Estamos, aqui, para mais um episódio do nosso estudo do livro Gênesis de Moisés. Estamos no capítulo 3 e se você está acompanhando os episódios, percebeu que nós comentávamos os versículos 14 e seguintes do capítulo 3. É que, depois da serpente ser bem sucedida na sua estratégia de oferecer um plano de evolução para os seres, um plano cuja essência era afastar o Criador da sua função de Pai, orientador, educador e pedagogo da alma humana, A serpente então propõe uma estratégia evolutiva em que a criatura conta apenas com os seus recursos próprios em que a criatura se aprimora, adquire recursos evolutivos através de uma experimentação, muitas vezes, louca, desequilibrada, que a faz perambular por caminhos obscuros de violência, de ódio, em que imperam o egoísmo e o orgulho que são a tônica desta proposta da serpente.
Já comentamos tudo isto. Caso você tenha alguma dúvida, basta voltar aos episódios anteriores onde esse breve resumo que faço, aqui, está bem explicado. Dos episódios anteriores.
É importante também lembrar que a nossa avaliação desses textos se dá à luz da Doutrina Espírita. É contando com esses recursos iluminativos do Consolador que nós penetramos no texto bíblico procurando extrair o espírito da letra, a essência espiritual que está para além da forma literária, para além dos aspectos culturais. Isto significa que nós estamos, aqui, interessados na parte eterna do escrito temporário e humano - este é o ponto!
- na inspiração divina que gerou a escrita humana. A escrita é temporal, Ela se utilizou de uma língua que não existe mais da forma como foi escrita aqui. Existe o hebraico moderno, mas não este, aqui.
A cultura também não existe mais, porque se trata mais de 2. 000 a. C.
Portanto, nós buscamos, aqui, aquela essência imperecível que é válida em qualquer época da nossa jornada evolutiva. Uma vez aceito o plano Por Adão E por Eva Que nós já entendemos também Que essas sutilezas do texto resolvemos, aqui, dar um enfoque de Adão e Eva como aspectos da nossa própria psique. Adão e Eva estão dentro de nós.
Adão e Eva representam também posturas psíquicas perante a evolução. Este é um ponto também, porque aí nós temos que comparar três posturas: a da serpente, de Eva e de Adão. Já comentamos isto e, também no nível sociológico, em que Adão e Eva representam aí o casal O casal humano, biológico, que vai procriar, que vai multiplicar a espécie humana.
Então, eles seriam uma espécie de símbolo da espécie humana Polarizada polarizada no sentido biológico (e, não, no sentido afetivo) No sentido biológico Biológico de reprodução: o elemento masculino e o elemento feminino do código genético que torna possível a multiplicação da espécie humana. Então, tem este sentido. Nós percebemos que o texto Ele brinca com essa pluralidade de significados.
Ora o texto reforça um lado, ora reforça outro e nós temos que ficar atentos com essas sinuosidades do texto bíblico,porque o texto bíblico é cheio de curvas, cheio de subidas e descidas. Nós não podemos imaginar que isto é uma linha reta e interpretar ingenuamente. Então, vamos lá para as consequências.
Nas consequências, vai se estabelecer parâmetro para explicar a angústia da vida humana: a peregrinação humana na Terra. Este é o texto base dessa angústia, dessa peregrinação então nós poderíamos dizer, usando uma linguagem contemporânea, que é um texto existencial, é um texto que procura ir às raízes nas bases que explicam a existência humana. No que este texto está interessado?
Ele está interessado em responder de maneira metafórica, através de uma parábola, as grandes questões e angústias da vida humana. Por exemplo, por que nascemos e morremos? Por que a existência humana é um processo de Degradação?
Olha que interessante! Você olha para um recém-nascido e olha para alguém que atingiu uma idade muito avançada: você olha que há um processo de desgaste. Por que a dor faz parte da existência humana?
O parto é doloroso, nascer é doloroso, o trabalho exige suor, esforço, causa fadiga. Então, são perguntas! Já que o texto raciocina partindo do pressuposto do monoteísmo é como se essas perguntas estivessem sendo dirigidas a Deus.
Por que Deus permite que a fadiga acompanhe o trabalho? Por que que a gente se cansa por trabalhar? Mesmo quando o trabalho é honrado, ético, Digno, trabalho no bem, por que que a gente cansa?
