O caminho do desenvolvimento econômico

é em que eu coordeno o fausto oliveira jornalista especializada em construção em infraestrutura e indústria tudo isso conectado e com professores paulo gala economista e professor da fundação getúlio vargas do professor paulo por 6 0 também um grande economista da indústria pesquisador do nereu e da fipe é neste novo vídeo nós vamos trazer um tema muito interessante que é o caminho que um país de em geral utiliza para se desenvolver o desenvolvimento freqüentemente é tratado o economista de linha talvez um pouco mais liberal ou talvez um pouco mais for totó como algo que se deve

à vantagens comparativas nesse sentido existe um argumento de que o brasil tendo a sua enorme área agricultável o seu clima tropical a sua agricultura de de industrializadas etra tudo isso seria uma vantagem comparativa e portanto nosso desenvolvimento seria como que naturalmente a partir da exploração dessa nossa vantagem e daí a famigerada famosa ideia de que o brasil seria um celeiro e que bastaria que nós produzimos produtos agrícolas na e talvez minerais também ea exportação desses produtos nos garante e naturalmente o estágio de desenvolvimento econômico nós aqui somos todos os desenvolvimentistas e defensores do industrialismo portanto

gostaria de passar a palavra o professor paulo gala primeiro comentário o que ele acha dessa visão em comum na realidade os seus estudos apontam pra um caminho um pouco diferente do que a idéia da fantasia comparativo costuma advogado professor lugar por favor é o como a gente tem muita vantagem boff palavra prazer estar aqui para conversar com vocês sobre esses temas que eu adoro obviamente é mas acho que é importante começar dizendo que o brasil tem muita vantagem comparativa em da mineração especialmente minério de ferro e agricultura então se criou essa idéia essa ilusão no

brasil que a gente poderia se desenvolver apenas desenvolvendo apenas cultivando esses setores né ocorre que setores eles são eles empregam muito pouco eles são muito uma parte muito pequena da economia de qualquer economia para dar um exemplo é até mesmo nos grandes grandes potências agrícolas o setor agrícola emprega não mais do que 2% da população o setor de mineração o extrativismo emprega não mais do que 2 ou 3 da população então é é uma ilusão essa idéia de que o brasil poderia se desenvolver virar um país rico a partir da exploração de commodities agricultura com

isso eu não quero novamente não devo explorar e desenvolver essas áreas muito pelo contrário essa é uma vantagem comparativa que a gente tem que usar mas a gente tem que procurar dar passos no sentido de uma industrialização complementar agricultura e uma industrialização complementar as commodities austrália por exemplo isso muito bem ela desenvolveu uma industrialização totalmente ligado à indústria de commodities dela então é não são coisas contraditórias as grandes potências agrícolas são também grandes potências industriais está estados unidos frança holanda até que um caso que poucas pessoas conhecem a holanda é uma potência industrial e uma

potência agrícola então é primeira coisa a se fazer é tirar essa idéia de que há um que a gente pode só se desenvolver com um agricultura mineração ea segunda é destacar essa complementaridade ea vantagem comparativa pode ser um problema porque como a gente tem muita vantagem comparativa nesses dois setores existe uma tendência uma força de gravidade no brasil que a gente sofre que nos leve para só fazer isso e nos impeça de desenvolver também indústria ea gente tem que ir a um debate muito legal daqui a pouco a gente pode explorar mais na literatura mundial

sobre quanto que um país tem que lutar um pouco contra as suas vantagens comparativas para tentar desenvolver novas atividades que o que que poderão é trazer o desenvolvimento para os países então há uma luta pra construir vantagens comparativas em novas atividades e eu vou passar a palavra pouco morcego que ele é também grande conhecedor disso o bom é muito obrigado mais uma vez pelo convite paulo oliveira bons colocada pelo professor paulo galã a a exportar só commodities ela gera um desenvolvimento muito limitado no estágio e o desenvolvimento pelo qual o brasil já superou já ultrapassou

já tem uma renda per capita próxima de 15 mil dólares e em qualidade poder de convencer comparando os outros países então ele já superou essa etapa tem que fazer mais coisas além disso continuar exportando commodities produzindo sócios em outros produtos alimentícios dengue notificados com a nossa agricultura continuar fazendo o que já faz aqui agora tentar agregar mais valor à cadeia de produção gerar mais desenvolvimento e renda para o país como se faz isso em seu lugar já deu mais pistas no caso da indústria de comboios elas demandam um tanto da denúncia contra o setor demanda

um dos insumos e componentes de tecnologia da química por exemplo no caso do brasil a gente importa cerca de 70% nos insumos e com insumos e produtos finais ligado à fertilizantes defensivos ou seja deixa de gerar um potencial de desenvolvimento muito grande dentro do país o setor agropecuário agricultura ela a demanda muitas máquinas implementos de áudio de última geração com tecnologia embarcada e e o tratou a a colheitadeira sozinha ela consegue fazer com seu serviço sem necessidade de um profissional mas o país precisa de ter uma infraestrutura tecnológica no campo internet é muito boa porque

