Boa noite a todos. Obrigado pela presença de todos vocês aqui nesta noite. Meu objetivo é fazer uma breve apresentação do livro que está sendo lançado hoje à noite e destacar alguns pontos desse livro sobre a carta aos Gálatas.
Quando o cristianismo surgiu, ele demonstrou uma força criativa muito grande. O cristianismo arejou os horizontes da época, provocou as imaginações, mudou a cultura e, com isso, trouxe a criação de gêneros musicais e também de gêneros literários. Os evangelhos, por exemplo, são um tipo de gênero literário que não era conhecido até então, mas que surge no despertar que o cristianismo trouxe à cultura daquela época.
Um outro gênero literário são as cartas ou pistolas. Havia cartas naquela época, mas as pistolas são um pouco diferentes; é uma mistura de uma homilia, de um sermão, com uma carta, e é um gênero literário que é típico e próprio do cristianismo. Não encontramos esse gênero em nenhum outro lugar.
O Apocalipse era um gênero literário que já existia, mas o Apocalipse de João é mais do que aquele tipo de apocalipse que era comum durante o período do Segundo Templo. Ele é uma combinação de apocalipse com escatologia. Enquanto os apocalípticos geralmente eram pessimistas e falavam de intervenção catastrófica de Deus no fim da história, o Apocalipse de João, ao contrário, narra a história da redenção a partir de intervenções de Deus ao longo da história, combinando na intervenção final.
Esse poder do cristianismo de criar novas expressões artísticas e literárias se manifestou através da história. Quando a Reforma Protestante surgiu, apareceram pessoas como Lutero, que era uma combinação de músico e teólogo, fazendo produções musicais que são cantadas até hoje. Calvino fazia exposições toda manhã na Catedral de São Pedro, que acabaram virando livros e comentários.
Há cerca de 30 anos, um pastor galês chamado Martinho Lloyd-Jones começou uma série de exposições no livro de Romanos na Catedral de Westminster, onde ele era pastor. Durante cerca de 12 anos, ele expôs a carta aos Romanos. Coincidentemente, eu comecei a explorar a carta aos Romanos aqui na igreja dois domingos atrás, mas não pretendo demorar 12 anos.
O Dow Jones levou 12 anos fazendo expositores da carta aos Romanos, e quando ele terminou aquela exposição, alguém teve a ideia de pegar os áudios — não havia vídeo naquela época, apenas filmes nos dias de exposição — que eu jamais tinha ouvido, inclusive eu tenho o privilégio de ter ainda em fita cassete alguns dos áudios da pregação de Martinho, que estão guardados numa caixa de couro em casa. Alguém teve a brilhante ideia de pegar as exposições de Martinho Lloyd-Jones e cometê-las ao papel, fazer uma transcrição e dar um formato escrito. Surgiu, então, um novo gênero literário que não havia antes.
Se você queria estudar Romanos antes, você pegava os comentários clássicos, escritos por eruditos em seus gabinetes, e, depois de longos anos de pesquisa, apresentavam um conhecimento literário profundo do grego e hebraico, que comparavam com os textos de antigas variantes textuais e tudo mais. No final, o povo não tinha acesso ao conteúdo da carta, explicada de uma forma mais profunda, porque era necessário ter bastante conhecimento para ler os comentários dos delegados, que são os famosos, os primeiros produzidos em alemão, e décadas depois é que foram escritos, transcritos para o inglês. Você tinha que saber latim, hebraico, grego, era maicon e alemão, para poder ler o que o sujeito estava escrevendo, mas era o top, né?
Os comentários mais profundos que alguém já escreveu no Novo Testamento. Depois, a filha dele assumiu a empreitada e publicou as pregações de Martinho Lloyd-Jones no formato de comentários da carta aos Hebreus. Então, não era um comentário no sentido clássico, certo?
Mas também não era um livro devocional baseado em humanos; eram exposições bíblicas que Martinho Lloyd-Jones fazia do seu púlpito na igreja. E a onda pegou. Depois de Martinho Lloyd-Jones, Martinho Gujan foi o maior incentivador da pregação expositiva no nosso mundo moderno.
