Entenda a importância de falar sobre identidade afro-brasileira

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Neste 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, fizemos este vídeo #PRAENTENDER a importânc...
Video Transcript:
a 20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra data escolhida para relembrar a luta dos negros no Brasil contra a opressão foi nessa data mas em 1695 Zumbi dos Palmares líder do maior quilombo que existiu foi morto os quilombos eram comunidades onde negros resistiram a escravidão no Brasil e lutavam pelo Direito de expressar sua identidade sua cultura nesse vídeo vamos entender porque é importante falarmos sobre a identidade afro-brasileira à formação da identidade de uma pessoa se dá em vários lugares como no ambiente familiar no trabalho na escola e na comunidade Além disso o
contexto social do indivíduo EA sua etnia também contribuem para a formação da sua identidade no Brasil assim como em outros países com origem escravocratas houveram processos que tentaram apagar a história EA cultura dos escravisados ao longo de mais de 300 Anos de Escravidão o Brasil recebeu cerca de 4 milhões de escravizadas essas pessoas eram retiradas as em suas comunidades e levadas para um lugar desconhecido onde esse falava uma língua totalmente diferente da sua muitas essas pessoas eram separadas de seus familiares e assim perdeu a conexão com os seus ancestrais os escravizados também não tinham liberdade
para expressar a sua religiosidade e as suas tradições mesmo com a abolição da escravidão em 1888 a perseguição contra a cultura Negra continuou sendo praticada a capoeira Por Exemplo foi proibida no Brasil entre 1890 e 1930 e na virada do século a política do embranquecimento agravou esse apagamento essa política foi uma iniciativa eugenistas que buscava diminuir a participação dos negros na sociedade brasileira e contou entre outras coisas com incentivo a imigração de pessoas brancas sobretudo europeus enquanto os negros foram jogados à própria sorte com o fim da escravidão sem qualquer assistência do poder público o
estado incentivava que pessoas de outros países migrassem para o Brasil a distância de se colocar como foco né o trabalho né de fazer com que a cultura Negra se você já é minha morada na pensando em uma experiência histórica né é ter como foco né a compreensão daquilo que nós somos né como é a sociedade né pensando que o maior contingente de seres humanos que vieram né para para essa região né do planeta foram sujeitos transpostos né da África a imensa maioria encontra em condição de escravizadas escravizados desconsiderar né Essa essa perspectiva eu acho que
é incorrer em um auto-engano a respeito de quem nós somos Apesar destas tentativas de embranquecer a população brasileira ocorreu uma miscigenação muito forte no nosso país porém a convivência entre brancos e não foi tranquila a segregação racial continuou e continua fazendo parte da sociedade brasileira segundo dados do IBGE 54 por cento da população brasileira é negra apesar de sermos maioria somos minoria na política nos aos cargos das empresas e nas faculdades E mesmo quando alcançamos esses espaços continuamos em condições desiguais em 2018 36 por cento dos jovens brancos entre 18 e 24 anos que estavam
cursando o haviam concluído o ensino superior segundo dados do IBGE já entre os jovens negros essa porcentagem cai para 18 por cento mesmo depois de formados Ainda há uma diferença salarial entre brancos e negros que chega a 31 por cento segundo o estudo do Instituto locomotiva quando se fala ainda né em cultura Negra cultura afro-brasileira e o pertencimento que determinada para determinar as práticas culturais trazem é um pouco é né no sentido de rasurar uma ideia que nós temos uma miscigenação que ocorreu de forma harmoniosa é completamente hierar não hierárquica muito embora né o [Música]
exista naím determinados aspectos é a miscigenação isso não é apagou né a exclusão ou não lugar né de um grupo muito significativo de sujeitos que são para além da miscigenação compreendidos né socialmente como como negros Os Pretos afro-brasileiros é terça na luta contra o racismo e pelo empoderamento da população negra a pessoas que defendem a cultura e identidade negra no seus trabalhos nós conversamos com duas dessas pessoas uma delas é até o Correia com 25 anos de Jornalismo e passagem por diversas emissoras de televisão de Belo Horizonte até uma das principais repórteres da TV Alterosa
afiliada do SBT em Minas Gerais desde que começou sua carreira na televisão até o busca expressar a sua identidade diante das câmeras mas isso nem sempre foi fácil em uma das emissoras que trabalhou logo no primeiro dia a mandaram para um salão de beleza para cortar o cabelo e fazer escova no momento em que eu estou de trança no momento em que o estou de black na TV é eu eu mostro que nós temos uma personalidade que ela ela precisa ter espaço dela é preciso ser respeitada eu não tenho que me adaptar ao modelo a
