[Música] Queridos irmãos, a paz do Senhor Jesus. Sejam bem-vindos ao programa Escola Bíblica Dominical. Obrigado por sua audiência. Que Deus abençoe você e toda a sua família através desta programação. Lembrando que este programa está sendo transmitido em Recife, região metropolitana, pelo canal 14 e em todo o estado de Pernambuco, pelas repetidoras da Rede Brasil. Também pelo Spotify e em nosso canal no YouTube, Rede Brasil Oficial. Divulgue nossos links com seus amigos e familiares para que mais pessoas sejam alcançadas pelo estudo da palavra de Deus. Hoje estudaremos a nona lição do trimestre, com o título
"O Caminho, a Verdade e a Vida". E para comentar esta lição, contamos com a presença do evangelista Alessandro Barreto. Pastor, irmão Alessandro. Amém, pastor. É um prazer estar de volta aqui, ao programa do professor e auxiliar, irmão Jonas Santana. Pois não, irmão Jonas. Paz do Senhor, Pastor An Jackson. E do auxiliar e professor, irmão Givanildo. Paz, irmão Givanildo. É um prazer estar aqui mais uma vez. Nesta lição, estudaremos sobre a pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Veremos como Jesus nos oferece consolo e promessas de vida eterna, ao mesmo tempo em que nos alerta
sobre dúvidas, incertezas e enganos que podem surgir em nossa caminhada com Ele. E, por fim, notaremos que o tema desta aula é um convite especial para receber as verdades imutáveis da palavra de Deus e para aprofundar o nosso relacionamento com Cristo. Evangelista, o senhor poderia ler o textuário, por favor? Sim, pastor. Diz assim: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." Irmão Jonas, qual a verdade prática desta semana? A verdade prática, a imagem de Jesus Cristo como o caminho, a verdade e a vida, reforça
a nossa fé e consolida a nossa comunhão com Deus. Irmão Givanildo, quais os objetivos da lição desta semana? A lição possui três objetivos. O primeiro é apresentar a dimensão bíblica do consolo e das promessas do Senhor Jesus. O segundo é discernir a respeito das diferentes formas de dúvidas e incertezas, bem como das certezas e convicções na caminhada cristã. E o terceiro e último objetivo é conscientizar que Jesus é o único caminho, é a verdade absoluta e a fonte de vida eterna. A leitura bíblica em classe para a lição de hoje está em João, no capítulo
14, versículos do 1 ao 15. Acompanhe conosco: "Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vô-lo teria dito: 'Pois vou preparar-vos lugar.' E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho." Disse-lhe Tomé: "Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?" Disse-lhe Jesus: "Eu sou o caminho e a verdade
e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me conhecesseis a mim, também conheceríeis a meu Pai, e já desde agora o conheceis e o tendes visto." Disse-lhe Felipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta." Disse-lhe Jesus: "Estou há tanto tempo convosco e não me tendes conhecido, Felipe. Quem me vê a mim vê o Pai. E como dizes tu: 'Mostra-nos o Pai'? Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai que
está em mim é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai e o Pai em mim. Crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras. Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para o meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu farei. Se me amardes, guardareis os meus mandamentos." Queridos irmãos, estamos iniciando o seu programa Escola
Bíblica Dominical, nesta oportunidade estudando a nona lição, que tem como título "O Caminho, a Verdade e a Vida". E na semana passada, estivemos estudando a lição de número oito, que teve como título "Uma Lição de Humildade". E na lição passada, nós estivemos estudando o capítulo 13 do Evangelho de João. Aliás, para você que está nos acompanhando neste momento, nós estamos estudando a lição de número nove do nosso trimestre. A lição desse trimestre aborda o Evangelho de João. E na semana passada, quando estudamos sobre "Uma Lição de Humildade", nós estudamos o capítulo 13 do Evangelho de
João. E naquele capítulo, na nossa lição, nós podemos aprender, primeiro, uma história real sobre a humildade, né, no contexto ali de Jesus. Jesus estava no cenáculo, né? Nós trouxemos aqui para os irmãos a localização geográfica do evento. Jesus estava no cenáculo com os discípulos. No tópico dois de nossa lição, nós aprendemos que humildade implica em autoconhecimento, já tendo aplicação àquele grande gesto do Senhor Jesus. Em terceiro lugar, humildade versus ostentação. Então, hoje estamos estudando o capítulo 14, que é a sequência do capítulo 13, lembrando que Jesus ainda está no cenáculo. Então, é claro que o
capítulo 14 não começa no capítulo 14. Nós temos aí o desenvolvimento de uma situação que começa lá no capítulo 13. É o momento da ceia, é o momento em que Jesus revela a traição de Judas, que é o que nós vamos comentar, que se remete ao capítulo 13. E a partir desse contexto, já o discurso de despedida de Jesus, que já estava próximo de sua hora. É, dentro desse contexto de incertezas, de angústia, os discípulos sentindo-se, de alguma forma, órfãos, porque sabiam que Jesus haveria de padecer e haveria... de ressuscitar. Então, aquele sentimento de solidão,
aquele sofrimento de incerteza, aquela inquietação foram os sentimentos que estiveram pairando no coração dos discípulos. E é dentro desse contexto da pós-seía em que Jesus faz esta grande revelação do capítulo 14, não só o 14, mas o capítulo 15 e o capítulo 16, né, que são capítulos que o Senhor Jesus vai tratar especificamente sobre estes últimos momentos, dando aos discípulos as orientações no momento da sua ausência física, porque na sua ausência física ele enviaria o consolador. Então, estamos estudando o capítulo 14, versículos do 1 ao 15, e chamamos a atenção de você, meu irmão, minha
irmã, que nos acompanha através do programa da Escola Bíblica Dominical, para lembrá-lo de que o programa, em nenhum momento, tem a pretensão de ser um substitutivo à escola dominical física, né? Nós ouvimos muitos irmãos comentando a sua satisfação pelo programa da escola e, vez por outra, algum diz assim: "Olha, eu não vou pra escola porque já tem o programa na Rede Brasil". Não! Pretensão, né? E o objetivo do nosso pastor, ao permitir, né, ao orientar o programa da Escola Bíblica Dominical, é promover, sim, edificação para o povo de Deus, dando mais subsídios e orientações aos
irmãos que desenvolvem essa atividade com carinho e com amor. Entretanto, em nenhum momento é pretensão de que eles sejam substitutivos à escola bíblica dominical. É importante você ir pra escola dominical, porque lá você tem um professor com quem pode interagir. Aqui você vai apenas observar, você vai apenas assistir e anotar, e pode voltar ao assunto, mas não terá a interação, que é uma das características muito fortes da aula presencial na escola dominical. Então, não deixe de ir pra escola dominical; procure a igreja Assembleia de Deus mais próxima aí de sua casa e venha fazer parte
