Boa noite pessoal boa noite minha gente linda todo mundo que tá aqui presente bom demais ter tanta gente especial aqui nesse seminário da pedagogia paraa liberdade já começando o semestre já virou um hábito da pedagogia para liberdade a gente iniciar os semestres com seminários inspiradores o tema desse Seminário São pedagogias inspiradoras para que a gente esquente o nosso coração e saiba que existem outros caminhos pedagógicos que estão fazendo a mudança nesse nosso país fazendo seu papel social transformando comunidades e inspirando famílias crianças e a sociedade em si é muito importante a gente entender que a
educação é um lugar de inspiração e o que que eu quis trazer nesse seminário O que que a gente quis trazer nesse seminário escolas ideias pedagógicas mas principalmente escolas que nos inspiram com a prática pedagógica que seja transformadora inovadora sensível potente e tudo aquilo que a gente todos os entes bons que a gente pode colocar no mundo e eu peço desculpas pelo atraso a gente teve um probleminha no som Mas que bom que vocês estão aqui vamos interagir muito nesse chat para quem não conhece a pedagogia paraa liberdade a gente é um ecossistema de educação
onde a gente forma professores temos cursos de graduação e pós-graduação segunda licenciatura em pedagogia e pós-graduações e cursos livres e de extensão então é uma honra ter vocês aqui com a gente discutindo educação nessa noite quente em todo o Brasil que tá quente né Eh e para inaugurar esse nosso seminário de pedagogia inspiradoras a gente tá aqui com a Cris coelho que é a diretora da escola Maria Felipa de Salvador é uma escola que eu sou encantada por ela apaixonada por ela há muito tempo eu eu eu olho para essa escola pra cararina que foi
a fundadora que escreveu um livro que não pode faltar Diego tá com o livro aí o meu o meu livro tá lá na na sede da da da pedagogia PR Liberdade como ser um educador antirracista e e eu acho que esse livro ele ele ele traz um briefing da prática pedagógica da Escola Maria Felipa mas muito além um livro O que faz uma escola são pessoas e a gente tem a honra de estar com a Cris Coelho aqui queria apresentar o Diego que vai estar aqui com a gente também ancorando esse nosso encontro Diego é
professor da pedagogia paraa Liberdade coordenador da pós de educação para relações étnico-raciais uma pós potente que a gente tem dentro da pedagogia para Liber verdade inclusive as inscrições estão abertas para essa pos mas para além disso a temática de hoje é a gente ver caminhos possíveis que estão acontecendo no Brasil é uma escola que já existe em Salvador e que eu tô sabendo que tá abrindo no Rio de Janeiro também então sem mais delongas com vocês Cris Coelho É uma honra ter você aqui com a gente querida seja muito bem-vinda obrigada minha gente boa noite
a todos a todas e a todes O prazer é meu de estar aqui para apresentar esse projeto lindo do qual eu faço parte que é o projeto da primeira escola AF brasileira em território nacional que é a Escola Maria Felipa é com grande prazer e grande honra que eu falo desse projeto né esse projeto surge com a Bárbara Carine né que en vias né do seu processo de adoção à espera de uma criança negra que estava por vir e se ente a ideia não era abrir uma escola mas era buscar o espaço que pautassi a
existência de uma criança negra que estava por vir e aí ela não encontra esse espaço e aí diz por que não né e começa a escrever essa escola e ao final dessa escrita ela escreve o projeto político-pedagógico né com outras mãos e ao final desse projeto né Prontinho ela disse pronto temos uma escola e é isso que nasce a primeira escola afro--brasileira Escola Maria Felipa não é eh não é por acaso que o nome é Maria Felipa né inspirada na Tama guerrida Maria Felipa de Oliveira né uma heroína da nossa história né a mulher que
eh protagonizou a independência do Brasil na Bahia e que ainda né est um tanto apagada da história assim como tantas outras mulheres negras e quantos homens negros participar da construção então o nome inspirado nessa mulher maravilhosa estrategista inteligente preta e em terras baianas do recôncavo da Bahia e é isso minha gente então esse projeto você me conta sobre você também como é que você foi parar na Maria Felipa mas quem é você qual que sua trajetória também enquanto pessoa Educadora que tá à frente desse projeto então gente eu sou Cris Coelho né sou procis eu
sou uma mulher né uma mulher lésbica periférica eh candombles uma professora comum da Periferia que no ano 2019 é convidada para fazer parte desse projeto eu chego na Maria f enquanto professoras de dois impérios do império ma e do império achante eh Um Desafio muito grande porque era uma proposta de uma educação decolonial eh e da qual eu chego na Maria Felipe sem nenhum tipo de letramento eu só tinha apropriação pedagógica né aquisição das apropriações pedagógicas enquanto a professora ali da Periferia que com o tempo eu entendi que a decolonialidade ela já me atravessava né
como atravessa tanto as mulheres da periferia como E aí chegando na Maria Felipa cheg enquanto professora e foi um desafio muito grande gente não é porque eu vinha de um outro universo não é eh e eu precisava pensar em práticas pedagógicas emancipatórias que o protagonismo de de toda essa minha prática refletisse na identidade de crianças negras e aí eu passo do anos enquanto professora desses grupos não é Império Mária império achante e em 2020 eu fui para mais dois grupos Império Reino de daom e Império Inca e ao final final de 2020 ainda na pandemia
porque a pandemia atravessa a gente após um ano da do surgimento da escola a escola nasce em 2019 enquanto Escola de Educação Básica em 2020 a gente enfrenta uma pandemia E aí ainda em casa na pandemia a gente precisou criar estratégias de sobrevivência de um espaço que estava surgindo no meio da pandemia no início da pandemia E aí eu trouxe toda a expertise não é de uma mulher que precisava de uma profissional que dava conta de muita coisa dentro da de propor educação né né dentro da minha comunidade Então eu fui criando alguns projetos porque
a ideia era pensar que naquele momento era muito difícil para todo mundo paraas famílias paraas crianças que estavam em casa então a gente eh eu comecei pensar num projeto que eu pudesse acalantar aquelas crianças e aquelas famílias então como eu já trabalhava com material reciclável na minha comunidade eu comecei a criar kits de brinquedos educativos e jogos educativos afr referenciados eh para entregar na casa das Crianças então eu montei kits e comecei a montar kits e com jogos quebra cabeça Brin ancestrais jogos de tabuleiro em papelão e eu montei um kit com 15 brinquedos para
cada criança com 15 jogos educativos E aí eu combinei com a Bárbara na época porque a gente falava de um motoboy e como a gente trabalhava né com reinados africanos então A ideia é que o motoboy chegasse nas residências procurando o rei ou rainha daquele daquele Império daquele reinado e entregaria o kit para crianç nãoé dentro Claro de todo o processo de de segurança dos protocolos que tavam né Na época e eu montei kits vários kits para as crianças e pedi para entregar e foi assim foi maravilhoso né As crianças estava em casa a família
tava em casa e recebia um saco enorme com muita coisa né pedagógica então foram muitas ações não é para pensar uma pedagogia que eu descobri na Maria Felipa também A nomenclatura disse que era Pedagogia do afrofest e a partir daí eu ficava pensando né poxa Já foram jogos Mas as aulas do online continuam o que que a gente pode fazer E aí eu tem uma outra coisa que era culinária ancestral que precisava ser pedagógico também porque dentro da escola tudo acontece com intencionalidades pedagógicas não é dentro do espaço da da escola e aí eu comecei
conversar com as famílias qual seria o horário mais oportuno para que a gente fizesse uma aula diferente e as famílias falaram assim poxa Cris eu acho que para mim é tranquilo e como eu eu comecei a juntar os grupos pra gente se encontrar por exemplo na sexta noite e a minha aula acontecia sexta à noite e aí a proposta era Vamos cozinhar juntos hoje E aí eu eu fazia o meu trabalho pedagógico não é eh então eu trabalhava o surgimento daquele alimento eu trabalhava matemática eu trabalhava os desafios matemático a questão da oralidade da escrita
só que eu envolvia toda a família não é eu trazia toda a família para aquele contexto e isso foi dando mais leveza para aquele período em que tava tão difícil né a gente tinha em Salvador pessoas que mudaram para Salvador só para estudar na Maria Felipa vieram e estavam sozinhos aqui as famílias Então foi uma forma da gente acalentar então a gente fazia por exemplo a noite da pizza e a gente produzia pizza e as Crianças escreviam uma receita a gente porciona os ingredientes e a gente filmava e foi muito foi muito potente né porque
