Como podemos ver os vírus se eles são invisíveis?

você provavelmente já viu alguma imagem de um vírus como essa imagem do coronavírus que causa a covid onde dá para ver até a coroa de espinhos que ele tem ao redor que é de onde vem o nome Corona de coroa mas tem um detalhe por trás de uma imagem dessas uma partícula do coronavírus como essa é bem pequena ela tem mais ou menos 100 nanômetros que é equivalente a um metro dividido por 10 milhões ou Mil vezes menor do que a largura de um fio de cabelo o que quer dizer que ela é menor do

que a luz que a gente vê Pode mostrar em um microscópio se não dá para ver ele usando a luz como que a gente sabe que o vírus tem essa cara ou faz uma imagem dessas essa foi uma limitação por séculos conforme a gente foi descobrindo que a vida é formada de células e quais são os organismos que causam doenças infecciosas lá atrás quando o Holandês Anthony tava desenvolvendo os primeiros microscópios ele conseguiu ver que o organismos microscópicos estavam por todos os cantos como bactérias que ele descreveu e desenhou pela primeira vez em 1683 como

os animais zinhos que vivem entre os nossos dentes mas Os vírus são pequenos demais para aparecer nesse tipo de microscópio a gente só foi ver os vírus mais de 250 anos depois para você poder ver alguma coisa no microscópio comum que depende de luz você depende do comprimento de onda que a luz tem e como limite da nossa visão tá no Violeta que tem um comprimento de onda de 400 nanômetros a luz visível não consegue mostrar dois pontos mais próximos entre eles do que metade dessa distância ou 200 nanômetros se dois pontos estiverem mais próximos

do que isso nós vemos um ponto só o que dá uma amplificação máxima de cerca de mil vezes só que a maioria dos vírus são menores do que 200 nanômetros por melhor que sejam as lentes ou a resolução de um microscópio óptico se ele depende da Luz regular para poder mostrar alguma coisa não dá para detalhes de um coronavírus nem se ele fosse duas vezes maior por isso que primeiro a gente desconfiou que as doenças eram causadas por vírus mas levou décadas até conseguir ver os culpados de Muitas delas tem alguns eventos que mostram bem

na ciência como ela é uma ferramenta poderosa para poder entender o mundo e a descoberta dos vírus para mim é uma das situações mais legais para mostrar como esse processo pode acontecer porque nós somos criaturas visuais a gente acha difícil crer sem ver no caso das bactérias primeiro a gente viu elas no microscópio e depois descobrimos que algumas doenças podiam ser causadas por elas em 1745 foi ter a descrição das primeiras doenças como algo causado pelos pequenos animais do Leo mas no caso dos vírus por muito tempo nem com microscópio a gente conseguia ver eles

a impressão que os vírus deixava na verdade um vácuo um espaço de doenças que pareciam ser contagiosas mas que não dava para saber por quem foi assim que os vírus foram descobertos na verdade para pegar um exemplo a planta do tabaco que faz as folhas de fumo tem um vírus que pode causar uma doença que deixa as folhas do tabaco manchadas que por isso foi chamada de mosaico do Tabaco em 1898 um outro Holandês que é o martinus bejerink tava estudando essa doença e aí ele tentou passar a seiva das plantas doentes por um filtro

para poder isolar essa causa é assim que se separava bactérias elas acabam retidas em um filtro com poros bem pequenos e aí dava para estudar o que tinha lá e o begelim que tinha motivos para suspeitar que o mosaico do tabaco era causado por uma bactéria porque é uma planta doente podia passar essa doença para outras plantas podia infectar outras só que ao invés do que causava essa doença ficar preso no filtro esse agente causador da doença passou a seiva filtrada continuava sendo capaz de infectar outras plantas mesmo depois de diluída enquanto que ficava no

filtro não então beijinho que nomeou causador desse mosaico do tabaco como Contagem vive do fluido ou líquido Contagioso já que parecia ser alguma coisa diluída na seiva que deixava a planta doente olha que legal o que era para ser um procedimento para isolar quem causava uma doença falhou o causador não foi barrado pelo filtro só que aí esse teste falho virou uma forma de descobrir quais outras doenças também eram causadas por esses Tais agentes tão pequenos que escapavam pelos poros dos Filtros os agentes filtrados algum tempo depois por exemplo em 1901 em Cuba pesquisadores americanos

estavam tentando descobrir quem causava a febre amarela que tava massacrando os operários construindo o canal do Panamá E aí Descobriram que a doença também era causada por um agente que passava pelos filtros um agente filtravel esse virou o primeiro vírus humano a ser estudado antes da gente saber o que era um vírus a gente só sabia que tinha alguma coisa que passava no filtro que estava deixando as pessoas doentes e olha que doido o pesquisador francês Luiz Pasteur tinha sido convidado pelo Dom Pedro II aqui do Brasil para vir estudar amarela no país ele acabou

não vindo para cá ficou na França estudando outras doenças e desenvolveu uma vacina contra a raiva que é uma doença causada por um vírus sem nunca ter visto ou isolado um vírus com o passar do tempo e com mais pesquisas a gente acabou descobrindo que o que tinha nesse líquido vivo Contagioso não era bem vivo porque para contagiar outros organismos isso só acontecia se ele tivesse em contato com seres vivos e também não era bem líquido era alguma coisa formada de partículas Muito pequenas aí o nome desse princípio causador de doenças que acabou prevalecendo foi

a palavra para veneno em latim que é vírus só que a cara do delinquente a gente só foi ver na década de 1930 quando fiz com alemão ernestrosca desenvolveu uma forma de produzir um feixe de elétrons a partir de um filamento de tungstênio ao invés de produzir um feixe de luz os elétrons podem ser focados em um feixe como fecho de luz só que eles têm um comprimento de onda muito menor do que a luz e aí com isso podem produzir imagens com aumento de 50 mil vezes o tamanho de um objeto O Rosca ganhou

