O DIFÍCIL CASAMENTO ENTRE MORALIDADE E PODER: JESSÉ SOUZA

[Música] sejam muito bem-vindos ao doxa e episteme hoje temos mais um episódio do bloco mundo das ideias com o tema o difícil Casamento entre moralidade e poder Gessé Souza no capítulo O difícil Casamento entre moralidade e poder de seu livro subcidadania brasileira para entender o país Além Do jeitinho brasileiro Gessé Souza se aprofunda na intrincada relação entre os valores morais e as estruturas de poder que moldam a sociedade brasileira O autor argumenta que a desigualdade social no Brasil não pode ser compreendida apenas por meio de fatores econômicos ou institucionais mas também através da dinâmica de

reconhecimento social que permeia as interações cotidianas para aprofundar sua análise Souza recorre a obra de dois importantes pensadores Charles Taylor e Pierre burd como discutido em vídeos anteriores dedicado a Taylor o autor destaca a importância da hierarquia moral na construção da identidade e da experiência social bourd por sua vez contribui com sua teoria da ação social que enfatiza a influência das estruturas de poder na reprodução das desigualdades Souza argumenta que a modernização do Brasil se deu de forma incompleta resultando Em uma sociedade marcada pela persistência de estruturas de poder tradicionais como o patrimonialismo e pela

ausência de um consenso moral sólido que promova a igualdade e a justiça social essa combinação peculiar de elementos modernos e tradicionais cria um contexto social onde a desigualdade se naturaliza e se torna invisível perpetuando a subcidadania um dos pontos centrais da crítica de Souza reside na ideologia do desempenho que se apresenta como um discurso universalizante de igualdade de oportunidades mas que na prática serve para legitimar as desigualdades existentes a meritocracia Nesse contexto serve como um mecanismo de ocultação das estruturas de poder que impedem a ascensão social dos indivíduos pertencentes às classes subalternas Souza argumenta que

a ideologia do desempenho se baseia em uma concepção individualista e moralizante da sociedade que Desconsidera a influência das estruturas sociais na trajetória de vida dos indivíduos Essa visão distorcida da realidade social contribui para a culpabilização das vítimas da desigualdade que são frequentemente vistas como responsáveis por sua própria condição a partir da anl combinada de tayor e B sza propõe a distinção entre três tipos de hábitos hábitos primário é a base para a Integração Social plena em uma sociedade moderna caracteriza-se pela internalização de valores como disciplina autocontrole racionalidade instrumental e a capacidade de adiar Recompensas é

fundamental para o Bom desempenho nos papéis sociais modernos como o de trabalhador produtivo e cidadão participativo em sociedades avançadas a maioria da população desenvolve um hábitos primário o que garante um nível básico de igualdade e reconhecimento social no Brasil a generalização do hábitos primário é dificultada pela herança escravocrata e pela desigualdade socioeconômica resultando na exclusão de grande parte da população hábitos representa a ausência ou a fragmentação do hábitos primário levando à marginalização social indivíduos com hábitos precário têm dificuldade em se adaptar às demandas do mercado de trabalho e da vida social moderna falta de disciplina

autocontrole racionalidade instrumental e a incapacidade de adiar Recompensas são características marcantes em países como a Alemanha a precarização do hábitos é um fenômeno recente e limitado afetando principalmente trabalhadores que não conseguem se adaptar à sociedade do conhecimento no Brasil o hábitos precário é um fenômeno de massa resultado do abandono histórico das classes subalternas e da falta de acesso a condições básicas para o desenvolvimento de um hábitos primário hábitos secundário opera nos est superiores da sociedade servindo como mecanismo de distinção social e legitimação das hierarquias existentes manifesta-se através do gosto do estilo de vida e do

consumo de bens culturais é construído a partir da apropriação seletiva de recursos escassos como Educação de Elite viagens internacionais bens de luxo e conhecimento especializado o hábito secundário perpetua asig pois reforça a ideia de que as diferenças de classe são naturais e justificadas pelo bom gosto e pela cultura superior das elites Souza argumenta que a persistência da subcidadania no Brasil está relacionada à dificuldade de generalização do hábitos primário que é condição fundamental para efetivação da igualdade e da justiça social a ausência de um consenso moral sólido e a força das estruturas de poder tradicionais impedem

a plena Integração Social de grande parte da população perpetuando a exclusão e a marginalização o difícil Casamento entre moralidade e poder no contexto brasileiro se manifesta na contradição entre o discurso universalizante de igualdade e a realidade da desigualdade social a ideologia do desempenho que se baseia na meritocracia e na culpabilização das vítimas serve para ocultar essa contradição e perpetuar as estruturas de poder que impedem a transformação social em Conclusão o capítulo oferece uma análise profunda e crítica da sociedade brasileira revelando os mecanismos sutis de dominação simbólica que perpetuam a subcidadania através da articula das teorias

de Taylor e bdu Souza demonstra como a desigualdade social se manifesta não apenas na Esfera Econômica mas também na dinâmica de reconhecimento social que molda as interações cotidianas a crítica à ideologia do desempenho e a proposição da distinção entre os três tipos de hábitos contribuem para a compreensão da complexidade da questão social no Brasil e apontam para a necessidade de transformações Profundas que promovam a igualdade a justiça social e o reconhecimento da dignidade de todos os cidadãos pois bem por hoje é só caso tenha gostado dê aquele like Maroto assine o canal E compartilhe com

os amigos um forte abraço e Vitória sempre no canal do pensamento debatendo a existência a busca do conhecimento é a nossa resistência [Aplausos] resistência a nossa resistência sim