era muito emocionante né pras famílias e para mim porque a gente cozinhava juntos e a gente começou a fazer muita coisa Jun juntas né então fus aqui no chat viu viu Cris tem gente falando que você é a melhor professora do mundo aqui ai gente Ô Cris e me fala uma coisa pode falar Diego Dani deixa eu deixa eu entrar na conversa aqui fazer uma pergunta pra Cris porque Cris é sua trajetória é muito interessante né Eu tava pensando justamente como é essa essa vivência essa experiência né e os desafios dessa educação que a Maria
Felipa propõe para os diversos sujeitos que estão envoltos aí né tanto pros alunos alunas paraas famílias mas também pro corpo de professores professoras e você falou uma coisa que me chamou atenção foi de ter chegado na escola sem esse letramento prévio né sem esse domínio prévio desses temas né dessas questões relacionadas às africanidades ao étnico racial e enfim eu queria eh pensar contigo retomando um pouco daquela ideia né da filosofia Ubuntu de que a gente existe um pelo outro né e de que a gente se reconhece trazendo um pouco daquele ditado se eu não me
engano que é do Povo ca que é uma pessoa se se torna uma pessoa através de outras pessoas né E aí queria te perguntar isso queria te perguntar como que você vê essa transformação das subjetividades a partir de um outro paradigma por dentro da escola porque na escola vamos colocar Assim entre aspas padrão Ou tradicional a gente tem um paradigma né cultural um paradigma de pensamento um paradigma de afetividade um paradigma de relações e quando a gente muda esse paradigma a gente também muda o que se produz a partir dele né a forma de ser
a forma de pensar a forma de ver o mundo então queria que você comentasse um pouco queria saber um pouco de como que é se tornar uma nova pessoa a partir dessas pessoas que estão envoltas aí na Maria Felipa como pessoa como professora como como eh mulher profissional enfim nessas várias dimensões e o que você percebe também dos outros né então né é importante que a gente pense que a gente tá inserido dentro de um sistema dentro de um projeto Colonial há mais de 200 anos correto a gente é parte disso não é eh e
eu lembro da primeira vez da primeira reunião de famílias lá em 2019 eh do quanto eu me senti eh foi difícil para mim o primeiro contato com aquelas famílias que eu vi de um outro universo apesar do conhecimento pedagógico eu viha de um outra universo aquelas pessoas eram diferentes da de onde eu vinha eh apesar de entender depois que só eu sabia fazer aquilo que eu tava me pondo sabe eh e eu descobri isso no percurso porque inclusive isso é roubado de nós sabe esse pertencimento é algo que é roubado da gente não é hoje
a gente tem falado muito em empoderamento mas como é que isso acontece de verdade mas aí retornando para o ponto que você trouxe eh pensar que nós estamos inseridos dentro de uma estrutura Colonial racista machista homofóbica certo somos construídos a partir daí eh como é que isso funciona dentro do espaço Escola Maria Felipa sabe enquanto nós educadores aqui dentro então assim eu reproduzo aqui aquilo que eu ouvi lá atrás quando eu cheguei aqui com a Bárbara a gente não vai conseguir ter esse profissional do entendimento né das questões raciais a gente não vai conseguir isso
e nem é possível que isso aconteça quando eu vou conversar com os profissionais que eu vou fazer por exemplo uma seleção é importante que você tenha disponibilidade para se necessário for a ver a desconstrução desconstrução de falas de ações de práticas entendeu porque tem algumas coisas algumas falas algumas ações que não vai caber dentro de uma proposta sabe a afroa afetiva afr referenciada e antirracista porque é um processo por exemplo um professor que vem de uma prática convencional Que tipo de brincadeira por exemplo se estimula para as crianças as brincadeiras que estão ligadas com a
competitividade dentro de uma proposta dentro da filosofia umbo por exemplo é a gente tem que estimular para a coletividade então isso já muda entende tem um processo de aprendizagem constante gente é uma aprendizagem para todos nós que estamos aqui na Maria Felipa então com o tempo a gente vai percebendo que algumas ações nossas a gente consegue se perceber então assim não é um critério mas é um critério importante sim você está disponível para desconstrução caso isso seja necessário e sempre é necessário então a disponibilidade desse profissional dessa pessoa que quer se juntar nessa comunidade para
propor essa educação que é desafiadora né É desafiador por quê Porque a gente tá inserido dentro a estrutura Colonial então né não reproduzir é um é uma tarefa diária gente porque volta e me a gente volta não é então outro dia por exemplo a gente estava com uma profissional aqui que a criança chegou com óculos né E ela EA esse óculos não é de menino sabe ali É ali essa fala é uma é é que a gente leva para a nossa formação pedagógica sabe pra gente formar todo mundo porque a fala daquela profissional talvez você
já fala de muita gente então é produto pra gente refletir na nosso no nosso coletivo e tá tudo bem sabe porque de repente você não vai ficar pronto não é dessa forma então uma construção diária né Assim como as falas capacitistas Não é que estão empregadas na gente sabe então a gente tá o tempo inteiro nessa coisa tá refletindo sobre a nossa fala sobre a nossa prática sabe a prática é algo que a gente precisa rever é algo que a gente precisa tá refletindo o tempo inteiro eu tenho encontro com os profissionais com os professores
né uma vez por semana mas isso acontece diariamente pra gente tirar dúvida PR gente fazer troca não é de como né um assunto que surgiu a gente estava com um livro didático que trouxe a a questão da escravização como uma naturalização muito importante muito muito sabe básica a reprodução do que acontece em todos os livros didáticos e a gente parte de um outro lugar a gente parte de algo que surge antes da escravização do do sequestro de negros e negras não só para o Brasil mas para todos as partes do mundo porque a gente entende
que a gente não potencializa pessoas reproduzindo histórias subserviência sabe então a gente parte de um outro lugar então isso reflete na prática desconstruir por exemplo exemplo profissional de que não se descobrem terras habitadas não é que daqui a pouco 21 de Abril todas as escolas os livros de T de dados que estão aí e vão estar todo mundo falando do descobrimento do Brasil em épocas que a gente tem falado tanto não é do aldeamento indígena naquela época que a gente tem falado de demarcação de terra de direitos sabe sobre os povos originários e a gente
reproduz essas práticas Então tem que ter uma disponibilidade dos profissionais sobre a reflexão inclusive da sua PR Ô Cris eh você pode contar pra gente um pouquinho de como é que é a Escola Maria Felipa o currículo eh tem até pergunta aqui no chat para PR pra gente falar sobre isso né se você puder contar um pouquinho sobre a estrutura para quem não conhece né Assim como que surge a gente já entende da onde surge né mas basicamente é assim como é que é a estrutura pedagógica como é que esse currículo é pensado como que
que é o dia a dia dentro da escola né como a gente tá falando para muita gente aqui que são professores pais pessoas engajadas na educação né Não sei se você quer passar sua apresentação ou se você pode falar sobre eu posso falar da organização pedagógica não é a gente tem uma organização pedagógica que funciona assim todas as turmas aqui são nomeadas reinos e impérios africanos e indígenas esse ano a gente incluiu o Quilombo dos Palmares uma das turmas chama-se Quilombo dos Palmares pronto isso isso isso é gancho para a prática pedagógica na ação aí
a gente vem com a divisão dos eixos estruturantes os nossos eixos são divididos em três etapas que são referentes às unidades ancestralidade identidade e comunidade Por que começamos por ancestralidade e não como idade como a maioria dos espaços da Educação Básica porque a gente faz isso baseado na filosofia sankofa que Para se entender quem se é é preciso entender sobre aqueles que perpassaram antes que trilharam esse percurso antes para que você possa dar significância ao seu futuro então essa estrutura foi pensada baseada na filosofia San cofa então a gente começa por ancestralidade depois por identidade
