falar sobre a personalidade autoritária ou sobre contextos históricos sociais que ensejam a personalidade autoritária é infelizmente falar sobre ao que me parece muito atual no princípio do século 20 uma série de pensadores progressistas é depois associados é aquela que seria chamado de escola e funk fortes estou falando da teoria crítica da sociedade ficou muito conhecida pelos autores theodor adorno maxcor raymer herberth marcuse o walter benjamin também ele flertou com a escola de frankfurt o eli frontes analista todos os autores ali do núcleo daquilo que nós vamos chamar de escola de frankfurt estão pensando sobre questões
fundamentais para nós entendermos a permanência persistência daquilo que o brest vai chamar vai vai vai vai definir com um aforismo maravilhoso dizendo o seguinte a cadela do fascismo está sempre no senhor porque é tão difícil superar as tendências regressivas primitivas de violência mais bárbara na nossa sociedade sociedade que se torna possibilitada como é que se esse conjunto de instituições norteadas por constituições por leis pela racionalidade uma época de sumo cientificismo como é que tudo isso pare o aborto do fascismo do neofascista das tendências mais violência e barbárie essas são questões fundamentais levantadas por esses autores
a luz obviamente da experiência do holocausto perguntam os autores da escola de frankfurt porque é que o movimento operário alemão movimento fortemente influenciado pelo partido comunista pelas organizações sociais de esquerda extrema esquerda oscilou do partido comunista para o partido nacional socialista dos trabalhadores alemães como é que a suposta vanguarda do proletariado os supostos revolucionários ao invés de apoiarem a causa da emancipação acabaram apoiando a causa da reação e vale lembrar que o nis dap que a sigla em alemão do partido nazista que chegou ao real estado ao parlamento alemão janeiro de 33 alçado democraticamente eles
ganharam a eleição o partido nazista chega ao poder alçado pela massa de trabalhadores que estariam então agindo contra os seus próprios interesses supostamente revolucionários para nós obviamente nos remontarmos a tradição que começa não só com marcos mas que é potencializada pelo marcos de que os trabalhadores dos proletários de todo mundo tem que se unir porque eles não têm nada a perder a não ser os seus próprios aviões e aí a noção de personalidade autoritária de contexto histórico-social autoritário que embebe a coletividade de valores regressivos e primitivos valores ensejados pelo fácil e propaganda desafios e administrados
pelo fascismo dá o tom para que não têm tanto pois tentamos entender compreender esse movimento e aí eu vou falar sobre duas obras que parecem fundamentais eu falei aqui já com vocês brevemente sobre os pensadores de frango foi mas eu quero mencionar a psicologia de massas do fascismo do psicanalista alemão chamado vilarinho reais e as origens do totalitarismo da grande pensador a demanda - filósofa alemã hannah arendt o rais ao invés de falar sobre a consciência de classe livresca abstrata dos trabalhadores rurais vai olhar o caráter consultivo ordinário da dominação da hierarquia da distinção da
distinção de gênero da sua distinção de classe que forjava identidade humana ele vai fazer a psicanálise das relações e vai perceber como a noção do grande pai do filho já é mais forte na concretude do dia a dia do que a noção de um corpo social de uma classe social revolucionária o rádio vai mostrar como havia cooptação desses indivíduos frágeis combalidos pela crise de 29 e aí eu faço um parêntese eu gosto muito de estudar esse período eu considero espírito dos mais perigosos da história humana com reverberações atualíssimo e eu me lembro de uma foto
de um trabalhador ou o pior de um empregado alemão indo para a padaria com um carrinho de mão lotado de moedas e o pão custava cinco milhões de marcos alemães ou seja a noção de poderio a noção de insolvência a noção de pertencimento social de hegemonia social havia sido completamente solapado dá a dimensão da impotência que sentiu aquelas pessoas no gozo de uma das maiores crises do capitalismo até hoje registrados e aí é interessante perceber que a fragilidade desses indivíduos começa a encontrar no corpo de grupos paramilitares como ss como s a esses grupos paramilitares
