[Música] Boa noite Boa noite a todos e a todas então é com uma enorme alegria satisfação que damos início a mais uma atividade do le Sul projeto leitura e escrita na educação infantil na região sul no âmbito do compromisso Nacional criança alfabetizada programa coordenado pelo Ministério da Educação pela Secretaria da Educação Básica pela Diretoria de política e diretrizes da educação integral adpd e Diretoria da formação docente e valorização dos profissionais em educação de for a Live de hoje intitulada leei su convida temos uma convidada muito especial a professora Gladis que vai estar debatendo a erer
na educação infantil essa é uma realização do lei su e será mediada por mim professora Simone Albuquerque que juntamente com a minha colega Daniele Vieira que coordenamos o le na região sul faremos essa condução buscamos garantir que todos tenham acesso a essa formação formativa esta Live será gravada e ficará disponível aqui no nosso canal do le sul no YouTube importante salientar que não haverá a lista de presença Mas esta Live e todas as propostas formativas relacionadas ao conteúdo da Live serão fonte da nossa formação agradecemos então a presença de todos e todas nessa noite né
E especialmente a nossa convidada especial a professora que aceitou esse convite do leiu bem como né os nossos convidados também aqui especiais os intérpretes de libras nosso colega né Fernando Carneiro da Faculdade de Educação e o outro colega né Vinícius flores do Instituto de letras também aqui da Ures antes de passar a palavra para a nossa convidada eh passo a palavra paraa Nossa colega aqui a Dani para dar continuidade certo então boa noite a todas e a todos hã vou e antes de iniciar né a nossa Live eu quero destacar como que será a nossa
dinâmica então Inicialmente vamos fazer uma escuta né do Diálogo que é a de aproximadamente 1 hora né após esse tempo de conversa nós teremos um espaço para perguntas que poderão ser colocadas no chat do no YouTube estaríamos atentos né a buscando eh trazer todo o contexto que estiver ocorrendo né nesse chat em termos de reflexões de perguntas de questionamentos para trazermos a professora convidada e h respeitando o nosso cronograma buscaremos finalizar a Live até às 20:30 então agora eu gostaria de convidar professora Glades para estar conosco na tela Boa noite Glades Boa noite uma alegri
est aqui obrigada eu vou apresentar né a Glades para quem não conhece ainda né então a Gladius kesh mestre e Doutora em educação pela ufgs professora titular da urgs do departamento de estudos especializados da Faculdade de Educação e professora do programa de de pós--graduação em educação da ur pesquisando a educação para as relações étnico-raciais erer formação de professores para herer antirracismo metodologias antirracistas infância Literatura e diferença idealizadora junto com Tanara Furtado do gis de Cera cores de pele pincor uniafro de 2014 coordenadora do e Afro urgs e membro do grupo de trabalho 26 a do
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul então agora com a palavra Nossa queridíssima colega parceira de tantas ações Você terá então agora a o tempo né cerca de 1 hora para nos brindar com a sua palestra gurias queridas então boa noite né a todos a todas que nos assistem que assistirão essa Live eh é muito bom poder falar de um lugar que me é tão importante efetivamente falar para os profissionais da Educação Infantil e falar do tema das Relações raciais a gente que trabalha com as crianças pequenas formando professores para as crianças
pequenas atuando junto às escolas eh precisa ter especial atenção né no sentido de garantir à nossas crianças uma formação plena as condições do seu desenvolvimento na integralidade e sobretudo eh conseguir respeitar nossas crianças como sujeitos de direito que elas são né então Eh o que eu vou trazer aqui é preciso que eu diga é fruto de uma trajetória que eu fui construindo na experiência profissional né então eu sou uma professora da área de educação infantil da Faculdade de Educação eh sempre atuei na área da linguagem e da literatura e ao longo da carreira passei a
atuar na área das relações étnico-raciais e isto aconteceu pela obviedade eh eu sou uma das poucas professoras negras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e por ser uma mulher negra e professora da Universidade comecei a ser convidada a falar sobre as questões raciais na escola e isto foi mudando a minha carreira isso que eu tô narrando aconteceu há mais ou menos uns 25 anos atrás mas é importante que eu conte para dizer que o que eu trago aqui é fruto do encontro desses dois Campos de conhecimento do que eu produzi produzo penso e
reflito no campo da Educação Infantil e o que eu venho fazendo no campo da er como eu falo muito e eu quero deixar bastante tempo pra gente conversar eu vou usar uma apresentação que eu vou compartilhar com vocês eh bom o desejo nessa apresentação é que eu possa ir pontuando a nossa conversa né pra gente conseguir ã eh abordar os aspectos que eu acho que são mais centrais mais importantes então quando eu tô falando de relações étnico-raciais na educação infantil acho que a gente precisa pensar primeira informação né é que nós não estamos falando de
algo que a gente deve direcionar paraas crianças negras ou para as crianças indígenas mas a gente tá falando de um uma important formação uma importante contribuição que nós professores gestores das escolas precisamos construir na garantia de ofertar às crianças uma formação que lhes possibilite a vida em um mundo livre do racismo então tem alguns pressupostos na fala que eu vou trazer aqui alguns deles eu não vou aprofundar muito né mas para vocês saberem de onde eu falo eu falo do lugar de uma mulher negra isso é importante porque às vezes as pessoas pensam que a
gente que faz uma carreira acadêmica a gente que faz pesquisa que tá lá dentro da Universidade a gente se descola da vida cotidiana isso não é verdade eu sou uma mulher negra cotidianamente Essa é a identidade que chega primeiro antes de eu abrir a boca dizer meu nome dizer onde eu trabalho o qual é a minha profissão a minha cor chega primeiro e essa experiência faz com que eu viva muito frequentemente episódios de racismo isso é importante para dizer que um pouco do que eu vou trazer aqui dialoga também com a minha trajetória de ser
humano eu sou uma pesquisadora então antes de mais nada qual é o lugar de pesquisadora eh que me faz trazer algumas contribuições pra nossa conversa eu sou uma professora pesquisadora eu olho a partir da sala de aula eu olho indago pergunto a partir da escola eu tenho apreço pela escola a escola para mim ainda é uma instituição maravilhosa repleta de possibilidades onde a gente pode construir uma sociedade muito bonita mas é uma possibilidade para que isso aconteça a gente precisa estudar muito pesquisar muito fazer muitas perguntas não ter medo das perguntas por mais difíceis que
elas sejam a pesquisa me ensina que quando a gente fala das questões raciais às vezes é muito difícil Às vezes a gente precisa fazer perguntas que dó Mas a gente não precisa ter medo delas as perguntas podem ser difíceis elas podem provocar dor o Que Nós faremos com essa dor como nós vamos acolher como nós vamos partir da dor para construir experiências de cura de aprendizagem e a qualificação das relações depende da nossa escolha as gurias Já disseram eu coordeno o uniafro é um programa de formação de professores então eu faço formação continuada há muito
tempo gosto de fazer isso por quê Porque é o modo como eu dialogo o tempo inteiro com a escola com a sala de aula e num momento histórico em que os conflitos raciais Eles parecem estar aumentando é muito importante manter esse diálogo com a escola acho que é importante dizer que eu sou filha de uma professora especialista em educação infantil e de um advogado e é a profissão dos meus pais por ser do campo da né Eh das ciências humanas eh fez com que na minha casa a gente sempre tivesse no diálogo na palavra na