Por que o organismo se desgasta, necessita se alimentar, necessita repor as energias? Tanto através do repouso, da ingestão de líquidos e de alimentos sólidos, por quê? Por que esses marcos da vida têm o símbolo da dor, do sacrifício, do esforço?
Perguntas importantes! E, a grande pergunta, A grande pergunta. por que na ordem da criação, no cosmos da criação, há um espaço para o mal.
Por que Deus reservou uma margem de ação e de influência para o mal? E, a última pergunta - e esta é uma pergunta desafiadora - por que Deus, que é o Todo Poderoso, permite, em certas circunstâncias, a hegemonia do mal? que o mal vença o bem?
que o justo - aquele que age no bem, que age em sintonia com Deus, em respeito a Deus Porque Deus permite que esse justo seja afetado, seja violentado pelo mal? Por que o justo sofre? Estas são as grandes questões e, agora, esse texto vai concluir a resposta.
É claro que, aqui, é uma resposta cheia de metáforas, de símbolos profundos que nós vamos gastar a Bíblia inteira para entender. Esse capítulo 3 Ele é como se fosse a polpa do suco, tudo mais da Bíblia será uma água acrescentada a essa polpa para explicar e desenvolver. Olha que interessante: explicar e desenvolver!
E, a gente vai compreender que a própria vinda de Jesus representa um basta, um ponto final nessa história e o início de um novo livro, de uma nova história, de uma nova humanidade. Jesus é um novo homem, o novo ser humano, um novo projeto e a partir dele, desse novo projeto humano, vá se formar uma nova família humana, assim como nós temos a família adâmica. Isto é importantíssimo Da gente entender isso porque, aqui, o próprio povo hebreu, mesmo com todo o seu nacionalismo exacerbado, mesmo com o seu fechamento no espírito de luta, eles têm perfeita noção de que o texto bíblico, sobretudo o capítulo 3 do livro Gênesis, reforça uma verdade universal: a humanidade possui um tronco comum, uma origem comum.
É claro que, ao longo dos séculos e até hoje, em algumas propostas chamadas de criacionismo procura-se uma interpretação literal desse texto. Então as pessoas buscam um Adão com CPF e carteira de identidade, um Adão mesmo! Um ser humano que viveu num lugar, determinado momento da história e que teve, em alguns anos que ele viveu, milhões de filhos, como se Eva tivesse um parto a cada semana ela dava à luz para povoar a Terra.
Só assim para conseguir um povoamento tão gigante! Imaginando que o ano tem cinquenta e duas semanas, a expectativa de Eva é que ela desse à luz um filho por semana, para gerar, no mínimo, uma cidade pequena. Então é claro, que essas interpretações ao pé da letra, essas interpretações literais não cabem mais, elas não atendem mais o nosso grau de desenvolvimento intelectual, o nosso grau de desenvolvimento afetivo, o nosso grau de desenvolvimento psicológico e nosso grau de desenvolvimento tecnológico.
É preciso tomar cuidado com isto e nós temos pontuado isto ao longo do nosso estudo do Gênesis: não interprete o texto ao pé da letra. então quando dizemos que Adão é um tronco o que o texto está querendo dizer é: todos somos seres humanos. todos somos seres humanos.
A nossa base é Humana, nós somos humanos. Este é o ponto! E, a partir do Cristo, a partir de Jesus, nós temos uma nova humanidade, um novo padrão de humanidade, um novo padrão de comportamento humano.
Então, como que o texto bíblico procura explicar essas graves perguntas que nós fizemos no início, perguntas sobre a dor, sobre o sofrimento, sobre o cansaço, sobre tudo isto? O texto bíblico vai dar uma resposta bem direta. Ele diz assim: ‘É assim porque quis o homem fosse assim e, não, Deus.
’ Isto é interessantíssimo! Então, o que o texto bíblico está dizendo é: não é este o projeto de Deus. É o que ele esta dizendo aqui, Esse não é o projeto O que nos remete ao O Livro dos Espíritos quando Kardec indaga: ‘todos os Espíritos devem passar pela fieira (fieira, interessante né que é como se fosse uma fila, um caminho, em fila) Pela fieira do mal?
E os Espíritos dizem a ele: ‘do mal não, da ignorância. ’ Ninguém tem que passar pela fieira do mal. A ninguém foi imposto o caminho do mal.
