São Paulo Freire Pedagogia do Oprimido Capítulo 1 justificativa da Pedagogia do Oprimido introdução reconhecemos a amplitude do tema que nos propomos tratar neste ensaio com qual pretendemos em certo aspecto aprofundar alguns pontos discutidos em nosso trabalho anterior educação como prática da Liberdade daí que o consideremos como mera introdução como simples aproximação a assunto que nos parece de importância fundamental E mais uma vez os homens desafiados pela dramaticidade da hora atual se propõe a si mesmos como problema descobrem que poucos sabem decide seu posto no Cosmos e esse inquietam por saber mais estará aliás um reconhecimento
do seu pouco saber desse uma das razões dessa procura ao se instalarem na quase senão trágica descoberta do seu pouco saber disse se fazem problema a eles mesmos indagam respondem e suas respostas os levam a novas perguntas é o problema de sua humanização apesar de sempre deverá ser acrescido de um ponto de vista axiológico o seu problema Central assume hoje caráter de preocupação iniludível tem uma nota de rodapé aqui em em lúdica tá vou ler os movimentos de rebelião sobretudo de jovens no mundo atual que necessariamente revelam peculiaridades dos espaços onde se dão manifestam em
sua profundidade esta preocupação em torno do homem e dos homens como seres no mundo e com o mundo O entorno do que e de como estão sendo ao questionarem a civilização do consumo ao denunciarem as burocracias de todos os mapas todos os matizes ao exigirem a transformação das Universidades de que resultem de um lado o desaparecimento da rigidez nas relações professor-aluno de outro a inserção delas na realidade ao proporem a transformação da realidade mesma para que as Universidades possam renovasse ao rechaçar em velhas ordens e instituições estabelecidas buscando a afirmação dos homens como sujeitos de
decisão todos estes movimentos refletem o sentido mais antropológico do que antropocêntrico de nossa época e continuando constatar esta preocupação implica indiscutivelmente reconhecer a desumanização não apenas como viabilidade antológica mas como realidade histórica é também e talvez sobretudo a partir desta dolorosa constatação que os homens se perguntam sobre a outra viabilidade a de sua humanização ambas na raiz de sua em conclusão os inscrevem num permanente movimento de busca humanização e desumanização dentro da história no contexto real concreto objetivo São possibilidades dos homens como seres inconclusos e conscientes de sua em conclusão mas se ambas são possibilidades
só a primeira nos parece ser o que chamamos de invocação dos homens vocação negada mas também a firmada na própria negação a vocação de gado na injustiça na exploração na opressão na violência dos opressores mas afirmado no Anseio de liberdade de Justiça de luta dos oprimidos pela recuperação de sua humanidade roubada e a Deus humanização que não se verifica apenas nos que tem sua humanidade roubada mas também ainda que de forma diferente nos que a roubam é distorção da vocação do ser mais é distorção possível na história mais não vocação histórica na verdade se admitirmos
que a desumanização é vocação histórica dos homens nada mais teríamos que fazer a não ser adotar uma atitude cênica ou de Total desespero a luta pela humanização pelo trabalho livre pela designer desalienação pela afirmação dos homens como pessoas como seres para se não teria significação e esta somente é possível porque a desumanização mesmo que um fato concreto na história não é porém Destino Dado mas resultado de uma ordem injusta que gera violência dos opressores e esta o ser menos