senão essas máquinas têm tecnologias que não se esqueçam o que redunda antes não precisa hoje é de chuva algumas histórias de que eu só vender pedindo para tirar a tecnologia das máquinas porque a internet não chega no campo com qualidade o nem nas grandes cidades em algumas áreas não têm dó então é essa a infraestrutura tecnológica toda a indústria de insumos e componentes e os produtores de máquinas e equipamentos que o brasil já produz mas o recheio a parte tecnológica daquelas máquinas e equipamentos tem tudo de forma a patente de forma a tecnologia de forma

a agregar muito mais valor essa indústria isso é muito importante é um é essa é uma coisa que ao sábado fez outros países já fizeram estados unidos já já fizeram um país relevante não são países é banal no processo de desenvolvimento e além disso isso é uma parte que atingiu uma renda elevada começar média ainda na verdade intermediária a intermediária para baixo quando a gente olha os estados unidos 1 e pela capa de 60 mil dólares ainda mais intermediário para baixo então ela começou a fazer outras coisas além disso por exemplo fazer produtos de mais

de média alta tecnologia como produtos de informática e eletrônicos farmacêuticos químicos automóveis telecomunicações até aviões muita gente já faz mas a parte tecnológica para que deixem de fora isso é muito importante porque nos componentes uns tecnológicos e está o desenvolvimento está à mão de obra qualificada além disso o que é importante também é que a gente consiga ter uma competitividade internacional para exportar atingir um mercado maior e então fazer esses mesmos produtos melhor como já faz com mais tecnologia desenvolvida internamente ou mais inovação e eficiência para exportar não era uma aprimorada nesse modelo já tem

uma coisa interessante e é dialogando com que você acabou de colocar na minha experiência profissional eu posso dizer pra você com razoável certeza que nós sim temos ainda no brasil uma indústria capaz de por exemplo o setor metalmecânico brasileiro ainda tem empresas plenamente nacionais capazes de produzir digamos britador espectadores são equipamentos pesados que transformam o minério bruto em produtos já disponíveis para venda por exemplo em agregados com a construção civil que são pedras já um pouco mais pidá elas passam por equipamento é razoavelmente grande para se transformar em produto final e aquilo já é um

beneficiamento poderia ser um exemplo de uma de uma atividade industrial que agrega valor e tecnologia a partir do setor mineral ocorre que no brasil hoje existe uma competição internacional muito forte por estes mesmos criadores ea a a indústria brasileira que poderia estar provendo britadores com preferência para o mercado nacional sequer dentro do mercado nacional consegue grandes revoluções não consegue nem ser a líder do mercado nacional então ou consegue agregar mais tecnologia para transformar o seu produto no produto que dialogue de igual para igual com os britadores no caso exemplificado aqui que vêm de fora do

brasil eu gostaria de colocar essa bola pra vocês comentarem aí talvez professor paulo gala quero começar falando sobre isso pode ser eu acho que é importante lembrar que a gente não a gente não se desenvolve que é difícil desenvolver é uma briga o sistema capitalista é um sistema de violenta ele está maravilhoso para criar riqueza criar tecnologia mas ele traz uma briga uma competição muito ferozes então quando os países chegam ali naquela fase do da renda média que o muricy estava destacando com um nível tecnológico domínio low tech de um tanque aí sim eles começam

a enfrentar os pesos pesados da economia mundial né é então é pega o caso dos britadores que eu não conheço mas que eu achei maravilhoso exemplo evidente que tem os gigantes mundiais que estão aí nesse mercado disputando com unhas e dentes e querem dominar o mundo conquistar o mundo eles vão entrar aqui para ganhar dos brasileiros do mercado brasileiro e para não deixar os brasileiros ganharam espaço no mercado mundial esse é o desafio de se desenvolver a gente conseguir construir indústrias e um tecido é produtivo capaz de ganhar a briga por competência no mercado doméstico

e por competência no mercado mundial e como se diz em inglês da yser sedã é difícil muito difícil é fazer isso só para resgatar rapidamente a o primeiro bloco da conversa o desenvolvimento econômico é esse passo faço dos setores então você sai da agricultura tradicional de subsistência faz uma revolução industrial começa a produzir aqui e produtos low tech de baixa conteúdo tecnológico sapato chinelo havaiana coisas do gênero é você caminha para o milho o tek já com conteúdos mais significativo até onde o brasil chegou depois você vai pra o high tech e aí você chega

