As provas da existência de Deus | Profa. Nazaré

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Academia Atlântico
Segundo vídeo da série de palestras "Diálogos Atlântico". Neste vídeo, Profa. Maria Nazaré Lins Barb...
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a metafísica não está presa necessariamente a isto porque ela tá numa outra ordem de indagação e de conclusão então não se trata de buscar a Deus como a explicação para aquilo que a gente ainda não consegue entender muito bem então é Divino a causa que a gente não consegue decifrar este Enigma não não é assim que procede a metafísica [Música] Olá nós vamos tratar hoje sobre a quinta via de Santos Tomás de Aquino e eu me propus seguir um pequeno roteiro apresentando o primeiro Panorama Geral das cinco vias depois explicar porque ele é tão fascinante
o fascínio que ela tem exercido ao longo da história para todos os filósofos que se dedicam o problema de Deus e finalmente porque ela permanece tão atual e como a aplicações práticas derivadas do conhecimento da quinta via que são os tomates formulou para chegar ao conhecimento de Deus dentro dessa ideia de um Panorama eu acho que é importante ter em conta o sentido em que se emprega o termo demonstração ou provas da existência de Deus em primeiro lugar não se trata de demonstração no sentido que se entrega nas Ciências Matemáticas nas ciências naturais Aliás a
própria palavra demonstração merece um brevíssimo comentário claro que nós conhecemos a verdade por diferentes caminhos a realidades que são evidentes é evidente que eu estou aqui diante de vocês isso não requer demonstração tá um pouco não requer fé não precisa acreditar isso há conhecimentos que são evidentes outros exigem o que nós podemos chamar de fé mas não fé no sentido Sobrenatural religioso e sim no sentido humano por exemplo se o Professor Renato dissesse Ah o professor Fred vai chegar agora no período da tarde Eu acreditaria por quê Porque o que ele me disse é verossímio
e ele é um sujeito confiável então eu acredito digamos assim é um argumento de autoridade vem pela confiança e é razoável acreditar desde que o sujeito seja confiável e objeto seja virou sim ou seja é um caminho legítimo para chegar a um conhecimento mas existe um outro caminho que são as demonstrações que normalmente a gente entrega no campo da matemática por exemplo a demonstração de um teorema matemática que a partir de determinadas premissas se chegam a determinadas conclusões não é nesse sentido que nós estamos tratando dessas demonstrações ouvias ou provas de acesso ao conhecimento de
Deus mas no sentido de que existe um conjunto de argumentos convergentes E convincentes que nos permitem uma certeza acerca da existência de Deus embora não seja uma demonstrações no sentido das ciências físicas ou Matemáticas segundo ponto quando a gente fala de demonstração neste caso é que se trata de demonstrações a posteriores e não a priori não é que nós tenhamos uma ideia e a partir de ideia tentamos derivar a existência de Deus Deus é o máximo que se pode pensar o máximo que se pode pensar em fluir a existência Então Deus é o máximo pensado
e portanto existe o partido Campo da ideia para o campo da realidade não é este tipo de argumento a gente está partindo de demonstrações posteriores é o contrário e a partir de algo que eu constato com a experiência me leva a pensar em determinadas causas origens portanto eu parto do fenômeno fundamento embora o retorno não seja possível não é que seja experimentável o conhecimento de Deus como é que eu faço experiências A partir dessa demonstração não é que a partir daquilo que eu constato pela experiência eu chego uma causalidade por isso essas linhas elas são
metafís não são físicas isso também é um ponto importante quando a gente pensa na transição do fenômeno para o fundamento aí a gente tem que ter em conta premissas fundamentais e eu sirvo aqui de um Pensador metafísico importante que se chamava Cornélio Fábio importante do século 20 e ele disse que algumas premissas para a gente se debruçar sobre as vias de Santo Tomás Então a primeira é admitir que existe um mundo que se distingue de mim existe um mundo exterior existe algo que nos é dado eu estou aberto a essa possibilidade porque se eu não