Ao lado dele, veio Jones Stott, que também começou a enfatizar a necessidade de pregação expositiva. E aí começaram a ser publicados os clássicos da literatura puritana, que eram pregadores expositivos. Em todo o mundo, começou a aparecer um novo apreço pela Reforma Protestante, pelo legado dela, especialmente a pregação expositiva.
Surgiram pastores de igrejas de grande porte nos Estados Unidos e na Europa, como, por exemplo, John Piper ou John MacArthur. Mais recentemente, o Mark Dever, lá na Capitol Hill em Nova York, Albert Mohler, dos Batistas do Sul dos Estados Unidos. Todos eles são pregadores expositivos, pastores de grandes igrejas, e as pregações que costumavam fazer eram em série.
Pegavam um livro da Bíblia, começavam do primeiro versículo e terminavam no último. Assim, aquelas pregações foram transcritas e se tornaram comentários daqueles livros a partir das exposições bíblicas. Então, não é um comentário no sentido estrito do termo, no sentido clássico, mas também não é algo emocional.
Não é assim, do tipo que você vai lá para ter pensamentos sólidos e uma investigação da passagem, para ter esclarecimento sobre o que a passagem está dizendo e como ela se aplica à nossa vida. Mas é um gênero novo de literatura. E mais uma vez, o cristianismo mostra seu poder criativo.
Eu creio que um dos pioneiros aqui, ao fazer isso, foi o reverendo Hernandes Dias Lopes. Um comentário para cada livro da Bíblia. Aquilo não foi o Hernandez.
Todo mundo sabe, e ele não faz mistério. E disso aí, são pregações, dispositivos no referido Hernández, na Igreja do Vitória, na Grande São Paulo, que ele começou. Então, a produzir em termos de comentários nos livros da Bíblia, extremamente estudados, muito bem pesquisados, com uma série de referências ao material que ele usou.
E aí a coisa começou a andar. Foi aí que eu entrei. Também foi entregue, algum tempo atrás, à editora.
Primeiro foi a Editora Cultura Cristã; ela se interessou e queria que eu escrevesse um comentário no Novo Testamento. Comecei a escrever comentário feito no gabinete e produzi três comentários: nas cartas de João, na epístola de Tiago e, depois, o tempo não dava mais pra fazer isso. E aí eles disseram: "assentam em suas pregações".
Pois é, tem uma pregação aqui em Hebreus. Eu preguei quase um ano inteirinho. Aí eu quero.
Aí eles pegaram e estão produzindo Hebreus, que deve sair no final do ano. Antes disso, a Vida Nova disse: "mas você tem palestras em outros livros da Bíblia? " Tenho!
Tem exposições em Malaquias. Nós vamos publicar. Mas saiu a mensagem de Malaquias sobre culto.
Aí tem mais pastor de se: "tenho tempo" e "se vocês não querem publicar? " Também publicaram a série em Colossenses, que tem a ver sobre a suficiência de Cristo. Terminado, ele disse: "mas não tem mais outro.
" Diz: "tem uma série em Gálatas. " Pois nós queremos também. E aí surge, então, o livro que está sendo lançado em Goiânia hoje: "Livres em Cristo", que é uma série de exposições na carta aos Gálatas.
Enquanto isso, eles estão preparando o de Jonas, que o pessoal da igreja que conhece. Vai sair um livro até o final do ano, se Deus quiser. E também o de Josué, que foi pregado aqui na nossa igreja.
A Vida Nova está preparando pra lançar, se Deus quiser, até o final do ano ou início do ano que vem. É um tipo novo de literatura que não havia antes. Como eu disse, quem queria estudar os livros da Bíblia, dependia de seus comentários.
Mas agora tem um alcance muito grande, porque a linguagem é a linguagem do público: linguagem acessível, linguagem fácil, sem ser superficial e sem ser rasa. Porque o pregador, como dispositivo, tem por obrigação conhecer o seu texto, saber o que ele quer dizer, qual é a intenção do autor e quais são as aplicações. Então, é isso que vocês têm diante de vocês: o livro de Gálatas, "Livres em Cristo".