num vamos assim o suprassumo que são serviços sofisticados empresariais de design serviços high tech e assim por diante e se esse percurso é muito difícil é percorrer e para agravar a situação nem isso tá no debate público brasileiro porque a maioria dos economistas mais ortodoxos e acha que desenvolvimento é setor neutro é eu vou usar um termo bem técnica e econômica que quer desenvolver setor neutro significa dizer que um país pode se desenvolver de qualquer maneira em qualquer setor e com qualquer produto então imagine um caso o limite que a gente só tem a padarias

do país nada contra as padarias mas é como se fosse possível de se desenvolver só com padarias basta a gente aumentar a educação do padeiro e aumentar a eficiência nas padarias e seremos um país desenvolvido com cobradores de ônibus eficientes com pessoas que é ascensorista do elevador e eficientes padarias eficientes e tá tudo certo ou seja não existe essa idéia da transformação estrutural que é o que de fato produzir 90 econômico então não tá nem presente no debate brasileiro é claro com rosas exceções é como nós aqui mas isso preocupa muito muito porque tem a

perspectiva do tamanho do prejuízo ea gente está sofrendo é uma coisa que incomoda muito é que os economistas gostam de comparar o brasil como um país que não são comparáveis comparar o brasil com o chile é impossível uma população minutos com o país quer no ícone em recursos naturais em pouquíssimos recursos naturais o brasil é mais comparável com os estados unidos num país continental populoso igualmente populoso ambos os países são países que foram colonizados ela também teve escravidão ou seja conseguir resolver fizer uma hiv já resolveria isso há muito tempo e a gente é não

resolver os nossos problemas né é isso é muito difícil comparar o brasil com o chile é difícil se o brasil tivesse um marco uma população de da austrália por exemplo do canadá com nossos recursos naturais do nosso nível de desenvolvimento que seria desenvolvido pega o estado de são paulo o brasil fosse o estado de são paulo a gente estava na porta de entrada dos países desenvolvidos acontece que você é um país muito grande e muito populoso tem que produzir muito mais que produtos agrícolas e produtos minerários de baixa e média complexidade de avançar os produtos

mais de auto melhor tecnologia não só produzir produzir e como produzir e criá-los não tem que criar uns quantos não queria que a gente coloque fora e faz uma ligeira adaptação com uma localização uma adaptação por exemplo de coco pega o carro foi para fora adapta o brasil adaptar o pneu com o solo brasileiro é mais quente ou seja uma adaptação pontual o grosso do desenvolvimento tecnológico no desenvolvimento de criação de tecnologia porque lá fora a gente paga mortes a forma ao usar a tecnologia as multinacionais que ela remetendo lucro própria formam parte relevante do

documento basta pra fora a forma de criação de tecnologias onde passa a importar suas tecnologias os insumos e componentes ou seja quem tem de voltar a a apensação não só produzir pensar em como produzir e criar tecnologia a gente ter um documento mais autónomo e mais eficiente que a gente possa exportar uma competitividade internacional comparar o brasil com o chile com um modelo de desenvolvimento é é um grande problema em problemas regionais têm problemas de saneamento barco e que tem problemas gravíssimos que não tá nessa gente poderia solucioná los com tecnologias industriais por exemplo conseguem

fazer essas essa resolver problemas de grande interesse social de várias áreas lá no meio ambiente na área social e de infraestrutura física e tecnológica transporte de grandes preocupações é com uma protagonismo criar em fazer melhor esses produtos e serviços com mais intensidade de conhecimento ideologia do mosteiro é isso que você traz é essencial essa a disparidade das comparações que na verdade contribuir negativamente para o debate desing forma pessoas como uma pessoa que viaja para santiago do chile com a cidade que eu conheço bem o voltaço de lá dizendo que basta clicar então o modelo chileno

que nós vamos chegar a ser uma santiago do chile o país será todo bem organizado limpo é certa o que é uma evidente e imprecisão mas é você tem um estudo é bastante respeitado que tem inclusive sido muito ventilado na grande imprensa económica brasileira a respeito da desindustrialização o país já teve um porcentual de produto industrial em relação ao seu próprio pib maior do que aquilo que tem atualmente para piorar um pouco a situação a quantidade de inovação industrial é adotada e promovida pelo brasil no setor industrial veio caindo ao longo dos últimos 40 anos

como seu estudo tem demonstrado diante dessa situação e aí eu já encaminha uma palavra final desse nosso não é pequeno debate com a opinião de vocês sobre o método para se recolocar na indústria dentro de um caminho de qualidade de agregação de valor e de progresso tecnológico que possa concluir a economia brasileira desde a maneira como vocês a derrota é que nunca mais a gente tem mãe no processo de desenvolvimento de industrialização onde teve no passado cheia de anabolizantes cheia de subsídios sem os benefícios isso foi muito bom a gente aprendeu muito com o passado

