o raciocínio Clínico que não pode faltar para atendimento de pacientes que chegam com dor abdominal é uma queixa extremamente frequente no dia a dia e diante de um paciente com dor abdominal é 880 ou algo sem muita gravidade ou algo potencialmente grave cirúrgico que tem que ter intervenção imediata Então esse raciocínio Clínico para conduzir esse tipo de paciente é fundamental a dor abdominal é um dos sintomas que a gente mais precisa ter atenção no pronto atendimento por tem diversas situações em que não é nada mais grave como por exemplo uma dismenorreia ou pode ser algo
extremamente grave como uma úlcera perfurada uma apendicite uma diverticulite ou até mesmo uma pancreatite então diante desses pacientes você precisa começar desde a chegada ter um raciocínio Clínico já a partir da história depois partindo pro seu exame físico e depois para dar a melhor conduta e olha uma uma coisa interessante você não precisa necessariamente fechar o diagnóstico ali no seu local de atendimento não por Tem situações como uma diverticulite que você precisa desam de imagem e que muitas vezes dependendo do local que você tiver atendendo não vai ter disponível uma tomografia para isso mas então
a partir de hoje você vai pensar em dois parâmetros para aí sim você poder definir a melhor conduta pro seu paciente e para definir essa melhor conduta três situações são possíveis diante de um paciente com dor abdominal primeira delas algo sem gravidade segundo algo com gravidade como uma pancreatite por exemplo e terceiro casos cirúrgicos é isso que você precisa definir quando você se deparar com o paciente ali na emergência às vezes numa OBS num PSF você precisa pensar nessas três possibilidades para aí sim você poder conduzir cada um desses pacientes de maneira diferente algo sem
gravidade exemplo dismenorreia uma cólica menstrual isso não traz nenhum perigo pro paciente é claro né toda a dor paraa paciente que vai est lá tudo mais você deve aliviar vou falar dos tratamentos depois mas esse tipo de situação não corre o paciente não corre nenhum tipo de risco já no caso de risco pro paciente pode ser por exemplo uma pancreatite em que não é algo cirúrgico mas que esse paciente vai precisar ficar internado a gente sabe que as primeiras 48 Horas esse paciente faz uma baita reação inflamatória tem que ficar em jejum não às 48
horas mas inicialmente fic em jejum inclusive Esse é um tema muito interessante para fazer um vídeo já deixa aqui nos comentários se você gostaria de ver um vídeo inteiro falando sobre pancreatite como conduzir da melhor maneira possível assim se tiver bastante pedidos sugestões aqui na na nos comentários eu posso gravar um vídeo específico mas a pancreatite então é algo que não é a princípio cirúrgico mas que tem um baita potencial de gravidade inclusive podendo levar disfunções orgânicas e por último caso cirúrgicos apendicite úlcera perfurada diverticulite Nem sempre é cirúrgico colecistite é cirúrgico E que esse
paciente você tem que ter atenção porque você vai ter que encaminhar para um serviço de referência para confirmar o diagnóstico e aí sim fazer a a a a cirurgia mas agora a grande Pergunta A grande questão é tá já entendi que ou não tem gravidade ou com gravidade ou caso cirúrgico Mas como que eu vou decidir isso como que eu vou raciocinar diante do paciente que tá ali alguma dessas condições E aí que eu te falo dois passos para fazer isso primeiro avaliar a história da dor do paciente o tipo de dor já vai te
ajudar muito a direcionar se é uma algo com que você deve se preocupar ou não existem três tipos de dor dor visceral parietal e dor irradiada a dor visceral é geralmente uma dor mal definida como é uma dor literalmente do órgão do da víscera o cérebro não consegue identificar exatamente o ponto que tá doendo olha um exemplo clássico uma apendicite no início do processo inflamatório ali na base do apêndice nesse momento inicial da inflamação o cérebro não consegue identificar que é ali na região do CCO no CCO terminal ali no apêndice e geralmente a dor
