Membrana Plasmática | Célula | Prof. Paulo Jubilut

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Paulo Jubilut
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Video Transcript:
Já quero começar esse nosso processo pedagógico te fazendo uma pergunta: Por quê nós suamos? <i>"Nossa Jubijubão cê tá achando que eu tô na quarta série? "</i> Você sabe que a gente sua pra reduzir a temperatura do nosso corpo quando a gente está exposto ao calor.
Agora o que provavelmente você não sabe é de onde vem essa água do nosso suor. E na verdade ela vem de dentro das células que formam a nossa pele. O que acontece é o seguinte: quando você está exposto à uma situação de alta temperatura, a membrana plasmática das células da nossa pele elas possuem uma proteína chamada de aquaporina, essa proteína funciona como uma espécie de canal, ela se abre e aí a água e os sais minerais de dentro das células saem, e se deslocam até a glândula sudorípora mais próxima.
E à partir daí elas são eliminadas e vão dar aquele frescor na nossa pele numa situação muito quente. Você viu que nesse exemplo eu falei de membrana plasmática, e é sobre essa menina que nós iremos conversar, por isso bota um sangue nesse olho porque depois da vinheta tem características e especializações de membrana plasmática pra você. Você já sabe que basicamente uma célula se organiza em membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
Claro que existe a exceção do reino monera que não possui um núcleo verdadeiro, um núcleo delimitado por uma membrana chamada de carioteca. Mas o resto das células dos seres vivos é nesse sistema: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Primeira coisa que você tem que saber, são as funções da membrana plasmática das células.
A primeira delas é o revestimento celular, ou seja, o que reveste uma célula é a membrana plasmática. A membrana plasmática também vai permitir as interações celulares, ou seja, é através da membrana plasmática que as células interagem umas com as outras e também as células interagem com o ambiente em que elas estão inseridas. Agora, a função mais importante de todas, aquela que você tem que anotar aí com carvão, com uma telha, com muita atenção, é a tal da permeabilidade seletiva.
Ou seja, as substâncias elas vão passar pela membrana plasmática, mas existe uma seleção, ou seja novamente, é a membrana plasmática que escolhe quais substâncias podem entrar e quais substâncias podem sair da célula. Pense na fronteira de um país, como os <i>motherfuckers</i> lá, os Estados Unidos, eles selecionam quem pode entrar e quem pode sair. Então a membrana plasmática, ela funciona basicamente como a fronteira de um país, só que seria a fronteira celular, ou seja, e ela é que vai permitir a entrada e a saída de substâncias.
Agora ei, só pra você que tá curioso daquela aula antiga de membrana plasmática, que eu falei pra você dar com os dois pés no peito do Mickey, Eu já consegui meu visto pros Estados Unidos, fui lá na Disney e adivinhe o que eu fiz quando eu vi o Mickey? Dei um abraço nele e tirei uma "selfiezona" bem bonita com ele. Manjou das funções da membrana?
'Bora agora pras características. A membrana plasmática é uma estrutura muito fina, você só consegue visualizar a sua composição no microscópio eletrônico. Ela tem uma espessura de 8 nanômetros, <i>"ai Jubijubão quanto que é 8 nanômetros?
"</i> Só pra você ter uma idéia, pra você ter a grossura de uma página de um livro, você precisaria empilhar 8 mil membranas plasmáticas, ou seja, é pequenininha, pequenininha, elas são compostas em sua maior parte por lipídios, e nesses lipídios estão inseridas proteínas, por isso que eu digo que a composição da membrana plasmática é lipo-proteica. Agora não se engane achando que membrana plasmática é só lipídio e proteína, as membranas também apresentam na sua composição carboidratos que tem funções muito especiais e eu vou falar delas à partir de agora. Então aqui nós temos o modelo de uma membrana plasmática, pra você entender melhor, essa parte aqui de cima é fora da célula, e essa parte mais laranja aqui é dentro da célula.