conversa uma experiência muito importante e Eu me formei dentro da minha família A partir dessa experiência de fala e de escuta bom também acho que é importante dizer que a minha família é uma família de pessoas negras portanto as as experiências de racismo de conflito racial de discriminação racial elas sempre foram faladas a minha família nunca teve dificuldade de sentar e contar falar sobre os episódios vividos analisar eu me lembro desde muito pequena escutar meus pais falarem sobre isso por fim essa imagem que eu tô mostrando é uma fotografia antiga eh que eu tirei lá
no Museu Imperial eh em Petrópolis na Serra do Rio de Janeiro e é uma foto aquela foto em CEP ali meio em preto e branco é da última família real brasileira e na frente essa foto sou eu e os meus três filhos e eu digo que aí tem um um conflito entre a família real brasileira aquela imaginada aristocrática que é toda branca se pensa toda branca e a família real brasileira que é a minha uma família que é fruto de uma relação interracial que tem portanto filhos de todas as cores porque meu ex-marido é branco
eu sou uma mulher negra e dessa realidade das relações interétnicas surge a identidade racial das crianças que a gente recebe na escola bom vou acelerar um pouquinho que que eu gostaria de que acontecesse na noite de hoje na nossa conversa que a gente pudesse entender o que que significa herer na educação infantil portanto a especificidades que não estão na lei 10.639 na 11.645 ou seja não tão descritas lá na LDB mas que estão construídas a partir de outros documentos legais e das práticas pedagógicas compreender Quais são as implicações da PR ação pedagógica na educação infantil
porque eu acho que esse é o CNE da nossa discussão se a gente diz que tem que fazer educação para as relações étnico-raciais no cotidiano da Escola de Educação Infantil se a gente entende que isso é garantia de propiciar pras crianças a construção de uma nação de um país de uma sociedade livre do racismo isso só pode acontecer a partir da ação pedagógica não é num evento não é numa palestra mas é no cotidiano da instituição e finalmente pensar eh Quais as implicações da erer pras crianças pequenas e pro seu desenvolvimento por quê Porque outra
das dos pressupostos importantes que a gente vai lidar Hoje é a ideia de que o racismo produz efeitos nas crianças pequenas efeitos bem ruins em todas elas e a gente precisa entender esses efeitos para possibilitar paraas crianças um desenvolvimento pleno bom mas por que falar de racismo tem pessoas que dizem assim ai lá vem vocês com esse assunto por que falar de R de racismo se as crianças são pequenas elas não são racistas Por que que a gente vai falar desse assunto a gente vai criar o racismo nas crianças se falar disso e eu costumo
dizer o seguinte nós professores precisamos falar de raça e de racismo para que nós professores possamos entender que é preciso Educar para construir uma sociedade livre do racismo com as crianças o que a gente precisa é construir uma ação pedagógica que ajude as crianças a refletir sobre as relações que elas estabelecem com sujeitos de outras identidades raciais que não a sua por que que às vezes é difícil estabelecer essa as relações e como é que a gente pode conversar para estabelecer relações muito bacanas dentro da escola então por que que a gente fala de racismo
bom existe racismo no Brasil sim por quê Porque ele o racismo ele nasce ele decorre de uma construção social ele não nasceu da natureza ele não nasceu porque a Biologia nos diz não ele é uma construção social né é uma invenção humana é uma forma de identidade que se baseia numa ideia biologicamente errônea a Biologia já diz que não tem raças humanas né mas essa ideia que a Biologia desfez ela foi desfeita mas durante muito tempo a ciência disse que existiam raças humanas e disse que existiam raças humanas melhores e outras piores então o efeito
desta fala da ciência no senso comum nas sociedades nas relações humanas resulta no quê numa ideia que é biologicamente errônea mas que é socialmente eficaz para construir manter desculpem passei demais manter e reproduzir diferenças e privilégios bom então glads tu tá nos dizendo que existe racismo que que tu tá querendo dizer com ISO isso olha o racismo é um modo de funcionamento das pessoas das sociedades bom o que que sustento o racismo a ideia de que existem raças na nossa espécie de seres humanos e que existe uma hierarquia entre elas existem raças melhores raças piores
a partir desta ideia errada se construiu a ideia de que os sujeitos brancos são melhores são mais inteligentes são mais belos são mais aptos criativos capazes Corajosos bom essa é uma ideia construída a partir do racismo da ideia de que existe raça e de que existem raças melhores e raças piores Ah mas ninguém diz isso pras crianças não mas nos livros infantis que a gente leva pra escola nos filmes que a gente assiste com as crianças nos desenhos de animação muitos dos materiais que circulam no dia a dia das nossas crianças vão reforçando essa ideia
quando vão lá caracterizar o Malvado da história ele é o gato preto ele é o leão mais escuro a gente diz Nossa a coisa ficou preta quando a gente quer dizer que a coisa ficou ruim então há uma série de modos como essa ideia racista atravessa o cotidiano das crianças e isto produz efeitos né também a gente precisa pensar que o racismo como esse sistema de pensamento ele impregnou as sociedades e a gente tem que combater o racismo em duas dimensões uma é no campo das ideias da produção do conhecimento e a outra que é
que me interessa discutir com vocês é combater o racismo do ponto de vista pedagógico para que as crianças e as escolas possam ser responsabilizados pela prática por práticas racistas por práticas preconceituosas possam ser educados de outro modo Aprender por que que isso é errado o que que há de errado nessa nessa prática nessa reação né E como eu posso ajudar a superar o racismo no cotidiano vou dar uma aceleradinha bom também acho importante dizer que educação antirracista não é um privilégio da escola pode acontecer Educação antirracista na família pode acontecer educação antirracista no grupo de
amigos no clube na pracinha eh no cinema nas brincadeiras em muitos lugares né portanto construir uma sociedade livre do racismo construir com as crianças relações respeitosas entre as diversas identidades raciais isso pode acontecer em qualquer espaço mas pra gente interessa olhar dentro da escola e dentro da escola a erer que é assim que a gente chama educação antirracista ela tem leis que definem ela tem fiscalização e ela tem sobretudo uma didática então a herer dentro da escola educação antirracista dentro da escola é um projeto de nação Ou seja a gente tá dizendo Olha deu errado
a construção da nação brasileira deu errado a gente não conseguiu construir um país livre do racismo as pessoas carregam o racismo tem relações pautadas por essa ideia de que algumas raças algumas fenotipi algumas identidades são melhores que as outras e a gente precisa portanto refundar esse projeto Educar para um projeto que tire essa ideia do meio de campo Tire Essa Ideia da sociedade brasileira Bom segundo a gente precisa entender que a erera ela é um processo educativo escolar nós educação infantil primeira etapa da Educação Básica que somos portanto escolas que temos uma responsabilidade político-pedagógica temos
que trabalhar de modo pedagógico a educação para as relações étnico-raciais e finalmente ao dizer isso também a gente precisa entender que a herer como mand da Lei ela não é só uma inserção de conteúdos e saberes não é contar a história da África não é contar a história do processo de escravização não é trabalhar a cultura africana a música africana a música afro-brasil leira ah a música Kang a música choclan não não a erer é também mediar os conflitos raciais dentro da escola quando as crianças não dão a mão pro colega negro é um conflito