distingu o sujeito do objeto na minha mente fica confusa então primeira ponto é aceitação de que há um mundo ao nosso redor segundo ponto que eu sou um ser pensante capaz de conhecer eu tenho dentro de mim um núcleo pessoal que me leva a entender a querer e a procurar entender porque se não há um núcleo pensante se não há uma orientação do meu ser não é uma orientação para o meu viver não há nenhum interesse não é nenhum problema e muito menos o problema de Deus então além de aceitar a existência de um mundo
exterior é preciso aceitar que eu sou um ser pensantes mas não só isso terceiro ponto é Eu também preciso aceitar que existe a possibilidade de conhecimento existe uma como possibilidade existe uma possível intelegibilidade daquilo que está na minha volta isso é importante porque a filosofia moderna tem questionado muito a própria capacidade humana de conhecer acentua tanto as limitações as condicionalismos do processo de conhecimento que chega a cair noticismo não se pode conhecer nada bom se não se pode conhecer Nada também não se pode conhecer a Deus no entanto é um fato que sim podemos conhecer
muitas coisas não significa que nós vamos esgotar com a nossa mente aquilo que nos ultrapassa isso também é uma pretensão talvez tiveram alguns filósofos estabelecer a sua corrente a sua maneira de entender como a filosofia o sistema de fato pretensioso para dizer o mínimo mas daí a dizer que nada se pode conhecer também já Como dizia o Cornélio Fábio Isso é uma extravagância da sofistica porque é claro que conhecemos muitas coisas existe Digamos um uma capacidade reflexiva e cognativa no entendimento humano Então se a gente admite que existe o mundo do que eu sou capaz
de pensar a um núcleo pessoal em mim e que é possível conhecer eu estou predisposto a conhecer também assim por vias que são os tomate propõe para a existência de Deus mas é preciso que uma pequena advertência que se trata de um conhecimento metafísico não é um conhecimento físico claro que como a gente dizia são demonstrações matemáticas não são demonstrações das ciências naturais Mas elas partem da experiência portanto a gente vai falar de causalidade mas é a causalidade no sentido ontológico ela não é percebida pelos nossos sentidos ela é entendida pela nossa inteligência então a
gente admite que a causalidade no mundo isso como lembrou-se anteriormente é questionado por exemplo por David David eu entendi que a gente observa são sócio fenômenos singulares e portanto eu não posso extrair calor dilata o ferro o calor de lata é o cobre o calor de lata Mercúrio calor de lata ouro calor de lata os metais não isso eu não posso derivar o princípio causal ainda que eu Observe que todos os metais são relatados pelo calor Porque eu só conheço a experiência singular individual particular então não se poderia derivar a Universal do singular mas não
se trata disso nós sabemos ficou Encantado um David hume E aí abandonou a fase pré-crítica e estabeleceu toda a sua crítica separando o mundo do fenômeno do mundo do conhecimento como se a partir das coisas criadas e da realidade constataram não se pudessem derivar leis universais só que não se trata disso se trata de observar na natureza um princípio independentemente da experiência particular por isso que é meta físico a causalidade existe então é inerente é o nosso mundo e sem a causalidade elas poderia se quer fazer ciência que é o conhecimento precisamente a partir das
causas e quando a gente acede supera o plano meramente fenomenico a gente está diante da metafísica os caminhos para chegar o conhecimento de Deus eles partem da constatação de que o Mundo Existe de pessoa capaz de pensar e do que o mundo é cognocídio e de que há relação de causalidade no mundo no sentido ontológico principalmente biológico sou capaz de entender o princípio da causalidade não é algo que eu percebo pelos meus sentidos meramente dito isto vamos então apresentar muito que há nesses elementos que são os Tomás os post nas vias para o acesso do