E aqui você está vendo a membrana plasmática - primeira coisa que eu gostaria de chamar à atenção é essa estrutura aqui, <i>"ah Jubijubão, bonequinhos com duas perninhas"</i>, uma bolinha com duas perninhas, e aqui embaixo também uma bolinha com duas perninhas. Essa estrutura é o lipídio que forma a membrana plasmática que nós chamamos de fosfolipídio, você aprendeu isso lá na videoaula de lipídios, ele vai ter a cabecinha - ele tem um grupo fosfato - então por isso essa parte aqui é a parte hidrofílica, é parte que interage com a água, e as perninhas eram ácidos graxos, eram estruturas hidrofóbicas, ou seja, que não interagiam com água. Bom, vamos dar umas filosofadas à respeito, uma molécula que tem caráter hidrofílico e hidrofóbico ao mesmo tempo, nós chamamos de anfipática, então os fosfolipídios que formam a membrana plasmática, eles são anfipáticos, são moléculas anfipáticas.
Bom, outra coisa que eu quero te mostrar é o seguinte: perceba que a parte que interage com a água do fosfolipídio ela fica mais exposta tanto pra parte de fora da célula, como pra parte de dentro da célula. Claro, e a parte que não interage com a água, ela fica na parte mais interna e aí eu volto à falar pra ti, claro, uma célula precisa interagir com a água, pra poder fazer as suas trocas, pra poder fazer exercer a sua permeabilidade seletiva, então é óbvio que essas estruturas que interagem com a água tem que ficar mais expostas na célula. Repare também - isso eu também te falei lá naquela videoaula - que os fosfolipídios quando estão no ambiente aquoso, eles se organizam em duas camadas, e se você reparar, aqui em cima tem uma camada de fosfolipídios e aqui embaixo tem outra camada de fosfolipídios, então a membrana plasmática ela é formada por duas camadas de fosfolipídios que você também pode encontrar como bicamada lipídica.
Repare também que inserido nessa bicamada lipídica, nós temos essas estruturas aqui. Adivinha que estruturas são essas? São as proteínas.
Por isso eu digo que a composição da membrana plasmática, ela é lipoproteica. Esse modelo aqui da membrana plasmática, é conhecido como modelo do mosaico fluido. E foi proposto em 1972 por dois cientistas conhecidos como Singer e Nicolson.
Esse modelo é o modelo mais aceito até hoje, as novas descobertas que estão sendo feitas sobre estrutura de membrana plasmática, estão sendo inseridas no que já se conhece sobre esse modelo. Então hoje é o que se tem de melhor em representação de membrana plasmática. A palavra "mosaico" se refere às proteínas e palavra "fluido" se refere aos lipídios.
Por quê? Porque quem dá fluidez à membrana plasmática são os fosfolipídios, e as proteínas elas se movimentam pela membrana plasmática, e elas ficam fazendo uma espécie de mosaico, então por isso quando se fala mosaico fluido, mosaico se refere à proteínas e fluido se refere aos lipídios. Só pra você ter uma idéia da fluidez da membrana plasmática e os fosfolipídios também se movimentam nessa membrana, então ela é toda, toda biribicatabamba, então os fosfolipídios se movimentam rapidamente, as proteínas também se movimentam rapidamente mas só pra você ter uma idéia de consistência, a membrana plasmática é como se fosse uma consistência da gota de um azeite.
Então seria a gota de um azeite com essas proteínas inseridas. Outra coisa que eu quero te chamar à atenção: na membrana plasmática de animais, nós encontramos ainda, um outro tipo de lipídio que é o colesterol. Agora, o que geralmente não te falam é porquê que o colesterol está aqui.
Qual seria a função? A função dos fosfolipídios você já sabe, é dar fluidez, é dar maleabilidade à membrana plasmática. E o colesterol?
Imagine a seguinte situação: você está lá no Polo Norte, a tendência natural é algo que é fluido em baixa temperatura, começar à enrijecer. Imagine o caos pras suas células com a membrana ficando dura, como é que elas fariam pra fazer as trocas de substância. Seria o caos, seria o caos.
