O Brasil está jogando seus melhores talentos fora e perdendo a corrida tecnológica mundial. Nesse episódio da Série Soluções para o Brasil você vai descobrir porque temos 200 mil cientistas altamente qualificados e, ainda assim, os remédios que você toma e até o seu celular foram criados por empresas de fora. Por que o Brasil está atrasado e não cria suas próprias inovações?
O que falta para nos tornarmos uma potência científica e tecnológica? Lucrécio, que passava fome no episódio anterior, hoje é engenheiro químico recém-formado e estava animado para sua primeira viagem internacional. Enquanto esperava na sala de embarque do aeroporto, ele pegou seu celular da Samsung, empresa sul-coreana, e abriu o YouTube, um aplicativo da Google, sediada nos Estados Unidos.
Era um vídeo do Olá Ciência sobre a vacina da Pfizer também dos Estados Unidos, mas em parceria com a BioNTech da Alemanha. Enquanto dava um gole no seu café personalizado da americana Starbucks, Lucrécio se deu conta de que, mesmo estando no Brasil, estava cercado de produtos estrangeiros. Poxa… Será que nada aqui é Brasileiro?
Calma Lucrécio. A verdade é que o Brasil tem sim muita tecnologia e até potencial para competir internacionalmente. O que está atrapalhando o Brasil é outra coisa… Lucrécio estava prestes a embarcar em um E2, um dos aviões mais eficientes já criados, produzido pela terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, a brasileira Embraer.
Fundada em 1969, ela era vinculada ao Ministério da Aeronáutica e tinha o objetivo de desenvolver a indústria da aviação no país. Deu certo. Hoje, graças à Embraer, nós somos referência nesse setor e você pode dar de cara com um avião construído por mãos e mentes brasileiras voando mundo afora.
Fica bem fácil visualizar o impacto da tecnologia em uma viagem de avião, que economiza dias de trajeto dependendo do seu destino. Mas não para por aí. O primeiro lanche de Lucrécio no avião foi um delicioso bolo de cenoura e sem perceber, ele estava mais uma vez, aproveitando a tecnologia brasileira.
Até a década de 80, a produção de cenoura era muito limitada no Brasil por se tratar de uma hortaliça de inverno. O plantio só podia ser feito no sul e sudeste do país e, mesmo assim, com baixa produtividade nas estações quentes. Não era suficiente para suprir a demanda nacional e, no fim das contas, tínhamos que apelar para a cenoura importada, mais cara.
A solução veio da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Uma empresa pública criada em 1973 com um objetivo claro: desenvolver pesquisas e tecnologias que aumentassem a produção de alimentos no país. Ou seja, nós tínhamos um problema e uma política de Estado interessada em resolvê-lo para gerar crescimento econômico.
Após vários anos de pesquisa, os cientistas da Embrapa desenvolveram uma cenoura resistente ao calor que foi distribuída em larga escala para todos os agricultores do país. Embraer e Embrapa são histórias de sucesso diferentes, mas que convergiram para um mesmo ponto inovação tecnológica, que em bom português é “criar algo novo usando tecnologia para melhorar a vida das pessoas”. E qualquer um pode inovar!
Você aí na sua casa pode tentar uma nova receita de empada de frango, adicionando palmito ao invés de azeitona. Eu, inclusive, apoio essa ideia. Da mesma forma, um pesquisador em uma universidade pode criar uma técnica para observar galáxias distantes.
Tudo isso é inovação. Mas tem uma coisa que diferencia essas inovações daquelas que têm alto impacto na sociedade como um celular, uma vacina de RNA, um avião ou uma cenoura resistente ao calor. Essa diferença é a chave para você entender o atraso na inovação brasileira que custa caro para todos nós.
Apesar de todas as inovações começarem como ideias brilhantes, somente as que são desenvolvidas e transformadas em produto têm impacto na sociedade. Você pode guardar a receita de empada e nunca divulgar ou abrir uma lanchonete para alimentar milhares de pessoas. No caso do pesquisador, a sua técnica de observação de galáxias corre o risco de ficar presa no seu laboratório, se ele não levar esse conhecimento para uma instituição capaz de transformá-lo em um telescópio.
Foi isso que a Márcia Rapini, doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia, esclareceu pra gente. A universidade, ela não vai introduzir um produto no mercado, ela não tem uma fábrica. Então ela pode ter uma ideia, ela pode até avançar bastante né, desenvolvendo o primeiro protótipo, mas ela não tem como produzir como vender, como fazer propaganda, como entregar.
Então quem faz esse papel de introdução de produtos e processos no mercado? A empresa. Ainda que a gente tenha uma capacidade latente nas universidades quem vai fazer isso é as empresas e nisso a gente está um pouquinho atrás.