racial quando as crianças impedem o colega negro de subir na escada pro escorrega é um conflito racial então bom a gente precisa entender que quando a gente fala de conflito racial a gente não tá falando de uma criança sendo açoitada dentro da escola porque é negra a gente não tá falando de uma criança sendo eh xingada menosprezada por pelos adultos da escola porque ela é negra a gente tá falando de conflitos que às vezes quase nos deixam na dúvida se é ou não um conflito racial mas que provocam sofrimento nos sujeitos que sofrem né que
são alvo daquelas ações e ao mesmo tempo vão provocar dano nos sujeitos que fazem aquelas ações por quê eu costumo dizer ninguém acorda né aos 18 anos de idade e diz assim hoje eu vou matar uma pessoa negra dando chutes bom mas isso acontece na sociedade brasileira Por que que alguém chega lá nos 18 anos achando que é válido né ridicularizar ou bater ou ser violento com uma pessoa negra porque ele é negro algo aconteceu na escola que essa pessoa passou todo o tempo da escola sem ser convidada a pensar nas Relações raciais então Ninguém
chega lá na situação extrema de violência sem começar aqui no cotidiano com a ação mínima de recolher a mão quando Encosta na mão de um coleguinha de pele retinta de de ficar com receio de que vai ficar marrom também e lá lavar a mão são ações pequenas são manifestações pequenas dessa estridência entre as Relações raciais que no cotidiano da do do nosso convívio escolar a gente precisa estar olhando bom erer significa romper com a nossa nação nossos professores não podemos continuar com esse discurso eles são pequenos são crianças bem pequenas não não a educação infantil
isso não acontece gente vamos acordar ou bem a gente segue né a posição política de entender as crianças como sujeitos de direitos como partícipes dos seus processos educativos como protagonistas dentro da escola e portanto sujeitos históricos ou né a gente não pode achar que eles são tudo isso para alguns Campos do conhecimento e em relação às Relações raciais Não não é bem assim eles são puros eles não não se dão conta nada acontece Então a gente tem que sair da inação né não ter medo estudar se aprofundar e aprender a olhar atentamente o nosso cotidiano
a nossa instituição fundamental silenciar sobre os conflitos raciais não resolve os conflitos raciais silenciar sobre qualquer conflito não resolve o conflito Então o que normalmente as escolas fazem é Gir que não vê né então a criança negra às vezes chega dizendo profe ele me empurrou não foi nada aí não não dá bola O que que a gente vai ensinando para as crianças sobre esses pequenos conflitos infelizmente ensinamentos horrorosos a criança que nos traz esse sofrimento essa impressão de que olha el não gostam da cor que eu tenho não gostam do cabelo que eu tenho não
gostam do meu nariz me não querem brincar comigo não deixam eu ser a princesa não deixa ora a criança Traz esse conflito quando o professor diz ahi que bobagem não foi nada ou pega as crianças e diz pede desculpa porque Teu colega dá um beijinho passou a criança que se sente vítima se sente desprotegida aquela que né provocou o sofrimento que deu o empurrão que negou mão enfim bom se o profe não disse nada sobre isso significa que não tem nada de errado com o que eu tô fazendo então silenciar não resolve o conflito quando
o professor silencia o conflito eh quando a gente não enfrenta os conflitos né a gente tá aceitando tacitamente que ah o mundo é assim mesmo Ah é assim né que que a gente vai fazer chamam as chamam as pessoas negras de macaco desde que eu me entendo por gente ai que bobagem né pior do que achar que o mundo é assim isso não é nada é dizer pras crianças que não são brancas as crianças negras e indígenas que o sofrimento delas não é importante que não é considerado que os professores nós não estamos vendo nem
olhando nem nos importando e paraas crianças brancas que estão manifestando esses comportamentos né Eh Ou que acolhem esses comportamentos quando outros colegas praticam é aquela criança que fica do lado eh vendo o colega implicar empurrar ah xingar e fica mudo né então não tá agindo mas se omite né Eh que aqueles e aquelas né aqueles sujeitos não brancos valem menos importam menos podem ser alvo de piada de brincadeira de chacota de desprezo tá afal Que bobagem a profe não disse nada e porque não tem problema nenhum bom então vamos lá como é que então a
gente faz uma educação antirracista na educação infantil do que eu tô falando bom eu vou falar de duas noções de tempo na verdade de três tá então bem ligeirinho né para pensar assim os gregos eles tinham vários várias palavras vários conceitos vários jeitos de explicar o tempo um dos jeitos que eles explicavam a gente usa até hoje eh eles usavam a noção de Cronos eles diziam que a gente pode cronometrar medir quantificar a passagem do tempo né Eh a história do Cronos que era um Deus grego é que um dia uma né poderosa divinha disse
para Cronos que um dia ele ia ser orado por um dos seus filhos ele ficou tão apavorado tão desesperado com essa previsão que ele começou a matar todos os filhos dele que nasciam é dessa história desse mito grego do Deus Cronos que vem a ideia de que ao Tempo no tempo tudo morre tudo fenece vai morrer a planta Nós vamos morrer vai morrer os bichinhos vai morrer nossos amigos Tudo Termina no tempo então essa noção de um tempo que passa que vai e não volta essa é uma noção de tempo os gregos tinham uma segunda
noção eles diziam que tinha um tempo que era muito interno muito íntimo muito pessoal que cada pessoa sentia dentro do seu coração dentro de si mesmo e que era diferente da Glades pra Simone da Simone pra Dani da Dani pra Rafa era diferente cada um sentia de um jeito então para entender como é que a gente faz erer na educação infantil A gente tem que trabalhar com essas duas ideias de tempo algumas coisas que a gente precisa fazer para educação antirracista vão se dar no Cronos nesse tempo que transcorre eu tô querendo dizer que a
gente vai gastar horas de planejamento de estudo de seleção de materiais de organização dos espaços dos tempos de proposição de uma ação pedagógica desafiadora criativa que convide as crianças a se empolgar para lidar com a cultura e a identidade de negros africanos brasileiros e dos diversos povos originários de todos os povos indígenas do Brasil ora isso significa que as mudanças que a gente tem que implementar elas vão vão acontecer nessas duas noções de tempo bom existe um ensinar sobre essa pluralidade essa diversidade que vai acontecer nesse Cronos a gente tem um ano letivo a gente
tem uma semana a gente tem o tempo de um projeto a gente tem o tempo do passeio o tempo da pracinha do pátio da caixa de areia o tempo da higiene né Tem muito Cronos transcorrendo dentro da escola mas o aprender sobre a cultura Negra o aprender sobre a igualdade do colega marrom bem escuro é ion é individual cada um aprende num ritmo num tempo então é o tempo individual é o tempo que a gente vive né então é no Cronos que a gente planeja ação pedagógica da er implementa ou ensina é no Cronos que
a gente avalia Ah então a gente faz a uma atividade de avaliação para saber se eles são racistas não não a gente avalia o que a gente está desenvolvendo na nossa ação pedagógica se está produzindo os efeitos que a gente quer mudar as relações entre as crianças fazer elas serem mais acolhedoras mais receptivas mais respeitosas fazer aquela criança que não pega boneca negra no colo começar a pegar fazer a criança que não dá a mão pro colega e me haitiano começar a dar a mão começar a conversar convidar para brincadeira então são estas são as