nas listas um sentido de união um sentido de força juntos somos mais fortes estudam sentido importante numa sociedade como a capitalista que arremessa o indivíduo contra o outro continuamente com uma base fundante das suas relações vejam dizer que juntos somos mais fortes têm um sentido muito próximo por exemplo do ethos dos valores do socialismo a questão é que os fascistas e não é à toa que o partido rita se chama nacional socialista eles souberam apenas utilizar as aspirações da massa os seus próprios objetivos o rapaz foi perceber que a solidariedade internacional dos trabalhadores era muito
mais tênue e frágil do que o nacionalismo secular o trabalhador alemão se identificavam muito mais do que um trabalhador alemão do que com o trabalhador polonês ou o trabalhador alemão tinha mais identificação com seu patrão alemão do que com um trabalhador francês orais percebeu que esses indivíduos combalidas e fragilizados quando subsumidos em um grupo quando postos na integridade de um grupo se sentiu mais fortes que esses trabalhadores que não tinham que vestir ou que tinham roupas poluídas roupas em trapos em farrapos que não se alimentavam quando eram postos nessas unidades paramilitares de comando e recebeu
um uniforme garboso elegante se sentiram fortes novamente e ele descobriu também que ao invés do inimigo de classe burguês que ninguém propriamente conhece não sabe seu rosto é mais fácil imputar o inimigo historicamente proscrito que já vivem em guetos historicamente então vejam vocês a combinação desses elementos a combinação da noção de subserviência e dominação que vem da célula familiar mais tempo a mais mano nuclear a submissão ao pai ao pater famílias a subordinação da mulher a subordinação dos filhos preparava já o modelo numa sociedade fragilizado o ímpeto de força uma sociedade transpassada pelo nacionalismo então
para a submissão ao filho de pai trouxe à tona o inimigo reconhecido ele historicamente contra o qual e sobre o qual todas as suas frustrações todo esse ódio todo esse rescaldo autoritário poderia jaakkola refletir um aforismo que era uma como uma faca só lâmina marcados ao dizer marcantes minha luta nem a sua autobiografia a sua biografia política ele disse que se não houvesse judeu teria sido necessário inventá-lo a combinação desses elementos dá um sentido muito importante para nós entendermos a conformação ou adequa a formação ea de formação da personalidade autoritária e se o raio da
psicologia de massas do fascismo a rã na área vai falar sobre a hipertrofia do eu associada sócio patologicamente atrofia completa do eu como é que a gente pode associar o narcisismo da hipertrofia do eu da força da pujança com atrofia com a perda mas aí nós temos que pensar sempre historicamente esses dois autores não perdem o olho não perdem os usuários da história sequer por um minuto tanto reais quando a hannah antes falo de contextos autoritários e contextos como gatilho para a eclosão das piores características historicamente configurados do ser humano em determinados contextos históricos esse
mal essa barbaridade essa banalidade do mal para usar o termo na antes que parece contida que parece propicie a vivência do cotidiano nesses contextos essa modalidade vem à tona e o contrato social parece completamente assustado e aí a gente percebe por exemplo numa sociedade como a nossa e eu já trago para nós eu espero que o telespectador do canal do youtube da casa do saber vá comigo fazendo as pontes entre esse contexto de um século e vá pensando em atores da nossa época que vão animando uma série de discursos de som autoritarismo discursos de violência
discursos de ódio pensemos em contextos de crise profunda em contexto de hiperinflação como contexto alemão alle da república de weinmann em contextos em que se eu quem fla da competição que não pode ser um museu que a cada momento do dia é instado a se colocar contra os demais e acima dos demais quando esse universo egocêntrico esse universo que parece orbital relógio ao redor desse eu dessa fração competitiva da sociedade não consegue exercer as suas características mais cotidianas as características que mais lhe são cobradas para onde vais energia porque se eu estava desempregado e se
eu não consegue por se posicionar socialmente todas as balizas da sua vida todas as planificações seus desejos são ceifadas e se eu começa a se associar e é curioso que ele morre atado ou digamos ele tenha pendência mórbida de ficar atado ao seu próprio narcisismo social justamente quando ele não pode ser exercido e é curioso que nesse contexto de crise nesse contexto de falta de explicação para a ruptura do cotidiano demagogos nas mais diversas origens estirpes vem oferecer soluções fáceis retomando o discurso de ódio preconceito e exclusão que estão sempre à mão daqueles que atrofiados