conhecimento de Deus em todas elas há um ponto de partida uma aplicação da causalidade é esse ponto de partida isso é mais explícito nas três primeiras vias e finalmente um termo final processo né no qual deriva contratação de que sim existe Deus ele parte daquilo que Ele observa na realidade do mundo criado a gente observa no mundo a realidade da contingência as coisas são mas poderiam não ser a gente observa no mundo o Devir o movimento a passagem de uma coisa a outra potência ao ato a gente observa a causalidade a gente observa a ordem
no universo a gente observa perfeições diversificadas no universo e tudo isso vai nos remeter segundo Santo Tomás a um princípio que é Deus primeira via se baseia fundamentalmente na questão do movimento teria havia do movimento ou da mudança não movimento no sentido local que se desloca num lugar para o outro mas no sentido metafísico de passagem de potência ato a gente observa que a realidade se atualizam Ora se algo estava em potência se tornou ato como que se deu essa passagem qual foi o princípio a gente não pode ter sido a própria potência porque uma
coisa não pode estar impotência em ato ao mesmo tempo sobre o mesmo aspecto então daí deriva bom deve haver um primeiro motor que explique o movimento a partir de um determinado ponto um primeiro motor que seja imóvel então assim ele conclui a primeira via e a do movimento Deus é o princípio a gente o motor imóvel e aliás isso também já estava mais ou menos explicitado por Aristóteles foi digamos assim esse grande filósofo que entendeu a realidade né como uma realidade dinâmica em si mesma potência e o ato na composição dos entes é interessante podem
ver que realmente a gente está falando aqui de metafísica não de física a vida causalidade eficiente tem bastante paralelismo com a via do motor imóvel mas sobre um outro ângulo porque porque movimento não é a mesma coisa que causalidade por isso são vias distintas a gente percebe que a causa subordinadas outras causas e é claro que a gente pode entender a causalidade do fiere do fazer-se mas é causalidade do ser Então são os Tomás vai derivar da fenômeno da causalidade constatável que deve haver uma causa não causada por outro que não seja subordinada uma primeira
causa em causada que é também o primeiro motor imóvel é o que todos chamam Deus né como ele mesmo escreve por outro lado A uma outra observação também com essa ataca na natureza que é a realidade da contingência Eu acho assim Super Interessante sabia edição de tomar porque ela chega a ser até assim quase que fascinante de algum modo gente percebe que há contingência que eu sou mas poderia não ser 200 materiais isso ainda mais Evidente Isto é mas poderia não ser aquilo é mas poderia não ser esta árvoremos poderia não ser tudo é mas
poderia não ser mas se tudo fosse É mas não poderia não ser não existiria absolutamente nada Então deve haver um ser necessariamente um ser necessário que explique a existência dos seres contingentes então a terceira via conclui na ideia de que existe um ser necessário qual chamamos Deus ele existe necessariamente porque senão não se daria contingência em todos os demais seres antes que a gente gostar tanto no universo vai ser a terceira via de Santo Tomás de Aquino vejam sempre aplica especialmente nessas três primeiras vias de algum modo princípio da causalidade para se chegar a um
ser que é primeiro motor imóvel que é a causa causada que é o ser necessário a quarta via é interessantíssima mas ela já não é tão digamos assim do princípio da causalidade é havia que observa um outro aspecto da realidade que é uma espécie assim de hierarquia ontológica na natureza que algo também muito presente né Muito patente aos nossos olhos por exemplo este copo é tá aqui diante de mim se nós tivéssemos aqui uma planta também é Mas ela é um ser vivo tem perfeições intrínsecas muito superiores a perfeição de um objeto que se quebra
facilmente uma planta eu já tenho um outro grau C se a gente pensar então no mundo animal para usar o exemplo do Professor Luiz vamos passar nos gatos em sua complexidade né e sua beleza e seu charme em suas Sete Vidas ele é muito mais do que uma planta é mais a gente vai percebendo uma hierarquia ontológica aqui se a gente chegar no ser humano temos aí todo o universo do querer do entender da cultura do que a gente quiser É muito mais consistentemente a gente observa graus ontológicos mas tudo que é é alguma coisa