e só na última unidade por comunidade certo o que que a gente faz inicialmente eh no projeto nesse eixo né que ancestralidade cada criança pertence por exemplo as crianças que pertencem ao povo Tupinambá e os ianomamis então é importante que as crianças conheçam a história daquele povo as potencialidades e os desafios daquele povo Então as crianças do povo an omame estão estudando sobre os povos e anom Ames ão agora Produzindo por exemplo um documento para ONU entende então assim é eh É é mais ou menos isso as crianças do povo pató eles entendem sobre a
construção todos os processos inclusive identitários dos provos pató então eles estudam sobre pató sabe e como é que isso acontece há uma interseccionalidade entre os conteúdos e as temáticas por exemplo tivemos a data de tributo a Mariele certo no dia 14 as crianças produziram sobre Mariele durante uma semana elas fizeram atividades né todas linkadas com a escola tem uma intencionalidade pedagógica a gente não pode se perder disso a gente tem a base mesmo que a gente se alinhe esses documentos maiores mesmo que criticamente a precisa ter embasado com isso então por exemplo a gente tem
que fazer atividade de letramento Atividade de matemática Mariele foi a quinta vereadora mais votada numeração ordinal geografia eh comunidades O que são comunidades não é hoje ibg rec conhece não é então entender o que é uma comunidade por qu e por Mariele né buscou a gente não pauta no assassinato de Mariel porque isso é pesado paraas crianças mas Marielle deixa uma história de vida de legado então é sobre isso que a gente conversa então as crianças produziram por exemplo o que faz uma vereadora não é ela está em que local ela fica na Câmara Municipal
produz leis cria leis que podem ser aprovadas ou não então embasada na na na na temática do nosso calendário que Mariele né de tributo Mariele as crianças construíram leis E aí elas eh criaram leis eh fizeram votação dessas leis e a gente compartilhou alguém publicou isso mas a ideia Central era essa Então olha tudo que tá envolto dentro da proposta pedagógica além de formar a criança criticamente sobre as questões sociais a gente também precisa fazer o processo que uma escola precisa fazer não é Então as crianças trabalharam escrita trabalharam a oralidade sabe o próprio empoderamento
porque Marielle é uma representação importantíssima então né eu tô dando aqui um exemplo de tributa Marielle mas a gente tem agora está produzindo para os povos e anoman no ano passado a gente teve uma produção que foi um gênero textual uma atividade da língua portuguesa mas fizemos um casado aí com a disciplina do inglês e as Crianças fizeram uma carta para o envio do Green pce né então falando na época eh sobre a contaminação do mercúrio Então dentro da proposta da linguagem eles fizeram um gênero textual que foi um poema sabe Então falaram construíram trabalharam
rimas improvisos ali então tudo isso a gente tenta o tempo inteiro tá construindo isso com essa intencionalidade não é que são as bases ali o que que a gente tem na base A gente precisa fazer isso e isso e isso só que a base não Como faz a gente faz como a gente entende que é o melhor para se fazer não é a vase não disse como é que se aprende matemática mas a gente começa a matemática a partir do osso de lebombo não é então a bncc esse é um pulo do gato né Cris
que que todo mundo que tá ouvindo aqui a gente tem que entender né a bncc ela tá do nosso lado porque ela permite que a gente tenha liberdade para criar pedagogias que sejam transformadoras que sejam brasileiras que sej diversidade né ela não é um limitante ela ela é estruturante pra gente ela tá do nosso lado porque ela nos dá essa liberdade é exatamente isso que você falou né E e Cris me fala uma coisa e eh e e as questões econômicas dentro da Maria Felipa é uma escola particular e você pode contar um pouquinho do
modelo econômico da Maria Felipe Posso sim Maria Felipe é uma escola privada certo tudo a gente tem um projeto que se chama adote um educand onde a partir de R 5 você pode contribuir para que mais crianças adentre ao projeto hoje nós temos 20 crianças desse projeto que recebem uma bolsa e todo suporte para estar aqui na Maria Felipa Então hoje a gente tem 20 não é e tá aí no Catarse a partir de R 5 crianças como esse projeto gente crianças negras ou indígenas em situação de vulnerabilidade social Então a gente tem uma edital
que a gente divulga lá em outubro as famílias né passam por esse processo trazem uma carta de intenção eh tem entrevista infelizmente a gente não consegue contemplar todas as pessoas que buscam não é mas a gente hoje tem um número de 20 22 crianças dentro desse projeto perfeito e desculpa Diego é só para contemplar a apresentação que ela tinha preparado só pra gente ter você tem daqui a pouco acho que Ana tá tudo certo para passar apresentação né acho que acho que rola né Tá pode falar Diego desculpa não eu queria perguntar isso é são
duas coisas né Cris porque enfim a gente fica aqui também imaginando como é essa escola né assim vários outros aspectos né o aspecto da paisagem mesmo da escola dessas pessoas que estão nesse ambiente e aí queria que você comentasse um pouco disso porque quando a gente eh trabalha né tanto aqui na na na nossa posse sobre educação em relações étnico-raciais quanto em outros projetos que eu também atuo uma das coisas que eu acho que é fundamental de demarcar também é que a escola ela seja reflexo da sua comunidade que ela seja reflexo das pessoas que
fazem parte dela e que ela tenha essa aparência Vamos colocar assim Negra indígena né brasileira essa aparência também Popular E aí queria que você Contasse um pouco de como é isso dentro da Maria Felipa né pensando como que esse espaço é na sua paisagem na sua aparência e também Como é trabalhar e e e e quais são os desdobramentos dessa diversidade de Corpos né de aparências dentro desse ambiente escolar como que essa coisa dessa dessa pluralidade né dos corpos é dentro da Maria Felipe como que isso contribui com vocês com o trabalho de vocês com
a proposta né e a continuidade da escola então né a Maria Felipe é um espaço vivo e que a gente tenta refletir em todos os espaços a existência da potência das contribuições africanas e indígenas a gente tem uma linha do tempo né que marca a história dos povos africanos a gente tem representações de pessoas pretas e indígena nos Espaços indígenas nos Espaços as construções eh a escola é uma escola para todos as pessoas para todas as crianças contudo o protagonismo né de trazer também esse esse espaço não de igualdade mas de Equidade mesmo de que
crianças brancas estão aqui a gente busca criança Preta você também pode esse espaço é seu eh então o espaço ele tem uma infinidade de informações gostaria convido vocês para vir a Maria Felipa eh a gente recebe grupos de pessoas na quinta-feira e eu tenho experiências aqui relatos das pessoas saírem aqui tem pessoas que ficam extremamente emocionadas que ch que ficam muito muito Encantadas Porque a partir do momento que você pisa no chão é um espaço que eu costumo dizer que é um espaço regido por uma ancestralidade sabe tem toda uma movimentação energética que a gente
acredita nisso sabe eh então assim ao pisar na Maria Felipa a gente sente isso as pessoas sentem isso sabe é Vivo sabe a gente fala de uma mulher aqui que traz enquanto patrona né de verdade desse projeto que é Maria Felipa de Oliveira que pra gente é um ancestral sabe então assim eu Enquanto essa pessoa reverencio a existência de Maria Felipa por me oportunizar né enquanto mulher enquanto profissional enquanto periférica enquanto mãe sabe a emancipação né dessa contribuição que eu com certeza tem a influência de Maria Felipa de Oliveira sabe então é algo que eu
reverencio a existência dessa ancestral na minha vida e eu reverencio ela todos os dias quando eu chego eu falo né poxa Obrigada do meu jeito né Obrigada mulher por né Por ter me conduzido por caminhos que eu nunca imaginei sabe então a Maria Felipe é um divisor é um divisor de água na minha existência Cris assim tenho milhões de perguntas para fazer assim como o chat tá aqui eh pessoal tá perguntando qual a faix etária que você atende e eu queria contemplar sua apresentação então se você puder responder a faixa etária que vocês atendem de
crianças e aí passar pra sua apresentação pra gente não per o que você preparou de apresentação pra gente hoje a gente atende de 2 anos a 10 11 anos que é o 5to ano então eu não sei né tem criança por exemplo uma de 12 anos no 5º ano a gente atende do grupo dois da Educação Infantil ao 5to ano do ensino fundamental 1 perfeito perfeito eu não sei se você quer contemplar sua apresentação agora acho que a Ana Pode preparar aqui pra gente passar vocês que sabem Ana coloca pra gente por favor pronto propostas
