Bioeletricidade (Parte 2)

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Kemile Leão
Video Transcript:
hoje vamos dar continuidade a nossa aula de bioeletricidade do corpo humano nós aprendemos então diferença entre potencial de repouso e potencial de ação potencial de ação nada mais é que o impulso nervoso e esse impulso nervoso é um sinal que vai ser gerado conduzido e transmitido pelo neurônio é por causa do impulso nervoso que nós percebemos o mundo é por conta dele que nós pensamos que nós conseguimos contrair os nossos músculos e que nós conseguimos até mesmo nos deslocar né imagina em um estímulo tátil por exemplo como é que você consegue sentir o teclado do
computador nos seus dedos é simplesmente porque as teclas estimulam receptores mecânicos que estão ali na ponta do seu dedo então isso significa que você abrir canais de sódio a causar uma despolarização da membrana plasmática esse sinal vai percorrer um neurônio até o nosso cérebro aonde o impulso nervoso vai ser interpretado isso daí é um exemplo daquela via aferente sensorial e nós temos também um exemplo de via eferente ouvir a motora que aquele neurônio que conduz o impulso nervoso até uma célula muscular as duas células elas não estão fisicamente ligadas entre as células nervoso e as
células muscular tem uma fenda que assinasse o impulso nervoso ele vai ser transmitido quando ocorre a liberação do neurônio dos neurotransmissores lá na célula muscular tem uma área que é chamada de placa motora que têm receptores que são os canais de sódio e esses receptores eles vão ser estimulados pelos neurotransmissores esses canais eles vão ser atriz vão causar descolonização vai abrir outros cá o que são os canais de sódio voltagem dependente e ao final do processo vai induzir a contração muscular então depois de acontecer tudo isso é que você vai lá e aperta uma tecla
no computador então para gente poder entender impulso nervoso entender neurotransmissão a gente precisa de todas aquelas aulas anteriores entender biofísica das membranas entender os processos de transporte passivo transporte ativo entender os canais de sódio canais de potássio ação da bomba de sódio app asi tão tudo isso a gente precisa a gente precisa dessa base para poder entender todo esse mecanismo hoje então nós vamos conversar em detalhes sobre toda essa historinha que eu acabei de contar para vocês para a gente conseguir compreender o mecanismo de transporte do impulso nervoso através das nossas células e vamos começar
nos lembrando quem são os neurônios neurônios nada mais é do que um tipo de célula que está presente no nosso corpo são as células responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos assim como todas as células o neurônio também tem um núcleo ele tem as organelas mitocôndrias retículo complexo de golgi como todas as células do nosso corpo e a função dos neurônios é a transmissão dos impulsos nervosos os neurônios eles são constituídos basicamente por três estruturas que é o corpo celular os dendritos e os axônios eles vão ser então as células responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos
e eles constituem cerca de dez porcento do tecido nervoso do nosso corpo e o que que é isso impulso nervoso o impulso nervoso esse é o aumento do potencial de membrana a gente sempre leva em conta a face interna da membrana não se esqueça o impulso nervoso ele vai ser propagar então pela célula a despolarização ela vai ser ocasionada pela entrada dos rios sódio que estão aí representados em laranja e a repolarização vai ocorrer pela saída do potássio que tá aí representado em azul na despolarização a célula vai ganhar cargas positivas por conta do cátion
sódio ou seja a despolarização ela vai aumentar o potencial de membrana olha aí no cantinho esquerdo o potencial de membrana aumentando parte de menos 70 e à medida que os rios sódio migram para dentro da célula vai havendo um aumento do potencial de membrana né agora na repolarização é a célula vai perder cargas positivos o potássio que é um cátio também ele sai da célula então com isso a gente tem uma redução do potencial de membrana e aí depois nós temos que nos lembrar também que nós temos a bomba de sódio-potássio que vai restabelecer o
gradiente de concentração voltando com os íons potássio para dentro da célula e expulsando-os e um sódio para fora da célula meio esse do celular temos que nos lembrar também que o impulso nervoso ele é unidirecional isso acontece porque os canais eles têm três estados os canais de sódio os canais de potássio lembro eles têm o estado fechado o estado aberto e o estado inativo o canal quando ele é estimulado ele passa de fechado para aberto logo depois ele se fecha ficando por um tempo é nativo e ainda não pode ser aberto por estímulos quando ele