E aí está a distinção ato de ser E aí sente esse alguma coisa sente Isto é um copo isto é uma planta Isto é um animal Isto é um ser humano então onde que está a distinção por onde que eu qualifica a distinção entre as essências e essa é digamos assim o Insight né de Santo Tomás a gente distingue pelo ato de ser as coisas são participadas em diferentes graus do ato pleno de ser então Deus simplesmente é não há composição em Deus entre a essência e o ato de ser tudo que nós vemos tudo
que nós constatamos e nós mesmos somos compostos somos alguma coisa é uma essência que qualifica o meu ato mas em Deus não é assim Deus é o ser por Essência a essência é ser não há composição Então esse ser em Plenitude é o que nós chamamos de Deus do qual participam todos os demais antes Vejam as intuições belíssimas de Platão aqui que imaginavam ser subsistente eu acho que são mais fato Ele recolhe toda a tradição anterior filosófica e faz uma síntese original ele recolhe de Aristóteles nessa composição doente matéria e forma essência e ato de
ser a ideia do movimento intrinsecamente ausentes e recolhe de Platão Essa Ideia de um sexto resistente que no caso de Deus de fato é uma substância separada não é apenas uma ideia é aquele que é precisamente muito bem aí chegamos a nossa quinta via e gloriosa via de Santos tomate que é belíssima eu acho a mais bela por isso que eu quis falar um pouquinho sobre ela e ela é particularmente fascinante porque porque a medida que passa o tempo ela se torna cada vez mais visão grande porque é como se a realidade dessa cada vez
mais conta dessa intuição profundíssima e teve Santos tomar no sentido desta ordem maravilhosa que a gente constata no universo é uma via relativamente simples né e não por isso menos fascinante porque se algo que a gente observa na natureza isso pitagóricos né observar de uma maneira brilhante é a ordem é a proporção é a harmonia é a beleza é algo que estasia né o homem desde sempre e quanto mais a gente conhece a natureza a gente observa essa beleza essa harmonia essa proporção Essa ordem no microcosmos e no mar propósito a gente observa isso em
qualquer área de conhecimento Qual é a questão é que a ordem suponha uma finalidade mas estamos aqui em uma sala uma disposição de cadeiras de uma determinado modo eu estou com a cadeira voltada para cá e não para lá porque e há uma finalidade esta ordem é boa ou ruim Depende qual é o objetivo desse compor imobiliário desta sala de um determinado modo então é a finalidade que dá a razão da ordem agora as coisas não se ordenam por si mesmas alguém ordenou sempre que eu lembro disso eu lembro tem nada a ver mas daquele
livro a Ilha do Tesouro Se não me engano é assim o nome e tem um náufrago e ele se encontrou numa ilha sozinho só que um dia na ilha sinal viu uma pegada humana que não era a dele e ele imediatamente pensou a outro homem na ilha eu não estou sozinho não passou pela cabeça dele pensar assim incrível vento bateu na areia formou-se essa pegada não passa não seria razoável não seria racional porque o acaso não explica a ordem explicação mais óbvia que alguém pisou aqui se alguém não fui eu então alguém aqui é uma
conclusão lógica quando a gente pensa em finalidade a gente pensa em inteligência a ordem remete a finalidade e a finalidade remete a inteligência Ora se o mundo é incrivelmente ordenado e as próprias criaturas que carecem de conhecimento estão ordenadas a finalidades que não foram elas que se auto puseram a inteligência coordenadora e essa inteligência ordenadora que nós chamamos de Deus a partir da Ordem da criação da Beleza da Criação da Inteligência que há por trás dessa ordem manifesta a gente deduz a inclusão de que há uma inteligência coordenadora então vejam que esta via é diferente
do motor imóvel causa em casada ser necessário ser por Essência assim como a quarta via ela é menos digamos assim tributária no princípio da causalidade a gente tá aqui se novembro no campo da Ordem da qual deles fim da qual deles inteligência que ordena porque o acaso não explica a ordem então sinteticamente é assim que a gente apresenta a quinta via mas eu gostaria de ler com vocês a quinta via para a gente se dar conta do passo a passo que segue são os Tomás de Aquino dizer a quinta via é tomada do governo das