Esse livro surge de uma série de mensagens na carta aos Gálatas, que eu tive a oportunidade de pegar algum tempo atrás na Primeira Igreja Presbiteriana do Recife, muito tempo atrás. Estava guardado um dinheiro em áudio, né? Finalmente foi descoberto pela Vida Nova, então virou esse livro que vocês têm.
A dificuldade de pegar um livro, uma coisa falada e colocar no papel, você só sabe quando tenta fazer. Porque uma é a linguagem oral, outra é a linguagem escrita. Se eles traduzissem e colocassem no papel exatamente como emprego, não faria o menor sentido.
É muito estranho. Então, você precisa de um trabalho de edição muito pesado. E eu tive alguns editores que deram muito trabalho, que me tiraram do sério.
O editor é aquela pessoa que pega o que você disse, transcreve para o papel e, se alguém disser que é um trabalho braçal, alguém que é editor faz a primeira leitura. Aí vai fazendo perguntas do tipo assim: "A irmã do texto, para ser corrigido, e dizendo assim: o senhor disse que fulano de tal disse isso. Aonde ele disse?
" Eu tenho que dizer, indicar a fonte. "O senhor está dizendo que fulano de tal é a mini-anã, mas já tem um Deus, ele é calvinista. Eu tenho certeza disso aqui que está dizendo.
Como é que o senhor harmoniza isso com duas frases depois que o seu pai está dizendo o contrário? " Sabe, aquele tipo de editor chato que faz você olhar pra você mesmo e ficar com vergonha do que você falou, do que você escreveu, e que obriga você a pesquisar. E, no fim, chega a dizer: "era melhor ter sentado e escrito o livro, do que ter que passar por esse processo de edição.
" E são duas ou três edições até que, finalmente, o editor-chefe declara o livro pronto para ser publicado. Fica satisfeito e disse: "agora você pode publicar. " Então, é todo esse trabalho que tem por detrás de um livro dessa envergadura.
Bom, eu queria agora falar um pouquinho do conteúdo do livro. Eu quero começar destacando a importância da carta aos Gálatas para os dias de hoje. A carta aos Gálatas já foi, e sempre foi, apreciada pela cristandade, mas muito mais depois da Reforma Protestante.
Embora Lutero tenha explorado e usado muito a carta aos Romanos, que foi, inclusive, além da carta aos Romanos que Lutero se converteu ou entendeu que era o caminho da salvação, mas, sem dúvida, Gálatas era a carta predileta dele. Escreveu dois comentários na carta aos Gálatas: o primeiro, quando já era convertido, mas ainda era monge e professor da Universidade de Wittenberg, e um pouco antes de lhe pregar as 95 teses, para desafiar os demais estudiosos de Roma a discutir as questões que viriam pela frente. Já tinha escrito um comentário e, depois da Reforma, 20 ou 30 anos depois, já mais maduro, perto do fim da vida, Lutero escreve o segundo comentário aos Romanos e aos Gálatas.
Os críticos, não quer dizer o pessoal que estuda Lutero, disseram que, por incrível que pareça, o primeiro foi o melhor. O primeiro era melhor. E Lutero era mais.
. . Sucinto, ele era mais direto.
No texto, ele estava mais interessado em dizer o que é que o texto estava dizendo. No segundo comentário, já muito tempo depois no hotel, já faz muita alegria a interpretação dele também, que é viciada contra a Igreja Católica. Onde ele encontra, ele acha o Papa e tudo, né?
Tá batendo papo em qualquer frase de Gálatas; ele acha um jeito de bater no Papa. Então não tem razão, mas aí o pessoal acha que o comentário é o primeiro comentário de Lutero em Gálatas, melhor do que o segundo. Isso para mostrar a importância da carta; ela serviu de base para a formação do pensamento reformado com relação à justificação pela fé e era a quarta favorita e predileta de muitos dos pregadores naquela época.