desta grande família, né, que é a família de Deus em comunhão, aprendendo a palavra de Deus no dia do Senhor, no domingo, logo pela manhã, se fortalecendo, iniciando a semana, se edificando. Evangelista Alessandro, o caminho, a verdade e a vida. Contextualmente, nós já trouxemos aqui, de maneira bem simplória, né? Nós temos Jesus com os discípulos já fazendo quase que uma despedida. Isso é uma despedida. Os discípulos inquietos, preocupados. Como é que vai ser? O Senhor vem dizendo: "Olha, eu vou morrer por ti, não se preocupe, que eu vou morrer por ti também. Nós não vamos
te abandonar". Então, temos esse contexto de incertezas, de dúvidas, de angústias, porque imaginem o que é passar 3 anos e meio com Jesus e, de repente, agora o Senhor dizia: "Olha, eu vou embora. Eu vou embora. O que eu tinha de fazer com vocês, o que eu tinha de ensinar vocês, que tinha de orientar vocês, já fiz." E os discípulos sentindo aquele vazio, dizendo assim: "Em outras palavras, o que será da minha vida sem o mestre? O que será das nossas vidas sem um mestre? Quem estará aqui para nos orientar? Quem estará aqui para puxar
a nossa orelha?" Vamos dizer assim, de maneira bem cômica, né? Puxar a nossa orelha e nos orientar sobre essas questões. Aí está o contexto que Jesus não só mostra a finalidade para a qual Ele veio, mas também um consolo maior, dizendo assim: "Olha, eu vou, mas eu não vou deixar vocês sozinhos, eu vou enviar outro consolador que vai fazer a mesma coisa que eu fiz com vocês." Perfeito, pastor. O capítulo 14 de João, os primeiros versículos, trazem aqui promessas gloriosas que Jesus faz aos seus discípulos, não é? Primeiro, a promessa de que os discípulos deveriam
ter paz: "Creiam em Deus e tenham paz." Ele diz isso: "Não se turbe o vosso coração; se acalmem; creiam em Deus; tenham paz e também creiam em mim." Então, a crença em Deus e a crença no Filho é reforçada. Os discípulos já tinham essa crença, mas o Senhor disse: "Continue crendo". Mas, depois disso, ele faz outras promessas maravilhosas. A primeira promessa que ele faz aos discípulos é que já estava um lugar preparado para eles no futuro. Ele diz: "Na casa do meu Pai há muitos apartamentos." Ele usa o verbo aqui no presente; no texto original,
ele está falando no aqui e agora. Ele não disse que haverá casas. Ele disse: "Olha, na casa do meu Pai há." Então, o Senhor já estava dizendo: "Fique tranquilo, para onde eu vou, o lugar já está pronto esperando por vocês." Aqui é uma promessa escatológica. Isso aqui é escatologia puríssima. E o Senhor diz aos discípulos o seguinte: "Se não fosse assim, ou seja, se não houvesse esse lugar, eu diria a vocês que iria preparar, mas eu vou para lá", e ele faz uma outra promessa: "mas eu vou voltar." Então, aqui é a promessa da sua
segunda vinda. Ele faz a promessa de uma morada, faz a promessa de uma segunda vinda e faz a promessa, como o senhor disse, pastor, do envio do Parácleto, do Espírito Santo, para que estivesse habitando com os discípulos de forma agora plena, não mais seletiva ou momentânea, como a gente vê no Antigo Testamento, mas agora de forma mais presente. Ele diz: "Olha, vocês não ficarão órfãos, vocês terão a presença de alguém." E o que eu acho bonito aqui, pastor, é porque Jesus abre a porta para uma revelação que, até então, não havia sido dada. Ele disse:
"Olha, eu estive com vocês, mas esse que vai vir vai estar com vocês." Por isso, é Paracleto; "parar" é a expressão para estar ao lado de alguém. Ele diz: "Ele vai estar com vocês, mas ele vai estar em vocês." Jesus fala aqui de uma habitação do Espírito Santo que seria, a partir desse momento, plena. E uma outra promessa que Jesus faz aqui, pastor, é o arrebatamento da igreja. Ele disse: "Eu virei e..." "Vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, vocês estejam também." Então, é um conjunto, pastor, de promessas, tudo junto: a promessa
da ida, a promessa de um lugar que já estava pronto, a promessa de que viria um Espírito Santo, a promessa de que ele voltaria e a promessa de que arrebataria a igreja para estar com ele. Veja tudo isso nos dois versículos, professor Givanido, falar de escatologia aqui na sua frente é até um perigo, né? Mas são várias promessas, pastor, tudo junto nesse versículo. E isso se justifica porque no princípio ele diz assim: "Não se turbe o vosso coração." Os discípulos estavam com medo. Quando o Senhor falou isso, é verdade, eles estavam atemorizados. O Império Romano
aí perseguindo, de alguma forma, não com tanta violência como vai acontecer décadas depois, mas já havia um certo tipo de perseguição. E os discípulos, obviamente, ficaram atemorizados. Mas essas promessas de Jesus aqui são maravilhosas. Vamos para a próxima tela. Irmão Jonas, a tela que é apresentada agora, que é o mapa mental, nada mais é do que a lição distribuída em tópicos. Ela tem como finalidade ser um guia para o professor não se perder na hora de comentar a lição. E estão vendo logo no primeiro bloco em cima, "Consolo e Promessa do Senhor Jesus", que o
objetivo central desse bloco é justamente apresentar. Apresentar o quê? Apresentar as promessas que o Senhor Jesus fez e apresentar o consolo também, que está tudo lá no capítulo 14. Essas promessas, esse consolo serão apresentados através do seguinte subtópico, onde vai ser tratado o caminho, a verdade e a vida, o consolo num cenário de angústia, uma promessa e uma promessa gloriosa. Já no segundo tópico da lição, que tem como objetivo central discernir, mas discernir o quê? Discernir as dúvidas, as incertezas, enganos no caminho com Cristo. E quem são esses personagens que tiveram tantas dúvidas andando com
Jesus? O subtópico já vai mostrar pra gente a dúvida de Tomé, as incertezas de Pedro e Felipe. Vamos ter também o engano de Judas Iscariote. E o terceiro e último tópico, que é justamente a aplicação da lição, é conscientizar. Conscientizar o quê? Conscientizar sobre o caminho, sobre a verdade, sobre a vida, que, por sinal, os subtópicos do tópico três são justamente esse: "Eu sou o caminho, sou a verdade, sou a vida" em si. Dessa maneira, a lição pode ser resumida assim: apresentar, discernir e conscientizar. Vamos para a próxima tela. E a próxima tela, nós temos
aí o texto áureo, que a equipe sempre orienta, né? Que os irmãos, também os professores, estejam lendo com a sala, fazendo uma aplicação também, porque, se está lá como texto áureo, melhor dizendo, como texto áureo, é o texto de ouro. Então ele tem uma mensagem para compartilhar também, né, irmão Jonas? Com certeza, pastor. O texto áureo, ou texto de ouro, merece sim a atenção, tanto no início da aula como também no final. Qual o texto de ouro? Aquele texto que tenta resumir toda a lição. Disse-lhe Jesus: "Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." Desculpe. Aí tem um breve comentário do texto áureo, que é justamente do livro "E o Verbo se Fez Carne", do pastor Elena Cabral. Jesus é o caminho para Deus, porque essa é a única verdade de Deus. Mostra a exclusividade de Jesus (João, capítulo 1, versículo 14). Jesus é a verdade porque incorpora a revelação de Deus. Jesus é a graciosa autorrevelação de Deus para o mundo em pecado (João, capítulo 3, versículo 15). Próxima tela. E aí nós temos a palavra "vida", que é a palavra-chave desta lição.