Universidades podem fazer grandes descobertas, mas são as empresas, públicas ou privadas, que absorvem os profissionais e transformam as tecnologias da universidade em produtos! Mas por alguma razão, esse processo não está sendo concluído no Brasil. A Pesquisa de Inovação Brasileira mais recente, finalizada em 2017, mostrou que apenas 33% das empresas avaliadas inovaram em produtos ou processos.
Foi o valor mais baixo desde o início da pesquisa em 2000. E o cenário é ainda pior quando comparamos o Brasil com outros países. No relatório do Índice Global de Inovação de 2021, que avalia a inovação não só em empresas, mas em universidades e institutos de pesquisa, o Brasil aparece na posição 57, atrás de Costa Rica, México e Sérvia.
E esse atraso custa caro. Nós importamos, por um preço altíssimo, remédios para o câncer da Novartis e da Merck, carros da Mercedes e da Kia e programas de computador da Microsoft e da Adobe. É claro que hoje o mundo é globalizado e essas empresas importam tecnologias de vários países para fazer seus produtos.
Mas um fato inquestionável é que a riqueza gerada por esses negócios vai principalmente para o país sede. Se essas fossem empresas brasileiras, elas gerariam emprego e renda no Brasil. Seríamos nós que estaríamos exportando alta tecnologia para o mundo e brasileiros certamente teriam acesso a esses produtos sem precisar desembolsar um rim.
O que aconteceu nesses países para que produtos de alto grau de inovação chegassem no mercado? Por que mesmo com tantos cientistas trabalhando nas universidades e centros de pesquisa, nós ainda criamos pouca coisa nova com a nossa tecnologia? Eu sei que você está cansado de ouvir que falta investimento em ciência no Brasil.
Todo ano é a mesma coisa: cortes atrás de cortes e pesquisadores indignados. A verdade é que eles têm razão. E todos nós, não só os pesquisadores, deveríamos ficar indignados também!
Se o primeiro passo rumo à inovação tecnológica é o investimento em pesquisa científica, nós estamos falhando miseravelmente. O Brasil vinha aumentando gradativamente o investimento em ciência e tecnologia, que teve seu ápice em 2013. Mas de repente a ciência deixou de ser uma prioridade.
Os investimentos caíram 37% desde então e em 2020 foi menor do que em 2009! O sucateamento da ciência é um desastre para todos os setores, especialmente para as universidades, que gastam os seus poucos recursos com o básico: material de escritório, água, luz… e para os pesquisadores, não sobra o mínimo para tocar seus projetos. A maior parte das universidades brasileiras simplesmente não tem estrutura para produzir grandes inovações.
Esse pesquisador entrou na universidade cheio de sonhos. Dentre eles, ajudar na luta contra o câncer… olha só! Adquiriu conhecimentos na graduação.
Foi para um mestrado, estudou ainda mais, publicou artigos, fez doutorado, ganhou prêmios e esteve cada dia mais próximo de uma grande descoberta. Mas finalmente, ao obter o seu título de doutor, simplesmente, não encontrou um emprego onde pudesse aplicar os seus conhecimentos, nem conseguiu uma bolsa de pesquisa para continuar seus estudos na universidade. Essa é a história de milhares das nossas mentes mais brilhantes, que simplesmente desistiram e foram seguir carreira no exterior, a famosa fuga de cérebros.
Poderia ser diferente? Sim, dava pra segurar esses cientistas no Brasil. É isso que os países desenvolvidos fazem, ou você acha que eles vão gastar 36 mil de dólares por ano para formar um pesquisador e simplesmente deixar ele ser abocanhado por outro país?
Esse é o valor que o governo australiano está investindo anualmente na formação da Hipácia, pesquisadora e diretora de conteúdo aqui no Olá, Ciência que está fazendo doutorado no exterior. 36 mil sem contar a bolsa mensal que também é bancada pelo governo. Você acha que um pesquisador australiano iria para o Brasil, tendo essas condições no seu próprio país?
Mas por que a Austrália consegue e a gente não? Acontece, pessoal, que além das universidades sucateadas, o Brasil tem outro problema. Nossas empresas não estão absorvendo esses profissionais qualificados.
Me conta aqui nos comentários quantas vezes você já andou de Uber e o motorista era um engenheiro como nosso amigo Lucrécio? Eu não te contei, mas a viagem dele era pra fazer pesquisa em uma empresa da Coreia do Sul. A fuga de cérebros, a causa dela é essa ausência de espaços nos quais as pessoas possam continuar aprendendo, contribuindo, gerando, fazendo pesquisa.
Então uma saída seria que as empresas contratem pesquisadores. Agora para isso elas precisam ter como estratégia de crescimento geração de conhecimento, criar coisas novas, inovar. A saída é criar espaços nos quais as pessoas possam realizar o conhecimento que elas adquiriram.