Então é interessante que o que esse texto bíblico quer pontuar é que existem dois caminhos: (1) um caminho que é divino, uma proposta que é divina e nós não estamos dizendo que na proposta divina não tenha elementos que tem, aqui, na outra proposta, que seria uma evolução sem dor, ser encarnação, sem morte. Nós não estamos dizendo isto; não estamos dizendo isto; e, existe uma proposta que é a da proposta da serpente, que é a proposta animal, a proposta da animalidade, quando a animalidade se sobrepõe à razão. Olha que interessante: quando a nossa ancestralidade animal sobrepuja a nossa ancestralidade humana e sobrepuja, principalmente, a razão.
A razão Que é a conquista que a nossa inteligência já foi capaz de realizar, A razão como esse… Com essa aquisição da nossa inteligência Atual Aquisição Da nossa inteligência. O estado atual da nossa inteligência. Porque a inteligência é anterior à razão.
A inteligência é mais, a razão é um atributo da inteligência. Aqui está o ponto! Por que, sobrepujou?
E este fato da animalidade sobrepujar a nossa humanidade está, aqui, metaforicamente descrito na serpente. A serpente simbolizando a nossa animalidade. Então, agora, nós vamos utilizar das chaves da Doutrina Espírita para entender isto aqui.
Então, vamos lá! Aprendemos na Doutrina Espírita que existem três elementos gerais no Universo Três elementos gerais que nós poderíamos resumir numa linguagem atual, contemporânea, em: O primeiro elemento: matéria e energia. O elemento material que é o elemento que diz respeito a campos, Forças, energia massa, que são as características da matéria (campo, força, energia, massa).
Massa é o jeito mais simples de eu dizer algo que a gente lembre matéria. Massa. Eu sei que é matéria.
Este é um elemento. Só que o segundo elemento do Universo é um elemento que é a inteligência relativa, Ou inteligência limitada ou inteligência subordinada. Há um elemento inteligente por trás da energia, do campo, da matéria da força.
este elemento inteligente, nós podemos dar o nome de princípio inteligente (se você está se referindo ao início da evolução) Espírito (se você está se referindo genericamente) ou Espírito humano, Arcanjo. . Mas, é um elemento inteligente.
E, o terceiro elemento é a inteligência suprema. não é mais subordinada, é suprema, absoluta (não é relativa) e ilimitada (ao contrário de inteligência limitada, que é o Espírito). Essa inteligência absoluta, suprema, ilimitada é a inteligência que criou os dois outros elementos: o elemento matéria-energia e o elemento inteligência relativa.
Ela é a geradora. Esta inteligência suprema nós costumamos chamar de Deus. Mas, se você quiser dar outro nome, não tem problema nenhum.
É a inteligência suprema de onde parte a informação que estrutura toda a criação. Então vamos lá. Aprendemos também, na Doutrina Espírita, que o princípio inteligente evolui da ignorância para a sabedoria, ou seja, ele desenvolve a sua inteligência E da simplicidade para a complexidade estrutural.
Então, ele começa, primeiro, manipulando elementos simples e, a medida em que ele vai evoluindo, ele manipula elementos cada vez mais complexos. Quando eu digo simples e complexo, eu estou dizendo de estrutura. estrutura.
Um apartamento, por exemplo, é mais simples do que um prédio, porque o prédio tem vários apartamentos o apartamento só tem o apartamento. Dá para entender? Vai ganhando em complexidade.
O princípio inteligente, na medida em que evolui, Ele vai ganhando em complexidade. Mas, há um estágio da nossa evolução corporal - que, diga-se de passagem, apenas uma pequena parcela da evolução espiritual – se dá na matéria densa. Uma pequenina parcela Considerando que o princípio inteligente, o Espírito é imortal, a maior parte da sua evolução não se dá no elemento material grosseiro.
É importante dizer isto: uma pequena parcela se dá, ele corporificado na matéria densa como a nossa. Então esse é um ponto. E, em uma parte menor ainda, ele se desenvolve nas espécies não dotadas da razão e da linguagem racional.
É o estágio pelo reino animal em que imperam no impulso físico, os estímulos físicos são determinantes. Este é o ponto: os estímulos físicos, biológicos, corporais são determinantes. Então, se o leão está saciado, ele vai deitar e, ali, ele vai ficar.