E a palavra "vida" pode se apresentar no texto bíblico da seguinte maneira: no Novo Testamento, ao menos três palavras foram utilizadas em grego para designar "vida", entre aspas, mas com aplicações específicas dependendo do contexto em que são empregadas. São elas: Zoé, Bios e Psyche. Zoé foi o termo mais comum no Novo Testamento, inclusive foi esta palavra que aparece como "vida" em João, capítulo 14, versículo 6. Isso é para reforçar que a vida que Jesus vai dar é justamente vida de caráter espiritual; não está se limitando somente à vida biológica ou à vida psíquica. Vamos para
a próxima tela. E a próxima tela, irmão Giovanil, nós temos o primeiro tópico de nossa lição, "Consolo e Promessa do Senhor Jesus". Subtópico um: "O caminho, a verdade e a vida". Esse tópico vai ser trabalhado de maneira mais específica no último tópico da lição. Subtópico dois: "Consolo no cenário de angústia". E subtópico três: "Uma promessa gloriosa". Muito bem, pastor. Primeiro, nós vamos lembrar, né, que existe no Evangelho de João os sete "eu sou" de Cristo, né? Então Jesus se revela como "eu sou o pão da vida", "eu sou a luz do mundo", "eu sou o
caminho, a verdade e a vida", "eu sou a videira verdadeira", "eu sou a ressurreição e a vida". Enfim, Jesus faz sete declarações do "Eu Sou", afirmando quem ele é, qual é a sua missão, o que é que ele veio fazer aqui na terra. E quando Jesus se identifica como o caminho, a verdade e a vida, nós vamos perceber que ele é o caminho que todos devem seguir. É o caminho que leva a Deus, é o caminho que leva à salvação, é o caminho que leva à vida eterna. Ele mesmo diz que ninguém vem ao Pai
senão por mim. Se alguém quer ir a Deus, obrigatoriamente tem que ir através de Cristo. Há um ditado popular que as pessoas costumam dizer assim: "toda religião leva a Deus". Isso é uma falácia. Não é toda... Religião que leva a Deus. O único caminho que leva a Deus é Jesus. Ele disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." Ele é a verdade em que todos nós devemos crer, que todos nós devemos acreditar. Ele é a verdade em que podemos confiar sem hesitar. E ele é a vida
que todos precisam ter, precisam obter. Agora, é interessante que no subtópico dois diz assim: "Consolo no cenário de angústia". Então, na verdade, quem ia à cruz, quem ia padecer, era Jesus. Era ele que estava precisando ser consolado. Mas ele aproveita para consolar os discípulos. E por quê? Como o Senhor já falou, Jesus sabia muito bem que, quando os discípulos vissem ele na cruz, crucificado, iriam ficar perguntando: "E agora, quem vai nos ensinar? Quem vai nos consolar? Quem é que vai realizar milagres?" E aí me faz lembrar das palavras do apóstolo Paulo na segunda carta aos
Coríntios, capítulo de número primeiro. Paulo diz assim no versículo 3: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus." Eu vejo aqui Jesus que é consolado por Deus, enquanto ele está consolando os discípulos. Jesus sabia muito bem que, quando os discípulos vissem ele ensanguentado, crucificado, iriam ficar perguntando: "Mas nós pensávamos que ele iria nos livrar
do domínio romano? Nós pensávamos que ele iria, eh, sentar no trono de Davi." Mais uma vez, ele traz essa palavra de conforto, de consolo, não é? Já foi falado aqui sobre algumas promessas. O evangelista Alessandro Barreto falou muito bem sobre essa promessa de vir buscar os discípulos, de levá-los para o céu. Mas se nós lermos o capítulo 14, nós vamos perceber que Jesus faz muitas outras promessas. No versículo de número 13, por exemplo, Jesus prometeu a resposta das orações. Ele disse assim: "E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu farei para que o Pai seja
glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu farei." Como que diz assim? Olha, eu estou indo ao céu. Eu vou morrer, mas eu vou voltar ao céu. Mas eu quero deixar uma promessa aqui: eu vou estar respondendo à oração de vocês. Jesus também prometeu que não deixaria órfãos, né? No versículo 18, ele diz: "Não vos deixarei órfãos." Como quem diz, eu não vou estar fisicamente entre vocês, mas vocês não estarão órfãos. "Eu enviarei o Consolador." Eh, no versículo de número 27, ele diz: "Deixo-vos a paz." Então, na verdade, como já foi falado,
esse capítulo aqui é um capítulo em que aquele que precisava ser consolado, porque ele ia à cruz, estava consolando os discípulos. E é interessante que no versículo primeiro, quando ele diz assim: "Não se turbe o vosso coração; crede em Deus; crede também em mim." Ora, mas os discípulos não já tinham crido nele? Não já estavam seguindo a ele? Porque ele disse: "Crede em mim." É como se Jesus dissesse assim: "Olha, vocês me verão ensanguentado, crucificado, mas continuem crendo em mim. Isso faz parte do projeto de salvação. É necessário eu ir à cruz." Aí ele diz:
"Crede em mim." E faz essa promessa gloriosa que é o subtópico três, que é exatamente a promessa que viria nos buscar e nos levar para a casa do Pai. Então, nós percebemos que todo esse capítulo 14 aqui, aquele que precisava ser consolado, porque a cruz estava, na verdade, consolando os discípulos. E eu posso dizer que esse consolo, essas promessas, a princípio foram feitas para os 12, não é? Embora Judas tenha se perdido, essa consolação ou essas promessas servem para cada um de nós que, na nossa caminhada, muitas vezes nos deparamos com provas, lutas, adversidades, tribulações,
dúvidas e incertezas, como os discípulos. E essas promessas são também para nós: a promessa de que ele vai responder às nossas orações, a promessa de que ele não nos deixou órfãos, a promessa de que ele enviará o Consolador, a promessa de que ele dá a sua paz, e a promessa de que virá nos buscar para nos levar para o céu. Aliás, todas essas promessas, né, que o evangelista citou, mais essas e outras que o Senhor citou também são promessas que Judas não ouviu. Exato, né? Capítulo 13, versículo 20; versículo 30. Capítulo 13, versículo 30. É
verdade. Diz assim: "Assim, tendo recebido pedaço de pão, Judas logo saiu e era a noite." Aí João diz, no versículo 31: "E quando Judas saiu, Jesus disse." Ou seja, todas essas promessas são para os que permanecerem em Cristo; se sair, se afastar de Cristo, a promessa não é. Isso, isso é bem simbólico mesmo, né? É bem simbólico que João deixa isso bem registrado. Quando Judas saiu, porque no versículo anterior ele já tinha dito: "E Judas logo saiu e era noite." Ele poderia continuar, mas destacou: "Quando Judas saiu, Jesus disse: 'Agora foi glorificado o Filho do
Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará nele mesmo, e ele o glorificará imediatamente.'" Então, começam aí as promessas de consolo que, naturalmente, o que seria comum era os discípulos consolarem Jesus, já que ele ia à cruz, ia morrer. Isso era o esperado dos discípulos. Mas foi o inverso, né? O inverso foi Jesus que consolou os discípulos, porque parece que eles não conseguiram ainda digerir essa ideia da separação de Jesus. Até porque havia, pastor, eh, aquela crença, aquela esperança de que Jesus seria literalmente rei na sua primeira vinda,
né? Que ele sentaria no trono de Davi, que ele libertaria o povo judeu do jugo de Roma. É claro que tudo isso acontecerá no futuro, na sua vinda em glória, mas na sua primeira vinda, ele veio... Exatamente para trazer uma libertação espiritual. E, para isso, era preciso ele ir à cruz do Calvário. E os discípulos hesitaram porque não tinham ainda essa convicção que nós temos hoje. E fato, e esse é tão fato que, mesmo depois da ressurreição de Jesus, os discípulos perguntam a ele, mestre, eh, quando tu restaurarás o reino a Israel? Quer dizer, é
esperança, embora tenham vivido com Jesus, andado com Jesus, falado com Jesus, visto o que Jesus fez, o que Jesus ensinou, mas ainda se nutria daquela perspectiva messiânica de um governo político, de um governo físico, que a cruz colocava aparentemente tudo isso por terra, porque se esperava um Messias vencedor, um Messias guerreiro, um maravilhoso conselheiro, Deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz. E a cruz trouxe uma aparente derrota e frustração. E aquilo que, na agenda humana, era frustração e derrota, na agenda divina, era metodologia divina, metodologia divina e o grito de vitória. Verdade, pastor. Mas