para uma educação decolonial e alra afetiva tem uma pergunta que você me fez sobre relações também então assim a Mar Felipe é uma escola desconstruída então não existe determinados padrões sabe não tem padrões de como a gente vai se apresentar Pode ser que você chegue aqui e de repente seja todo mundo sabe eu vou contar da minha experiência por exemplo tem dia que eu vou chegar aqui mas tem chega que eu vou chegar aqui que eu tô com a bermuda tô com a sandália porque essa proposta me oportuniza é isso né Eh me contempla né
nessa minha existência de ser exatamente quem eu sou e entender que a minha intelectualidade está para além da forma como eu apresento é muito difícil para as pessoas entenderem isso ainda sabe é é um processo ainda de desconstrução das pessoas não é porque um dia desses eu recebi uma pessoa branca por sinal e ela estava aguardando a diretora inclusive tô pensando em escrever sobre isso estou aguardando da diretora e foi muita decepção para ela sabe eu me apresentar e dizer para ela então acho que você tá esperando por mim não é E aí eh de
lá foi um rol de de falas violentas né tudo com belo sorriso no na boca mas eu consigo entender essas violências que eu não entendia antes então a diferença de você se apropriar das questões das pautas raciais é essa você entender quando a violência e acessa sim sabe então esse espaço me propõe isso de ser exatamente quem eu sou sabe de entender que quem que como é que eu posso me apresentar que a minha intelectualidade em nada tem a ver com a forma como eu Me apresento isso é muito dos espaços coloniais tradicionais eurocêntricos e
eu posso ser exatamente quem eu sou na Maria Felipa né Não somente é o corpo de de pessoas daqui da Maria Felipa a gente é livre nesse processo sabe Claro tem um compromisso Claro empresa sabe então né existe todo um processo que a gente precisa se alinhar ali mas é um processo que a gente a gente faz um caminho Um percurso diferente mais fluido menos tenso também né Muito menos e a gente acaba decepcionando algumas pessoas como foi o caso Dessa senhora buscamos a partir de uma perspectiva descolonizada de educação que não omita os saberes
socialmente como hegemônicos mas que dê voz a outras narrativas desprivilegiadas por vezes apagada da construção sociohistórica que é o que a gente faz falar de narrativas outras não é verdade afinal de contas existem outras histórias outras perspectivas outras narrativas que já existiam não surgiram já estavam aí mas que foram apagadas pode passar aqui são os impérios gente então a gente tem iação esteca o reino de dalm Império Maia império achante império de Mali povo pató quilome dos Palmares povo ianomami e Reino do benim aqui aquela estrutura pedagógica que a me referi que é ancestralidade identidade
e comunidade aqui foi uma estrutura pedagógica que a gente fez no ano 2020 Porque mesmo tendo ancestralidade a gente nomeia algum uns dois anos a gente não meu Então nesse ano foi África o velho mundo hoje Brasil ontem Pindorama pode passar novamente 2021 a gente retornou pra ancestralidade identidade e comunidade não nomeou 2022 a gente seguiu 2023 também aqui foi um projeto aqui foi o primeiro projeto que eu construí quando eu cheguei gente na Maria Felipa não é eu comecei meus estudos Bárbara Traz esse relato não deixava ela dormir porque eu comecei a pesquisar eu
viia louca sabe comecei virar E aí comecei a pesquisar um monte de coisas né E como eu já fazia essa coisa da pedagogia de projetos eu comecei a ver como que eu podia fazer as conexões não é E aí eu criei né junto com as crianças a primeira maquete sobre o CET E aí era uma atividade né que eu fiz a questão sensorial E aí eu reproduzi um sarcófago né As crianças criaram um sarcófago fiz o processo de mumificação para trabalhar o corpo humano então com o boneco queri um sarcófago com as crianças fizemos o
processo de de de embalsamar A Múmia que foi um boneco então aí eu aproveitei para fazer as questões de ciência né do corpo humano aí eu falei da Agricultura né Falei dos processos que surgiam já na á aqui no Egito podem passar ah foi muito bacana a gente reproduziu a bebida nós trouxemos os alimentos utilizados a gente fez uma foi foi uma prática assim multisensorial eu posso dizer que foi multisensorial Essa aqui era um desejo gente que quando eu vim pra Maria Felipa Eu tenho um filho de 26 anos também né Tenho dois uma de
8 uma de 26 e na periferia enquanto Professor eu já entendia meu filho participava das batalhas de rimas enquanto Professor eu entendia da significância daquilo para a questão da produção textual da oralidade e quando eu vim paraa Maria Felipa era um desejo meu trazer a minha comunidade trazer a favela junto comigo não é e tem um monte de gente bacana na minha comunidade E aí eu pensei né Por que não trazer rimas improvisos Para as aulas né de oralidade da produção textual E aí eu consegui trazer rimas improvisos e as crianças estão arrasando inclusive fizemos
até um clipe recentemente contando a história da matemática a partir da narrativa africana né então aqui as aulas de rima improviso eu consegui trazer danças urbanas o Hip Hop não é meu filho fazia parte de uma aco que a gente chama Crio e aí eu consegui trazer o Hip Hop é sucesso porque na narrativa africana a aprendizagem se traz através do corpo hoje a gente tem uma pedagogia para isso nãoé a psicomotrocidade Mas isso é ancestral viu gente é africano o conhecimento se dá através do corpo então danças urbanas hip hop Break e é sucesso
e a gente tem o resultado disso inclusive nas outros componentes a gente também teve aí grafite aí a Bárbara inspiração Por que que a gente eu trouxe esse livro isso aqui é esse livro aqui gente história Preta das coisas é lá ainda na pandemia já voltando não é fiquei a gente ficava tendo as aulas ali trabalhando de casa e eu minha cabeça não parava e quando a gente quando a Bárbara lançou história Preta das coisas ela me deu o primeiro livro e quando eu recebi o livro eu engoli o livro e disse vai virar um
projeto né e virou a aftec E aí a partir desse livro junto com um parceiro meu na época que era do inglês a gente tinha uma parceria para um trabalho bilíngue E aí criamos uma feira que a gente nomeou afroteca era trazer as invenções algumas que estão listadas aí nesse livro Só que diferente era era para ser construído pela família e nessa época da afec a gente já tava voltando para o semipresencial nós Demoramos de voltar porque todo mundo só voltou depois da segunda dose A ideia era fazer uma feira de ciência com as Produções
a partir de material reciclável e foi sucesso porque as famílias fizeram coisas né Eu sou a louca do material reciclável gente então não é o tempo inteiro tá criando coisas com material reciclável E aí a feira foi inspirada num história Preta das coisas foi nomeada afroteca show de bola mas não era só para produzir a gente criou também um um manual que a gente mandou pras famílias dizendo o que é que era possível sabe saiu muita coisa a gente deu todo o suporte pras famílias para poder criarem né as invenções e mais que isso contar
a história dos inventores sabe e inventoras então tem muita coisa bacana e saiu muita coisa bacana nessa feira foi um sucesso a Ah então fomos a primeiro espaço de educação infantil a ocupar o museu afro da Bahia né Eh caminhando alguém me chamou para fazer uma formação e eu vi fazer uma formação no museu afro da Bahia alguém viu uma formação falei eu proc crismo Bora lá para você fazer uma formação e tal e tal e tal quando eu cheguei no museu afro eu digo Poxa comecei olhar e comecei a pesquisar né olhando né aquele
olhar de professora investigativa tal a aí ao final acabei a a a formação digo vem cá e se eu quisesse expor umas coisas aqui das crianças como é que a gente fazia e tal ela Então Cris eu acho que é legal aí começamos a conversar com a diretora lá do do museu E aí eu disse eu acho que vai ter a semana de arte Negra indígena porque eu tava me arrumando para vir trabalhar e aí que passa a secretária de Cultura de São Paulo dizendo sou a primeira secretária de Cultura Negra pessoas pretas vão sentar
nessas cadeiras a partir de agora e eu tava me me arrumando me chamou atenção automaticamente criar uma feira de Arte Negra e indígena e aí cheguei aqui corri Escrevi rápido e aí comecei a organizar conversei com os professores um bora um bora e cada um fazia a sua arte o seu grupo mas mais do que ser Produções concretas eu precisava contemplar todas as crianças a diversidade das infâncias que eu tinha aqui dentro Então tinha crianças que não iam conseguir fazer o concreto vamos montar o material audiovisual como é isso não dá tempo dá chamei uma