É isso! De fato, muitos pesquisadores não estão empregados na sua área de formação, mas isso não é culpa dos empresários que querem maximizar o lucro e contratar mão-de-obra barata. O dono de um laboratório sabe que ter um doutor em genética na equipe é uma baita oportunidade de criar novos produtos e, consequentemente, lucrar mais.
Mas de acordo com a última pesquisa de inovação, a crise econômica que o país enfrenta desde 2014, o alto risco de se inovar e a falta de editais públicos de apoio à inovação, simplesmente desestimulam a empresa de seguir esse caminho. É mais barato importar tecnologias do que se arriscar na criação de um novo produto. Isso faz com que poucas empresas inovem, normalmente só as maiores e que podem assumir mais riscos.
Petrobras, Embraer, Natura e WEG são empresas conhecidas por serem inovadoras, mas me diga o nome de uma grande indústria farmacêutica brasileira que lança medicamentos inéditos. Uma empresa que seria capaz de absorver um doutor em genética do câncer ou uma indústria química capaz de absorver o nosso engenheiro Lucrécio. São pouquíssimas.
Nisso, se forma um abismo entre universidade e empresas que destrói qualquer tentativa do Brasil se posicionar como uma grande potência de inovação. Quando olhamos o investimento feito por empresas e universidades brasileiras em pesquisa e desenvolvimento, fica claro o quanto estamos para trás. Nós investimos apenas 1,14% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, o que está longe do ideal.
Os Estados Unidos investiram o equivalente a 2,79% do seu PIB e a Coreia, 4,5%! E tem um detalhe: como no Brasil as empresas não investem muito em pesquisa, mais de 50% da verba vem do Estado, o que não é suficiente. É isso que nos contou o Paulo Almeida, Diretor Executivo do Instituto Questão de Ciência.
No Brasil, o grosso do que é feito de investimento em ciência principalmente. Vamos separar ciência e tecnologia aí, é governo, Estado. E o grosso disso é realizado dentro de universidade.
No mundo, no que a gente usa como referência pro padrão ouro do que seria ideal não é exatamente o que acontece. Então tem muito de ciência de uma maneira aplicada sendo realizado dentro de indústria. Né?
Então tem muito escoamento de gente com doutorado, de cientista treinado que não fica só na academia, esses caras têm caminhos para irem para a indústria. Se grande parte do investimento vem do Estado e ele não está dando conta, não tem desenvolvimento científico na universidade, não tem desenvolvimento tecnológico nas empresas e não tem como o Brasil ser uma potência de inovação. É um ciclo vicioso.
A indústria fica mais preocupada em se manter de pé ao invés de investir em ciência e no desenvolvimento do país. E é justamente nesse ponto em que estamos, com uma indústria que não contribui como deveria para a nossa economia e que não consegue absorver a mão de obra qualificada que temos no país. Ei!
Você ainda tá aí ainda? Eu sei que a situação do Brasil não tá fácil e que parece que não tem mais saída, que ninguém pode fazer mais nada! Mas cá pra nós, você que assistiu até aqui sabe que nosso objetivo é trazer Soluções para o Brasil e não Reclamações sobre o Brasil.
Como que a gente resolve isso? O primeiro passo, claro, é você clicar no Gostei aí embaixo e se quiser realmente apoiar o Olá, Ciência e fazer parte dessa luta pra transformar o Brasil com ciência, torne-se um membro do canal. A partir de R$2,99 por mês, você vai ajudar a manter a nossa equipe de pé produzindo conteúdo de qualidade para você.
Afinal, como resolver essa situação e fazer o Brasil inovar? Ao olhar para exemplos bem sucedidos de inovação no Brasil, como Embraer e Embrapa, nosso caminho para nos tornarmos potência fica claro: alinhar as políticas públicas com as reais necessidades da população. Isso significa que o papel do Estado vai muito além de promover um ambiente econômico favorável, onde as empresas possam inovar e prosperar.
O Estado precisa induzir ativamente essa inovação nas empresas. O governo já fez isso antes para estimular a indústria farmacêutica nacional. E deu certo.
Em 1999, a Lei dos Genéricos permitiu que empresas brasileiras copiassem exatamente a fórmula dos medicamentos originais das multinacionais, garantindo a qualidade do produto a um preço mais acessível. Mas a cereja do bolo foi o dinheiro que o governo liberou para as farmacêuticas inovarem, o que aumentou o número e tamanho das fábricas de medicamentos no país. Com o passar dos anos, as empresas cresceram, contrataram pesquisadores e lançaram novos produtos.