está inativo isso é para poder impedir justamente o retorno do impulso nervoso e aí posteriormente o canal ele volta seu estado de fechado e quando o canal tá fechado ele pode então ser aberto novamente por novos estímulos e depois que o potencial de ação percorre toda membrana de um neurônio ele vai ser transferido para outro neurônio e aí a gente vai ter a continuação da propagação do impulso nervoso ou então esse impulso nervoso ele pode também ser transferido para onde para uma célula muscular ou de ele vai provocar a contração do músculo bom então a
transmissão do impulso nervoso de um neurônio a neurônio ela vai acontecer através da ltda junções neuronais é a região ltda sinapses sinapse então nada mais é do que aquelas zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outros neurônios células musculares ou células glandulares tão do ponto de vista anatômico do ponto de vista funcional assinar se ela é composta por três grandes compartimentos a gente tem a membrana da célula pré-sináptica a gente tem a fenda sináptica e nós temos a membrana pós-sináptica lembrando que é na membrana pós-sináptica as células pós-sináptica se elas podem ser neurônios
ou não eu posso de uma célula muscular posso ter uma célula glandular então eu tenho o preço na ártico e eu tenho células pós-sinapticos que podem ou não ser neurônios a transmissão do impulso nervoso ela pode ocorrer então através de dois tipos de ensinasse a gente tem a sinapse elétrica e a sinapse química na sinapse elétrica nós temos a membrana pré-sináptica ea membrana pós-sináptica diretamente conectadas como a gente pode ver aqui nesse exemplo através dos canais de membrana então aqui a gente tem a transferência das informações entre as células através de acoplamento e o único
direto à condução aquela ocorre de forma muito rápida e a gente tem ausência do retardo simpático ao contrário da sinapse química na sinapse química a gente tem as vesículas que nós vamos discutir um pouquinho mais a respeito disso daqui essas vesículas vão liberar substâncias químicas aqui na fenda é e essas vesículas químicas aqui elas vão dar continuidade a transferência de informações a sinapse elétrica ela acontece no músculo cardíaco lá no nosso coração e acontece também no músculo liso na bexiga no útero e já a sinapse química nós vamos discutir um pouco mais agora diante quando
o potencial de ação percorre então o neurônio pré-sináptico ocorre a liberação de algumas substâncias químicas que nós chamamos de neurotransmissores os neurotransmissores estão presentes ali nas terminações axônicas dentro de vesículas sinápticas o neurotransmissor ele vai ser liberado ele inundada a fenda sináptica e ele vai se ligar ao neurônio ou a célula pós-sináptica dessa forma então o curso que percorreu toda a membrana excitável do neurônio pré-sináptico ele vai ser agora transferido para o neurônio pós-sináptico dando continuidade a transmissão nervosa nós estamos falando agora de um novo tipo de molécula então né os neurotransmissores que que são
neurotransmissores o neuro transmissor é uma molécula nada mais é que um mensageiro químico que transporta aumenta e modula os sinais entre os neurônios e outras células do nosso corpo não existe uma única molécula neurotransmissora nós temos vários tipos de neurotransmissores os cientistas nem sabem ainda exatamente quantos que existem já foram identificados mais de 100 neurotransmissores mais de 100 mensageiros químicos diferentes e nós podemos dividir os neurotransmissores em dois tipos principais nós temos os neurotransmissores excitatórios e nós temos os neurotransmissores inibitórios quando a gente fala de neurotransmissores excitatórios são aqueles que como o próprio nome já
diz eles têm efeitos excitatórios sobre o neurônio então eles vão aumentar a probabilidade do neurônio disparar um potencial de ação alguns dos principais neurotransmissores excitatórios incluem a epinefrina e a nora que nefrina agora quando a gente fala dos neurotransmissores inibitórios também como o nome diz eles vão ter efeitos inibitórios sobre o neurônio então eles diminuem a probabilidade daquele neurônio disparar um potencial de ação e como exemplo de o que são inibidores do potencial de ação a gente tem a serotonina e o gaba a gente precisa lembrar também que nós temos alguns neurotransmissores que eles são