É pra isso que tem o colesterol. O colesterol ele dá uma estabilidade térmica à membrana plasmática, mantendo a sua fluidez mesmo quando o organismo está exposto à baixas temperaturas. <i>"Mas Jubijubão, e no caso das plantas que não</i> <i>tem colesterol na sua membrana plasmática?
"</i> Excelente pergunta pequeno guaxinim, vem "ni mim" aqui, quando você tem membrana plasmática de plantas e de outros seres vivos que não tem o colesterol pra dar essa estabilidade térmica, o que vai acontecer é que o fosfolipídio que forma a membrana plasmática, ele é substituído. <i>"Como assim? "</i> Eu te falei que não existe só um tipo de fosfolipídio, existem vários.
Então o que vai acontecer por exemplo, no caso de uma planta que tá chegando o inverno, ela vai trocar o fosfolipídio por um outro fosfolipídio que tenha os ácidos graxos, que formam a perninha aqui, com carbonos fazendo ligações insaturadas. Você também aprendeu que lipídios, que lipídios insaturados na temperatura ambiente, eles são o quê? São líquidos.
Então se você pega a membrana plasmática, e substitui o fosfolipídio por exemplo, por um fosfolipídio que faz somente ligações saturadas, no seu ácido graxo, e você troca por um fosfolipídio que faz ligações insaturadas, você vai manter a fluidez da sua membrana plasmática. Agora 'bora filosofar sobre as proteínas de membrana plasmática. Repare aqui, que você tem proteínas que se inserem na bicamada lipídica.
Essas proteínas são classificadas como proteínas integrais. Mas se você reparar aqui nós temos proteínas que ficam na periferia da membrana plasmática, olha aqui, aqui tem uma, aqui tem outra. Essas proteínas que não se inserem na membrana plasmática, nós vamos chamar de proteínas periféricas.
Detalhe - vamos voltar aqui pra integral que eu quero dar mais um <i>"philosophy of life"</i>. Voce sabe que essa proteína ela é formada por aminoácidos, e na maioria dos casos, as proteínas ficam com uma conformação do tipo secundária, geralmente é isso. Bom, o que vai acontecer é que os aminoácidos que ficam nessa parte mais externa e na parte mais interna são aminóacidos que possuem o quê?
Cadeias laterais polares. E aí eu te pergunto, por quê? Porque claro, assim como o fosfolipódio tem que ficar com sua parte que gosta de água mais externamente, com a proteína é a mesma coisa, ela tem que ter a parte mais externa dela polar, pra ela poder interagir com quem?
Pra ela poder interagir com o H2O. Interagir com a água. A parte interna é construída geralmente por aminoácidos que tem cadeias laterais apolares, ou seja, estruturas hidrofóbicas que também não interagem com a água.
Então perceba que a proteína integral, ela meio que imita a estrutura dos fosfolipídios, ou seja, a parte mais externa polar, a parte mais interna polar, agora ei, as vezes essas proteínas podem formar canais pra passagem de substâncias. Nesse caso, esses canais também serão formados por aminoácidos, nesse caso polares, pra que a água possa passar dentro dessa proteína trazendo - pode ser qualquer coisa, podem ser ions, pode ser um aminoácido, ou seja, qualquer estrutura que tenha que passar por esse canal. As proteínas de membrana plasmática, elas tem várias funções.
A mais conhecida claro, é permitir a passagem de substâncias. Então aqui você tem uma proteína, aqui você tem uma molécula estimuladora que vai se ligar à essa proteína e aí quando essa molécula estimuladora se liga à proteína, ♪, abre-se um tubo e aí a substância consegue passar. Mais uma situação que eu quero te mostrar, nesse caso aqui você tem o açúcar, a glicose, e esse açúcar tem que ser colocado dentro da célula.
Então veja que ele vai se ligar ao sítio de ligação aqui da proteína, essa proteína vai mudar a sua conformação e vai colocar a glicose pra dentro da célula. Além de transporte, essas proteínas de membrana plasmática podem executar outras funções, elas podem atuar com enzimas, elas podem fazer transduções de sinais, <i>"ai Jubijubão, o que é transdução de sinais? "</i> Por exemplo, aqui fora nós temos uma partícula odorífera, ou seja, uma partícula de odor, e aqui você tem uma célula sensorial do nariz.
