todas as pesquisas diziam que a gente iria precisar de 132 anos a gente virou em 18 anos a nossa presença no ambiente universitário [Música] eu acho importante nós fazemos essa pergunta sobre racismo numa sociedade que carrega ainda com uma etiqueta negar a existência do racismo sendo o que nos lembra kabengele munanga o racismo no brasil um crime perfeito porque os que agridem saem como pessoas que não têm nada a ver com isso e as vítimas do racismo é só esfacelados e são contabilizados pelo racismo é importante a gente enfrentar uma sociedade que quer hierarquiza são
dos seres humanos o conta do seu pertencimento racial nós precisamos afirmar uma posição de que nenhuma pessoa é mais do que a outra nenhuma pessoa está acima da outra nós atravessamos nos anos 90 o brasil lutando com uma constituição que em 2018 fez 30 anos e uma constituição violentamente atacada porque o que há um desconforto dessa elite do atraso no brasil que acredita que ela é melhor do que eu porque ela é mais humana do que o povo e que ela pode submeter a sua brutalidade para seguir sendo uma espécie de casta acima do povo
essa exclusão do racismo é geracional ela ainda afeta pelo fato dos nossos ancestrais terem sido excluídos de um acesso pleno ele fiquei maior dificuldade de que tiver o net que os descendentes pudessem ter condições de simplesmente estudar ou ter acesso a escolas para acessar o mercado de trabalho o acesso direto ao mercado trabalho quando escolarizados esse jovem negro ele tem que trabalhar por exemplo durante o dia para poder ter uma renda mínima e aí ele geralmente vai estudar à noite é diferente de um jovem que vem de uma família na noite branca que teve o
privilégio de foi estudar já tem uma desvantagem a eliane cavalleiro fez uma pesquisa sobre as crianças negras nas creches e ela identificou que desde a creche criança negra - tocada pelos professores do que aqui nessa branca as professoras que tenham menos gostam - pentear o cabelo da criança negra do que tem criança branca de tocar então isso também tenha feito na própria formação da pessoa que sente menos querida desde a infância o ensino superior particularmente universidade na história do brasil sem foi pensado em termos elitista você sempre foi vista como um espaço da elite que
ele tinha visto como branco não é à toa que também demorou muito pra te universidades livros no brasil tem um caso bem conhecido que a universidade do brasil que hoje se chama ufrj universidade federal do rio de janeiro nos anos 60 ela teve um processo que dois advogados final do rio de janeiro é aplicar a ela porque o conteúdo do vestibular da então adversário do brasil era o mesmo do colégio pedro 2º e é um colégio de elite desde sempre então fica bem evidente que nesse colégio também não entravam pessoas negras não tem toda uma
lógica ea foi afirmativa que existiam não eram para a população negra são bernardo do campo aqui em são paulo é uma cidade que vai fugir também a partir de ações formativas de temas que são doados para migrantes então essas gerações desses descendentes que vieram miseráveis da europa que tiveram as afirmativas conseguir avançar é a população negra não teve acesso às ações afirmativas apple inclusive teve impedimentos legais quando vai ser promulgado a lei de terras ainda no império aqui no brasil ela impede o acesso de pessoas negras a terra ter posse de terra houve toda uma
lógica que vem desse impedimento de a festa pessoa negra e historicamente irá finalmente a renda a formação que ainda se reflete no ideário das pessoas com relação aos seus negros nos defeitos é psicossociais o racismo desses desempregados outros que já desistiram de buscar o trabalho sendo 800 são negros e negras esse é um quadro desesperador pra nós havia um argumento que nós enfrentamos como falso argumento vocês não estão porque vocês não têm o capital educacional suficiente para alcançar o emprego no brasil com o advento das políticas de ações afirmativas no espaço de 18 anos a
gente provocou a virada histórica que sem políticas de reparação todas as pesquisas diziam que a gente porque iria precisar de 132 anos a gente virou em 18 anos a nossa presença no ambiente universitário pra mim que estava nos anos 90 na graduação e que participei das primeiras pesquisas em 99 levantando qual era a nossa presença nas grandes universidades no sistema federal do brasil nós observávamos ali que em alguns cursos por exemplo na unb naquele momento não existia uma inserção de pessoas negras e nós chegamos em duas décadas quase nós viramos esse quadro nossos avanços nas
ações afirmativas principalmente no brasil é mais na área da educação eu acho ainda muito tímidos porque eles ainda se restringe muito a reserva de vagas que é uma das formas de ações informativas né que popularmente conhecidos como cotas e eu acho interessante porque assim eu fui a primeira gestora do sistema de cotas para negros e negras aniversário de brasília e quando foi colocado o número 20% de reserva de vagas assim foi o número que chegou por consenso que se a gente for pensar na verdade deus que assim por cento durante algum tempo já que a
ideia é mudar a lógica de afeto das pessoas negras a esse espaço onde elas estavam excluídas mais 20 por cento foi o que se chegou pelo consenso pela discussão dentro do conselho de ensino pesquisa extensão e é curioso porque esse número se mantém em outras legislações porque se manteve se e 20% porque estamos num número econômico porque no outro sua luz néon que fossem taxas mais altas porque não outras formas de ações afirmativas também nós lutamos por direito a história e direito à memória porque é exatamente no direito à memória que a gente vai debater
algo fundamental nesse país lembrando município andré a ou nos trazer que é nessa disputa por um direito a história que a gente vai dizer opa quem foi mesmo que desenvolveu este país quem foi mesmo que botou esse país dp ao longo de quatro séculos e quem é que é efetivamente no sub emprego no emprego absolutamente insalubre quem foi que enfrentou no pós abolição até aqui pra que o brasil se tornasse o brasil que ele é hoje mesmo com toda a situação de violação aos direitos da população negra [Música]