Enquanto ele não tiver um estímulo orgânico de fome, ele não se mobiliza para correr, para caçar, para buscar desenvolver seus músculos, sua inteligência, sua sagacidade, sua habilidade: ele não vai caçar. Até uma serpente: engole um animal e fica quieta. Ela só vai voltar a mobilizar seu movimento, sua prudência, sua sagacidade, sua experiência, suas habilidades corpóreas, só vai acioná-las quando tiver o estímulo orgânico.
Então, a grande característica do reino animal é que ele é comandado por estímulos orgânicos, corporais. Então, a matéria, o elemento material e energético comandam o elemento inteligente. Olha que interessante isto: comandam!
Atingida a fase da razão, o princípio inteligente que, agora, nós passamos a chamar como no O Livro dos Espíritos, de Espírito (que é o princípio inteligente, agora, dotado de razão e dotado de consciência, consciência de si), ele está consciente agora. Ele acordou ele sabe que ele é ele e que o outro é o outro. Ele sabe que existe um ambiente, que existe um Universo ele se dá conta porque lá atrás ele não sabia conseguir distinguir.
Agora, ele tem consciência Consciência e razão. Aí, ele começa a desenvolver um arsenal de recursos e o que vai acontecer? Em um primeiro momento, vai acontecer isto aqui: os estímulos biológicos e materiais Eles podem continuar dominando a inteligência, o Espírito, como no reino animal.
Como no reino animal. Ao invés da inteligência e da consciência dominar sobre o estímulo, ela se deixa dominar, com uma agravante: como, agora, eu tenho sentimento (que é um desenvolvimento da sensibilidade, da percepção) e como eu tenho um desenvolvimento da inteligência que culmina na razão, vão surgir dois novos elementos: o vício e a paixão. O vício E a paixão.
Por que o vício? Porque, ao receber um estímulo biológico e corpóreo de prazer e, ao deixar que esse estímulo biológico supere a minha inteligência, a minha consciência, o meu sentimento, ao ficar subordinado a esse estímulo, eu vicio na sensação de prazer. Eu vicio em um líquido (que é uma bebida alcóolica ou outra), eu vicio em um produto químico (uma droga), eu vicio na comida, eu vicio em uma prática, em um hábito, em fazer alguma coisa, Porque porque aquilo me traz algum tipo de prazer sensorial, um prazer dos cinco sentidos.
Olha que interessante! Já é um processo em que o estímulo físico e biológico, aquele estímulo que fazia o leão levantar. Ele não levantava.
Daí dá fome, ele levanta e vai correr, usar o músculo. Tem outros estímulos também, é claro: tem o estímulo do perigo (ele sente algum perigo). Tem isto também!
Mas, os estímulos que agitam, que fazem agir o instinto de conservação, que ele quer continuar vivo, quer continuar existindo, este é o instinto PRIMORDIAL (querer continuar vivo, querer continuar existindo). Proteger uma estrutura física: isto é muito básico! Mas, aqui, na idade da razão, já começa a entrar o vício que é este apego ao estímulo físico e, um outro elemento, que é a paixão.
A paixão tem também esse componente, essa raiz biológica e corporal. Mas, a paixão já diz respeito à sensibilidade adquirida pelo Espírito, diz respeito ao sentimento [então o sentimento de posse (‘é meu’), essa ideia de que ‘é meu’, ‘é do outro’, ‘eu posso pegar’, ‘é para mim’, conservar, guardar, proteger]. Olha que interessante!
Porque se você ver um leão comendo, tem lá o corpo de uma zebra e ele fica bravo Porque enquanto ele está com fome, Ele fica bravo Mas depois que ele come, relaxa. O outro vai ali come, vem outro bicho come Ele não diz: ‘deixa eu pôr a zebra na geladeira, vou guardá-la em saquinho’. Não, o leão não tem isto!
Então esse elemento emocional que é da posse, do guardar, do ‘é meu’ Vem, vem… é fruto do desenvolvimento da consciência. A consciência de que eu sou eu, o outro é o outro, o mundo é o mundo, eu tenho necessidades, a consciência de que eu estou com fome, agora, Mas eu vou voltar a ter fome, que o leão não tem. O leão não pensa que a semana que vem ele vai ter fome: ‘deixa eu caçar duas zebras e guardar uma’.