fique aí um pouquinho. Nós iremos para um rápido intervalo. Voltamos já depois de um rápido intervalo. Voltamos já já. [Música] Queridos irmãos, estamos de volta em seu programa Escola Bíblica Dominical e, nesta oportunidade, estudando a nona lição que tem como título "O caminho, a verdade e a vida". E, no bloco anterior, nós trouxemos aqui uma introdução e iniciamos o comentário do primeiro tópico. E evangelista Alessandro, nós temos aí o primeiro tópico de nossa lição. O irmão Givanildo já deu uma introdução. Eu queria chamar a próxima tela, por favor. E, na próxima tela, eu gostaria que
o senhor comentasse. Pois não, pastor. De alguma forma, eh, já tocamos nesse assunto, né, no início do programa, mas o texto nos fala sobre o consolo e a promessa do Senhor Jesus. Eh, nos versículos 2 e 3 do capítulo 14 do Evangelho de João, Jesus deixa declarado aos seus discípulos a razão de todo aquele sofrimento que seria para o bem de todos. O que parecia vergonha seria vitória. O que parecia ser o fim, de fato, seria o começo de tudo. O caminho a percorrer seria doloroso, mas o seu fim seria glorioso. Aqui é uma citação
do livro do pastor Elena Cabral, aí na página 108. E, como já falamos, pastor, no momento anterior, no início do programa, eh, esse consolo se dá justamente baseado nas promessas que Jesus faz aos seus discípulos, né? Quando ele faz essas promessas de um lugar preparado, de um céu que lhes aguarda, de um Parácleto, de um Espírito Santo que viria os ajudar, o Senhor disse em outro momento que estaria com os discípulos até a consumação dos séculos e essa presença dele se daria a partir do Espírito Santo. Mas não somente, porque, pastor, quando nós olhamos para
o capítulo 14, o versículo 17, a gente vê aqui a manifestação da promessa, desse auxílio por meio do Espírito. O texto diz: "O Espírito da verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis porque habita convosco e estará em vós." O Senhor já estava falando, inclusive aqui no presente, habita. Mas o interessante, pastor, é que esse consolo que Jesus faz aos seus discípulos, que está destacado aqui, versículos 2 e 3, ele vai mais além, porque vai para o versículo 17. Esse consolo era da presença do Espírito,
mas Jesus passa mais adiante, pastor. E aqui na teologia é chamado isso de pericórese. É a ideia de que uma pessoa da Trindade não trabalha sozinha na economia da salvação ou no projeto de Deus para salvar o homem. O Pai, o Filho e o Espírito Santo sempre estão agindo em acordo. Por mais que uma dessas pessoas se sobressaia, as outras estão presentes. E Jesus diz isso porque, no mesmo capítulo 14, olha aqui o consolo que Jesus faz. Versículo 23, ele ainda está falando do consolo da sua ida, mas ainda consolando seus discípulos. Ele diz assim:
"Se alguém me ama, guardará a minha palavra; olha o que ele diz: 'E meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada'." Olha que coisa interessante. Ele tinha dito que o Espírito Santo estaria com os discípulos e, agora, nesse versículo, ele diz que ele e o Pai também estariam. Então, essa manifestação eh da Trindade também, pastor, é o que Jesus usou para consolar os discípulos. É como se ele dissesse assim: "Olha, fisicamente eu vou para o meu Pai". De fato, ele foi. E a gente aguarda esse retorno que é o arrebatamento da
igreja, não é? Mas, espiritualmente, ele disse: "Eu não posso me separar de vocês. Por isso que o Espírito Santo, o Pai e o Filho estão entrelaçados. Ele diz: 'Ó, se você amar a minha palavra, além do Consolador, eu e meu Pai viremos e faremos morada em você'." Ele usa a expressão morada. Então, pastor, eu acredito que esse consolo que Jesus deu aos discípulos foi suficiente para fazer com que eles estivessem prontos para enfrentar aquilo que viria à frente, que seria a grande perseguição. Eh, no segundo subtópico do primeiro tópico da lição, eh, o pastor Elena
Cabral diz assim: "Assim sendo, aquilo que parecia uma derrota era, na verdade, uma vitória." Uhum. Um fim trágico transformava-se em um glorioso começo, embora doloroso e angustiante; o caminho a seguir apontava para um cenário glorioso. Então, irmão Jonas, essa descrição do pastor Eliana aqui é bem cirúrgica, não é? Que mostra aí a dificuldade dos discípulos em entender o Messias. O Messias prometido, o Messias guerreiro, o Messias libertador com o servo sofredor, não é?, de Isaías 53. Com certeza, já existia no imaginário popular daquela época e uma esperança também entre o povo a ideia do Messias
guerreiro, do Messias que vinha eh tirar o jugo romano. E os discípulos estavam andando com Cristo, que era o Messias, diferente. desse dessa figura que já foi pintada lá atrás. E esses discípulos agora estão vendo o seu mestre dizendo o seguinte: "Eu vou morrer por vocês." Quer dizer, ia ficar aquele vácuo lá dentro. Quem é que vai ficar com a gente se o Senhor vai morrer? Veja que os discípulos, né, no segundo tópico vai ser trabalhada a questão de dúvidas, incertezas e enganos. Então vamos logo para o segundo tópico, chamar logo para porque aí o
senhor já... Sim, senhor. Já trabalha com tranquilidade. No segundo tópico de nossa lição, nós temos dúvidas, certezas e enganos no caminho com Cristo. Primeiro subtópico: a dúvida de Tomé. Segundo subtópico: as incertezas de Pedro e Felipe. E subtópico três: o engano de Judas Escariotes. Vamos para a próxima tela, por favor. Então, irmão Jonas, nós temos aí dúvidas, incertezas e enganos no caminho com Cristo. Eu acho que foi bem feliz o pastor, né, colocar essas três palavras: dúvidas, incertezas e enganos. Eu queria que o senhor comentasse essa tela, por favor. Sim, Sil. Nós temos três personagens
que são citados no capítulo 14. No capítulo 13, nós também temos outros personagens, mas especificamente no capítulo 14, nós temos a pergunta de Tomé, temos o pedido de Felipe e temos também uma pergunta de Judas, que não é o Iscariote. Tudo no capítulo 14 do Evangelho de João. A primeira pergunta que vem é a pergunta de Tomé: "Não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?" Só para dar continuidade à tela, o pedido de Felipe, que é no capítulo 14, versículo 8, diz assim: "Mostra-nos o Pai e isso nos basta." E Judas não
Iscariote, porque Judas Iscariote já tinha saído, a pergunta de Judas no capítulo 14 e versículo 22 é: "O que houve, Senhor, que te há de manifestar a nós e não ao mundo?" O interessante dessas perguntas é porque elas surgem no momento em que Jesus está dando consolo e está fazendo promessa aos discípulos. Quer dizer, diante de tanta promessa, diante de tanto consolo, as dúvidas estavam justamente lá. E quem vai se manifestar no capítulo 14 inicialmente é Tomé. E tem hora que a gente diz assim: "Graças a Deus que o Tomé falou," né? Porque quando Tomé
pergunta assim: "Nós não sabemos para onde vais e como poder saber o caminho," ele nos presenteou, né, com a fala de Jesus, que é o versículo que é o tema da lição, ou melhor, o versículo-chave da lição. E Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai a não ser por mim." Mas vamos centrar justo em Tomé. Por que é que Tomé está perguntando? Porque o versículo anterior do capítulo 14, versículo 4, diz assim: "Mesmo vós sabeis para onde vou, que é João, capítulo 14, verso 4. Mesmo vós
sabeis para onde vou e conheceis o caminho." Ou seja, Jesus está dizendo ao conjunto de discípulos: "Vocês sabem para onde eu vou e vocês sabem qual é o caminho." Aí Tomé se apresenta naquele momento dizendo: "Senhor, nós não sabemos conjecturar, nós não sabemos para onde vai. Qual é, na verdade, o caminho?" Isso vai na contramão daquilo que Jesus estava dizendo lá atrás. Quer dizer, Jesus já tinha ensinado que ele era o salvador. Eles já tinham visto que Jesus era o Messias. Mas por que ainda existia essa dúvida dentro do coração de Tomé? E é bom
deixar claro que o autor da lição, ele destaca Tomé no tópico dois, item um, como sendo um discípulo fiel e corajoso. Quer dizer, esse homem está acompanhando Jesus, mas mesmo acompanhando Jesus, tem coisas que talvez ele ainda não entenda, ainda não compreenda, mas isso não é motivo para abandonar Jesus e nem tampouco deixar de segui-lo. Então Jesus vai aproveitar justamente essa dúvida que surge para dizer: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida." A partir daí, pastor, a gente tira uma aplicação de que mesmo servindo a Deus, mesmo sendo consolado pelo Senhor, mesmo tendo