coisas com efeito vemos que algumas coisas que carecem de conhecimento como os corpos físicos agem em vista de um fim o que se manifesta pelo fato de que sempre ou na maioria das vezes agem da mesma maneira a fim de alcançarem O que é ótimo vou parar por aqui depois continua Mas vamos comentar aqui dois pontos primeiro a quinta ver a tomada do governo das coisas vejam que sutileza aqui porque governo significa Providência significa ver antes governar não é casual então Santo tomate que foi alguém que entendeu a lei eterna como a lei da Providência
que governa o universo ele vê que claramente isso no mundo da natureza um governo Outro ponto mesmo os corpos que carecem de conhecimento agem em vista de um fim agora o que eu acho assim genial sempre ou na maioria das vezes sempre na maioria das vezes ou seja não é que sempre necessariamente tudo esteja pré-determinado para alcançar um fim vejam como Santo Tomás introduz a possibilidade do acaso e do fato isso é algo presente né ciências constar Exatamente isso por exemplo né todo o processo de evolução conta também com o acaso é com acidentes vamos
chamar assim só que também isso está previsto impressionante porque porque tudo vai convergir para um filho é ótimo então vejam a ideia de bem estar aqui implícita sempre ou quase sempre as coisas mesmo que parecem de inteligência concorre para um fica ótimo gente é exatamente isso que cada vez se constata melhor com o progresso da ciência portanto realmente interessante né as intuições metafílicas e essa vantagem também da metafísica ela não perde a autoridade nunca claro que esse método da natureza conhece evoluções em novos paradigmas e é ótimo Maravilhoso isso a metafísica não está presa necessariamente
a isto porque ela tá numa outra ordem de indagação e de conclusão é na ordem metafísica não física então não se trata de buscar a Deus como explicação para aquilo que a gente ainda não consegue entender muito bem então é Divino a causa que a gente não consegue decifrar este Enigma Não não é assim que procede a metafísica continuando fica claro que não é o acaso mas em virtude de uma intenção que alcançam o fim ora aquilo que não tem conhecimento não tem não fim a não ser dirigido por algo que conhece e é inteligente
como a flecha pelo arqueiro parece se dirige ao fim porque há alguém que é inteligente e que deu essa direção não é fruto do acaso logo existe algo inteligente pelo qual todas as coisas naturais são ordenadas a um fim e é isso nós chamamos Deus Quais são os elementos desta quinta via de São Tomás de Aquino já mencionados todas as coisas inclusive aquelas que carecem de conhecimentos estão ordenadas a um fim a ordem implica uma inteligência e o fim então ele está deve estar na mente de um ser inteligente porque porque o fim ele é
o primeiro na intenção e o último na consecução portanto se há um fim Há Uma Mente que propôs aquele fim e daí deriva a ordem e a esse ser inteligente chamamos Deus é inteligência coordenadora esta via é fascinante como a gente dizia porque é impressionante a cooperação inconsciente de todo o universo para Se chegaram ao universo relativamente estável qual nós estamos e onde conhecemos a vida tudo conversa de uma maneira inconsciente uma finalidade belíssima Kant que foi um crítico da 5ª via de Santos Tomás de Aquino na verdade perdão ele não foi um crítico da
5ª via de Santos Tomás de Aquino foi um crítico da prova entre aspas teleológica para existência de Deus embora ele admirasse profundamente a beleza a ordem que há no universo entender que realmente dá vontade de dar esse salto para que há um ser necessário segundo ele então qual é o problema na verdade ele parte da constatação da Ordem da Inteligência que universo e ele diz então dizem que há um ser necessário E aí ele refuta essa prova porque porque a necessidade um ser necessário transcendente é exigiria o recurso ao princípio da causalidade e segundo ele