E hoje ela continua sendo extremamente atual. Paulo escreveu essa carta com o objetivo de conter uma debandada dos crentes das igrejas da Galácia para uma doutrina que dizia que Cristo não era suficiente para a salvação. Para que uma pessoa pudesse salvar-se, ela precisava, além de crer em Cristo, guardar as obras da lei.
O que estava dizendo isso era um grupo de missionários oriundos do judaísmo, provavelmente de Jerusalém. Eram cristãos, judeus convertidos ao cristianismo, mas que entendiam que a salvação dependia também da observação das obras da lei. E as obras da lei que eles tinham em mente eram circuncisão, guarda do sábado e adição religiosa dos judeus.
Depois que Paulo saiu da região da Galácia, há duas teorias sobre qual Galácia foi. Tem a Galácia do norte e a Galácia do sul, e ninguém sabe direito qual era a Galácia que Paulo visitou e pregou o evangelho, onde esse problema aconteceu. Tudo depende da adaptação do Conselho de Jerusalém, em Atos 15.
Eu trato disso na introdução do livro, mas tudo bem, foi uma das Galácias. Os missionários judeus chegaram nas igrejas que Paulo havia plantado mais ou menos assim: "Vocês são cristãos? Nós somos cristãos também, tudo bem.
Nós somos apóstolos de Jerusalém, nós somos enviados aqui com cartas lá da igreja de Jerusalém. Nós somos autorizados pelas autoridades lá de Jerusalém e queremos dizer para vocês que a evangelização de vocês foi incompleta. Que foi Paulo quem pegou o evangelho aqui.
Olha, eu não quero falar mal do pastor de vocês, mas sabem que ele não era dos doze, né? Ele não era dos doze discípulos originais de Jesus, ele não morava em Jerusalém. Ele morava lá em casa.
" Daí se inicia e ele começou a falar mal de Moisés, começou a falar mal da lei, está dizendo que os judeus não precisam circuncidar os seus filhos, está dizendo agora que esse negócio de que o mensalão só é pela fé em Jesus Cristo e a lei que Deus deu, e os dez mandamentos, vocês foram realizados, desculpa dizer, por um apóstolo meia boca. Só disse meia verdade para vocês! A verdade completa é essa: vocês acreditarem em Cristo é metade do caminho, mas agora têm que se circuncidar, guardar as festas religiosas de Israel, guardar o sábado, guardar toda a lei.
Senão, vocês não vão ser salvos! Era mais ou menos isso que estava acontecendo. E alguns começaram a dar ouvidos a isso.
Alguns começaram a captar a mensagem desse pessoal e, em vez de continuar na mensagem que eles tinham ouvido de Paulo, que a salvação era pela graça mediante a fé em Jesus, sem as obras da lei, eles começaram, inclusive, parece que tinham alguns que já tinham se circuncidado, a observar a circuncisão mesmo que eles não fossem judeus. Os gálatas não eram judeus, mas estavam se tornando judeus, pensando que isso faria parte do reino de Deus. Paulo, então, escreve essa carta.
Ele está bastante contrariado. Essa é a única carta das 13 que ele escreveu que não começa com uma saudação do tipo assim: “Graça e paz, Deus abençoe vocês, estou feliz, estou orando por vocês. ” Ele já começa se dizendo: “Eu estou admirado que vocês passaram do evangelho que receberam para outro evangelho.
” Ele já começa dando bronca na igreja, tal a consternação que Paulo está sentindo que ele escreve essa carta. E na carta ele aborda quatro temas que continuam sendo atuais, apesar de que essa carta foi escrita há dois mil anos, mas os temas ficam voltando através da história da Igreja. O primeiro tema é a questão do apostolado, porque aqueles missionários judeus estavam questionando a autoridade de Paulo.
E Paulo, no capítulo primeiro e até o capítulo 2, verso 21, faz uma defesa do apostolado dele. E ao fazer isso, ele nos dá a informação do que é um apóstolo de Jesus Cristo. O apóstolo de Jesus Cristo, nas palavras de Paulo, é alguém a quem Cristo apareceu e comissionou para lançar os fundamentos da igreja.