diversas promessas, as incertezas surgem, as dúvidas surgem, mas dúvida e incerteza não são desculpas para abandonar Jesus, porque ele vai ter sempre uma resposta para a gente. Tem coisas que Tomé talvez não entendesse naquele momento, mas depois da história passada, com certeza, no próprio desenvolvimento, ele iria entender. Agora, uma coisa que eu percebi, irmão Jonas, é que nessa tela foi colocado, na pergunta de Tomé, que é o subtópico da lição, o pedido de Felipe e a fala de Judas não Iscariote. Só que a fala de Judas não Iscariote está entre o versículo 22 e o
versículo 31, né? Que está dentro do mesmo capítulo, mas não está. O senhor trouxe como um plus, assim dizer, um plus para a discussão. Sim, né? Sobre as dúvidas, incertezas e enganos, mostrando que até inclusive Judas não Iscariote também estava dentro deste cenário, né? É uma pessoa, uma personagem também que estava dentro desse cenário. Mas uma coisa que eu queria, irmão Givanildo, que o senhor destacasse. Eu queria que o senhor comentasse, né? Aqui foi falado sobre Tomé, foi falado sobre Felipe, foi falado sobre Judas não Iscariotes. E a lição também fala sobre Pedro, que estava
dentro dessa bateria. Mas o terceiro subtópico da lição fala sobre o engano de Judas Iscariotes. Aí eu queria que o senhor comentasse esse ponto. Muito bem. Primeiro, pastor, eu queria fazer uma observação aqui que foi um erro, com certeza, de digitação. Uhum. Que a referência bíblica está no capítulo 14, versículo 21 e 22. Só que a referência do capítulo 14, versículo 21 e 22 fala exatamente de Judas, não o Iscariotes. Então, o professor pode fazer essa observação na sua revista, que o texto correto é João, capítulo 13, versículo 21 e 22, que... Eu vou ler,
não é? Na verdade, na lição está João 14, mas é João 13, versículo 21 e 22, que diz assim: "Tendo Jesus dito isso, turbou-se em espírito e afirmou, dizendo: 'Na verdade, na verdade vos digo que um de vós há de trair'." Então, os discípulos olhavam uns para os outros sem saberem de quem ele falava. Então, o engano de Judas Iscariotes, aqui nesse sentido, alguém que teve a oportunidade de ser convidado pelo mestre, foi um dos 12, foi chamado de apóstolo, pregou o evangelho, possivelmente expulsou demônios, porque eles voltaram alegres, dizendo: "Senhor, em teu nome, até
os demônios se sujeitam a nós." Mas Judas representa alguém que esteve próximo do Salvador, mais longe da salvação. É bom nós lembrarmos que Judas Iscariotes não foi predestinado para trair a Jesus. Seria incoerência Deus escolher Judas para trair Jesus e depois condenar Judas Iscariotes porque traiu Jesus, né? Quando Judas Iscariotes, que é o único personagem na Bíblia chamado de filho da perdição, não é porque ele foi predestinado a isso, é a presciência. Jesus sabia muito bem que Judas iria traí-lo, não é? Então, Judas é alguém que esteve tão próximo a Jesus, mas não perseverou em
segui-lo. Aí a lição vai dizer assim: "Essa pessoa era Judas Iscariote, seu discípulo. Ele acompanhou Jesus, mas não conseguiu interiorizar os seus ensinamentos e, por isso, não depositou fé suficiente no Filho de Deus." Então, ele aproveitou uma oportunidade, não é? A Bíblia diz que ele era ladrão, que ele roubava o dinheiro que era colhido ali pelos discípulos. É assim, ele roubava o dinheiro e essa avareza, esse apego ao dinheiro fez com que ele traísse o Filho de Deus. E por quê? Porque ele teve dificuldade de entender que Jesus era exatamente o caminho, a verdade e
a vida. Trocou o caminho, a verdade e a vida por moedas de prata. Eu gostei muito da expressão que o senhor usou, que ele diz, que o senhor disse que assim ele estava próximo do Salvador e longe da salvação. Longe da salvação, né? Estava próximo a Jesus, mas não o evangelho dentro dele. Aliás, o que estava dentro dele era a avareza. E por fim, neste cenário aqui descrito no capítulo 13, veja o que João nos diz no versículo 26 e 27. Diz assim: "Jesus respondeu: 'É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado?'
Então Jesus pegou um pedaço de pão e, tendo-o molhado, deu a Judas, filho de Simão Iscariote." Versículo 27: "E depois que Judas recebeu o pedaço de pão, imediatamente Satanás entrou nele. Então Jesus disse a Judas: 'O que você pretende fazer, faça-o depressa.'" E o que é interessante aqui, irmão Gvanildo, irmãos, é que João é bem contundente. Dizia assim: "E Satanás entrou nele." Agora veja aqui, a gente não vê nenhuma manifestação de Judas caindo, processo não sei, que ele cai no chão, né? Mas o que foi que caracterizou a possessão demoníaca de Judas? A traição é
a sua ação. A sua ação. Isso. Perfeito. Veja que aí, geralmente, comumente se fala assim: possessão demoníaca, aí já pensa logo no gadareno. Ele quebrava cadeias e tal, aquela coisa toda. Quando se pensa em possessão, geralmente se pensa logo naqueles espíritos violentos, né, que tomam as pessoas e que facilmente são identificados. Mas o que eu acho interessante é que João vai dizer assim: "Olha, quando Satanás entrou nele, ele foi trair Jesus." E permita-me, pastor, trazer um breve comentário. Eu diria que nessa ação, Satanás mudou a estratégia, porque, na verdade, o diabo nunca queria que Jesus
fosse à cruz do Calvário. Ele fez o possível para impedir que isso acontecesse. Mas quando ele entra em um dos 12, e por que entrou em Judas? Porque achou brecha; havia nele avareza. O que era que Satanás queria dizer a Jesus? "Tu vais morrer pela humanidade, se um dos que estão contigo, ele mesmo vai te trair." Eu diria que Satanás mudou a estratégia. Ele nunca queria que Jesus fosse à cruz, mas entra em Judas para traí-lo, numa forma de dizer assim: "A humanidade não merece." Mas graças a Deus, Jesus foi até o fim. E Judas
só perdeu a sua salvação. Não foi porque traiu Jesus. Judas perdeu a sua salvação porque ele foi se enforcar. Embora tudo leve a crer, baseado em Atos, capítulo 1, que ele não morreu necessariamente do enforcamento, mas da sua queda; ou o galho da árvore ou a corda partiu. Mas se Judas Iscariote tivesse feito o que Pedro fez, aguardar o momento da restauração, poderia ter sido restaurado e estar entre os 12, posso dizer assim, no paraíso. Eh, pastor Nos, se o senhor me permite complementar ainda, trazendo aqui informação, a gente precisa também, além disso que foi
dito, que foi muito esclarecedor essa fala, a gente precisa fazer aqui um ponto, é que essa possessão de Satanás em Judas não anulou a sua consciência de quem era; porque existe um campo de teologia que tenta justificar Judas, diz: "Judas não agiu por livre arbítrio, mas foi o diabo quem tomou posse da sua consciência, dos seus anseios e agiu por conta e agiu por Judas." Tanto é que, depois que Satanás o liberta, ou sai, ou tira o controle mental, Judas se arrepende tanto que vai se suicidar; se arrepende, vai jogar as moedas. E é bom
ter esse cuidado, pastor, porque essa sua fala foi muito cirúrgica e abre aqui um leque para a gente falar sobre isso. Esse texto que mostra que Satanás entrou em Judas não está, em primeiro lugar, anulando o livre arbítrio de Judas, nem muito menos anulando a sua consciência. Aqui não é um tipo de transe, por assim dizer, em que a pessoa perde a consciência de si. Porque nós temos outros discípulos que também tiveram influência... Maligna. No entanto, diferentemente de Judas, se arrependeram e retrocederam como Pedro. No momento em que Jesus estava ali e Pedro dá lugar
ao diabo, o texto diz isso. O texto é enfático quando o Senhor disse assim para Pedro: "Sai para trás ou vai para trás, Satanás." Uhum. Era Pedro que estava ali. Então, o mesmo Satanás que influenciou Judas, mas que encontrou no coração de Judas um caminho fértil para execução do seu projeto, é o mesmo Satanás que age no coração de Pedro, mas não encontra um caminho fértil, um solo fértil. Então, é bom dizer para não minimizar a responsabilidade, né, pastor, de Judas e dizer: "Olha, Judas aqui é um coitadinho. Satanás tomou a mente dele, ele não
pôde sair disso aqui. Opa, outro lá." Inclusive, nós temos outros exemplos, pastor, inclusive no Antigo Testamento, de crentes que por darem brecha foram tomados por Satanás: Saul. Saul. A Bíblia diz claramente que Satanás influenciou a vida de Saul de uma forma que ele se desesperou; ele perdeu o rumo da sua vida espiritual, por assim dizer. Então, devemos ter consciência de que, como o senhor bem disse, o professor também deixou muito amarrado. Mas aqui, pastor, é só para concretizar ainda o que foi dito, né? A responsabilidade aqui é exclusiva do próprio Judas e não de Satanás.