vem na região mesogástrica em volta do umbigo por exemplo uma paciente com dismenorreia a dor vai vir em região hipogástrica paciente com uma cólica biliar tá lá com uma uma um cálculo bem na vesícula E aí come algo gorduroso a vesícula tenta contrair o cálculo impacta no infundíbulo e dá aquela baita cólica Quantas vezes você já deve ter atendido um paciente com uma dor mesogástrica aqui ó no epigástrio aliás e que é o problema da vesícula Então olha como que nesse momento com uma dor visceral o cérebro não consegue identificar adequadamente então geralmente a dor
é na região mediana uma dor mal definida isso é o primeiro tipo de dor segundo tipo de dor dor parietal a partir do momento que no caso eu falei de apendicite e colecistite a partir do momento que esses dois órgãos começa a sofrer um processo inflamatório lá no apêndice por oclusão da base do apêndice e lá na vesícula por oclusão da saída ali no infundíbulo conforme vai tendo um processo inflamatório intenso ali no órgão esse processo inflamatório é literalmente como se ele extravase para fora do órgão e nesse momento esse processo todo inflamatório acaba encostando
no peritônio parietal esse peritônio parietal é extremamente vascularizado Então a partir do momento que a dor Encosta que o pro problema encosta no peritônio parietal a dor vem chamada dor parietal e que o paciente consegue localizar exatamente o ponto onde dói é de novo o exemplo da apendicite numa fase inicial dor mal definida que pode vir periumbilical conforme vai progredindo a inflamação ali do apêndice ele vai supurando aumentando de tamanho pode romper inclusive e a hora que ele encosta no peritônio parietal a dor passa a ser localizado na fósil ilíaca direita Então essa é uma
história clássica nem não tá para presente em todos os pacientes Mas é uma história clássica da apendicite hiporexia pode ter um pouquinho de febre náusea e dor periumbilical e de repente depois de algumas horas a dor para ao redor do umbigo e vai migrar e fica constante em foss celíaca direita porque nesse momento encostou no peritônio e passa a ter uma dor eh peritoneal parietal nessa situação geralmente isso é caso cirúrgico então toda vez boa parte das vezes não todas mas que faz o exame no paciente vê t onismo a até prova o contrário esse
paciente é candidato à cirurgia ou pelo menos a avaliação do cirurgião Então esse é o segundo tipo de dor terceiro tipo de dor a dor irradiada quando a dor tá em um local Mas o problema não é naquele local olha um exemplo clássico Ah o paciente tá com dor no ombro e fala puxa dor nessa região pode ser a presença de gases no Colon é verdade isso sim é verdade Porque conforme vai tendo distensão gasosa nos cólons vamos lembrar que o ângulo esplênico ele é mais alto do que o o ângulo hepático então conforme Vai
acumulando gases dentro do intestino e principalmente naqueles pacientes mais constipados esse gás tende a subir e vai lá no ângulo no ângulo esplênico e nessa região conforme vai tendo essa distensão acaba pegando a inervação isso é uma inervação visceral que o cérebro não consegue identificar e quando ele recebe o estímulo de que tá tendo um problema aqui nessa região esse estímulo sobe com a mesma inervação que vem aqui pro ombro e hora que chega lá no cé c o cérebro não consegue definir se o problema é aqui ou no ombro por isso que a dor
acaba vindo pro ombro chamada de dor irradiada Então na verdade o problema não é no ombro E aqui nessa localidade Então a gente tem que ter atenção com dor tip irradiada um outro exemplo da parte abdominal famosa pancreatite a pancreatite na maioria das vezes ela dá uma dor em faixa na região anterior do abdômen que irradia pro dorso mas em alguns pacientes pode vir uma dor somente no dorso e não dor abdominal ou então uma úlcera duodenal parede posterior pode dar dor também só nas costas Isso é uma dor irradiada porque o problema não é