família e a família disse Bora lá que eu vou eu gravo para vocês gravou produzzi o material audiovisual para quem não conseguia se expressar paraas crianças que estava né As crianças neurodivergentes Montamos o material e apresentamos primeira escola a se apresentar e a expor no museu afro da Bahia a gente levou um vídeo lindo das Produções do material audiovisual e do concreto eu consegui levar toda a comunidade as rimas improvisos e o grafite inspirado no basqu e a gente fez uma tela maravilhosa de um aderit que a gente encontrou na rua e a gente fez
muita coisa bacana e Foi emocionante porque a gente conseguiu e expor consegui expor no primeiro primeira escola no museu gente então foi assim um foi lindo muitos orgulhos né Cris muito eu falo com vocês e vou rememorando mãe a mãe da criança né então coisas vão surgindo nós temos os projetos eh fixos mas também tem muita coisa gente porque a escola é viva sabe a gente não tem como trazer algo engessado né a gente fala de uma educação que é Libertadora emancipatória então tem coisas que fica mas tem coisas que assim será que não cabe
nesse eixo então conversando com os professores com as professoras hoje a gente estava conversando né com a pro de inglês e a gente né começou a pensar ali e surgiu algo pra gente fazer então o que que a gente pode dentro desse eixo que já tá aqui que é esse eixo macro sabe que é ancestralidade certo o que que a gente pode trazer será que isso cabe Então a gente vai fazendo muita coisa né aqui vocês estão vendo a imagem de um livro As crianças do primeiro ano que estão na fase de alfabetização e letramento
construíram um livro falando da mitologia dos orixás a partir da Ótica das Crianças Então você vai ver pinturas e desenhos bem abstratos mas que eles nomearam eles e elas e a gente criou um livro né uma produção mesmo ali da artes plástica uma questão sensorial então ficou um livro um material que a gente expôs no uma sala não é somente esse livro é muito lindo né uma das Produções então pode ser que tenha algo que já tá fixo aí mas vai surgir sempre surge alguma coisa sabe então a gente por exemplo a gente tá montando
saral e aí a gente tá pensando no saral inspirado na ilha da Jamaica não é um tributo a Bob Marley já que a gente é uma escola que é língua então a gente tem a língua inglesa né dentro do currículo Então por que não produzir não é dentro dessa proposta e é isso Cris eh eu acho que o Diego também acho que agora a gente pode abrir uma mesa aqui para para para conversar e eu quero convidar todo mundo que tá no chat ao vivo Alguns vão assistir depois e não vão poder tá fazendo perguntas
mas para quem tá no chat vou fazer perguntas né Eh Quais são os desafios que você tem encontrado assim né Eh porque é uma escola que ela tem que ter uma existência ela tem que ter uma sustentabilidade Ela traz uma proposta que é inovadora num Território que caberia essa escola em todos os lugares né a a gente pensando assim logicamente pela lógica né do que deveria ser né Eh eh é uma escola que é a cara do Brasil né que é a cara do que o Brasil precisa esse essencialmente se a gente for pensar eh
em quem em quem é o povo brasileiro né em Quem somos nós né então por isso que é uma escola que me inspira muito porque e eh eh Ela traz isso eu acho que houve um ato de muita coragem da Bárbara eh de você estando à frente da direção dessa escola Mas quais são os desafios que você tem encontrado e que você encontra no dia a dia e aí eu abro pro Diego enquanto o pessoal aqui do chat vai elaborando as perguntas para fazer vamos abrir essa roda aqui Galera podem chegar e perguntar então os
desafios é justamente se pensar que é uma proposta que desafia não é se a gente pensar em tudo que está já está estabelecido de uma proposta de educação eh a gente tá centralizada por exemplo hoje no rol de escolas brancas sabe e que dentro dessa estrutura que a gente tem hoje é o que tem credibilidade sabe é o que há de credibilidade então eu eu consigo vislumbrar e perceber vos altos e caminhos não é mais tranquilos para Maria Felipa em termos da estruturação mesmo né Principalmente financeira porque ainda causa desconfiança não é verdade se a
gente pensar eh por exemplo eu ouvi numa Extra outro dia uma uma mãe Eh falando que a filha sofria racismo na escola que ela estava menina negra num escola branca e ela era né a segunda negra do espaço escolar e era uma escola de Elite tal tal tal tal tal beleza E alguém falou assim para ela por que que tu tá sofrendo tudo isso pois sua filha Maria Felipa ela disse não é porque eu quero uma escola boa entende tipo assim é sobre isso sabe é sobre pensar sobre é sobre refletir sabe que proposta essa
o que já tá posto não importa que tipo de Formação eu vou dar paraa minha filha preta e que tipo de Formação eu vou dar pra minha criança Branca porque a ideia da escola é sobre isso sabe potencializar crianças para transitar nessa sociedade que é tudo isso porque a gente não vai conseguir eliminar racismo machismo nada disso mas como essa criança vai transitar essa criança preta e para a criança branca é refletir sobre uma sociedade mais crítica reflexiva também sabe então ess se pensar não é de que é desafiador é urgente é necessário sabe então
é uma coisa que eu queria comentar Cris é que assim eu fico imaginando né como deve ser também o cotidiano de diálogos aí da escola e uma coisa que eu percebo muito quando a gente trabalha com professor informações né sobre relações étnico-raciais é esse medo do como fazer eu não sei fazer eu não conheço os conteúdos e eu acho que você traz uma coisa muito importante duas aliás que é peguei assim ao longo da sua fala né que é a ideia de que o caminho só se faz caminhando mesmo né a coisa só acontece na
caminhada e também essa ideia de que o aprendizado ele é corpóreo né Ele é corpóreo e ele demanda envolvimento disposição e eu vejo assim inclusive chamando também os professores professoras que estão aí nos assistindo aqui para diálogo que essa é uma das grandes dificuldades assim mais do que a execução da proposta o medo de pôr as mãos na proposta e de se envolver com ela é muito grande né e é um medo de várias coisas é um medo da opinião externa é o medo dessa qualidade que acredita-se que não tem né como você trouxe nesse
relato de agora e eu acho que essa esse medo da fha né esse medo do erro esse medo de errar não trabalhar um tema E quando eu penso nisso eu fico pensando que a gente é tão possível Quanto é para nós possível dar aula de Geografia História filosofia matemática com base nos cânones europeus sabe a gente que é tão apesar da colonização né a gente que é tão distante disso consegue manipular isso e trazer pra sala de aula com com a força do cotidiano que dá naturalidade para tudo né E aí eu acho que é
muito interessante ess esses elementos que você traz narrando o espaço da escola narrando também as relações que você tem ali dentro essa presença das rimas e etc porque isso traz tudo isso pro cotidiano de um ambiente escolar que naturaliza também nessa dimensão do medo e da Coragem ou trabalhar com esse com esse esse arcabouço afro-brasileiro indígena de referenciais né e de conteúdos para dentro da sala de aula acho que isso é uma das coisas muito interessantes e provocativas também pros professores que estão assistindo a gente né de entender que é possível ser feito é possível
ser feito independente de quem tá aí assim vamos colocar com o pé no no chão da sala né porque é essa é uma missão Como você mesmo disse urgente para professores e professoras negras indígenas mas também para professores e professoras brancas né então acho que o a sua fala acho que também pode soar para essas pessoas como incentivo esse incentivo à coragem né esse incentivo de que é possível ser feito né não é um desafio é e nunca vai deixar de ser até porque também isso é uma disputa de narrativas uma disputa de poderes uma
disputa de posições sociais então nunca vai deixar de ser desafiador mas nem por isso deixa de ser eh ser feito né necessária e possível de ser realizado isso é acho que com a Maria Felipa e com outras iniciativas projetos menores né e mais pontuais vai se se se amarrando essa noção da possib a algo concreto que tá acontecendo com sucesso né É é é muito interessante né a gente pensar em todas as possibilidades que a educação tem e a gente ter essa essa educação eh eh bancária eh eh tradicional que existe no Brasil há 100
anos né do mesmo jeito da mesma forma né Já passou da hora da gente subverter tudo isso e fazer uma educação brasileira que tenha sentido e e tem muitos movimentos a Maria a Felipe é um deles a gente tá trazendo vários outros também mas é é é a gente saber que a gente pode fazer isso né Isso já existe e que tem muitas pessoas engajadas em fazer uma educação transformadora potente diferente só para contemplar o que tá aqui no nosso chat né Eh então tem tem três perguntas aqui que eu vou fazer em bloco né