Paulo narra que, no capítulo, como Cristo apareceu a ele no caminho de Damasco e o constituiu apóstolo, a ponto de que Paulo não sentiu necessidade de, lá em Jerusalém, pedir permissão de quem já era apóstolo, porque ele sentiu que estava exatamente no mesmo nível. E finalmente, no final do capítulo 2, início do capítulo 2, quando ele vai para Jerusalém e se encontra com Pedro e os outros apóstolos, eles fazem uma separação de trabalho: Pedro e João, de Tiago, dizem: “Nós vamos ficar lançando o fundamento da igreja entre os judeus, e Paulo, você vai fazer isso entre os gentios. ” Com isso, o apostolado de Paulo é considerado igual ao dos 12, e tendo em comum as mesmas características.
Então é isso que é um apóstolo. Ao defender-se das acusações de que ele não era apóstolo, Paulo diz que um apóstolo é alguém que foi comissionado diretamente por Jesus para lançar os fundamentos da igreja, alguém que viu Cristo. Tudo isso é reto, alguém que foi testemunha da ressurreição de Jesus Cristo.
Hoje, ressurgi. Igreja evangélica! Essa ideia de que Deus está levantando, após tons, e no Brasil temos 10 mil após tons ligados a redes apostólicas, movimentos apostólicos, cobertura apostólica, movimento internacional de apóstolos.
E isso, filho, levanta a pergunta: existe apóstolo hoje, como Paulo, como os 12? A resposta é: existiria se Cristo aparecesse em pessoa, ressurreto, e mandasse que ele lançasse o fundamento da igreja cristã, escrevesse Bíblia, colocasse a mão com o Espírito Santo, fizesse sinais e prodígios do tipo ressuscitar mortos e levantar cegos. Então, se tivesse essas condições hoje, né?
Ainda assim haveria dificuldade, que vem a seguinte questão: os apóstolos estão na base da igreja, no nascedouro da igreja. Eles lançaram fundamento, e há dois mil anos a igreja vem edificando sobre o fundamento dos apóstolos. Que é isso aqui: o fundamento dos apóstolos e dos profetas.
Quem é que precisa de apóstolo hoje? Se aqui temos Paulo, Pedro, Tiago, Mateus, João, ninguém precisa de apóstolo hoje. Nós precisamos de pastores que expliquem o que os apóstolos nos ensinaram, o fundamento que eles lançaram, de mestres.
Então, a carta aos Gálatas é muito boa porque ela serve de curativo para essa onda de apostas que existe por aí. No livro, eu trato a respeito dessa questão: o que é um apóstolo e quais são as funções de um verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo. Por isso, esse livro ainda hoje é um livro extremamente atual, porque ele trata dessa questão.
Há uma segunda questão que é tratada pelo apóstolo Paulo na carta aos Gálatas, que é a questão da salvação do pecador. Esse é o tema central. E de que forma o pecador é salvo?
A resposta de Paulo é: o pecador é salvo pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo, sem obras da lei. Mas aqueles missionários estavam dizendo: não, o homem é salvo pela fé em Jesus Cristo mais as obras da lei. Sem as obras da lei, ele não pode se salvar.
Paulo, aqui nesse livro, na carta que escreveu aos Gálatas, rejeita completamente o conceito de salvação pelas obras. Rejeita do começo ao fim. Ele começa apelando no capítulo 3 para a experiência dos gálatas.
Ele pergunta: como é que se converteram? Quando preguei o evangelho entre vocês, vocês se converteram, receberam o Espírito Santo, Deus fez milagres entre vocês. Qual foi a pregação que fez isso?
Resposta: Cristo, e Cristo somente. Então, como é que estão querendo agora adotar um outro evangelho, se estão caindo da graça? Vocês estão abandonando a graça de Deus, seguindo o evangelho?