Nobel de Física por ter desenvolvido o microscópio eletrônico de transmissão que transmite elétrons e conseguiu revolucionar a forma como a gente pode ver o universo microscópico com muito mais ampliação agora foi assim que foram criadas as primeiras imagens dos primeiros vírus vistos realmente Rússia que foi irmão do Ernest foi uma das pessoas que voltou lá na seiva do mosaico do tabaco filtrada e com isso conseguiu fazer as primeiras imagens do vírus do mosaico do tabaco que parece um canudinho Esse era o pilantra que tava deixando as folhas doentes e aos poucos outras técnicas também ajudaram

ainda mais a enxergar os vírus mais de perto com a criofatura que é uma técnica onde a amostra é congelada e fraturada para arrancar uma parte do que vai ser olhado no microscópio Como Se a gente pudesse abrir um pote e olhar dentro dele para poder ver como as coisas funcionam foi assim que a gente viu as primeiras imagens dos vírus dentro das células se multiplicando ou até a gente viu dentro das partículas virais o que mostrou que elas são organizadas com o material genético que é coberto de proteínas que ainda podem ter por fora

uma outra camada de gordura que é chamada de envelope é essa camada de gordura que é perturbada ou destruída quando a gente usa álcool ou lava as mãos com o sabonete para poder limpar elas e como são elétrons passando as imagens de microscopia eletrônica acabam saindo em preto e branco com mais ou menos luz onde passam mais ou menos elétrons depois se adicionam cores artificialmente para a gente poder contrastar partes diferentes do que a gente está vendo como marcar o material genético do vírus influenza em roxinho nessa imagem pouco a pouco a gente foi entendendo

o formato dos vírus a variedade das partículas e como essas partículas são organizadas e foi assim que a gente descobriu por exemplo que o vírus e bola é um vírus filamentoso também super Comprido como vírus do tabaco Daí vem o nome do grupo dele e foi assim que a gente descobriu que os coronavírus tem aquela coroa de espinhos ao redor das partículas que é a Corona esses espinhos são feitos da proteína que reconhecem as nossas células o que faz dessas proteínas o alvo ideal para as vacinas e também a parte do vírus que a gente

precisa observar mais de perto conforme ele circula pelo mundo e conforme novas variantes escapam da imunidade que a gente já desenvolveu também foi com esse tipo de técnica e Com Adição dos feixes de raio X que a gente descobriu Como os vírus se ligam nas células como as proteínas que estão do lado de fora dos vírus são organizadas foi como a gente começou a construir os primeiros modelos mais realistas e detalhados do que é uma partícula viral já que a gente não pode ver ela diretamente assim ou como a gente começou a ver como os

nossos anticorpos do sistema imune podem grudar e inativar os vírus quando a gente se protege e foi até como a gente descobriu o funcionamento dos componentes dos vírus para poder desenvolver muitos dos primeiros tratamentos contra o HIV e para outros causadores de doenças o que antes eram agentes causadores de doenças que a gente descobría por exclusão porque eles eram que a gente não conseguia ver e filtrar agora a gente sabe que são organismos muito simples bastante pequenos mas também muito capazes o que reforça a nossa capacidade de aprender e de entender o universo os princípios

de como se faz a ciência com a proposição de ideias e depois a prática dos experimentos que vão ser comunicados e compartilhados com outras pessoas que também podem repetir isso são uma ferramenta tão poderosa que a gente não só descobriu que os vírus eram causadores de doenças como fizemos as primeiras vacinas contra eles mesmo antes de saber exatamente o que eram e agora a gente pode revisitar esse conhecimento e dar um outro passo além do que o pastor já estava desenvolvendo e finalmente a gente consegue ver como e onde as vacinas podem atuar para realmente

nos proteger das doenças infecciosas o que era invisível se tornou e o que era dúvida no conhecimento se você curtiu e achou essa história intrigante que tal fazer parte desse universo e se formar em ciências pois eu tenho uma recomendação muito especial para fazer por aqui a Lu é a Escola Superior do centro Nacional de pesquisa e energia e materiais que é o cnp que está em Campinas e é o centro com a maior infraestrutura de pesquisa do Brasil aberto toda a comunidade científica é uma escola de ensino superior que é vinculada ao Ministério da

Ciência e Tecnologia e ao Ministério da Educação que oferece um bacharelado gratuito em Ciência e Tecnologia que é imerso nos Laboratórios nacionais do cnp com muita mão na massa a formação deles tem bastante física química e biologia combinadas com matemática e computação ou seja vai do microscópio eletrônico até a inteligência artificial e forma de cientistas a desenvolvedoras e desenvolvedores de tecnologias se você está no ensino médio ou se você conhece alguém que tá e se interessa por ciência além da graduação eles também oferecem alojamento e suporte aos alunos para poderem ter uma dedicação total à

formação e metade das vagas são para estudantes do ensino público o processo seletivo deles vai até o dia 16 de dezembro e é um tanto diferente a inscrição é gratuita e online pelo link que a gente vai colocar na descrição e a seleção deles é com base na carta de manifestação de interesse na nota do ENEM em uma entrevista então não deixa para fazer essa inscrição na última hora porque a manifestação de interesse tem que ser uma carta escrita com bastante cuidado boa sorte agora se você se interessa por ciência mas não a ponto de

ter uma formação nova ou mesmo você se interessa nesse ponto aproveita se inscreve aqui no canal para receber os próximos vídeos para a gente continuar essa conversa com muita coisa legal