primeira pessoal já quer saber se vocês têm a ideia de fazer fundamental dois ensino médio e aí a gente sabe que toda escola tem um né ela ela é que nem o ser humano ela tem a sua infância sua adolescente a sua fase adulta né e eu sei o trampo que é isso né de você começar a se estruturar economicamente até chegar no fundamental dois e ir pro Ensino Médio né mas essa é uma pergunta a outra pergunta é quantos alunos vocês têm hoje na escola e alunos por turmas Quais são as três línguas da
Escola Maria Felipa e eh a a outra pergunta é como que é eh gostaria de saber qual a percepção dos alunes sobre a escola né Eh eles se percebem como numa escola diferenciada né como é que essa escola tem afetado os alunos né então são três perguntas do três objetivas ali são quatro perguntas né Eh vai ter fundamental dois ensino médio Quais são as três línguas que vocês TM na escola Eh quantos alunos a escola tem e como os alunos se percebem eh afetados por essa educação por essa escola então A ideia é que a
gente possa ter uma Maria Felipe em cada Cantinho do Brasil com pós-graduação gente A ideia é essa sabe por enquanto ainda estamos no fundamental um Tá certo eh a escola é trilíngue inglês português e libras certo a outra pergunta foi Eh quantos alunos da escola aqui é não quantos alunos a escola tem hoje hoje a gente tá na média de 80 crianças perfeito e como que as crianças se percebem el elas se percebem numa escola diferenciada como é que elas se sentem se percebem elas que já estão aqui que já fazem parte tem crias que
tá aqui do 2 anos de idade Então já transita dentro dessa dessa narrativa dessa perspectiva que é que a escola traz as crianças que chegaram de outros espaços eh no início elas vem de um lugar muitas vezes vem de de uma educação tradicional ali engessada então quando elas chegam elas estranham ali né essa liberdade de ser e de existir por exemplo Vamos pensar de uma coisa que acontece aqui as crianças têm as aulas as salas referências né o segundo ano tem a sala referência o quinto ano todo mundo tem sua sala referência mas isso necessariamente
precisa acontecer que as aulas vão acontecer nesse espaço sabe de repente a aula pode acontecer no nosso auditório as aulas podem acontecer na nossa área verde sabe então A ideia é promover uma educação que seja umaação de liberdade também sabe então a gente precisa também desconstruir esse espaço e entender que a aprendizagem se dá através de outras vias ali né da estrutura Então as crianças caminham sabe então elas vêm da sala de aula sabe então vem de outro lugar outra coisa que as crianças estranham que vem de outros espaços que elas podem vir como elas
quiserem sab então elas estão a liberdade de vir como elas quiserem at perguntaram aqui sobre o uniforme né o uniforme ter uniforme mas não obrigatório a gente só fez uniforme porque as família solicitaram mas não é obrigatório então a criança vem e tá muito tranquilo né então assim a gente teve um dia uma criança um menino que veio vestido com o veio com o vestido e tipo assim ele sempre teve vontade de vestir um ido ficava acanhado E aí quando ele veio pra Maria Felipa que ninguém tipo assim era indiferente as crianças sabem foi indiferente
a forma como ele se vestiu sabe E aí ele ficou confortável disse Poxa eu posso div vestir posso pintar minha unha sabe então assim sabe as crianças daqui elas são gente eu preciso dizer que elas são especiais sabe e e eu acho que é muito o reflexo dessa Liberdade né de e de existir de você não se apavorar com a identidade de cada um né de você respeitar e Honrar aquele ser humano que tá ali se tendo uma manifestação apresentando a sua essência quem ele é podendo ter experiência de ser quem ele quer ser né
a escola eh deveria ser um lugar de cura de partilha de respeito libertador de liberdade o o nome da nossa instituição é pedagogia para Liberdade verdade a gente crê que que que a liberdade é um princípio básico para que a gente crie seres humanos críticos que tem uma potência de fazer um futuro pro nosso Brasil e pro mundo porque o que a gente precisa hoje é é é é ter pessoas que tenham sensibilidade para tudo aquilo que tá acontecendo no mundo no Brasil no nosso território e e e se afetem por isso e desenvolvam eh
eh soluções para esses problemas que essa outra educação criou até hoje né que são enormes que são gigantes né E outra pergunta que tem aqui Cris você poderia indicar alguns livros do primeiro ano para letramento e alfabetização são muitas perguntas eu já já queria deixar que a Cris falasse aqui do Instagram da Maria Felipa se vocês quiserem procurar no Facebook no Facebook Acabei de revelar minha idade no Instagram no Instagram Instagram Escola Maria FIP vocês vão achar vocês vão achar a Bárbara também como uma intelectual diferentona né Eh ela a a Bárbara que é a
fundadora eu até aconselho vocês A seguirem ela porque ela é uma celebridade né ela é Ela é assim ela é m barato assim ela ela não tem Papas na Língua ela fala ela ela é uma digital influencer intelectual Ela é formada em química né né né Cris a formação dela em química ela é uma química né Mas além para além de ser o uma química Ela traz a discussão racial sem tapas na língua do jeito que tem que ser feita né então ela comenta sobre tudo ali todos os dias vocês vão acompanhar ali alum post
dela e a Leandra Leal que é aquela atriz global é sócia da Maria Felipa né Cris isso então Leandra ela trouxe a filha dela né para fazer uma vivência com a gente aqui no Salvador o ano passado a gente tem um processo de intercâmbio também com crianças né que passam um período aqui um mês dois meses três meses então a gente recebeu outras pessoas né né da África do m sabe de outros lugares e aí ela viveu essa experiência com a Júlia que ela ficou encantada né porque a gente teve uma aula de rua as
crianças tiveram uma aula né na baixada de Salvador aqui a gente caminhou por Salvador para fazer uma produção de um material nosso e a Júlia tava aqui nessa época ela ficou encantada não gente tem que levar pro Rio de Janeiro e aí ela convidou a Bárbara E aí tá aí tá rolando né em 2025 Maria Felipa Rio a Leandra a Maju e a Bárbara Maju é a nossa sócio né investidora aqui Maju Passos tem muita força essa escola tem muita força e aí beleza não é e é isso né Então tá indo pro Rio agora
em 2025 Tá de portas abertas aí Maria Felipa Rio e é isso gente maravilha a gente tá vivendo um momento que é eu costumo dizer que é um momento do levante intelectual Eu sei que dá medo a gente fica insegura de propor a gente sabe que os espaços escolares ainda estão muito fechados em alguns em alguns espaços que não estão abertos sabe porque mexer na falha mexer na proposta mexer no currículo da escola nem sempre aquela instituição tá disponível para mexer no currículo mas o currículo O projeto político pedagógico da escola é espinha dorsal disso
para que a gente possa né implementar práticas é importante que a gente reveja esse currículo é importante que a gente faça formação de educadores sabe que a gente é preciso que a gente pense na nossa prática nas nossas tudo que eu falei no início sabe né a formação para se pensar sobre o afroa afeto para se pensar que o primeiro lugar que o racismo acontece depois da família na escola a primeiro ponto do racismo no corpo de uma criança é o cabelo então pensar em como que a gente vai estruturar e como a gente vai
pensar uma proposta de educação antirracista não reproduzindo falas que só trazem o povo negro o povo Preto indígena em situações negativas de subserviência a gente já tem uma mídia que faz isso então a gente tem uma história que precisa ser contada uma história muito potente que surge muito antes do sequestro de pessoas pretas para todo canto do mundo então a gente tem muita coisa que a gente pode potencializar as nossas crianças é importante que as nossas crianças eu digo crianças é porque a gente faz ISO desde do anos de idade porque se foi possível vi
uma história uma narrativa Colonial desde 2 anos de idade por não é possível falar da história da construção inclusive identitária nossa no Brasil sobre os povos africanos das contribuições que a gente tem hoje na vida sabe na Medicina na arte na matemática n escrita sabe então pensar Quem são os percussores disso não é que surgiram agora já existiam e que foram apagados né da história Tima Manda fala sobre isso não é E assim a gente tem que pensar que é uma escola nova né é uma escola que tem o quê 5 anos né né Cris
5 anos tá caminhando pro sexto ano então é uma escola que tá Tá florescendo agora 5 anos é uma escola muito nova que tem toda uma trajetória ainda para fazer amadurecer eh se fortalecer e com certeza ocupar o território nacional e para Além disso inspirar muitas outras escolas porque eu acho que esse papel da inspiração de outras iniciativas é muito bonito também né Cris você inspirar pessoas em outros para que tenham coragem e e se identifiquem com isso que vocês estão fazendo e possam realmente construir um outro currículo né que é o que a gente