Satanás foi, sim, um agente, mas Judas poderia ter, sim, claro, obviamente, negado ou feito diferente. E uma coisa que é importante e foi muito pertinente à sua colocação, irmão Alessandro, porque existem pessoas que acham que, por ser crente, uhum, por ser crente, na verdade, Satanás tá bem longe dele e não vai chegar junto dele, protege, né? Ah, não. Ao contrário. Veja, tem tanto Tiago quando fala, quando diz: "Sujeitai-vos a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Como o apóstolo Paulo em Efésios 4, Paulo diz assim: "Não dêis lugar ao diabo." Exatamente. Exatamente. Não
deis lugar ao diabo. Então, quando Paulo orienta a igreja de Éfeso a não dar lugar ao diabo, Paulo tá dizendo: "Olha, não pense que você está blindado, não." Exatamente. Exatamente. Você tem a comunhão com Deus, você tem o Espírito Santo, você está salvo, sente salvação. Os irmãos, vocês já foram batizados em águas. Então, além de ter o Espírito Santo, já foram batizados em águas. E acredito que boa parte dos irmãos, senão todos, foram batizados no Espírito Santo, mas lembrem: isso não é garantia, não. Paulo fala do capacete, né? Protege a mente. Então, se eu estiver
sem o capacete, logo a minha mente está frágil a alguma ação do diabo externo para tentar influenciar nas minhas atitudes, né? Isso fica claro de que a vida cristã precisa ser uma vida de atitude. Sim. Atitude, não apenas. A oração é importante, a oração é importante. Tão importante que Paulo diz: "Orai sem cessar." Mas antes mesmo de Paulo falar sobre a batalha espiritual em Efésios 5, Paulo vai falar sobre o amor do marido para a mulher, vai falar da obediência dos filhos aos pais. Paulo vai trazer algumas orientações do campo ético que vai dizer: "Olha,
isso aqui é responsabilidade de vocês como cristãos. Vocês precisam fazer tudo isso e, depois de tudo isso, aí Paulo fala sobre a batalha espiritual." Mas lembrando que a nossa batalha não é física; a nossa batalha é espiritual. Entra aí no que o senhor falou, a questão do capacete, a espada do Espírito e tal. Então, isso é bastante importante destacar, irmãos, porque para evitar isso que o evangelista colocou, de algumas pessoas tentarem invalidar e dizer: "Não, ele estava possesso e, por isso, a atitude dele se anula." Não, de fato, de forma alguma. Ao contrário, toda a
história de Judas e todo o contexto, até a fala de Jesus aqui, antes mesmo de João dizer que Satanás entrou nele, o próprio Senhor Jesus disse: "Olha, o que você tem para fazer, faz pressa." Jesus sabia, fazia pressa. Jesus já sabia que aquilo já era o intento do próprio Judas em ter colocado em seu coração, como o irmão Giovanildo disse, estava próximo do Salvador, mas longe da salvação. Em decorrência disso, como o autor da lição, o pastor, vai dizer que a visão dele restringia-se às questões sociais e políticas para libertar Israel da opressão romana. Então,
a visão era muito mais material do que espiritual. Nós vamos dar um rápido intervalo, mas não saia daí, nós voltamos já já. [Música] Queridos irmãos, estamos de volta para o último bloco do seu programa Escola Bíblica Dominical, esta semana estudando a nona lição que tem como título "O Caminho, a Verdade e a Vida." E no bloco anterior, nós comentamos o segundo tópico e agora vamos para o terceiro tópico de nossa lição. Terceiro tópico: Caminho, Verdade e Vida. Primeiro subtópico: "Eu sou o caminho." Segundo subtópico: "Eu sou a verdade." E o terceiro subtópico: "Eu sou a
vida." Evangelista Alessandro, nós temos aí o próprio tema da lição, né? O primeiro subtópico era o primeiro subtópico do tópico um, lá do início da nossa lição. E agora nós temos o texto já dissecado, né? Nós temos aí primeiro subtópico: "Eu sou o caminho." Segundo subtópico: "Eu sou a verdade." E terceiro subtópico: "Eu sou a vida." Antes de qualquer comentário, é importante destacar o seguinte: Jesus foi um judeu que viveu no primeiro século, se submeteu a todo o ritual judaico, tanto que ele foi apresentado no templo cumprindo a questão da circuncisão. Sua mãe e seu
pai eram deus piedosos. Jesus frequentava a sinagoga, Jesus frequentava o templo. Então, todo este cenário e essa descrição que a Bíblia faz sobre a vida de Jesus, sobre sua infância, sobre a sua adolescência, sobre a vida de Jesus, de... Um modo geral aponta, na verdade, uma influência judaica. Influência judaica. E por que nós estamos pontuando isso? Porque existe uma linha de pensamento que defende que Jesus teve influência grega nos seus discursos. Inclusive, ah, os que defendem isso dizem que Jesus, justamente esse discurso de Jesus, quando ele diz: "Eu sou o caminho, a verdade e a
vida", ele está reproduzindo uma verdade filosófica que, provavelmente, ele teve influência de Cênica, um filósofo grego. Entretanto, é importante destacar que todo o contexto da fala de Jesus já foi, já foram, já foi descrito aqui, tanto no primeiro bloco quanto no segundo bloco. Ah, o texto deixa claro que isso não tem sentido algum. Quando Jesus relaciona essa questão do caminho, da verdade e a vida, está diretamente ligado ao contexto daquilo que ele estava falando, do seu sofrimento, morte, sofrimento e dentro de um contexto judaico e não propriamente de uma influência grega. Porque eu já vi
algumas pessoas fazerem paralelos entre este discurso de Jesus e o discurso de Cênica, outros fazerem um paralelo entre o discurso de Jesus, as falas de Jesus e algumas, ah, e alguns trechos filosóficos dos panichas, eh, eh, hindus, dizendo que Jesus, na verdade, acabou plagiando, plagiando seja a Cênica ou seja a filosofia hindu em seus discursos. E a gente percebe, ao contrário, quando nós fazemos análise do texto, nós percebemos que as falas de Jesus sempre estavam conectadas com textos do Antigo Testamento. Mas aí não é o momento pra gente trabalhar, porque nós temos que comentar, comentar
aqui esses três tópicos. Então é importante pontuar isso, né, evangelista? Porque tem muita gente aí que vive pesquisando na internet, escutando tanta gente, tem tantas pessoas que estão perturbadas, estão misturando o assunto; daqui a pouco traz pra escola dominical, gera mal-estar, porque a pessoa não teve critério, não teve filtro para estudar isso nas redes sociais e isso acaba trazendo, ao invés de edificação pra sala de aula, acaba trazendo perturbação. Perfeito, pastor. Eu acho que essa sua fala abre também espaço pra gente dizer aqui ao professor que o segredo é tratar do que a Bíblia diz
especificamente, usando textos, pastor, e de alguma forma fechar essa possibilidade de uma discussão até desnecessária, não é? Por exemplo, quando Jesus usa aqui o singular, o artigo masculino singular "eu sou o caminho", nós podemos, pastor, abrir, por exemplo, na sala de aula, dizer que existem muitas religiões hoje que se dizem salvadoras, né? Mas que, à luz da palavra de Deus, por mais que respeitemos essas religiões, à luz do evangelho, nós entendemos que o único caminho é Jesus. Então, alguém pode, de repente, utilizar-se do jargão: "ah, todo caminho leva a Deus." Não é? A gente vê
aí o universalismo, por exemplo, pregando isso, não é? Isso na fala de Jesus, isso aqui é bloqueado, porque, apesar do evangelho, pastor, incluir as pessoas - porque o evangelho não faz exceção de pessoas, o texto diz isso, né? Tanto rico como pobre, asiático, africano, eh, seja lá qual for, eh, branco, negro, pobre, rico, seja lá, o evangelho alcança todos. Então, o evangelho inclui todas as pessoas, mas, apesar disto, o evangelho de alguma forma é exclusivista do ponto de vista soteriológico. E eu queria, além desse texto que é magno, né? Eu sou o caminho, a verdade
e a vida, e ninguém vai ao Pai senão por mim. Jesus fecha, pastor, todas as possibilidades de salvação fora da pessoa dele. Um texto maravilhoso também que está no Evangelho de João, capítulo 17, versículo 3, diz: "E a vida eterna é esta." Isso é Jesus quem está falando. A autoridade aqui é dele. Que conheçam a ti só por único e verdadeiro Deus. Se ele é o único e é verdadeiro, os demais não são. E diz: "E a Jesus Cristo a quem enviaste?" Então, pastor, a expressão caminho, Jesus estava dizendo: "Olha, o mundo aí está apresentando