avaliações da herer na educação infantil né esse é um tempo de controle do adulto a gente controla esse tempo da escola né sobre os corpos os espaços e as rotinas das Crianças e no Cronos É nesse tempo que transcorre nessa menos de uma hora que eu tenho para falar eu vou acelerar que a gente a gente tem que pensar no nosso desejo nos nossos objetivos ao implementar erer na educação infantil né O que que a gente quer atingir Que efeitos a gente quer produzir que que a gente quer que as crianças aprendam sobre a África
Será que a gente quer que elas continuem achando que a África é só uma Savana do Rei Leão ou será que a gente quer que elas continuem pensando eh que a África é cheia de botões idos dentro de uma montanha que nem o Pantera Negra Que África é essa que a gente quer que elas conheça e na nossa cidade os bairros que tem maioria de população negra como é que a gente faz para as crianças bem pequenas conhecerem como é que a gente faz para as crianças conhecerem o que existe de Cultura negra na nossa
cidade tudo isso é Cronos planejamento estudo trabalho né Nós somos constituídos como professores a partir desse tempo é assim que a que a faculdade a universidade nos formou para ensinar né PR a gente tem que ensinar então a gente é muito bem formado em lidar com o Cronos a gente chega a ter um reloginho interno né para saber hum tá chegando a hora do almoço a gente não precisa de nenhum sinal sonoro não precisa ficar olhando o relógio a gente a gente sabe perfeitamente que tempo transcor correu sem precisar olhar pro relógio né Por quê
Porque nós somos formados para funcionar no Cronos mas a gente precisa funcionar no ion né então ion é esse tempo da qualidade é o tempo que não se repete que acontece quando a criança às vezes está lá dormindo né Tá na hora do descanso entre um turno e outro tá descansando e daqui a pouco ela p sobre as brincadeiras que ela fez com aquele colega mais marrom e aí ela pensa puxa acho que vou convidar ele para brincar comigo na casinha então aon esse tempo que nós professores nós não regulamos a gente não consegue fazer
Ah então eu vou contar essa história eu vou mostrar esse desenho do Kiriku e daqui a 10 dias crianças vão dar mão pro colega a gente não controla a gente não sabe que tempo vai levar aí um é o tempo de aprender esse tempo que diz assim a gente até pode ensinar todo mundo ao mesmo tempo eu duvido isso mas a gente pode tentar mas acontece que a aprendizagem ela não é assim né ela não é homogênea ela não é linear ela não funciona todo mundo ao mesmo tempo aprendendo a mesma coisa a aprendizagem ela
tem a ver com essa experiência de tempo que a gente leva para fazer esse processo de produção de conhecimento que atribui sentido ao que a gente vivenciou a história que ouviu ao desenho que pintou a cera né que a gente derreteu na cozinha e produziu gidos de Cera com tons de marrom para pintar nossos desenhos tons de diversos Bees Então aon é isso a gente não controla né não a gente não controla muito bem entre esses dois tempos tem mais um Poxa GL hoje tu quer nos enlouquecer quer tem o cair os gregos diziam que
tem um segundinho assim no tempo que é o inusitado é a surpresa é aquela coisa que a gente nem imagina que vai acontecer aconteceu e o Cairo ele também interfere vocês devem estar pensando assim pera aí para aí só um pouquinho Como assim a gente precisa entender que esse tempo ele não é linear Não começa e não termina como outros projetos que a gente possa pensar não é uma composição de eventos não é uma reunião daquilo que a gente já sabe então a gente vai sistematizar erer não erer não é isso né a gente precisa
entender que o tempo da herer nos diz que a gente não planeja tudo porque às vezes a gente tá assim muito muito muito organizado e selecionou os materiais e os Brin bedos e os jogos e os materiais não estruturados e e e pensou os espaços que a gente vai transitar ao longo daquela semana daquele projeto a gente tá assim bem feliz e pum entra um gato dentro da escola passa um gato preto uma criança veio ai que medo que azar que vai ser Senor Cairo eu já não sabia que o gato ia pular o pátio
da escola e atravessar e as Crianças iam dizer ai que medo então não tava o gato planejado mas ele aconteceu a gente não controla mas hum kairoz é aquele acontecimento que a gente diz bingo abriu uma fresta uma janela vou aproveitar porque isso aqui ajuda as crianças a pensar sobre her passou o gato Beleza eu vou dizer hum Hum será que vai acontecer uma coisa ruim por que que a gente ass Por que que vocês acham isso me contem aqui me expliquem E aí o Ciro diz a vida hum Paulo leminsk ah a vida é
o que acontece enquanto você planeja outra coisa Cairo é para nos dizer planeja mas não te amarra muito nesse planejamento Porque deixa a vida entrar pela porta deixa acontecer o inusitado deixa as crianças no meio do pátio Passarem a semente do Jão bolão no dedo ficar bem escuro e elas virem com medo dizer Prof Prof Meu dedo ficou preto e agora ciros às vezes nos ajuda nisso então lidar com essa ideia de que bem as crianças não vão aprender todas ao mesmo tempo com os mesmos resultados fazendo as mesmas coisas percorrendo os mesmos caminhos tendo
as mesmas dúvidas Mas é isso então essa herer do Cronos diz que a gente tem que selecionar materiais a gente tem que planejar as ações Ah não erer não se fazem do Ah vou lá naqueles livros lá do do fundo da minha sala ver se tem algum livro com personagem negro e aí contei livre estou trabalhando erer não bonita tu tá só contando uma história sem planejamento Tom tanto tempo na verdade mas não é erer né querida não não é não é a gente precisa planejar escolher uma história bacana não é história que fale conte
tematize racismo Não não é da aula de racismo erera é trazer as imagens as histórias as danças as músicas os sabores de outras pertenças raciais de pessoas não brancas pro cotidiano da escola das crianças para elas aprenderem essas culturas ser criativo é descobrir junto com as crianças erera exige referências teóricas bom Ah mas eu fiz eu vi a Live da Glades eu aprendi tanto não querida tem que ler Muito muitos textos tem autores ótimos falando das questões raciais para as crianças planejar o tempo que a gente vai Inserir a herer na nossa ação pedagógica por
É verdade o gato preto pode pular o muro da escola o kairoz pode nos dar uma ótima chance mas eu não preciso jogar Pro universo esperando que o gato preto apareça porque ele pode não aparecer Então eu tenho que planejar eu tenho que criar estratégias criativas que façam eh surgir entre as crianças perguntas curiosidades é preciso que o ambiente da sala ele seja um ambiente pro propício as crianças se sentirem seguras para falar sobre o que elas pensam uma criança que empurra um colega negro ou que vai lavar a mão e que deu para um
colega negro de pele bem escura ela não pode ter medo de dizer Prof profe eu lavei a minha mão porque eu fiquei com medo de ficar marrom que nem ele ela não pode ficar com medo de dizer isso por qu porque externando pensamentos junto que a gente vai poder conversar e dizer mas será que quando a gente encosta na pele de uma pessoa que tem outra cor a nossa pele muda de cor será e olega que tem essa pele marr bem marrom Será que ele não tem medo de encostar na tua mão bem branquinha e
ficar com a mão branquinha e que que será que ele faria se isso acontecesse Ou seja a gente precisa planejar a gente precisa construir um uma comunidade de aprendizagem essa é uma ideia né muito presente muitos dos teóricos que hoje falam das questões raciais e de uma teórica que eu gosto muito é uma mulher negra americana que se chama Bell hooks ela já é falecida mas ela tinha essa ideia linda de dizer olha a sala de aula tem que ser uma comunidade de aprendizagem a gente tem tem que se sentir confortável seguro tem que ser
um lugar onde a gente possa levar os nossos medos as nossas dúvidas as nossas angústias os nossos lados mais feios também porque a gente não é só boniteza sem o receio de que ao mostrar esse nosso lado mais feio a gente vai ser execrado xingado mas que a gente vai ser escutado e que vão nos ajudar então a gente precisa construir essa sala de aula com as nossas crianças tem que ser esse lugar onde não há perguntas que não possam ser feitas e onde não há dúvidas que não sejam legítimas mesmo essas que nos pareçam