Quando essa partícula se liga à essa proteína, essa proteína envia um sinal pra dentro da célula, ou seja você tinha aqui um estímulo mecânico e de repente você muda pra um sinal elétrico ou um sinal químico, mudou a linguagem - isso nós chamamos de transdução. Essas proteínas também fazem comunicação celular, fazem com que uma célula reconheça a outra. E também elas podem atuar como enzimas, trabalhando nessa região pra catalizar alguma reação química.
Outra função delas é fazer a ligação entre uma célula e outra célula, vale também ressaltar que a membrana plasmática, dependendo da célula, ela pode ter uma modificação, não em relação à seus fosfolipídios, mas em relação às proteínas. O que eu quero te dizer com isso? Que as células, por exemplo, a membrana plasmática das células do fígado não vão possuir as mesmas proteínas do que a membrana plasmática das células que formam o nosso rim.
Só pra você ter uma idéia, nas hemácias, a membrana plasmática das hemácias, dos glóbulos vermelhos, possui em média, cerca de 50 proteínas. E eu quero te chamar à atenção pra mais uma coisinha: a membrana das organelas citoplasmáticas, como mitocôndria, como cloroplasto, como complexo de Golgi, retículo endoplasmático, elas são organelas membranosas e a membrana dessas organelas é muito parecida com a membrana plasmática das células, como a membrana celular. E a última coisa que eu quero falar, eu falei pra você dos fosfolipídios, falei pra você do colesterol, falei pra você das proteínas, mas faltou falar pra você dos carboidratos.
Repare que a membrana plasmática, ela também possui carboidratos na sua composição. Esses carboidratos podem estar livres, podem estar interagindo com proteínas de membrana, e aí nós vamos chamar isso de glicoproteínas, e aí por exemplo, vale ressaltar os tipos de sangue, sangue A, sangue AB, sangue O, eles são diferenciados por isso aqui, uma proteína ligada à um carboidrato, a mudança do tipo de carboidrato já vai mudar a tua tipagem sanguínea. Esses carboidratos também podem interagir com o fosfolipídio, como você está vendo aqui.
E aí essa estrutura vai receber o nome de glicolipídio. Esses carboidratos tem como função principal, o reconhecimento celular. Faz com que uma célula reconheça a outra.
Isso é muito importante por exemplo, nas células do embrião, pra elas se reconhecerem. Uma pele que vai ser pele, ela tem que saber o lugar dela, se ela chegar lá na turma das células que vão ser rim, através dos carboidratos de membrana plasmática elas vão se reconhecer. <i>"Ô, você é do rim?
É, e você é da pele! Você</i> <i>tá no lugar errado, pele é lá do outro lado! "</i> E aí claro que fica muito mais fácil pra construção do novo indivíduo, do novo embriãozinho, do novo ser vivo.
Nos animais, essa capa de carboidratos é uma estrutura mais complexa, eles se organizam na forma de uma rede e aí nós damos um nome pra essa estrutura que é glicocálix, <i>glico</i> de açúcar e <i>cálix</i> de capa, porque forma-se uma capa ao redor da membrana plasmática, de carboidratos. Funções dessa estrutura: como forma-se uma rede, acredita-se que o glicocálix seja uma estrutura que retenha nutrientes e enzimas importantes para a célula. Além disso, o glicocálix protege a célula, pois é uma capa ao redor da célula, como por exemplo a parede celular nas plantas, lembrando que animais não tem parede celular, tem glicocálix, mas a função mais importante, aquela que mais é questionada, é a questão do reconhecimento celular, ou seja, as células se reconhecem principalmente através do glicocálix.
Volto à repetir, as células animais, porque só animais possuem glicocálix. Aí claro, vale á pena falar algumas coisas, <i>phylosophy of life</i> à respeito disso. Esse glicocálix, ele varia de célula pra célula, de indivíduo pra indivíduo, de espécie pra espécie.