pela crise precisam encontrar alguém a quem culpar e é curioso que historicamente as vítimas por serem vítimas parecem culpados o passarinho que parece buscar a proteção da gaiola o contexto da atrofia doeu vinculado a uma sociedade que se embasa essa estrutura pelo hedonismo pelo cálculo utilitário pela maximização das satisfações pessoais dá um contraponto interessante para nós pensar percebermos como determinados indivíduos fragilizados pelas crises sociais históricas aderem a grupos porque no grupo seremos mais fortes e em grupo conseguiremos passar como uma onda como um tsunami pelos nossos adversários num contexto atualíssimo do brasil de profunda crise
política e social vários eventos acontecerão contrapondo grupos de filiação política adversa com discursos de ódio dos mais diversos matizes quem pôde e há manifestações de ambos os lados pode perceber características e eu estive presente há manifestações em ambos os lados para tentar entender como estava se articulando pode perceber características autoritárias em ambos os lados e isso é perigosíssimo porque a história já deu exemplos de fascismo de direita que seria um pleonasmo mas de fascismo de esquerda também é um contexto de alta de personalidade autoritária por excelência e as redes sociais da nossa época tenho algum
potencial socializante democratizante fundamental de colocar as pessoas em qualquer parte do mundo em conciliação só que curioso que esse mesmo potencial emancipatório pode ter um potencial sumamente regressivo ao da imagem da marcha não mais só concreta mas virtualmente universal em qualquer lugar a disseminação discurso de ódio hoje faz com que os gamers o professor de pré primário porque nós chegamos a um ponto em que esse discurso quando compartilhado quando curtido e compartilhado aos borbotões se dissemina com uma imagem de onisciência que faz inveja vem de deus a gente está falando de contextos muito propícios para
o desenvolvimento da personalidade das práticas autoritárias é por isso que o estudo histórico das raízes da genealogia do fascismo estudo do caráter autoritário é tão importante é por isso que a eliminação por exemplo de disciplinas como sociologia e filosofia do currículo do ensino médio das escolas é algo extremamente temerário porque essas disciplinas avaliadas ao estudo da história da geografia dão o tom para que nós entendamos a genealogia do tempo presente como uma um diálogo o tempo histórico e é por isso também que eu recomendo uma transmissão radiofônica radiofônica que depois foi transformado em palestra um
texto do theodor adorno das mais importantes e das mais urgentes da nossa época que é educação após auschwitz o adorno desesperado após a eclosão e o uso mais uma vez o tema ejaculação do holocausto vai dizer que a tarefa de qualquer empreendimento histórico filosófico é a formulação de um programa de combate a qualquer possibilidade de que aos pits bem acontecer novamente na história humana e aí quando nós pensamos no brasil em que a noção direitos humanos é achincalhado é tida como privilégio muitos da ala mais conservadora e radical nesse sentido com fortes tendências autoritárias falam
em direitos humanos para humanos direitos quando então nós vemos atitudes e e e movimentos autoritários vindo à tona nós obviamente nos focamos com esse tipo de atitude mas não deveríamos nos colocar simplesmente surpresos porque se nós compreendêssemos a genealogia do cotidiano ea noção histórica filosófica de banalidade do mal nós percebemos como se conforma a personalidade autoritária nos seus contextos de crise e nesse sentido tentaríamos agir coletivamente por intermédio de movimentos por intermédio de manifestações e por intermédio do reforço das instituições democráticas e do fortalecimento da sociedade como um todo de maneira mais igual pra que
esse desvio de poder e essa ânsia de poder fossem ignorados para que assim fosse possível atuar em combate efetivo contra a personalidade autoritária seu contexto de crise ea disseminação do conhecimento faz parte então desses vídeos que nós postamos aqui no canal do youtube da casa saber inscrevam-se e vocês vão ter acesso vão ser informados das novas postagens [Música]