tão estapafúrdias tão esquisitas tão puxa a vida como é que uma criança pode não querer encostar num colega bem marrom né também erera Cronos com as nossas crianças bem pequenas porque quando a gente começa a trabalhar com aerer com as nossas crianças elas vão pensar sobre o que tá acontecendo na escola e esse pensamento vai em casa acompanha as crianças essas perguntas vão ser partilhadas portanto a gente precisa traduzir pras famílias né O que a gente tá fazendo por que que tá fazendo para que as famílias Não fiquem imaginando que quando a gente leva uma
história literária uma l dos orixás Que A Gente Tá ensinando as Crianças A virarem batuqueiros ou virarem eh eh virarem eh esqueci o nome da religião Quim bandas não assim como quando a gente fala da páscoa a gente não tá ensinando as crianças a serem cristãs católicas a gente tá falando da Cultura a religião faz parte as religiões da cultura bom como é que a gente diminui os medos das famílias conversando com elas é Cronos porque a gente precisa prever com que periodicidade a gente faz vai fazer isso vai ser só no início do ano
vai conversar por bilhetes pela agenda a gente vai conversar né uma vez a cada dois meses vai conversar quando for necessário bom erera FR centrada esse essa educação é o racista ele é aon nas aprendizagens não dirigidas que as crianças vão aprender né entre seus Paes com os adultos nas transformações que essas aprendizagens vão provocar nas nossas crianças né Por quê Porque essas aprendizagens que são íntimas lá no coração acontecendo elas nos afetam e quando a gente é afetado ah a gente muda né mudam as nossas relações os sentimentos os espaços os tempos né as
pessoas mudam a escola vai mudando quando ela é afetada pela herer bom também vou mudar né também é aon nos modos como as famílias vão compreender o que a gente tá fazendo com as crianças e vão se deixar por elas por essas aprendizagens e pelos seus filhos afetar como é que as famílias vão permitir-se afetar Quando a gente tiver falando direto bom é um tempo de mudanças né os sentimentos que esses processos de ensino aprendizagem vão produzir né E nós mesmos né professores gestores educadores né Eh nas merendeiras nos nos guardas nos porteiros que ficam
na entrada da escola nos auxiliares de limpeza eh nos nos nos eh na equipe de apoio né Eh eh do dos alunos em inclusão eh bom vai afetar todo mundo né As crianças as famílias e a gente precisa saber ã que essas mudanças né Elas vão trazer desacomoda ções conflitos um certo desconforto às vezes mas que isso é bom bom para fazer herera a gente tem que mediar os conflitos raciais a gente precisa que as crianças que são vítimas do racismo né que elas possam viver aprendizagens que façam elas reconstruírem ou construírem de um modo
bonito a sua autoimagem que elas se sintam belas que elas se sintam inteligentes que elas se sintam valoriz né E também a gente precisa recuperar os danos decorrentes do racismo cotidiano nas escolas aquela menina que não solta mais o cabelo porque o cabelo é crespo ela precisa né que a gente ajude a recuperar o dano aquela menina que chega lá né lá na pré-escola e nunca foi penteada pelos professores nunca teve cabelo enfeitado com fitas com laços porque ai não a gente não não a gente não vai mexer no cabelo dela né que dano esse
não arrumar o cabelo dela produz nessa criança como é que a gente repara esse dano a gente precisa pensar né também as crianças que têm esses comportamentos racistas e vejam eu não estou dizendo as crianças que são racistas porque as crianças não são Isto ou Aquilo nenhum o ser humano é e estou aqui a gente está deste ou daquele modo porque nós somos um projeto incompleto um projeto em transformação a gente precisa ajudar as crianças que têm essas atitudes primeiro a entenderem Que efeitos essas atitudes provocam se darem conta que elas provocam algum dano não
é Inc de culpa nas crianças não é entender que toda ação que eu tenho ela tem consequências eu preciso entender as consequências dessas ações então se eu dou um empurrão um empurrão no colega a coisa mais óbvia é bem ele sai de perto de mim bom mas que consequência tem esse empurrão Ah pode ter várias ele pode voltar e querer me empurrar também ele pode não me deixar entrar nas outras brincadeiras que ele vai fazer eh pode pode acontecer tanta coisa então a gente precisa ajudar as crianças a pensar bom quando a gente faz alguma
coisa a gente produz efeitos nas pessoas que estão à nossa volta as crianças precisam ser ensinadas não é pedir desculpas porque culpa não é uma coisa boa ou descarregar a gente não quer que as crianças se sintam culpadas e peçam desculpa não a gente quer que as crianças entendam Olha tu não encostou na mão do teu colega ele ficou triste isso fez ele ficar triste Hum que que a gente pode fazer juntos para ele se sentir melhor vamos pensar juntos que alternativas a gente tem que será que a gente pode fazer Será que a gente
dá um abraço será que ele gostaria Será que ele acha falso o nosso abraço será que ele gostaria de ganhar um desenho bonito será que ele gostaria simplesmente da gente sentar do lado dele no refeitório na hora do almoço pensar né que que a gente pode fazer em relação aos nossos atos né E aí entender puxa se o meu colega ficou bem quando eu agir desse modo vai ver que eu não preciso empurrar vai ver que nem preciso bater porque ele é marrom vai ver que ele é que nem eu só de outra cor Hum
bom vou acelerar Eu acho que a gente precisa entender que racismo não é uma coisa imutável é um fenômeno que a gente pode superar que não é neutro em indolor eh que a gente não tem que ficar nessa do ai Nossa pede desculpas porque né Tem gente que segue pedindo desculpa até os 100 anos de idade e segue sendo racista então pedir desculpa não muda muito né tem que mudar atitude onde a gente começa Ah um bom inventário que que é inventário Glades Olha se eu quero fazer uma sala de aula antirracista se eu quero
que ação pedagógica seja antirracista eu preciso saber o que que eu tenho que que eu tenho dentro da escola Que materiais eu tenho Hum Tem que conhecer todos os espaços da escola bom Que materiais eu tem brinquedos jogos bonecas tintas papéis tecidos sementes ã esculturas argilas tem argilas de cores diferentes dentro da escola tem barro edor na minha escola que eu possa produzir argila de cor diferente hum eh tem horta na minha escola tem temperos lá será que tem temperos eh trazidos pelos africanos pro Brasil na minha horta Será que tem chás que os kaingangs
nos ensinaram a usar para passar dor de garganta Hum que será que eu tenho dentro da escola tem cabaças Ai adoro cabaças são tão lindas a gente pode fazer tanta coisa com elas né os povos originários fazam faziam e fazem Maravilhas nós os gaúchos fazemos cuias de chimarrão a é difícil achar um gaúcho que não tem um pedaço de cabaça em casa os processos formativos puxa porque não é só material né não é só encher a sala de aula de bonecos negros eh a gente precisa conversar né sobre os autores sobre esses conceitos as pessoas
falam tanto ah branquitude Ui que será isso Hum será que morde né nossa da onde será que veio esse conceito então a gente precisa saber hum quem são as pessoas da minha escola que tem formação no campo deer estudaram fizeram pesquisa fizeram uns cursos Leais que podem compartilhar com a gente um bom inventário preciso saber que que eu tenho e quem são os meus aliados Ah isso é muito importante depois né Eh Por que que a gente faz inventário para entender a realidade não adianta eu olhar na internet num canal do YouTube coisas lindas e