o brasil tem vários aprendizados atirar de várias áreas dos progressos parciais em várias áreas na área da ilustração foi uma delas na desenvolvimento social na área política em todas as áreas o brasil fez progressos reais tão raro um estado de suspense mas a gente tem ilhas de excelência temos um b10 forte temos uma embrapa temos uma embraer petrobras que em alguns casos de sucesso e pouquíssimos países em desenvolvimento seu orgulho de tê é muito raro o brasil produz avião desenha avião ele cria ele o desenho avião ele faz toda a comercialização porque os pais do

mundo países onde tem bons casos de sucesso pra ver o que foi bem feito no caso da liberta do itapocú tarde com seu lugar já falou muito bem disso muito caso de sucesso a ver porque foi bem feito e tentar emular los de uma forma diferente de uma forma mais atualizada com um beijo e marketing nacional ou seja fazer melhor fazer bem feito mais eficiente que os o desenvolvimento além dele ser mais exigentes e internacionalmente da hyundai da coréia do sul ele também rezou sociais a com que essas tecnologias têm a obrigação social enquanto é

só um exemplo coaching nós estamos dialogando um pouco é transporte de grande comoção no brasil é um problema social muito grande o transporte de massa metrô trem e isso e desenvolveu uma política pensava 'que transportes demanda mundo os equipamentos e se esse tem sido um conhecimento estatal da indústria pesada que a gente tem capacidade de fazer ofertar toda pra juntar o útil ao agradável de fazer o melhor pelos exemplos bem feitos uma crítica que é muito propalada na mídia é que a nossa industrialização ela nunca fechada que qualquer política é vertical isso industrial vai ficar

no passado isso não é verdade a gente olhe milhões como a primeira de muitas outras áreas é só para concluir é concordando em gênero número e grau que o paulo monteiro falando é dá para desenhar políticas industriais mais inteligentes ea gente tem obrigação de aprender com os próprios erros né e avançar mas a gente hoje o grande risco no brasil a gente jogar fora o bebê junto com a água do banho porque se criou um trauma no brasil de qualquer política industrial que fizeram em ada vai dar errado né vou dar um exemplo o conteúdo

nacional na petrobras foi muito mal gerido né tem até um exemplo assim chocantes de o cara que ia comprar ele tinha a obrigação de conteúdo nacional e lhe comprava whisky johnny walker no mercado da esquina trazia nota fiscal e apresentava aquilo petrobras como o conteúdo nacional que na verdade foi o esqui que ele comprou no mercado quer dizer ouvi um monte de erros de abuso a porcentagem de conteúdo nacional era muito elevado em alguns casos atinge 80% então uma série de equívocos realmente foi cometida mas isso não significa que a política de conteúdo nacional errada

e que não deve ser feita se você olhar finlândia cansou de fazer noruega coreia china tudo faz até alemanha agora vai fazer então a questão é vamos aprender com os erros vamos desenhar política bem desenhadas aí o exemplo das turbinas eólicas da weg tem o exemplo de contratação do o próprio kc-390 avião da embraer que enfim infelizmente a mais aqui mas é um belo exemplo também do pátio contratou fez de seu avião que parece muito interessante então a gente tem que aprender com os erros do passado e evoluir diz toda uma literatura mundial hoje que

revisita o que foi a política industrial o próprio time e começar a louvar vários economistas de ponta os tigres o de roda e falou olha vamos revisitar e aprender com os erros e e corrigir e fazer um certo número dois e aí muito rápido tá tem uma questão conjuntural é a nossa economia implodiu o mercado interno e implodiu e como a indústria brasileira é dependente do mercado interno ele implodiu sinto então pra já a indústria está praticamente na uti a gente resgatar ela e é isso que o mosteiro fala de investimento em infraestrutura e políticas

públicas é essencial porque poderia reanimar reavivar uma indústria brasileira está praticamente na uti né mas o que falamos mais jovem perfeito é de fato é inclusive alguns papers internacionais têm trazido de volta o tema da política industrial é um deles especificamente onde recentemente fala até que chama como se fosse a política que não deve ser nomeada se a política industrial tivesse sido criminalizada em todo o mundo é nessa fase de capitalismo financeiro mas muito bem nós vamos ter outras oportunidades de fazer outros encontros debates sobre política industrial sem dúvida é um tema muito forte muito

importante eu quero agradecer que novamente em tal lugar é o mosteiro por mais essa nova roda de debates se encaminhando para o final acompanhe os nossos debates aqui no youtube a companhia pode compartilhar a vontade debate econômico precisa que mais e mais pessoas entrem aprendam e possam reproduzir idéias diferentes do que esses do machismo que nós temos visto na televisão nos jornais brasileiros quando o assunto é economia muito obrigado até a próxima