classificados como inibitórios excitatórios por exemplo a acetilcolina ea dopamina eles esses neurotransmissores eles tanto podem ter efeito excitatório quanto efeito inibitório aí vai depender do tipo de receptor que está presente na membrana das células e eu coloquei aqui alguns exemplos de neurotransmissores só para poder ilustrar então a gente pode ver aí que adrenalina é um neuro transmissor a noradrenalina ea dopamina serotonina o gaba é o ácido amino gama butírico acetilcolina o glutamato e as endorfinas são alguns exemplos nós temos vários outros neurotransmissores a gente tem a ocitocina a gente tem a histamina tão podemos pensar
em vários outros exemplos é só para gente poder lembrar que esses neurotransmissores nada mais são do que moléculas químicas e cada um vai ter propriedades diferentes e quando esses neurotransmissores são afetados seja por alguma doença ou por alguma droga algum medicamento pode haver uma série de efeitos adversos diferentes no corpo do ser humano tão doenças como por exemplo o alzheimer a doença de parkinson são patologias que estão associadas com déficit dos neurotransmissores a gente tem vários tipos de substâncias que podem agir na neurotransmissão um exemplo que a gente tem de substância que age na neurotransmissão
na neurotransmissão é a toxina botulínica a toxina botulínica ela impede a liberação da acetilcolina que é um neurotransmissor com isso a gente tem o impedimento da contração muscular outro exemplo também são os inseticidas organofosforados esses inseticidas eles vão ir a ação da acetilcolinesterase e com isso não levar a pessoa tem espasmos musculares ter uma doença auto-imune que chama de miastenia gravis nesta doença os anticorpos eles se ligam aos receptores da placa motora e eles estimulam esses receptores causando espasmos musculares não são alguns exemplos de patologias e de drogas que podem alterar a transmissão do impulso
nervoso no nosso corpo e vamos pensar ali no exemplo da doença de alzheimer é a causa mais comum da demência senil ela é a deterioração mental progressiva as lesões cerebrais elas vão se desenvolver devido ao depósito de uma proteína insolúvel proteína beta-amilóide e consequente degeneração das fibras nervosas no paciente que tem doença de alzheimer a gente tem então a perda de neurônios colinérgicos que terminam lá no hipocampo no córtex cerebral que aquela área de estoque da memória por isso que normalmente os tratamentos para o alzheimer eles incluem o uso dos inibidores colinesterasicos para que para
aumentar a transmissão colinérgica além também do uso de vitamina a e de outros antioxidantes para tentar limitar o stress oxidativo causado pelos radicais livres que e três oxidativo vai levar ao dano neural nessa de parque em são por sua vez ela tá relacionada com o neurotransmissor chamado dopamina a dopamina ela reproduzida por neurônios lá do sistema límbico né no córtex cerebral nos gânglios e no hipotálamo a dopamina ela está associada a mecanismos de recompensa do sistema nervoso ela que controla os sentimentos por isso que drogas como a cocaína heroína nicotina até mesmo álcool potencializam os
efeitos da dopamina o excesso de dopamina vai levar a pessoa a desenvolver uma esquizofrenia ea falta da dopamina pode levar o paciente a desenvolver o parkinson é o último exemplo de patologia associada a neurotransmissores ea esclerose lateral amiotrófica ela né e essa patologia está associada com um baba nós temos nessa patologia uma degeneração progressiva dos neurônios motores tão apenas os músculos que sofrem contração voluntária são afetados os pacientes eles mantêm a função normal no coração na bexiga no intestino os sentidos também não sofrem alterações olfato paladar o olfato a visão e até mesmo audição larga
disso vai sofrer alteração o portador de ela ele normalmente ele não apresenta demência não apresenta outras dificuldades cognitivas o gabo é esse neurotransmissor ácido gama-aminobutírico ele hiperpolariza a membrana dos neurónios oi e aí ele faz então com que a despolarização ela se torne mais difícil é difícil então que ocorra a propagação do impulso nervoso o gaba ele atua como um inibidor de neurotransmissores excitatórios que causam ansiedade normalmente uma pessoa que ela tem pouco desse neurotransmissor gaba ela tem de apresentar transtorno de ansiedade e medicamentos como o valho eles aumentam o efeito do gaba ausência do
gaba em algumas regiões do cérebro ela pode causar também epilepsia ou nós vamos falar agora um pouquinho sobre a transmissão neuromuscular que a transmissão do impulso nervoso das células neuronais para células musculares mas antes da gente entender o que que tá acontecendo lá no músculo a gente precisa se lembrar um tiro nosso corpo nós temos diferentes tipos de neurônios nós temos neurônios sensoriais temos neurônios associativos e nós temos neurônios motores o neurônio que vai conduzir o impulso nervoso até as células musculares vai ser o neurônio motor é esse neurônio aqui que se conecta com as