Ou seja, vamos dizer que você tenha um glicocálix meio que único aí no seu corpo, isso é importante na questão de transplante de órgãos, porque quando você recebe - espero que você nunca precise disso - mas quando você recebe um órgão de outra pessoa, a membrana plasmática das células desse órgão possui um glicocálix diferente do seu, e aí ocorre o quê? A rejeição do órgão. <i>"Ah mas se todos são diferentes, como é que eu faço?
"</i> Na verdade o que é preciso encontrar, é um órgão que possua células com glicocálix semelhante ao seu. Pos aí, as chances de rejeição elas são menores, elas continuarão existindo mas elas serão menores. Os animais possuem glicocálix, aliás você só encontra isso nos animais, agora os outros seres vivos como bactérias, algas, fungos e plantas, possuem uma outra estrutura ao redor da membrana plasmática chamada de parede celular.
A parede celular tem como função principal a proteção da célula, ela também é responsável pro dar forma à célula, deixa a célula bonitinha, redondinha, retangular, toda "cruf cruf", agora ela também ajuda à impedir a captação excessiva de água por parte da célula, ou seja, a célula que tem parede celular não vai estourar por captar muita água. Isso é iimportante, nós vamos conversar nas próximas videoaulas e dependendo do grupo de ser vivo, a composição dessa parede celular ela muda, por exemplo, nas plantas é feita de celulose, nos fungos é feita de quitina, nas bactérias é feita pepitidoglicano, agora ei, eu não sei se você observou, mas a parede celular também é composta por carboidratos, mesma coisa que acontece no glicocálix. Ou seja, existe um parentesco entre essas duas estruturas.
Agora que você já manja as funções da membrana plasmática, as suas características, chegou a hora da gente falar sobre as suas especializações. <i>"Como assim Bilu? "</i> Como assim o seguinte: dependendo do local em que a célula se encontra, a membrana plasmática pode ter um tipo de especialização pra ajudar na função celular.
Essas especializações são: as microvilosidades, as interdigitações, os desmossomos, as junções aderentes, as junções GAP e os plasmodesmos. A primeira especialização que eu queria te mostrar, são as microvilosidades. Então veja que nesse caso essa membrana plasmática, ela está cheia de voltinhas, isso é muito encontrado no tecido epitelial por exemplo, do nosso intestino, pois quando uma membrana plasmática faz essa estrutura aqui, ela se conforma desse jeito, ela está aumentando a superfície de contato dela com o meio externo.
E com isso ela vai ter muito mais eficiência na absorção de alguma substância, que no caso do nosso intestino, seria o quê, pra aumentar a absorção dos nutrientes. Outra especialização que eu gostaria de te mostrar, é essa especializaçãozinha aqui, repare que uma célula - aqui você tem uma célula, ali você tem outra - uma célula está ligada à outra. Essa estrutura aqui nós chamamos de junção aderente e a função dela é impedir que algum líquido passe no meio das duas células.
Então à partir daqui ela faz uma espécie de barreira e aí o líquido extra-celular que está aqui na matriz extra-celular não consegue passar entre as células. Então a função é aderir às células pra criar uma barreira pra que nada passe no meio dessas garotas, no meio dessas células. Outra especializaçãozinha - olha que palavra difícil, tenta falar isso aí na sua casa - especializaçãozinha, que eu queria chamar à atenção, é essa aqui, chamada de desmossomo.
Repare aqui, olha que bonitão, desmossomo, também chamada de junção de ancoramento, funciona como uma espécie de rebite unindo fortemente uma célula à outra. Isso é encontrado por exemplo nas células epiteliais, por isso que eu puxo a minha pele aqui e não arrebenta. Não sai, minha bochecha arrebentada, jorrando sangue, todo mundo fechando a videoaula, Se eu quiser eu enfio um anzol e me penduro assim, por quê que as células não estão rasgando?
Porque elas estão cheias de desmossomos, deixando elas bem unidas, bem ligadas, bem grudadas. Essa estrutura também é usada pra fazer a ligação das células musculares. Quando você tem uma distensão muscular, sabe o que acontece?