o princípio da causalidade não pode ser extraído da natureza Portanto ele refuta a prova teológica mas ele faz um salto na verdade do argumento da beleza e da Ordem do Universo para a via de que existiria então ser necessário ora são os Tomás não é assim se é necessário a conclusão da terceira via que parte de fato da contingência e há no universo do que é poderia não ser se assim fosse nada existiria Então deve haver um ser necessário isso de fato se reduz a prova da causalidade agora o fato de finalidade do universo e
a finalidade ser uma contingência então não poder ser uma contingência de Então deve haver um ser necessário isso ele é obrigado a refutar ele diz até a contra gosto Porque de fato é belíssimo esse argumento mas na verdade ele não está recrutando a quinta via de Santo Tomás de Aquino E por que é tão importante hoje essa via porque exatamente é algo que se constata cada vez melhor essa esse conjunto né de elementos convergentes para a conclusão de que há uma inteligência ordenadora ao grande projeto por trás desse universo que nós constatamos é verdade também
que algumas correntes também contemporâneas que talvez não usem o argumento muito firme para constatar a partir da Ordem da Beleza do universo a existência de Deus eu me refiro a uma corrente que surgiu na América né nos Estados Unidos fala de um desenho inteligente para o universo na verdade isso deriva de tentativas de superação da hipótese ou da teoria evolucionista Então se constatam algumas realidades na natureza na Biologia que não se vê exatamente a causa Então parece que há ali não é possível exatamente a causa a partir de uma evolução então é como se houvesse
ali um desenho super inteligente que surgem entre aspas do nada mas que não se explica através da evolução Então se atribui assim esse desenho inteligente a Deus mas não é isso havia de São Tomás de Aquino não se trata de um desenho inteligente para explicar aquilo que eventualmente outras explicações biológicas ou físicas ou químicas não explicam se trata de perceber uma ordem no universo que requer uma inteligência ordenadora e essa inteligência coordenadora sim é perfeitamente compatível com permitir o acaso e de fato a evolução admite o acaso e o argumento de Santo Tomás como nós
lemos faça fala exatamente sobre isso as coisas sempre ou quase sempre concorrem em direção algo que no fim é ótimo mas se admite o quase sempre não é preciso que Deus intervenha a cada segundo no universo não de forma alguma não é essa a ideia de Santo Tomás de Aquino A gente poderia falar assim de um projeto inteligente de uma inteligência ordenadora mas não de uma inteligência a cada passo e isso é algo assim que realmente continua super atual e cada vez mais né eu tenho uma amiga que trabalha com designer de interiores E ela
diz algo que eu acho super interessante ela diz assim a ordem em qualquer ambiente precede a beleza interessante pensar assim Porque de fato Santo Tomás é quando constata a beleza metafísica né A beleza objetiva que há nos entes ele entende que há ali um elemento de ordem de proporção que explica de algum modo a beleza a ordem precede a beleza e a beleza ela não se impõe é tão impressionante que hoje E aí já entra nesse último tópico que é a atualidade da quinta via talvez apresentar uma verdade metafísica e ainda uma verdade moral isso
causa muita suspeita a gente tende a não admitir a verdade né não admitir moral condutas melhores ou piores obrigatórias parece que tudo é igualmente verdadeiro tudo igualmente válido equivalente se torna suspeito alguém que fala de uma verdade de uma bondade Então tá beleza ela não precisa ser proposta basta a gente se abrir a ela e a gente se abre porque o espírito humano é aberto a beleza a gente precisa criar beleza ao nosso redor Isso é uma necessidade humana portanto abrir-se a beleza do universo nos leva realmente e a ordem é um elemento da beleza
nos leva facilmente ao conhecimento de Deus e mais do que a gente observa uma regularidade impressionante uma complexidade absoluta no universo e ao mesmo tempo uma simplicidade total Então é quase que contraditório se não houvesse uma inteligência por trás disso tudo seja Deus é realmente uma inteligência ordenadora e que algo tão Sublime tão maravilhoso tudo é rigorosamente ordenado lógico Belo simples complexo dirigido existe aqui finalidade então a gente não faz mais do que de fato admitir nós estamos de algo que nos transcende a gente vê uma ordem intrínseca nas coisas que não são em si