células musculares para que haja a transmissão do impulso neuromuscular aqui no impulso nervoso sai então lá do sistema nervoso central e chegue aos nossos músculos a gente vai precisar desse neurônio motor conectado com fecho muscular e a gente vai chamar essa região aqui de região de junção neuromuscular e é aqui que vai acontecer então a transmissão do impulso nervoso para células musculares não sei a conservar mais de perto quando o neurônio motor ele se aproxima do nosso feixe muscular a gente vai tem a formação de uma fenda sináptica e aqui nós teremos a liberação daqueles
neurotransmissores para que ocorra a transferência do potencial de ação para as células musculares dá para entender a transmissão neuromuscular a gente precisa então relembrar toda a organização do nosso tecido muscular os nossos músculos eles são tipo de tecido que é composto por várias fibras musculares essas fibras musculares elas estão recobertos pelo endomisio e lá dentro do endomísio nós temos as miofibrilas as miofibrilas a junção de várias miofibrilas é que vai fazer a fibra muscular lá na miofibrila nós temos as moléculas de actina e miosina que são moléculas de proteínas que formam o sarcômero e são
essas moléculas de proteína aqui que vão ser responsáveis pelo mecanismo de contração muscular e quando o potencial de ação ele chega na nossa célula muscular potencial tá vindo lá do sistema nervoso central e tá chegando na nossa célula muscular que através do axónio do neuromotor esse potencial de ação ele vai se propagar pelo retículo sarcoplasmático das células musculares com isso nós vamos ter a liberação de íons cálcio o interior da célula muscular em resposta ao impulso nervoso que veio lá do sistema nervoso central o axónio ele vai liberar o que vai liberar neurotransmissores aqui no
caso da contração muscular a gente tem liberação da acetilcolina então esses neurotransmissores eles vão se ligar a receptores aqui na placa motora uma região ali de receptores da célula muscular e esses receptor o que são canais são canais que você abrir causando a despolarização essa despolarização vai se propagar por canais de sódio que são canais voltagem-dependente e aí essa propagação estimula o retículo endoplasmático a liberar os íons cálcio e permite então a contração muscular nós temos uma enzima que a enzima colinesterase a colinesterase degrada esse neurotransmissor acetilcolina para poder reduzir o tempo de ação da
acetilcolina na sinapse então é a colinesterase que impede a ocorrência dos espasmos musculares e aí lá nas nossas células musculares na presença dos seus cálcio nós temos a a liberação de energia através de algumas reações químicas que vão quebrar as moléculas de atp essa energia que tá vindo ali das moléculas de atp é que vai ser utilizada para poder promover o deslizamento das moléculas de actina e miosina no e os íons cálcio eles provocam uma força atrativa muito grande entre os filamentos de actina e miosina e essa força atrativa provocada pelos íons cálcio que vai
fazer com que os filamentos de actina e miosina deslizem entre si isso daí que constitui o processo contrátil a contração da miofibrila então vai levar o encurtamento da fibra muscular e quando incorre em quando ocorre o encurtamento da fibra isso aí vai levar a contração do fascículo que nada mais é que o feixe de fibras como encurtamento do fascículo o próprio músculo vai sofrer a contração muscular a energia então da molécula de atp que foi liberada pela ação do cálcio lá nas miofibrilas vai ser a energia responsável pela contração do próprio músculo e de forma
bem sintética o que que precisa ficar para a gente da transmissão neuromuscular o potencial de ação ele vai se propagar até a terminação pré-sináptica logo em seguida a gente tem abertura dos canais de cálcio voltagem-dependentes e aí quando esses canais se abrem a gente tem um influxo de cálcio nós vamos ter então uma ex ocitose de acetilcolina a acetilcolina ela vai ser liberada ali na frente da cinética acetilcolina vai se fixar os receptores lá na placa motora quando o neurotransmissor acetilcolina se fixa nos receptores da placa motora nós temos abertura dos canais de sódio potássio
lá na placa motora e com isso ocorre a despolarização da placa motora o potencial de e ele vai então percorrer a fibra muscular e nós temos em seguida a degradação da acetilcolina que foi liberada na fenda sináptica por aquela enzima a colinesterase e eu nós terminamos aqui a nossa unidade de bioeletricidade desejo bons estudos a todos e um grande abraço
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