precisa tanto fazer na educação brasileira né mudar esse paradigma né e o intuito desse seminário é justamente trazer essa discussão né a gente vai trazer aqui o o a escola Jangada do Rio de Janeiro que também tem uma proposta muito linda de educação antirracista que constrói um currículo baseado em marés em coisas lindas também a gente vai trazer a escola municipal José Calil Wade de Juiz de Fora que é uma escola pública Municipal que tem a pedagogia do cortejo que traz as festas brasileiras principalmente a Congada como um lugar de resgate da ancestralidade da cultura
brasileira de quem são as crianças e da do reinado onde a gente tem a coração de reis e rainhas então todo ano a gente tem representantes nós os reis e as rainhas da escola que tem o seu reinado gente que lindo é a coisa mais linda é uma escola pública Municipal te convido Cris a assistir aqui junto com a gente é coisa linda Que lindo que lindo e e a gente vai trazer também um diálogo com a a a a escola valdorf que traz um outro modelo apesar de ter um olhar eurocentral mas que tá
fazendo movimento de trazer a brasilidade e outros movimentos mas a ideia é a gente sair da caixa né aí a gente saber que a liberdade ela tem que caber dentro do currículo de uma escola e que existem outros modelos que a bncc permite que a gente faça isso e que a gente tem sim que dar esse fa sim salto de coragem né eu tenho certeza que a Bárbara quando junto com um coletivo porque ninguém faz um escola sozinha né Eh eh eh se coloca para fazer uma escola com currículo tão transgressor como esse né ela
teve que ter coragem né Assim como outras pessoas estão tendo coragem de construir iniciativas a a mensagem que eu quero deixar aqui eh eh nesse seminário e e você inaugurando o primeiro dia incrível é das possibilidades e da potência que a educação brasileira tem principalmente por causa da nossa diversidade da potência que é o território brasileiro a diversidade cultural a diversidade étnica a gente entende o quanto o quanto isso é potente o quanto isso é é quase que único da cultura brasileira né é quem nós somos de verdade né então é trazer essa referência para
para o coletivo da escola sim né Eh queria passar a palavra pro Diego eu tô falando muito Diego Fala aí não eu queria comentar que assim é é importante esse essa presença da crise dessas outras instituições né dessas outras escolas porque eu acho que como como a gente já tem falado né Essa é uma urgência né e é uma urgência inclusive Vamos colocar assim no campo jurídico aqui a gente tá falando de inspirações né de desejos de de coragens aí de de Inovar dentro da educação né e e também de resgatar esses princípios ancestrais que
já nos educam há muito tempo mas a gente também tá falando aqui de questões que estão atreladas a orientações eh eh da nossa legislação Nacional sobre a educação brasileira né Então essas adequações que Maria Felipa faz aí no seu cotidiano escolar são adequações são orientações que tão aí dentro das diretrizes curriculares nacionais paraa educação para as relações étnico-raciais então dentro de documentos como o estatuto da Igualdade racial né dentro de legislações como meia eh 10.639 11.645 importante dizer isso pra gente também entender que existe um respaldo né existe um respaldo de instituições públicas brasileiras existe
um respaldo dessas legislações que defendem o nosso trabalho e que nos incentivam e vamos colocar de uma maneira mais suavizada nos obrigam a realizar essas adequações né porque isso é um direito das crianças isante também frisar ter acesso a esses conteúdos a esses debates a essa outra escola é um direito das crianças não só das crianças negras indígenas mas todas elas crianças brancas crianças pcbs crianças de toda a diversidade que existe né é um direito que precisa ser acessado e que tem como objetivo subsidiar oportunizar como a Cris fala né Essas novas essas outras subjetividades
empoderadas né reconhecedoras de si das suas potências Então isso é muito importante de ser AD também para saber assim que a gente tá Eh propondo esses diálogos aqui né E que essas escolas como a Maria Felipa ão propondo essas iniciativas nos seus territórios com base também nesses respaldos legais nesses respaldos jurídicos o que dá uma outra substância para esse tipo de trabalho no sentido da legitimidade que ele tem da seriedade que esse tipo de trabalho tem também né então fica imaginando esse caso que você narrua Cris essa pessoa que não vou colocar minha filha na
Maria Felipa porque eu quero uma escola de qualidade Se ela souber né se ela tiver em mãos aí esse conjunto de leis que não são poucas que orientam esse tipo de direcionamento paraa educação né então acho que isso é uma coisa importante também de ser dita nesse sentido pra gente entender que quanto mais escolas quanto mais projetos se atentarem a isso e buscarem de maneira honesta reconhecendo os seus limites mas também as suas potências a se comprometerem com essa dinâmica com esse movimento Mas a gente consegue também bem Se se envolver com aquela ideia de
que para educar uma criança é necessário toda uma aldeia né E aí nesse sentido a gente vai desenhando essa Aldeia para educar essas várias crianças essas várias Eh juventudes aí do nosso território do nosso país dentro de um outro paradigma Cultural de um outro paradigma histórico de um outro paradigma também eh eh político né pensando ainda nessa disputa a gente não vai revolucionar o mundo de um dia pro outro mas a gente dá os nossos passos nessa nessa direção né nesse movimento de San cofa também acho que isso é muito importante também de ser ressaltado
para que a gente fique eh munido né e apropriado desses instrumentos que a gente tem de disputar isso dentro dos nossos espaços de trabalho né dentro das escolas onde a gente atua dentro das instituições onde a gente tá tá presente né então acho que é interessante também trazer essa essa essas outras informações Sim sim eu só só queria falar uma coisinha que eu que eu esqueci de falar como a gente começou com um pouquinho de atraso a gente vai passar a lista de presença agora pessoal assinem a lista porque esse seminário ele vai dar um
certificado tá então é bem importante vocês assinarem a lista pra gente poder poder emitir esse certificado de participação que como conta como carga horária para vocês e se vocês gostaram dessa discussão que ainda não terminou é bacana vocês conhecerem um pouquinho da pedagogia para Liberdade do currículo do nosso curso de que que a gente forma ped sabe Cris com olhar um pouco fora da Caixa ou completamente fora da caixa né então a gente tem feito esse trabalho em formação de pedagogos no Brasil e construindo um coletivo de gente Extraordinária na verdade eu posso dizer que
o coletivo de de pessoas que que que fazem parte da da pedagogia paraa Liberdade hoje é é muito lindo e não é eu são é a rede de alunos professores e pessoas que estão aí em todos os cantos do Brasil e eu esqueci de falar que nesse seminário aqui a gente também vai ter a casa redonda eh que é de São Paulo que também tem um olhar numa pedagogia de encantamentos e na ligação com a natureza né que também é um outro nosso exatamente essa conexão com a natureza essa conexão com o meio ambiente e
com seres Encantados porque a infância é um lugar Encantado né então é é é é a gente precisa encantar um pouco a educação também né né crise dieg assim é literalmente encantar então Ana você solta a lista por favor agora porque a gente a galera precisa assinar e tem que dar tempo da Galera assinar e eu queria passar a palavra pra Cris falar um pouquinho como que as pessoas acessam a Maria Felipa eh e falar uma fala final aí pra gente por favor então galera a gente tem eu costumo dizer que o nosso Instagram é
uma página o portólio Vivo né de muito que a gente faz e pode acessar a nossa página escolin mararia Felipe @gmail.com Taí escolha Maria Felipa podem colocar lá que vocês vão ver uma infinidade de coisas que a gente tem para além disso a gente tem um e-mail que é o escolin mararia Felipe @gmail.com a gente recebe visitas estudantes grupos de pesquisa na quinta-feira recebemos até cinco pessoas por grupo temos formações fazemos afro educativa já formamos mais de 5.000 pessoas em todo o Brasil e fora do Brasil a gente tem um projeto que chama afr vência