nas costas e sim aqui na região abdominal Então a partir do momento que você colheu uma boa história dividiu nessas três possibilidades de dor aí você parte pro segundo passo que é avaliar a repercussão sistêmica desse problema que tá dando a dor em outras palavras sinais e sintomas sistêmicos porque Se tiverem presentes é algo que vai te chamar atenção paciente com hiporexia febre vômitos parada de eliminação de gases e fezes distensão abdominal equimose periumbilical equimose inf flanco tudo isso tá mostrando para você que não é uma simples dor e que tá tendo uma repercussão sistêmica
importante então diante desses casos Aí sim que você já avaliou tipo de dor e que você avaliou você tá tendo sinais sintomas sistêmicos agora você consegue definir qual melhor conduta base AD se é algo sem risco pro paciente com risco ou cirúrgico se o paciente tem uma dor visceral sem repercussão sistêmica Muito provavelmente você tá diante de um paciente com uma dor sem risco pro paciente e que você pode medicar analgésicos antispasmodic e antiinflamatório Então pode utilizar aí Dipirona paracetamol Dipirona 1 g por exemplo venoso acompanhado de algum antiinflamatório como Cetoprofeno 100 mg diluído em
soro fisiológico 100 em fundido em 20 minutos se tiver nauseado pode associar Metoclopramida por exemplo 10 mg e ainda dependendo da intensidade da dor você até pode passar um Tramadol um opioide fraco 50 mg diluído num soro de 100 então uma cólica biliar por exemplo pode passar isso e ó aqui vale uma Denda que cabe uma aula específica para falar de cólica biliar Mas pode fazer opioide não tem problema com aquela história de fechar o esfincter de ódio isso é mais lenda do que verdadeiro Então esse é o tipo de tratamento para paciente que chega
com dor e que não tem qualquer risco pro paciente agora se o paciente chega pode ser até uma dor visceral uma dor mal localizada ou uma dor parietal e que tá tendo repercussão sistêmica febre vômitos calafrio queda do estado geral parada de eliminação de gases e fezes ou o contrário diarreia Então nesse tipo de situação você tá diante então de um paciente que pelo menos tem algum risco pode ser cirúrgico ou não mas que de imediato vai precisar de investigação então que você não pode dar alta Se você tiver como solicitar exames ali no seu
local de atendimento você solicita sen não encaminha para avaliação da equipe de cirurgia e por último pacientes cirúrgicos são aqueles que estão apresentando sinais sintomas sistêmicos e principalmente que tão com peritonismo faz lá descompressão brusca e aqui entram toda a semiologia sinal de Bloomberg sinal de hov Zing e todos os demais Ali sinal do pessoas isso geralmente denota algo cirúrgico Então esse paciente vai precisar ser encaminhado pra avaliação da cirúrgica e aqui vale um adendo Ah você definiu Então vai precisar de investigação tá lá o paciente com você morrendo de dor é uma úlcera uma
provável úlcera tá com abdômen tábua uma úlcera Ah que rompeu úlcera gástrica Poxa Ah mas ele vai pro cirurgião não posso fazer medicamento porque senão vai mascarar os sintomas não se você já definiu que algo Possivelmente cirúrgico ou mais grave vai ter que fazer exame de qualquer jeito vai passar pela avalia S sim do colega cirurgião Mas você não vai deixar o paciente com dor a não ser que no seu serviço tenha serviço de cirurgia geral e você chama eles podem avaliar de imediato senão se for encaminhar faz analgesia para esse paciente Não vai deixar
ele com dor ali enquanto espera a avaliação do Especialista mas eu tenho certeza que a partir de hoje com esse passo a passo com o que eu te passei aqui nessa nesse vídeo você vai ter muito mais clareza e raciocínio Clínico para conduzir com segurança um paciente que chegar até você com uma dor abdominal Então aproveita compartilha esse vídeo com seu amigo médico e acadêmico de medicina manda para ele que eu tenho certeza que ele vai aproveitar bastante esse vídeo e aproveito para te convidar que no próximo vídeo eu vou trazer o tratamento atualizado para
cinco infecções mais frequentes no dia a dia vou focar nos principais antibióticos de cada uma dessas infecções Então vai est imperdível se você gostou do vídeo de hoje já deixa um like aqui se você ainda não tá inscrito no canal se inscreve no canal ativa as notificações um grande abraço e nos V vemos no próximo vídeo