muitos caminhos, mas só existe este que conduz o homem à salvação." Então, essa mensagem de Jesus, pastor, ela é pregada, por exemplo, por Pedro, lá em Atos, no capítulo de número 4 e o versículo de número 12, quando Pedro diz: "E nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." Por mais que saibamos que existem várias religiões, pastor, que apresentam nomes de salvadores, nós que cremos na Bíblia entendemos que este texto aqui é ponto pacífico. E concluindo, pastor, esse pensamento, ainda no capítulo
10 de Atos dos Apóstolos e o versículo, pastor, 43, o texto diz: "A este dão testemunho todos os profetas." Quando fala profetas, pastor, está falando do Antigo Testamento, porque no Antigo Testamento, Cristo já era pregado. A partir de Gênesis 3:15, ali é o pró-evangelho, né? Por mais que o entendimento da pessoa de Cristo vá ser clareado no novo. Mas veja o que diz: "A este dão testemunho todos os profetas." Isso aqui é Antigo Testamento, de que todos os que nele crerem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome. Pastor, quando essa fala que foi escrita
por Lucas, nem o Novo Testamento existia ainda. Então, quando esse texto fala dos profetas, está dizendo: "Olha, esse Jesus já era proclamado lá e desde lá que ele é o caminho, não existe outra salvação." Então, pastor, eu penso que esses textos, como nós estudamos na lição passada, eu sou o pastor, eu sou a porta, eu sou o aprisco, eu sou a verdade, a vida. Lá em João 1:14 diz que ele é a luz. "E, quão ele é a luz." Veja, não é uma luz; ele é a luz. Pastor, todas as vezes que o texto bíblico
aponta para Jesus, é sempre no singular, mostrando que existe uma exclusividade soteriológica na pessoa de Jesus. Senhor falou sobre universalismo, irmão Jonas? É, universalismo, entre outras coisas, defende que no final de tudo todo mundo vai ser salvo, inclusive Satanás e os demônios. Na verdade, tudo isso que está ocorrendo é um teatro. É um teatro, e no final, Deus vai restaurar todas as coisas. Aí você tem o universalismo, e você tem também a ideia do ecumenismo, de que na verdade toda religião leva a Deus; o que vai diferir é apenas o nome, como ele é chamado
em cada religião. E a gente percebe que o texto de Jesus é um texto que está acima de toda e qualquer religião, porque quando ele se sobrepõe, ele diz: "Eu sou o caminho". Ou seja, irmão Jonas, não há nenhum outro meio através do qual o homem possa se reconciliar e ir a Deus. Com certeza. Aí, quando o texto... é bom ver esse texto de acordo com o contexto bíblico e o contexto em que na época estava sendo dito, porque é muito comum hoje pegar esse texto daqui e simplesmente dar um contorno filosófico a ele para
justamente aplicá-lo no mundo universalista, que o universalismo ou qualquer outra ideia que anda nesse trilho aí coloca todo mundo dentro do céu; como inclusive até o próprio Satanás, o diabo estaria no céu também dentro desse conceito. Mas o texto bíblico mostra Jesus como sendo o único caminho, a única verdade e a vida. Que, por sinal, é bom deixar claro que essa singularidade do mestre também mostra a sua divindade. Porque Isaías 43, verso 11, diz: "Fora de mim não há salvador". Fora de Deus não tem outro caminho. Aí Jesus disse: "Eu sou o caminho, eu sou
a verdade, eu sou a vida". Em outras palavras, obrigatoriamente ele também é Deus. Por isso que a salvação é em Cristo Jesus. Eu sei que para muita gente ouvir isso não é uma coisa tão boa, principalmente para quem não comunga, né, do mundo evangélico. Pode ser eu, mas eu estou aqui, e aqui se ensina tão bem; aqui se mostra um percurso filosófico para minha vida, um bem-estar, mas o que salva não é o ensinamento moral. O que salva é Jesus de Nazaré. E a Bíblia mostra a exclusividade. A gente tem Isaías, ou melhor, nós temos
João 14, verso 6. Existe o capítulo 4 de Atos dos Apóstolos, versículo 11, versículo 12, quando Lucas diz: "Em nenhum outro", quer dizer, Lucas resiste, né? Segunda Timóteo, professor, Segunda Timóteo 2 e 5. Pois há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, a saber, Jesus Cristo, homem. Jesus Cristo, homem. Agora, é isso que a Bíblia diz. A gente fica com o texto bíblico. Agora, também merece algumas considerações. Qual aspecto? Ah, mas tem diversas teorias em volta. A teoria nunca vai estar acima das Escrituras. A pessoa pode até teorizar, mas as
Escrituras fecham, singularizando Jesus como sendo o único caminho para a salvação. Pastor, e o senhor falou uma coisa, o senhor falando, eu lembrando aqui que existe até um argumento que comumente os adeptos de determinados grupos heterodoxos usam para anular a fé cristã. Uhum. E esse argumento é chamado de argumento da antiguidade. Uhum. Ele vai dizer assim: "A fé cristã tem quantos anos? Tem 2000 anos." Aí você tem religiões mais antigas, mais antigas que a fé cristã. Aí diz: "O judaísmo é mais antigo que a fé cristã." Uhum. Só que o budismo é mais antigo que
o judaísmo. O hinduísmo é mais antigo que o budismo. As religiões de mistérios são mais antigas. E aí, de fato, então usam esse argumento para dizer assim: "Quanto mais antigo, mais original." E os outros que vieram decorrentes disso aí foram, na verdade, cópias e são erradas porque o original. Só que vamos fazer o exercício da retrospectiva. A gente vai chegar em Adão. É verdade. Exatamente. E na fé de Adão, a fé de Adão é uma fé monoteísta. Falava de um relacionamento com Deus. De um relacionamento com Deus. Aí o capítulo 12 a gente fala de
Abraão. Aí, lembrando de Abraão, veja o que é que o texto diz. É Gálatas, capítulo 3, versículo 6 em diante, diz: "É o caso de Abraão que creu em Deus, e isso foi atribuído para a justiça. Saibam, portanto, que os que têm fé é que são filhos de Abraão." Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria os gentios pela fé, a essa expressão maravilhosa, apresentou o evangelho a Abraão, dizendo: "Em você serão abençoados todos os povos; de modo que os que têm fé são abençoados como crente Abraão." Aí, veja, Paulo bagunça a mente dos judaís
antes quando ele diz assim: "Olha, esse evangelho que eu tô pregando, Deus anunciou ao pai que vocês têm como pai Abraão." Deus anunciou Abraão. O judaísmo estava vendo o cristianismo como uma nova religião que tinha surgido naquela época, quando na verdade Paulo está dizendo que o próprio Abraão recebeu a mensagem do evangelho, né? E aí nós, só relembrando que no capítulo de número três ocorre a queda. Aí, capítulo 3 de Gênesis, né? No versículo 15, Deus já faz a primeira promessa messiânica. Verdade. No versículo de número 21 de Gênesis 3, diz que Deus preparou túnicas
de peles para vestir o casal. Então, de uma forma tipológica, já estava ali anunciando a morte de Cristo, que seria morto inocentemente por causa do pecado da humanidade. No capítulo 4 de Gênesis, Abel oferecendo uma de suas ovelhas. Então, vamos perceber que Deus, desde os primórdios, vem anunciando essa salvação através de Cristo, através das promessas, das tipologias, né? O que não dizer, por exemplo, da própria festa da Páscoa, né? Aquela morte do cordeiro, o sangue que era colocado nos... Umbrais. Então, isso é anunciado desde os primórdios. E quando Deus diz a Abraão: "Em ti serão
benditas todas as famílias da terra", em outras palavras, estava dizendo assim: "É de você que vai nascer o Cristo que será caminho, verdade e vida, que os homens chegarão a Deus." E sobre essa questão da fé que o senhor falou, pastor, Gênesis 4 e 6 fala sobre os descendentes de Sete lá no início, né? Uhum. Não havia religião alguma aqui ainda, mas diz que naquele tempo já se invocava o nome do Senhor. E aparece aqui o tetragrama de Rei, o Yud Heh Vav Heh, que é o nome eterno do Senhor. E isso aqui indica de
forma muito clara que já lá no início, nos primeiros filhos de Adão, já havia a invocação do nome do Senhor; ou seja, já havia fé. Então, se isso aqui antecede todas as religiões, como o senhor falou, esse argumento da antiguidade não passa, cai por terra, até porque se entende que as religiões, ou o politeísmo, entre outras coisas, surgiram justamente com a revolta de Caim. E Caim quis viver a sua vida independente de Deus. Então, o monoteísmo, o monoteísmo bíblico, ele é demonstrado desde o início na relação de Deus com Adão, sendo o politeísmo efeito da