ser um bom profissional né Então é eu acho que trazer esse modelo para TV foi importante não só para mim mas foi importante para as pessoas que me viam e que se refletiam na minha imagem muitas vezes na rua as pessoas me paravam para me abraçar para falar o quanto que gostava no meu trabalho e elas fazem isso até hoje e muitas vezes falava assim ah ela quis fazer trança por causa de você né então isso mostra como é importante a representatividade é preciso que a gente veja o outro na TV Onde eu posso me
refletir é o meu espelho assim é que que muitas crianças tiveram coragem sabe de postar sua trança de usar o seu cabelo black de ir para escola com a sua cara e não querendo imitar outra criança que tá lá com cabelo liso Então acho que é uma questão de de você se respeitar né e que é perto seu estilo não é o cabelo que eu uso ele não muda o teor da notícia que eu levo a notícia que eu levo ela tem a ver com meu trabalho com a minha competência com meu compromisso profissional em
2013 at é uma Apresentou um quadro no Jornal da Alterosa chamado raízes e estilo A ideia era produzir matérias voltadas para o público afrodescendente sobre cultura estilo moda saúde beleza e tradições atualmente até o comando uma coluna no estado de Minas e no portal e chamada o fato em Foco onde aborda discussões sobre temas do cotidiano eu sempre que posso eu trago à pauta da diversidade para o jornalismo E por que que eu falo diversidade porque preconceito não existe o só contra o afrodescendente existe contra várias etnias e existe também encontra vários gêneros como a
gente sabe das questões LGBT que ia mais e por aí vai então a minha falta ela é de trazer a diversidade e mostrar que a diversidade existe tem que conviver no espaço harmônico com os outros que Teoricamente seria o padrão né e o padrão que a gente tem há muitos anos em televisão é o padrão europeu que tá sendo aos poucos é a substituído ou aos poucos modificados outra pessoa com quem conversamos é a Dandara Elias ela é fundadora do grupo estético todo Black e Power voltado para a valorização da beleza e da cultura Negra
Dandara conta aqui após passar vários anos alisando o cabelo para se encaixar numa estética padrão ela passou por muitas dificuldades durante sua transição capilar para voltar a ter os cabelos naturais e foi aí que ela teve a ideia de montar um salão especializado em cabelos afro hoje ela acredita que o empreendedorismo pode ser uma ferramenta no combate ao racismo em 2020 a todo Black e Power se tornou signatária do o Global da ONU por conta do compromisso da empresa com o combate à desigualdade racial com a diminuição da pobreza entre outros a gente até brinca
que a gente almoçar aonde fachada a transformação que as pessoas passam aqui dentro é muito superior é ter uma rede de apoio para falar que é isso todo mundo falou que você é feia não você só é negra você só é negro o seu cabelo é assim mas olha essa referência né Olha tudo isso isso é causa transformações pessoais profissionais na vida das pessoas né então isso por si só já seria uma grande mudança mas do lado da gestão também de como se faz os bastidores a forma que a gente lida sabe com a administração
desse negócio de pensar na seleção de pessoas pretas pessoas que são extremamente capazes e que não tinham oportunidades aos lugares e você pensa Poxa essa pessoa Talvez estaria no máximo na limpeza porque ela ainda não concluiu o ensino médio é com essa idade e que e consegue valorizar a autoestima EA pessoa por si só vai se desenvolvendo porque alguém acreditou nela né para o Dandara o processo de aceitação do seu cabelo afro e da transição capilar ainda traz reflexões sobre o racismo o que ela vem Cia uma coisa que eu costumo muito falar é sobre
a transição capilar sobre entender de cabelo desse aceitar a visão de mundo que muda o seguinte meu Deus se mentiram para mim sobre o meu cabelo que é na minha cabeça que passa o que eu com 20 e 60 80 anos a gente já viu pessoa que você conheceu para o cabelo é se mentiram para mim sobre esse cabelo como que ele era duro que ele era a pelo que ele era feio uma coisa que é do meu corpo tá na cabeça que é só levantar vou encostar sobre o que mais não mentiram para mim
bom então é isso Eu me questiono assim diariamente diversas vezes por dia toda vez que algo fala tudo é questionável isso é mesmo eu não posso fazer isso isso é muito então isso muda totalmente a forma que a gente viu a população negra no Brasil sempre conviveu com a segregação com o racismo e com tentativas de apagamento da nossa cultura e da nossa identidade É por isso que tantas pessoas negras Expressa o orgulho que tem do seu cabelo da sua história e da sua ancestralidade é porque isso não foi privado por muito tempo É porque
fomos ensinados a ter vergonha do que somos o dia da consciência negra é mais um dia para relembrarmos a importância de lutarmos por uma sociedade mais justa igualitária e que respeite a identidade de todos os indivíduos para mais vídeos como este acesse o nosso canal
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