Você tem o rompimento dessa ligação entre os desmossomos, e é isso que nós chamamos de distensão. Outra que nós temos são as junções <i>gap</i>. Olha que bonitinhas aqui!
Ou também junções comunicantes, e o nome já está dizendo, o que elas permitem - elas criam na verdade são canais que permitem a comunicação e a troca de substâncias entre as duas células. Essa é uma estrutura presente nas células animais, porque nas células vegetais nós temos uma outra estrutura que faz a mesma função das junções <i>gap</i> nos animais. E essa estrutura nas plantas nós chamamos de plasmodesmos, muito importante porque as plantas possuem uma parede celular muito rígida.
Então repare que elas fazem o quê? Projeções que saem de uma membrana e acabam penetrando dentro da outra célula. E claro que se ela quiser mandar alguma substância pra lá, biribiribi catabamba, na verdade é um canal em que elas conseguem fazer a troca de substâncias.
Uma outra especialização de membrana plasmática são as interdigitações, que são projeções da membrana que acabam se entrelaçando e isso aumenta a adesão também entre as células. Tranquilo? Vamos ver se você entendeu tudo?
Chegou a hora dele, biribibiribi, exercíciozinho Joe, biribibiribi catabamba! Excercíciozinho Joe, 'bora pra leitura! Sobre o modelo mosaico fluido das membranas celulares é correto afirmar que: Letra A, os componentes mais abundantes da membrana são: fosfolipídios, proteínas e aminoácidos livres.
♫ Nós temos fosfolipídios? Temos! Temos proteínas?
Temos! Temos aminoácidos? Temos porque os aminoácidos formam as proteínas, mas nós não temos na membrana plasmática, aminoácidos livres, você não vai encontrar lá um tripitofano perdido na membrana plasmática.
Por isso que A está errada, 'bora pra B, vem comigo vem "ni mim", B: A membrana tem constituição glicoproteica? ♫ é uma composição lipoproteica. <i>"Mas você disse que a membrana tem carboidrato"</i>, mas em menor quantidade do que lipídios e proteínas.
A composição da membrana é lipoproteica. Se te perguntarem depois disso, <i>"mas você pode encontrar carboidratos nela? "</i> Aí sim você fala que sim, mas sempre considere primeiro lipídio e proteína.
Errada também a B, 'bora pra C, 'bora pra C, vem "ni mim" de novo. Lipídios formam uma camada única e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteínas. Você aprendeu que é o quê?
É uma bicamada lipídica, a membrana plasmática é um sanduíche, não é uma camada só, letra C também tá errada. Tomara que seja D, letra D: A dupla camada de fosfolipídios é fluida, possui consistência oleosa e as proteínas mudam de posição continuamente como se fossem peças de um mosaico. <i>Perfection divine!
</i> <i>Perfection divine</i>, letra D de damos um duro danado. Não esqueça que a membrana plasmática não é uma estrutura fixa, ela é uma estrutura dinâmica, ela está em constante movimento. Moleza né?
Então não se esqueça que a função principal da membrana plasmática é a permeabilidade seletiva, não esqueça que eu já consegui meu visto pros Estados Unidos, então agora nós amamos o Mickey Mouse, outra coisa, sua características, a principal, sua composição lipoproteica, com também um pouco de carboidratos, os animais possuem uma estrutura externa à membrana plasmática chamada de glicocálix e os outros seres vivos, a maior parte deles possui a parede celular. E também não esqueça das especializações, onde eu gostaria de destacar as interdigitações, as microvilosidades e os desmossomos. E lembre-se sempre: antes de falar, ouça, antes de agir, pense, antes de criticar, conheça, e antes de desistir, tente.
Tente sempre! As chances de você não conseguir algo, caso você não tente, é de 100%. Agora se você tentar, as coisas podem mudar e muita coisa bacana pode acontecer com você.
Por isso dê a cara pra vida, encare de peito aberto porque a vida é uma só e merece ser vivida com toda intensidade. Desnecessário dizer que foi um grande prazer estar aqui com você, um grande abraço, tchau! <b>Legendas: <font color="#ffff00"><i>msfreelancer</i></font></b> <b>http://tinyurl.
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