mesmas inteligentes então isso nos leva a Deus como uma inteligiões coordenadora cada vez mais constatável né Por exemplo física né se fala de um ajuste fino Universo em todas as ordens né físicas químicas se não fosse tudo exatamente como é não haveria vida não haveria o universo tal como conhecemos Enfim tudo parece é concorrer nesta direção né Isso se vê cada vez mais claramente Mas voltando a ideia se trata de um argumento metafísico não é que a descoberta da ciência infelizmente cada vez vai dando mais razão da causalidade que a gente vê no universo digamos
brigue com os argumentos metafísicos de forma alguma e eu me lembrava né de uma frase de Leonardo Da Vinci né também o amante da Beleza ele diz assim a simplicidade é o mais alto grau de sofisticação E é isso que a gente percebe no universo ele é incrivelmente sofisticado e ao mesmo tempo incrivelmente simples então quando a gente pensa em Deus e que Deus está à vista ele responde algumas inquietações Profundas e parte daquelas premissas anteriores as quais se referia Cornélio de fato o mundo está aí e essa concentração nos leva a pensar como é
E por que existe algo ao invés do nada porque entre algo e o nada é necessário uma potência infinita Então essa é uma inquietação digamos assim ontológica porque o ser e não nada isso vai nos fazer pensar em uma causa de um princípio eu sei que é necessário não ser que é por Essência também inquietações epistemológicas por que é que nós compreendemos por que que há inteligibilidade no mundo porque nós conhecemos somos um ser que conhece um ser que pergunta o ser que quer conhecer não será aberto e nesse sentido também quando dizia é preciso
darmos conta de que somos um ser pessoal temos uma orientação para o nosso ser orientação para nossa vida temos um interesse queremos um porquê por isso Deus é um problema e a nossa própria existência é um problema e finalmente Em Tentações axiológicas nos perguntamos pelo sentido das coisas pelo valor das coisas pelo para que porque se há uma ordem há uma finalidade e a que serve essa finalidade quem ordenou por quê então Claro tudo isso são caminhos que nos levam a existência de Deus e como a gente entende a quinta havia se torna particularmente atual
no digamos assim no momento contemporâneo em que se questiona tanto a verdade e a bondade mas não há como não se render a beleza e a ordem cada vez se vê mais claramente no universo e para finalizar né eu me lembrava de uma frase do Ratinho no final do ano passado ele foi um grande teólogo muitos entendem que é o maior teólogo do século 20 eu sou inúmeras obras importantes publicadas e uma vez né perguntaram qual seria quando assim aprova né fundamental da existência de Deus qual seria melhor Apologia da Fé e ele que era
um grande teólogo dizia que a maior Apologia da fé pois ele é a beleza que a fé produziu por um lado porque porque o Sublime né nos eleva também a realizar coisas sublimes a gente vê na ordem da criação humana né tudo que há em pintura arquitetura escultura música impressionante como isso está ligado está ligado ao sagrado isso é um testemunho eloquente do Divino e por outro lado ele dizia também a vida das pessoas santas de alguma forma isso testemunha no criador mas o que argumentos assim profundamente teológicos que ele saberia certamente apresentar né mas
sempre a vida da Beleza parece mais apropriada né Para nossa mentalidade atual eu gostaria de finalizar com uma frase exatamente do cardeal raça sobre essa ideia do governo do mundo que a gente percebe porque havia Santo Tomás a quinta via havia a partir do governo das coisas e o casal rato sempre diz assim essa confiança no fato do que Deus não se retirou do mundo é uma mensagem que leva a superação daquela que se pode considerar a maior Tentação do nosso tempo Isto é a pretensão de que depois do Big Bang Deus se tem a
retirado da história a ação de Deus não parou no momento do Big Bang mais ainda continua ao longo do tempo quer no mundo da natureza quer no mundo humano muito obrigada
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