essas coisas lindas eu não saberia nem da onde eu tiro eu tenho que olhar pra escola que eu tenho pra minha sala de aula pros meus colegas pras minhas famílias né quem são as famílias das minhas crianças puxa a gente pode descobrir famílias né nos contando narrativas tão lindas histórias das relig osidades famílias que que nos contem sobre costumes vestimentas a gente pode descobrir nas famílias pessoas de outras nacionalidades Imigrantes ai pode ter tanta coisa bonita né E também porque um bom inventário me faz pensar o que que me falta que que eu não tenho
e gostaria de ter porque aí eu posso pensar um planejamento bacana para conseguir ter aqui que eu não tenho um planejamento de recursos um planejamento de orçamento porque não se faz erer sem gastar sem materiais sem investimento não é gasto né é investimento bom e construir as parcerias necessárias o inventário fazer eu pensar quem são as pessoas que podem me ajudar hum na minha escola não tem Será que em outra perto não tem um colega que tenha feito um curso bem bacana a gente será que não pode de fazer um sábado daqueles de Formação que
às vezes são chatos virar um sábado bem legal de uma oficina hum de turbantes de dança culinária histórias histórias histórias africanas são tão lindas puxa a gente pode achar essas parcerias né finalmente além de um bom inventário a gente tem que organizar os nossos espaços físicos Ah tem tem porque se eu vou de fato trazer a presença Negra indígena para dentro da escola para dentro da minha sala de aula se eu vou trazer essa presença Negra indígena né mostrando essa cultura essa história toda essa tradição todos esses saberes Ah a minha escola tem que organizar
os espaços de outro modo né eu tenho que enxergar essas epistemologias Negra indígena no cotidiano tem que ter uma plaquinha lá na minha horta dizendo que aquele chá é um chá de origem choclan né Eh na biblioteca Ah tem que ter livros de autores negros autores indígenas Nossa não pode só não pode ser só o Airton krenak ou Daniel mundurucu Uh tem tanta gente produzindo a gente tem que achar esses materiais Tem que olhar os artefatos culturais né que que tô chamando de artefato cultural há os livros os filmes os brinquedos os materiais gráfico plásticos
é fácil pensar a presença Negra mas é presença indígena a gente tem boneco indígena de determinadas etnias para mostrar pras crianças ou indígena que a gente leva para dentro da escola ainda é aquele indígena Apache dos filmes de buang bang dos anos 60 será o que que a gente tá mostrando nosso alfabeto ainda tem o i do índio hum a gente precisa pensar sobre isso né a gente tem que pensar nesses materiais não estruturados né ligados a essas epistemologias as cabaças os temperos as argilas ai os aromas os aromas Nossa eh urucun hum aquela cor
linda do Urucum aquele vermelho maravilhoso para atingir como é que produz como é que mói que que a gente consegue pintar com Urucum Hum Tem que pensar nisso ah a gente também tem que fazer uma boa uma boa agenda de contatos Ah sim uma boação pedagógica tem contatos muitos e bons contatos né muitos nosso WhatsApp tem que ser recheado a gente tem que ter eh ai tem que ter aquela menina negra linda que declama Islã praça lá perto da escola ah tem a gente tem que saber o contato dela uhum também ahi é interessante a
gente trazer aquele grupo de capoeira né que às vezes a gente vê ali na nossa cidade puxa seria legal é bom ter esses contatos Ah aquele médico negro da nossa cidade também é bom levar ele para falar com as crianças Ah ele vai falar de não mas é importante as crianças pequenas olharem dizerem puxa existem médicos negros também porque senão elas vão achar que as pessoas negras todas são garis Ah então tu tá dizendo que é feio ser gari Não tô dizendo que é feio deixar que as crianças pensem que as pessoas negras só podem
ser uma coisa na vida a gente tem que organizar as rotinas é além do inventário dos espaços a gente tem que organizar as rotinas Ah tem porque uma das coisas da cultura africana é que ela lida com valores civilizatórios bem diferentes dos nossos ontologias diferentes das nossas outra relação com o corpo outra relação com o tempo Ah as relações intergeracionais ah são outras as famílias negras têm um apreço profundo pelos idosos os avós são tudo uma autoridade dentro de casa as avós então mandam na família inteira é as crianças andam muito com os mais velhos
na cultura Negra afro-brasileira Nos povos indígenas também vários dos povos as crianças e os mais velhos estão sempre grudadinhos na escola a gente separa eles por idade a gente não deixa né esse convívio cotidiano acontecer Ah pois é os Guaranis também tem uma relação de respeito às aprendizagens entre os pares fantásticas as crianças fazem coisas sozinhas sem os adultos estarem no meio exploram nadam cozinham preparam alimento né ninguém acha que as crianças vão pegar uma faca e sair se matando elas aprendem com os pais então a gente tem que pensar outros modos de organizar a
r para possibilitar que esses valores civilizatórios outros que não chegaram na escola como a gente construiu possam fazer parte do cotidiano das Crianças bom eu vou parando né mas o que eu quis dizer é que a erer né Essa educação pras relações étnico-raciais essa educação antirracista ela também precisa ser do Riso do Encanto e da partilha porque o que a gente quer não é que no cotidiano o tema seja a dor e o sofrimento do racismo a gente quer é que no cotidiano a gente tenha alegria a aprendizagem e construa uma sociedade livre do racismo
paraas nossas crianças obrigada é isso Glades Querida olha Eh tava aqui te ouvindo e e e parece que tu conta uma história assim a tua formação né a a as reflexões que tu nos apresenta né Eh tu vai contando uma história tu vai nos fazendo refletir tu vai nos fazendo a ir pra escola a olhar as crianças olhar as relações olhar a formação ã então muito obrigada né Por por fazer né nos tocar né então a tua fala é mais do que ouvir é uma experiência de escuta de uma escuta tão sensível sobre uma temática
eh que para nós é muito cara né Nós eh formamos professores e que aqui no lei temos esse compromisso uma formação né dos professores e das professoras dentro desse contexto né que tem tem uma dizer assim uma temática guarda-chuva que é a leitura a escrita oralidade na educação infantil e que T nos impulsiona a trazer a educação para as relações étnico-raciais né e olhar o cotidiano né Eh então foram muitos os elogios muitas as provocações muitas as reflexões aqui né no no chat né do do YouTube eh mas eu trago algumas aqui Glades né eh
P continuar então né Se possível eh seguir conversando aqui um pouco com a gente h então assim além dos elogios dos inúmeros elogios né Eh o quanto e eu acho que tu contou ali um pouco da tua história né o quanto que discutir essas relações eh num estado como o nosso né Eh que tem uma imigração cidades pequenas né então acho que eh a A Darlene Cabreira né nos traz essa reflexão e acho que tu podia trazer um pouco né dessa experiência até porque o uniafro acho que tá Na oitava né Não me lembro qual
edição stima edição sétima Edição e que vocês vão pro interior fazer formação então vocês têm muitas né Eh então assim ela ela comenta isso né que discutir isso para quem tá perto da Universidade mas para quem tá longe né E aí a gente também entende eh a importância da formação dos professores eh das secretarias de educação do cotidiano da escola e já vou responder a a fala também da Darlene que o leei Sim foi uma escolha do leei Sul tratar das Relações etn raciais né Eh como o eh um aspecto importante da nossa formação então
ele atravessa né os nossos percursos formativos ã e e claro que né né especificamente num dos percursos ele vai desenvolver mais ã uma outra questão trazida aqui né para pela Edna Brito né ela fala assim que o quanto era importante assim no cotidiano das escolas na formação né junto às equipes eh fazer essa discussão né então Eh como que essas questões são vividas né pelas professoras mulheres negras né nas instituições de ensino a lei acho que das Crianças mas também das professoras uma outra temática aqui trazida pela Cristina é a questão do medo das famílias
