideológicas religiosas que passam a maneira como os homens apreendem estas relações materiais de produção e mesmo autonomizam estas formas super estruturais da sua base material de tal modo a se produzir uma consciência de que seria o pensamento que move a história e não atividade prática dos homens no seu intercâmbio com as condições materiais de existência continuam Marx e Anderson ela não tem necessidade como da
Concepção materialista não tem necessidade como da Concepção Idealista da história a ideia de que é o pensamento que forja o mundo de procurar uma categoria em cada período categoria de análise mas sim de permanecer constantemente sobre o solo da história real e o solo da história real é a maneira como os homens em cada tempo histórico produzem e reproduzem a sua existência não se trata de explicar a práxis atividade dos homens do mundo mediada pela reflexão não se trata de explicar a práxis partindo da ideia daquilo que os homens imaginam que seja o mundo mas
de explicar as formações ideais ou seja explicar estas representações que os homens elaboram do mundo a partir da prática material a partir da atuação real destes homens do mundo e chegar com isso ao resultado de que todas as formas e todos os produtos da consciência não podem ser dissolvidos por obra da crítica espiritual por sua dissolução da autoconsciência não é o pensamento que se auto-reformulando produz a transformação da realidade o pensamento ele tem que entender para a realidade captar os elementos da realidade interiorizar esses elementos e propor respostas a esta realidade respostas que estejam em
consonância com as potencialidades e possibilidades postas pela realidade é necessário portanto né superar o idealismo é pela demolição prática das relações sociais reais de onde provém estas enganações idealistas que se deve partir não é a crítica não é o pensamento mas a revolução portanto agir prático dos homens no mundo a força motriz da história e também ela é esta ação prática dos homens do mundo que produz estas manifestações estruturais como a religião a filosofia e toda a forma de teoria Marx e engenhos coloca a seguinte questão o que mostra esta concepção materialista da história e
respondem essa concepção mostra que a história o mundo dos homens não termina por dissolver-se como espírito do Espírito não é o resultado de um pensamento que produz pensamento ou que explica tudo no plano do pensamento não se dissolve na auto consciência mas que em cada um dos seus estágios em cada um dos momentos de desenvolvimento das relações sociais de produção da base material da sociedade encontra-se um resultado material uma soma de forças de produção uma relação historicamente estabelecida com a natureza e que os indivíduos estabelecem com os outros a uma relação dos homens com a
natureza com as condições objetivas mas também dos homens entre si relação que cada geração recebe da geração passada uma massa de forças produtivas capitais e circunstâncias que embora seja por um lado modificada pela nova geração por outro lado prescreve a esta última suas próprias condições de vida ele confere um desenvolvimento determinado um caráter especial que portanto a circunstâncias fazem os homens assim como os homens fazem as circunstâncias a geração posterior herda conquistas da geração anterior e tem que partir necessariamente destas conquistas não vai construir uma nova Sociedade do jeito que quer tem que explorar as
condições existentes mas explora estas condições existentes no sentido de avançar em relação a elas e aprofundar o domínio dos homens sobre as condições objetivas e aprofundar inclusive as relações sociais entre os homens no sentido de constituir constituir-se cada vez mais em homens universais e produzirem cada vez mais uma história Universal daí Marques a falar Marques e Engenheiros falarem que a circunstâncias fazem os homens as condições concretas exigem certas ações naqueles seres concretos assim como os homens fazem circunstâncias eles partem das condições concretas e buscam transformar estas condições concretas subordinando essas condições concretas as suas necessidades
reais essa soma de forças de produção capitais e formas sociais da intercâmbio que cada indivíduo e cada geração encontram como algo dado é o fundamento real essas condições de vida prosseguem ambos essas condições de vida encontradas pelas diferentes gerações decidem se as agitações revolucionárias que periodicamente se repetem na história são fortes ou bastante para subverter as bases de todo de todo o existente se os elementos materiais de uma subversão total que são sobretudo de um lado as forças produtivas existentes e de outro a formação de uma massa revolucionária que revolucione não apenas as condições particulares
da sociedade até então existente como também a própria produção da vida que ainda vigora não existem então é indiferente para o desenvolvimento prático se a ideia dessa subversão já foi proclamada uma centena de vezes como demonstra a história do comunismo com isso eles querem dizer o quê que são necessárias certas condições materiais para que a história se transforme no entanto é necessário também que os homens tomem consciência da Necessidade destas transformações e que haja uma convergência entre condições objetivas e condições subjetivas não basta apenas querer o comunismo no pensamento é necessário saber se as relações