Não é incrível como um incentivo governamental para a inovação possa ser tão poderoso? Hoje, empresas farmacêuticas que fabricam medicamentos genéricos, como Aché, Cimed e Neoquímica movimentam um valor gigantesco na economia brasileira e são tão inovadoras que é o Brasil quem está fornecendo medicamentos para América Latina e África, onde não tem o medicamento original nem o genérico. O que foi feito com a indústria farmacêutica brasileira pode ser estendido para outras indústrias, como o próprio agronegócio, que já é destaque mundial.
E se ao invés de só exportarmos café, criarmos uma indústria que exporta cápsulas de café e cafeteiras tecnológicas? O Brasil seria muito mais do que um país que produz um cafézinho gostoso. Venderíamos um produto sofisticado, Made In Brazil, que gera mais empregos e retorna muito mais para nossa economia.
E se TODAS as empresas brasileiras tivessem incentivos para investir em pesquisa e inovação? E se elas recebessem descontos nos impostos ao comprar equipamentos de pesquisa ou contratar um cientista? Isso até já existe, mas é muito limitado a grandes empresas, o que deixa uma massa gigantesca de empresas pequenas de fora.
Se ampliarmos esses incentivos, mais empresas fariam pesquisa, e à longo prazo, teríamos mais oportunidade de emprego para pesquisadores. Alinhar política pública que não sobrecarregue as empresas, mas pelo contrário, estimule a inovação, é uma solução para o Brasil. Mas acima de tudo, o que nos falta é estimular a inovação de alta tecnologia desde a base.
Apesar dos produtos serem feitos por empresas, a inovação começa nas universidades. É claro que precisamos investir em ciência e formar mais cientistas de todas as áreas, incluindo as humanas, saúde, química, física e biologia. .
. Mas como eu contei no primeiro episódio da Série, nós precisamos olhar para os dados e ver quais são nossas forças e fraquezas pra investir estrategicamente. Abrir novas universidades pode ser uma solução para formar mais pessoas, mas sem um plano de desenvolvimento da região, essas pessoas vão se formar e sair sem empregos.
Ninguém no mundo consegue investir muita grana em tudo. Tem que ter prioridade. Porque se você não tem prioridade, assim, a manteiga não dá pro pedaço de pão inteiro.
A gente não precisa de mais universidade federal no país, a gente precisa de outras coisas, mais universidade federal talvez não seja a melhor ideia possível. Mas olhar em como que a gente consegue fazer com que esses centros de produção do conhecimento virem centros propulsores de desenvolvimento regional. Fazer com que isso se transforme em PIB, em riqueza, em ferramentas de erradicação de pobreza, de melhora de saúde.
Eu acho que é um pouco por aí. O que o Paulo ressalta, pessoal, é que a gente precisa investir com estratégia. O Nordeste, por exemplo, tem um mega potencial na energia eólica por causa dos ventos na região.
Ao invés de distribuir o dinheiro público igualmente em projetos de energia eólica em todas as universidades ou até criar mais universidades, poderíamos fazer algo mais inteligente. Criar uma política de longo prazo que estimule pesquisas em energia eólica na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estado que concentra mais de 30% das usinas eólicas do país. Seria interessante complementar essa política de investimento na universidade, com redução de impostos para empresas de engenharia se instalarem na região, formando ali um pólo tecnológico, em que as empresas conversam com a universidade.
Olha que fantástico, estaríamos investindo no que a região tem de melhor, ormando pesquisadores especializados e eles teriam opções de emprego fora da universidade, gerando riqueza. O setor cresce e todo o país se desenvolve. Mas nós ainda estamos engatinhando.
As nossas iniciativas de pólos tecnológicos são fracas, se concentram principalmente no Sul e Sudeste e ainda enfrentam dificuldades para atrair grandes empresas. Uma solução é aprender com os Estados Unidos, que já movem sua economia com base na ciência e tecnologia. Veja o Vale do Silício, uma pequena região na Califórnia que não era NADA na década de 40.
Lá nasceu o YouTube, assim como Google, Intel e Apple. Só as empresas do Vale do Silício têm um valor de mercado de 14 trilhões de dólares. Quase 10 vezesmais que a riqueza produzida pelo Brasil inteiro em 1 ano.
Como é possível? Ao longo de décadas, os Estados Unidos integraram em um só lugar universidades, empresas e governo. Criaram um verdadeiro pólo tecnológico, onde a inovação acontece com muita fluidez.
Esse modelo pode ser repetido no Brasil se lutarmos por um ambiente econômico, jurídico e político estável para a inovação florescer desde as universidades até o mercado. Essa é uma verdadeira solução pro Brasil. Mas, fica difícil investir em inovação em uma sociedade que abre cada vez mais espaço para o negacionismo.
Como é possível que movimentos que duvidam da ciência tenham infectado até mesmo nossos tomadores de decisão? No próximo episódio da série Soluções para o Brasil, vamos mostrar como combater esse mal que impede nosso país de avançar. Um grande abraço, e eu te vejo no próximo vídeo.
Tchau.