né de trazer essa diferença dessas questões culturais né tu trouxe vários exemplos né E que hoje a gente enfrenta no cotidiano da educação infantil também muitos pré-conceitos né Eh sobre temáticas e isso Às vezes precisa eh ser discutido né e e buscado junto às professoras nesse sentido da formação né O que tu disse assim não é só assistir a Live precisa ir lá né no conteúdo então a Cristina nos traz essa essa reflexão eh vou trazer uma última questão eh pode ser para tu para tu desenvolver então tô Tô anotando se eu for dar conta
de responder não sei mas vamos lá tá é um blog aqui assim a a questão das datas comemorativas né aquela velha discussão ideia que ah só se fala em erer né na semana da Igualdade racial né então isso foi trazido aqui por uma colega pela Carla daane e a Kar glad nos nos nos traz aquele um exemplo né podemos fazer quando uma mãe negra né Eh eh fala que o cabelo cacheado da filha é cabelo ruim então é um exemplo interessante e uma a Edna também questiona assim o que que é mais correto eu acho
que essa é interessante também para se referir a uma pessoa marrom ou preto porque tu foi nomeando né várias e isso é um debate né Eh então Acho que são essas Eu acho que eu vou começar por essa questão da nomeação tá perfeito tá acho que a primeira das coisas gurias assim né É É pensar ã que a herer não precisa estar dissociada da leitura e da escrita né A herer não é dar aula sobre o combate ao racismo a herer nos diz de construir através da a ação pedagógica Equidade racial o conhecimento e o
respeito das diversas pertenças raciais que circulam pela escola então por exemplo né Eu já já trabalhei Anos Atrás a gente tinha o pacto Nacional pela alfabetização na idade certa tá e eu eh lembro que em um dos módulos eu trabalhei alfabetização irer né Para pensar o quê eh ali no cotidiano de um material no caso era uma formação pros anos iniciais né mas ali vamos puxar pro nosso lado esquece a a referência betização vamos puxar pro nosso lado quando eu seleciono livros literários para contar paraas crianças para formá-las como leitores literários para levar a literatura
como arte pro cotidiano né do convívio das Crianças eh trabal erer não é levar histórias africanas Não é só isso é ser capaz de levar umas levar histórias Eh vou dar um exemplo de uma bem selinha da editora Palas um livro que é H Lili viaja nas histórias é uma família negra uma criança bem pequena que todo dia de noite o pai conta histórias para ela enquanto o pai vai contando ela viaja e ela se imagina sendo os personagens Todas aquelas histórias que o pai tá contando que que esse livro tem deer é uma família
Negra Isso é herer dentro da leitura e da escrita não é tematizar o conflito racial é levar a banalidade das histórias cotidianas que a gente leva para as crianças de famílias de passeios de invenções né de aventuras mostrando personagens negos vamos lá pros bem pequenos né vamos lá pro versário né Eh bom é isso é levar ser capaz de levar no cotidiano das práticas de letramento a pertença a presença Negra e indígena bom como é que a gente chama ah primeiro acho fundamental em relação às crianças negras na nossa frente escutar como elas falam de
si mesmas hum se elas se chamam pela cor eu sou marrom ou se elas dizem eu sou negro ou se elas dizem eu sou preto o modo como a pessoa se se declara como ela se nomeia nos diz de como ela gosta de ser tratada como ela entende a sua pertença racial Então isso é bem importante o que a gente não pode esquecer nós professores que a gente quando fala de herer a gente está falando de uma identidade política e portanto esta identidade política define que negros são as pessoas pretas e as pessoas pardas quando
eu falo marrom marrom Mais Escura é porque as crianças normalmente fazem né Se nomeiam desse modo né Ah sou marrom cor de chocolate Ah eu sou marrom eh cor de bombom Ah eu sou marrom eh cor eh de caramelo bom ok mas a identidade política é pessoas negras que são pretas e são paras pessoas indígenas Beleza então os modos de nomear é se indaga pelas crianças se percebe se observa e se nomeia como elas querem o mesmo em relação às famílias né a gente não precisa ter medo negro não é um palavrão negro é uma
identidade racial política embora a gente tenha sido educado e no interior isso é muito comum que dizer xingar alguém de negro como se fosse uma ofensa né como se estivesse xingando não não é né então a gente não precisa ter esse medo bom é difícil lidar com as famílias a gente tem medo Ah claro que tem a gente tá num tempo em que as redes sociais sobretudo elas dão um espaço muito grande para que processos formativos ã para Que processos íntimos que são da escola ganhem a ganhem as redes sociais e virem escândalo boletim de
ocorrência né assim da noite pro dia então claro que é difícil lidar com isso claro que a gente né não é eu não estou dizendo que é simples fazer esse processo mas é fundamental a gente lidar com as famílias por que que eu acho que é inevitável liar com as famílias primeiro porque a gente não educa as crianças sem né trabalhar em parceria com as famílias não existe isso né Eh nem legalmente nem pedagogicamente nem a gente deseja né então não há a menor possibilidade segundo porque a gente precisa relembrar o que eu disse aqui
a gente vai afetar as crianças as crianças afetam as famílias uma criança afetada tocada transformada ela leva pra família e a família vai trazer e a gente não precisa ter medo desse retorno da família né pai veio conversar na escola que que eu faço converso escuto mostro explico né é isso a gente não precisa ter medo né famílias T preconceitos Claro que tem as crianças não não aprendem essas práticas das vozes das suas cabeças como é que uma criança criança aprende a dar um empurrão numa uma criança porque ela é negra aprende no cotidiano nas
relações que ela estabelece ela se relaciona com a família se relaciona na pracinha na padaria no supermercado né na na igreja que ela frequenta no templo eh na terreira né enfim a criança né circula nas práticas né então a gente não precisa ter medo bom quem tá longe das Universidades as cidades menores é aí que eu acho que é mais importante a gente saber fazer boas seleções de materiais através da internet internet tem muito lixo mas tem tanta coisa bonita tanta coisa boa então eh eu acho bem importante também a gente descolar o trabalho com
erer eh da presença de sujeitos não brancos vou falar de erer se eu tiver um aluno Negro vou né vou trazer bonecas negras se eu tiver crianças negras bebês negros eu tiver não não não é possível que uma criança bem pequena não consiga fazer jogo simbólico com um bebê negro porque ela é branca se ela não consegue brincar com o bebê Branco isso nos diz que o racismo já tá produzindo efeitos nessa criança eu tenho que ofertar por quê as crianças negras brincam de mamãe e de filhinho com as bonecas brancas as crianças brancas também
precisam brincar com as bonecas negras sem nenhum tipo de constrangimento de medo de distanciamento né então num lugar bem pequeno eu não preciso que exista população negra para que eu traga esses elementos para que eu traga essa ação pedagógica herer é para todo mundo tendo ou não tendo pessoas negras tendo ou não tendo pessoas indígenas porque senão vamos pensar assim é raro a gente ter crianças indígenas né no cotidiano das escolas por quê Porque uma das questões dos povos originários é que eles né eles têm constitucionalmente o direito à autorregulação a constituição das suas escolas
de uma educação que lhes é própria né então é é bastante raro Mas pode acontecer em algumas cidades sobretudo onde existam aldeias próximas povoados próximos as crianças frequentam essa escola onde a gente tá então a gente precisa pensar Ah então eu só vou falar dos povos originários daqui do município onde eu tô porque é muito fácil contar a história dos mundurucus porque o Daniel mundurucu é famoso né Mas que história choclan eu sei contar que história Guarani eu sei contar conheço bom se não conheço eu tenho que correr atrás porque pras nossas crianças a gente