sociais de produção amadureceram o suficiente para permitir a realização do comunismo uma vez que o comunismo não é a socialização da miséria e sim a socialização da riqueza social Marques e engels tem forte resistência ou mesmo até mesmo uma negação de pensar em o comunismo ali onde as forças produtivas não estivessem desenvolvidas como eles dizem em determinada passagem da ideologia alemã caso comunismo ocorresse em uma sociedade onde as forças produtivas não estão desenvolvidas toda desgraça anterior se restabeleceria uma vez que os indivíduos teriam que partilhar em cima do pouco portanto socializar a miséria e não
a riqueza social nesta passagem eles estão apontando para este elemento que não basta você ter elaborado no plano da consciência uma sociedade maravilhosa ou a necessidade do comunismo ou então de como chegar ao comunismo é necessário saber se aquilo que o pensamento está colocando está em sintonia com as possibilidades e as potencialidades dadas pelo mundo real pelas condições materiais de existência pelas relações reais existentes entre os indivíduos não basta simplesmente os indivíduos falarem Trabalhadores estamos unidos pela mesma causa é necessário que se desenvolva na consciência dos trabalhadores a clareza porque aqueles partidos que se avoram
em defesa dos trabalhadores Compreendo o que significa aquele ideário aquele conjunto de ideias que aquele partido está tentando colocar sem o quê esses partidos continuarão a recorrer por exemplo no processo eleitoral 0,10,2% do de votos do eleitorado toda a concepção de história existente até então naquele período da primeira nas primeiras décadas do século XIX que era a concepção fundamentalmente Idealista da história toda concepção histórica existente até então ou desconsidera essa base real da história ou a considera como algo acessório fora de conexão com fluxo histórico ou seja se Desconsidera a Vida Prática a existência prática
da vida social como importante uma vez que é o pensamento que comanda tudo ou então quando se olha para base material se olha apenas como Aquela esfera na qual os homens extraem a sua sobrevivência e não com uma base real a partir da qual se estruturam as ideias se tem neste ou naquele período histórico a produção real da vida aparece como algo pré-histórico Vão buscar a explicação do mundo contemporâneo em um passagem um pão e um momento passado distante e Imaginário e não na própria base real do mundo que está constituído a produção real da
vida parece como algo pré-histórico enquanto elemento histórico o mundo real existente aparece como algo superado da vida comum como algo extra e Supra terreno o mundo real não é levado efetivamente em consideração olha-se para o passado mas não se olha para o presente com isto a relação dos homens com a natureza é excluída da história O que é engendra a oposição entre natureza e história daí que tal concepção veja na história apenas ações políticas dos Príncipes e dos Estados muitas religiosas e teóricas que ela tenha de compartilhar em cada época histórica da ilusão desta época
daí que ao não se ver a totalidade das condições reais de existência das relações sociais se olha se passa a olhar para aqueles aspectos mais isolados as lutas religiosas ou então para as formas políticas se é democracia se é autocracia se é monarquia ou então para os grandes feitos dos homens como que os indivíduos mudam a história como que Napoleão muda a história como outras lideranças como Church ou mudou os rumos da guerra e não se olha para a totalidade para compreender como que aquelas individualidades aquelas ideias elas são expressão de uma totalidade social e
para se compreender a esta totalidade social é necessário olhar para a base material da sociedade como que esta base material da sociedade está constituída sem fazer isso a única coisa que se consegue concluem Marx e engels é transitar no domínio do Espírito puro ou seja do pensamento descolado da realidade e com isso ampliar o grau de todas as ilusões que tem atuado no sentido de se apresentarem ou como aparentemente movimentando a história daí que a dissolução real prática destas fraseologias destas ideias isoladas o afastamento dessas representações da consciência dos homens só será realizada por circunstâncias
modificadas e não por deduções teóricas para a massa dos homens quer dizer para o proletariado estas representações teóricas não existem e aqui Marques Está se referindo a um proletariado que no século XIX estava adquirindo cada vez mais um grau elevado de consciência de classe hoje temos um proletariado que a está profundamente absorvido pelas mistificações pelos fetichismos produzidos pela sociedade contemporânea pela sociedade capitalista contemporânea daí se torna necessário Remar tudo novamente para desenvolver junto a esta classe a consciência de classe sem essa consciência de classe está vedada a possibilidade de qualquer processo de transformação que se
aproprie das forças objetivas das condições objetivas hoje altamente desenvolvidas naquele período Marx e enros entendiam que o proletariado estava forte o suficiente para abolir as relações sociais de produção capitalista a história mostrou que o capital consegue criar mecanismos de resistência muito mais profundas e consegue produzir mecanismos de mistificação social consciente ou inconscientemente muito mais profundos também que obstaculizam este desenvolvimento das massas com estas observações Marques e envios encerram estas reflexões que estão entre a página 40 e 46 da ideologia alemã na edição publicada pela boitempo editorial Espero que tenham gostado da discussão embora ela tenha
sido bastante longa encaminha em suas considerações positivas e negativas e continuemos aqui em nosso trabalho em defesa da sociologia e do pensamento crítico até uma próxima oportunidade
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