queda do homem. Exatamente. Queda do homem. E o texto, pastor, como eu falei, diz aqui que começou-se a invocar o nome do Senhor, não diz "dos deuses". O que eu queria frisar na minha fala, talvez eu não tenha sido muito claro, é isso. Se o texto dissesse que, naqueles dias, começou-se a invocar o nome dos deuses, era uma coisa; já havia politeísmo. Mas aqui, apesar da queda, apesar da desobediência, aqui o texto é enfático e aparece o tetragrama. Então, significa dizer que já no início, lá depois da queda, com os primeiros filhos de Adão e
seus descendentes, o nome do Senhor já era invocado. Está implícito, pastor, que se o nome do Senhor é invocado aqui, é porque os pais desses filhos falaram sobre o Senhor. E aqui é o que nós entendemos como a tradição oral. Moisés, quando escreveu a Bíblia, não trouxe detalhes, minúcias. Quando a gente vai para o capítulo 5 de Gênesis, a gente vê aqui 10 patriarcas; 10 são homens que tiveram um testemunho tão ilibado que a Bíblia faz questão, pelo Espírito Santo, de dizer quantos anos eles viveram, diferente dos patriarcas do capítulo 4, que são ímpios, dos
quais o Espírito Santo não diz nem quanto tempo viveram. E do capítulo 5, está claro aqui que estes homens foram tão influenciados por aquilo que Adão passou para eles quanto à fé, que Enoque andou com Deus, Noé construiu a arca e todos os outros sete, enfim, foram homens piedosos. Então, vale destacar que a Bíblia apresenta uma exclusividade só terológica. Sim. Ninguém será salvo. É importante pontuar isso, que ninguém será salvo senão por meio de Jesus. Existe um pensamento na academia, alguns autores até renomados, que dizem que as pessoas serão salvas pela lei da consciência, da
revelação da consciência que tiveram, mas isso vai na contramão do que a Bíblia deixa claro. Por exemplo, o texto de 2 Pedro, capítulo 3, versículo 9. 2 Pedro, capítulo 3, versículo 9, rapidamente, que nosso tempo já está indo embora. Veja o que Pedro nos diz: "O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento." Então, o desejo de Deus é que todos se arrependam. Se o desejo de Deus é que todos se arrependam, Deus vai
proporcionar meios através dos quais essas pessoas, por meio de Cristo, possam ter acesso ao evangelho. Há outro texto também: Romanos, capítulo 10, versículos 9 e 10, nos diz o seguinte: "Se com a boca você confessar Jesus como Senhor e em seu coração crer que Deus o ressuscitou dos mortos, você será salvo." Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa para a salvação. Há o texto também de Atos, capítulo 17, versículo 31. Atos 17 e 31 nos diz o seguinte: "Porque Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo
com justiça por meio de um homem que escolheu e deu certeza disso a todos, ressuscitando dentre os mortos." Então, olha aqui, coloca Jesus como o paradigma deste juízo. Paulo, também falando aos Romanos, no capítulo 2, versículo 2, diz assim: "Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas." E no versículo 16, ele diz: "No dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos das pessoas de acordo com o meu evangelho, então o mundo será julgado segundo a verdade do evangelho." Nós temos outros textos que
podem ser citados, por exemplo, Atos, capítulo 8, versículo 37; 1 Timóteo, capítulo 2, versículo 4; Atos, capítulo 4, versículo 12, Pedro dizendo: "Nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens pelos quais devamos ser salvos." E também nós temos 1 João 1 e 9, aquele texto que o senhor leu de João 17. Eu queria, nosso tempo já estourou, mas eu queria que o senhor pudesse ler novamente. O verso 3, pastor, que é bem esclarecedor, por favor. O Senhor diz assim: "A voz de Jesus aqui, a maior autoridade, e
a vida eterna é esta: que conheçamos a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste." Veja, conhecer o único Deus verdadeiro. Esse conhecimento, Romanos 1 diz que esse conhecimento pode ser realizado pela revelação geral. Isso. O texto de Romanos, claro, Romanos 1. 19 20 deixa isso claro. Entretanto, a Jesus Cristo, por meio da revelação especial. Logo, a revelação geral, ela apenas declara que Deus existe. E, por conta disso, todos os homens são inescusáveis. Mas a revelação geral é incapaz de dizer ao pecador que ele é pecador e é incapaz de
mostrar o Salvador. Isso só pode ser feito por meio da revelação de Jesus Cristo. Se Deus deseja que todos sejam salvos, a oportunidade tem que ser dada a todos. E João disse: "Todos tiveram a oportunidade". Como, pastor? Apocalipse, capítulo 7. Apocalipse, capítulo 7. Veja o que João nos diz em Apocalipse, capítulo 7, versículo 9. Diz o seguinte: "Depois destas coisas, vi e eis uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestida de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos,
e clamavam com voz forte, dizendo: 'Ao nosso Deus que está sentado no trono e ao Cordeiro pertence a salvação.'" Olha o texto aqui de João 17 e 3. Ao nosso Deus que está sentado no trono, verdadeiro Deus, que tu conheças o verdadeiro Deus e ao Cordeiro pertence a salvação e ao teu Filho, Jesus Cristo. Então, não há salvação além da pessoa de Jesus. O céu não tem atalhos, nem tem portas dos fundos. Nós aprendemos que Jesus disse que Ele é a porta e, só através d'Ele, nós podemos obter a salvação. E evangelista, rapidamente, nosso tempo
estourou. Que conselho o senhor pode dar ao professor que nos acompanha neste momento? Muito bem, pastor. Como sempre é feito, acredito que o segredo é utilizar os textos bíblicos, fazer o possível para fechar discussões extrabíblicas e dizer que a nossa lição, à luz da Bíblia, tem respaldo para afirmar que Jesus é o único caminho, a verdade e a vida. Bom, Jonas, outro ponto da lição que também deve ter sido trabalhado em sala de aula, que é o tópico dois da lição, é mostrar que as incertezas, as dúvidas podem existir na vida de qualquer crente, mas
isso não significa que a pessoa tem que abandonar a fé, abandonar o caminho, porque não está entendendo alguma coisa. Lembre de Tomé, cheio de dúvida, mas perguntou ao Senhor, estava com Ele e fortaleceu sua fé. Ô, Givanildo, faça dessa lição uma lição evangelística. Convide pessoas não evangélicas para estar na Escola Bíblica Dominical e ouvir a mensagem do Evangelho. Ouvi dizer que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Que Deus continue lhe abençoando em nome de Jesus. Queridos irmãos, depois de uma lição maravilhosa, vamos orar ao Senhor, pedir a Ele a Sua bênção, irmão
Givanildo. Oremos. Então, bendito Deus, querido Pai, quero Te louvar, bendizer o Teu nome, Te agradecer por essa oportunidade, pedir uma bênção especial, ter ungido o pastor presidente, pastor Aíton José Alves, toda a diretoria da igreja, todos aqueles que compõem a Rede Brasil de Comunicação. Continua com as mãos estendidas, abençoando esta programação. Senhor, abençoa também toda a superintendência das escolas bíblicas dominicais, todos os componentes, bem como todos aqueles que cooperam na Escola Bíblica Dominical: dirigentes, secretários, coordenadores do Departamento Infanto Juvenil, professores e alunos. Pai, que nesta lição que estaremos estudando no domingo, seja uma lição de
crescimento, de aprendizado, mas, acima de tudo, uma oportunidade de pregar o evangelho e levar as boas novas de salvação. Tudo isso nós Te pedimos e já Te agradecemos em nome de Jesus. Amém. Chegamos ao final do programa. Hoje estudamos a nona lição do trimestre, com o título "O caminho, a verdade e a vida". Na próxima semana, veremos a 10ª lição com o tema "A promessa do Espírito". O programa Escola Bíblica Dominical vai ao ar na TV toda sexta-feira às 21:30 e no sábado às 16 horas. Também está disponível no formato podcast no Spotify, em nosso
canal no YouTube, Rede Brasil Oficial. Se inscreva, ative o sininho e compartilhe nossa programação. Obrigado por sua companhia e até o próximo programa. Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, nosso Pai, e a comunhão do Seu Santo Espírito estejam com todos hoje e para todo sempre. Amém. [Música]