Não tem isto! Não tem isso Isto já é. .
. da nossa experiência O vício, A paixão E o elemento condutor de tudo isso. Então nós temos três elementos, aqui, do humano: Que é: a subordinação da inteligência aos estímulos físicos e corporais, ou seja, a matéria, a energia, o corpo, sobrepujando o Espírito, a inteligência; o vício, que é escravização aos prazeres que o corpo proporciona através dos cinco sentidos; e, a paixão, que é uma exacerbação daqueles instintos que eram - atrás - só biológicos, só físicos e que, agora, passam a incluir elementos da nossa emoção, no nosso sentimento, na nossa consciência, da nossa percepção de seres separados, distintos.
E, tudo isto comandado por quê? Se lá atrás era um instinto de conservação, a pedra fundamental que sustentava o edifício de todos os instintos, por que todos os instintos funcionavam e funcionam através do comando do instinto de conservação, tudo é feito para conservar a existência e a forma. a existência e a forma.
Agora, de posse de um patrimônio emocional, de um patrimônio intelectual, de uma inteligência e de consciência, consciência de ser algo distinto de outro e distinto da natureza, do cosmos, surge o elemento que vai ser o fundamento de tudo: o interesse pessoal. O interesse pessoal O interesse pessoal é uma evolução, uma sofisticação do instinto de conservação. Interessante!
Então, agora, eu sei que não basta caçar para matar a fome que estou tendo agora, porque eu já tenho consciência de que a fome é periódica. Estou com fome agora, eu vou comer, mas eu vou voltar a ter fome. Então, agora, os processos são mais sofisticados: eu quero garantir a caça de agora e de um mês, de dois meses, de três, da vida inteira.
. . Então agora, eu já quero guardar, eu quero conservar, eu quero ter e eu sei que para ter isto, se eu tiver um terreno, uma área em que eu cuido do animal, depois eu percebo que tenho que ser dono, ter pessoas trabalhando… Daí começa todo um processo intrincado que gera a sociedade e que faz parte da lei divina, que é a lei de sociedade.
Em sociedade, o instinto de conservação se sofistica no mais alto grau. Então aquilo que era a fome do leão, que fazia ele se levantar para caçar a zebra, agora, me faz ter comprar muitas ações para eu dominar o mercado financeiro, para eu ter poder, para eu influir na política, Influir nisso… Entendem? Para conservar, é mais sofisticado.
Não se trata mais de apenas uma conservação da existência, não é mais só isto. Eu quero ter preponderância, eu quero dominar, eu quero controlar, eu quero exercer poder, eu quero garantir o conforto, eu quero me cercar de garantias. Garantias de quê?
Garantias de prazer material, garantias de que meus sentidos físicos serão atendidos prazerosamente e, mais que isso: garantias de que as minhas necessidades, agora, emocionais. Por que, agora, além das físicas, eu tenho emocionais necessidades emocionais: Então necessidade de aprovação, ser aprovado, necessidade de admiração, necessidade de destacar, necessidade de dominar, necessidade de comandar. E, daí, começa todo um processo intricado Muito intricado que forma um arsenal gigantesco de recursos, que vão desafiar Desafiar a inteligência do Espírito, o seu discernimento.
Então, ele será desafiado na sua capacidade de escolher Então, a proposta da serpente. Por isso que é uma serpente, Escolheu-se esse animal… Por que não escolheu um ursinho panda? Se ele fosse um panda… Podia ser o gato de botas.
Por que que não é o Gato de Botas? Por que que é uma serpente? Porque a ideia do autor bíblico aqui é te dar um desconforto, é te mostrar uma coisa: ‘nossa uma serpente!
’ Essa proposta da serpente é uma proposta de retrocesso, é uma proposta de anulação do nosso discernimento, da nossa inteligência e do nosso cabedal de sentimento em favor de um embrutecimento das faculdades do Espírito. É um sobrepujamento mesmo… A matéria sobrepujando o Espírito, os sentidos sobrepujando a inteligência, o sentimento, a percepção, a intuição, Esta é a proposta da serpente. Mas, no próximo episódio, a gente continua e vamos explorar um pouco mais isto e o que acontece com cada um dos elementos da história dentro dessa proposta aceita e homologada da serpente rechaçando a proposta de Deus.
Eu te aguardo. Até o próximo episódio.