que a gente realiza de forma presencial aqui a gente tem um projeto que eu preciso falar para vocês também que adote um educante a partir de R 5 você contribui para que mais crianças adentrem a esse projeto que possam né Fazer parte aqui do nosso quilombo é através da página através do e-mail não é a mensagem que eu deixo gente é para toda a comunidade que estava aqui educadores famílias sabe eu costumo falar você falou de algo do Encantamento não é eh e eu costumo dizer aqui quando a gente tá conversando nossos diálogos né com
os nossos profissionais é que a aprendizagem se ela perde o encantamento ela perde o sentido sabe é como a vida se perde o encantamento ela perde o sentido não é diferente e se pensando no racismo o quanto ele é perverso o quanto eu já pude ver quantas crianças perderam em sentido né da sua própria existência por conta dessa violência né dessa desse ato perverso enquanto Educadora o que eu digo para vocês é o seguinte família e educadores eu estendo isso né eu trago sempre isso eh o racismo ele chega na nossa casa ele se infiltra
ele tá ali dentro sabe falando da cor da pele da nossa criança falando do cabelo das nossas crianças e aí ainda pouco chega na escola e na escola é o desenho que não é elogiado é o cabelo que não é beijado Tá certo professora Nilma Lina fala sobre isso sabe e o que eu digo é atenção repensar sobre a nossa prática repensem som quanto e como você tem atuado nesse primeiro espaço de convivência social como você tem recebido a gente fala do afof Como tem sido o seu olhar e a sua escuta para essas crianças
então quanto Educadora antirracista afro fetiva o que eu preciso dizer hoje é sobre a nossa atuação sabe em torno dessas crianças desde a primeira infância porque o racismo ele é tão perverso gente que ele causa impactos para toda uma trajetória de vida sabe Mas como mediadores desse processo sabe de certa forma protagonistas desse processo a gente precisa estar Atento e atenta porque o racismo ele tem diversas roupagens sabe e quanto isso impacta na vida não é do sujeito de forma geral então assim enquanto Educadora de Educação Básica eu me debruço sobre a estar atenta as
facetas do racismo Eu costumo dizer que a gente tá num espaço seguro que eu gostaria que todos os espaços do Brasil do mundo fossem seguro para todas as crianças para todas as pessoas tá certo mas ele só vai ser seguro Se cada um de vocês fizer a sua parte Estar atento olha aquela criança a pretinha que tá lá na sala tá certo o quanto que ela se esforça para chamar a sua atenção sabe então são são coisas sutis sabe que a gente precisa repensar seria para outro momento mas a gente consegue iniciar uma proposta de
educação antirracista Afra afetiva a partir da nossa ação é claro que tem outras as questões sabe o reforço Positivo A representatividade mas existe algo que é muito humano sabe então o o que eu deixo é para famílias e educadores estejam atentos porque o racismo ele tá junto da gente pertinho da gente sabe então começa com essa coisa mesmo de ter querer baixar a autoestima das nossas crianças e aí um terrível quando a criança chega aqui no quinto ano ela chega destroçada ela não consegue sabe se reconhecer ela tem um processo muito grande de avanço inclusive
na aprendizagem o reflexo disso é na aprendizagem na questão comportamental então reflexão gente por favor estejam Atento que todo mundo seja permeado e banhado pelo afroa afeto pela sensibilidade tá certo é o que deixo para vocês educadores e famílias Tá bom obrigada a todos a todas e a todos obrigada a pedagogia da Liberdade Obrigada a você Dani Obrigada a você Diego eu tô arrepiada aqui nós te agradecemos a gente agradece a potência da sua fala da sua presença só a sua presença contente eh Cris já tá o convite aqui PR você ser cativa aqui com
a gente para você trazer essa outra parte da sua fala que levaria uma noite inteira ou um ano inteiro pra gente continuar né então já fica PR volta mas que fique galera para quem tá assistindo a gente a inspiração a Maria Felipa proporciona que a trouxe hoje aqui pra gente e uma coisa se vocês curtiram Esse seminário curtam aí no no no YouTube porque o algoritmo vai entender que isso é um tema relevante e pra gente tornar temas como esse relevante a gente tem que entrar nesse mecanismo então sim por favor apertem esse esse esse
Essa mãozinha aí de que foi relevante de que vocês curtiram para que outras pessoas assistam e para que outras pessoas possam ter notícias quando tiverem abrindo o YouTube de repente cai isso aí lá para elas e de repente isso desperta alguma coisa né para que esses temas também sejam relevantes no mundo e na vida das pessoas e conheçam a Maria Felipa entrem no Instagram conheçam a Bárbara a Cris aqui se apresentando e Vida longa Maria Felipa vida longa que ele se espanda pro Brasil Fala Diego não eu queria só comentar isso que a a a
a a Cris trouxe né de ter atenção às crianças negras e etc e lembrar de uma coisa que inclusive eu vivo falando isso nas aulas da pos quando a gente tá aí já em curso né nessa navegação que a gente faz durante o ano sobre uma fala do Emicida que é muito importante essa fala tá num num prefácio que ele faz numa revistinha em quadrinhos que se chama Jeremias Jeremias é aquele personagem da Turma da Mônica que é um dos únicos personagens negros da Turma da Mônica e ele ganhou uma revista só para ele né
com com com outros outros dilemas ali da vida dele da família dele é uma revistinha muito incrível tem uma edição que se chama pele e a outra se chama alma E numa dessas edições o Emicida escreve um um trecho que fala sobre não chegar atrasado na história das Crianças porque ele narra que um dia ele foi comprar um brinquedo com uma sobrinha e essa sobrinha dele recusou né uma criança negra recusou uma bonequinha Negra quis uma boneca Branca porque era a boneca mais bonita e quando ele vê esse essa cena ele chega a essa conclusão
de que ele chegou atrasado na história dessa menina porque ele não impediu não conseguiu chegar antes do racismo e eu acho que é esse o convite que a Cris faz para nós aqui com a fala dela como um todo mas também sobretudo nessa parte final em que ela Traz essa essa necessidade essa importância de ter atenção com essas crianças então que a gente não chegue atrasado na história das crianças negras e que a gente possa chegar com boas palavras palavras de empoderamento de transformação com outras narrativas sobre as pessoas negras as pessoas indígenas nesse mundo
todo né E os seus feitos que são inúmeros né E que são futuros também não só passado Então eu queria fazer essa provocação para nós também junto aí dessa fala da Cris e mais uma vez agradecer por todas as contribuições que você trouxe Cris pela inspiração pela pela generosidade também contribuir com esse nosso espaço em participar dessa dessa gira né de de troca de saberes Entre esses esses esses desejos aí de educações diferentes e potentes também agradeço demais um prazer conhecer você e conhecer a Maria Felipe através de você também dá mais vontade ainda de
de est aí presente na escola de visitar e assim que eu puder eu vou voltei de Salvador há pouco tempo eu já tô me coçando arrumando pretexto para ir de novo então venha vam obrigado e aproveitar só para deixar aí o lembrete da nossa posse que se inicia no próximo mês né em educação em relações étnico-raciais para quem aí tiver a fim também de se aproximar do tema é uma boa oportunidade é um bom caminho eu e Jussara vamos estar conduzindo na coordenação e nas aulas também eh esse projeto incrível que já vai paraa sua
segunda segunda caminhada aqui na PPL É isso aí gente e com isso com tudo isso eh a gente termina esse primeiro dia do do nosso seminário que vai ter mais dois dias aí pela frente com muita inspiração eu espero que hoje vocês vão dormir com quentinho no coração e que acordem inspirados amanhã para fazer essa transformação e ver que tem gente fazendo essa mudança né que tem gente corajoso aí implementando novas pedagogias que podem talvez te inspirar a fazer alguma coisa com ela então bora fazer a mudança que a gente quer ver no mundo minha
gente porque depende só da e de um coletivo extraordinário olha quanta gente estava aqui essa noite escutando isso e se a gente se juntar todo mundo a gente transforma a educação brasileira é isso eh não deixem de curtir Esse vídeo é muito importante compartilhem para outras pessoas venham conhecer a pedagogia paraa liberdade a PPL as ações que a gente faz e participem dos próximos dois dias desse seminário que vocês vão ver outras iniciativas maravilhosas na área de educação Cris um beo beijo no seu coração beijo Diego Obrigada com a gente Beijo Dani Eu que agradeço
mais uma vez fraterno abraço para esse coletivo de gente linda que tava aqui no chat que não pararam de escrever um minuto 1 milhão de elogios pra Cris aqui obrigada tambem é isso estamo junto pessoal estamo junto be Tchau gente obrigada valeu pessoal Tchau Tchau gente até mais boa noite