começa sempre aqui né no cotidiano no que tá próximo depois eu vou lá para outro lado mas o que tá próximo né O que tá próximo eu posso ir conhecer o que tá próximo eu posso convidar para vir na escola contar o que tá próximo eu posso Nossa fazer tantas coisas né Ah mas então tu tá dizendo que as crianças TM que ficar com o repertório que elas já conhecem não escola tem que ampliar repertório eu tenho que sim falar eh dos Apaches americanos eu tenho que falar dos tipu lá da Argentina eu tenho que
ser capaz de voar com as Crianças Sem Limites geográficos de território bom eh as datas comemorativas como a gente já diz no nome elas são para comemorar a gente comemora o que a gente precisa pensar é que além da comemoração a presença dessa cultura precisa atravessar os dias letivos precisa atravessar o ano da escola precisa estar no cotidiano e eu vou usar um exemplo para vocês eu vou né né Eh encerrando mas assim eh eu a Simone sabe eu sou uma pessoa que adoro decoração natalina eu comemoro intensamente o Natal intensamente assim minha casa é
quase um Natal Luz de Gramado porque eu adoro porque amo porque sou doida mês de Julho tem um canal né na na TV por assinatura que só dá filme de Natal 24 horas por dia eu assisto em julho é sou dessas bom eu adoro essa comemoração para mim eu não posso não me basta confiná-los eu arrasto a comemoração ao longo do ano quando eu acho um panetone ao longo do ano pode saber que eu vou comer panetone se eu encontrar um peru no supermercado em promoção eu vou assar um peru e vou decorar para mim
é natal o ano inteiro porque eu adoro essa comemoração por que que eu tô usando o exemplo do natal para dizer que talvez o 20 de novembro possa ser uma possa ser essa celebração celebração o ano inteiro celebrar a potência a beleza a lindeza da cultura Negra o ano inteiro não é festa não é transformar numa festa numa festividade é diferente é celebração de uma cultura assim como a gente celebra nos estados do sul muito fortemente a cultura alemã se celebra ao longo do ano se fala muito dela bom tem que se falar da cultura
Negra tem que se falar da Cultura cang né então é isso ser capaz de fazer isso eh Sim a gente tá quase fechando tem uma questão que eu acho bem importante nós as professoras negras né a gente enfrenta gurias às vezes conflitos que são quase invisíveis pros colegas né mas que são são difíceis né não é fácil pra gente às vezes às vezes a gente é aquela professora que o pai chega na escola e diz eu quero falar com a professora a gente se apresenta e diz não não eu não quero falar com o atendente
não quero falar com a monitora eu quero falar com a professora é difícil é difícil eh nós Talvez né Eh antes dos alunos né antes das Crianças antes dos nossos estudantes talvez a gente esteja nós precisando né Eh eh dessa mão de vocês colegas brancas né que que estejam do nosso lado que vejam essas cenas e sejam capazes de nos acolher ã às vezes até de nos ajudar a ver porque isso é tão doloroso que às vezes a gente não tem coragem de admitir né que a recusa ou a insistência desse pai quem falar com
a professora é porque ele acha inconcebível que uma mulher negra seja professora né então às vezes eu acho que é pensar que um pouco das coisas que eu disse são processos que são nossos nós professores nós adultos vamos viver com as crianças por fim quem tá longe das Universidades acho que a pandemia nos ensinou uma coisa que a gente precisa continuar exercendo a gente longe do ponto de vista de território mas a gente não tá tão longe não a gente tá uma live de distância um WhatsApp é um e-mail né é uma é um é
um clicar e a gente tá em tempo real assistindo participando integrando grupos de discussão baixando materiais produzidos aqui essa própria política formativa Quantos materiais Magníficos estão sendo produzidos são Pelas universidades né então mesmo quem não tá presencial mente na urgs ou na Federal do Paraná ou em Santa Catarina pode acessar acessar materiais que é Federal do Pará deve est produzindo que sei eu citar mas imagino que esteja quer dizer a gente tem eh a gente tá distante das Universidades talvez do ponto de vista de território mas pedagogicamente a pandemia nos mostrou que a gente pode
estar muito perto né e uma outra coisa que eu também acho muito bacana sabe que a pandemia me mostrou que nós mesmos podemos nós professores fazer nossos processos formativos tão bom criar grupo de discussão sentar para ler livros e conversar assim online uns com os outros né é uma prática tão boa tão interessante né então acho que a gente tá longe mas também não tá tão longe assim né Eh aí tem um minuto um minutinho não posso terminar sem contar uma história né gurias não a pele que eu tenho já que eu falei da quero
contar uma história né essa autora então Negra né escreveu livros pras crianças e aí ela diz assim a pele que eu tenho é só uma camada não fala completamente De onde eu venho a pele que eu tenho é só uma camada quer mesmo me concer precisa chegar perto bem aberto a pele que eu tenho me agrada por ela se revela um pouco da minha identidade mas não toda a minha personalidade a pele que eu tenho será sempre só uma camada que sozinha não me define se quer mesmo me conhecer só precisa chegar perto só um
s um conjunto diverso com muitas camadas na frente no verso de histórias passadas presentes futuras trajetórias de gerações e várias culturas algumas que me mostram reais e autênticas e outras que eu crio divertidas de faz de conta se quer saber quem eu sou É só de deixar de lado tudo aquilo que desde antes imaginou ao conviver comigo perceber que sou uma pessoa inteira assim como você a pele que nós temos é só uma camada fortalecendo a amizade narrando as histórias da nossa pele e descobrindo outras que a pele não conta quem somos de ponta a
ponta por dentro somos gente que sonha que chora que ri que dança gente com confiança e liberdade para Se Abrir de verdade para ele que a gente tenha só uma camada vamos curtir Que lindo Gladis obrigada por nos presentear então agora nesse finalzinho com essa história linda muito obrigada E que o lei su assim com toda a tua energia com a Tua sensibilidade possa ser né Essa comunidade de aprendizagem e que a erer né Eh seja um um eixo formativo na nossa ação pedagógica que começa aqui nessa formação mas vai acontecer lá no cotidiano com
as crianças muito obrigada convido a Dani então para se despedir então né Eh assim essa leveza com tanta contundência né que a Gladis nos trouxe hoje e para para pensarmos né que o que que é o erer que que é essa essa essa disponibilidade para enxergar não só o outro mas pra gente se enxergar também nas nossas questões nas nossas limitações nas nossas entendimentos que por vezes perpetuam os preconceitos né E que é é uma questão cultural muitas vezes então eu acho que ficou muito claro isso hoje na fala da Glades muitas pessoas manifestaram no
chat assim essa percepção né e acho que nós vamos assistir muitas vezes a Live novamente para pensar discutir dialogar então agradecemos a todas e todos que nos acompanharam nesta Live encerramos essa atividade realizada pela Glades né k Obrigada novamente pela presença né das convidadas eh principalmente nossas formadoras que estão aí né as professoras que também estão pela participação dos intérpretes de libras Fernando e Vinícius de toda a equipe do le su especial ente dos colegas que estão auxiliando nos Bastidores dessa Live Aline Rebelo Nossa coordenadora adjunta de Santa Catarina e Bárbara Borges apoio dti do
Rio Grande do Sul e a todas e todos vocês que estão nos assistindo Eh por favor divulguem compartilhem né Eh disseminem as nossas palavras aqui que elas não fiquem só no ambiente virtual que elas possam eh afetar a todos vocês boa noite e até a próxima Live