Como é que se converteram? Ele apela primeiro para a experiência dos gálatas, depois ele expõe como é que Abraão foi salvo. Como é que Abraão foi salvo?
No livro de Gênesis, Abraão creu em Deus, na promessa de Deus, e isso lhe foi imputado para a justiça. Quatrocentos anos depois de Abraão, foi dada a lei de Moisés. Deu-se a lei a Moisés onde tem circuncisão, calendário, dieta.
Ora, então, se a lei foi dada quatrocentos anos depois, muito antes, Abraão foi salvo pela fé. Logo, a lei que vem depois não pode anular as promessas que Deus fez a Abraão, de que dele viria um descendente que abençoaria todas as nações da terra. Paulo argumenta a respeito disso e explica por que a lei foi dada.
A lei funciona como uma espécie de pedagogo, um professor, para mostrar por que precisamos de um salvador. Ele explica que somos filhos de Deus pela promessa e não pela fé, desculpa, não por obras. E aí ele entra naquela famosa alegoria de Sara e Agar, as duas mulheres de Abraão, representando dois sistemas diferentes.
A mulher legítima, que era Sara, teve um filho segundo a promessa, que foi Isaac, que é um tipo de Cristo, o tipo daquele que é salvo pela fé, na promessa. A Agar, que era uma escrava, nasceu de uma relação não correta de origem, um filho escravo, Israel, e que representa aqueles que querem se salvar pela fé e pelas obras da lei. Essa relação que Paulo faz lá no famoso capítulo 3, naquela alegoria, e nós vemos como isso é importante hoje.
A doutrina de que o homem é salvo pela graça pela fé, sem obras da lei. Primeiro, eu quero dizer isso com muito cuidado: quando o movimento pentecostal surgiu, e depois dele, o movimento neopentecostal, se você perguntar aos irmãos pentecostais, e até para alguns não pentecostais, eles vão querer dizer que a salvação é pela fé em Cristo. Nós somos salvos pela fé em Cristo Jesus.
Mas a dinâmica do movimento pentecostal, especialmente o movimento neopentecostal, com ênfase em campanhas, com ênfase em promessas, com ênfase em dedicação, com ênfase em votos, e dar aquilo para receber de volta, acaba criando um sistema onde a salvação pela fé é algo que se faz de boca, mas a pessoa, na prática, pensa que tem que fazer alguma coisa para ser salva. Nessas igrejas, porque há demanda para que ele faça, que ele entregue, que ele promete, que ele julgue, se disciplina. .
. Enfim, toda aquela carga acaba dando a impressão de que, se a pessoa não fizer aquilo, ela está perdida, Cristo não vai valer. Então, você encontra angústia no meio.
Não são todos, mas você vai encontrar essa angústia no ambiente pentecostal, neopentecostal, de pessoas que creem em Cristo, mas não têm certeza de que estão fazendo o suficiente para ser salvas. Ficam sempre na dúvida, carregam aquele questionamento, aquela angústia, aquele peso. A carta aos Gálatas é a melhor.
Resposta para esse pessoal: porque Paulo está combatendo exatamente isso. Ele está a combater a ideia de que é preciso acrescentar alguma coisa à obra de Cristo para que você seja salvo; enquanto que Paulo diz: você é salvo pela graça gratuitamente, mediante a fé em Cristo Jesus. Não são requeridas obras, porque obras ninguém pode fazê-las.
Não há ninguém que seja capaz de fazer obras meritórias diante de Deus a ponto de merecer a salvação. Esse é o argumento de Paulo aqui nessa carta. Essa carta é um bálsamo para aqueles corações que estão perguntando de que forma realmente eu posso ser aceito por Deus.
E a resposta é mediante a fé. Nesse ponto, essa carta também é muito boa; ela é muito boa como resposta para movimentos, como por exemplo o movimento ecumênico, que procura juntar o pensamento católico com o pensamento protestante. De vez em quando eu vejo elogios: eu vejo evangélicos no Facebook ou no Twitter seguindo padres, bispos católicos e achando maravilhoso o que aquelas pessoas escrevem e tudo mais.
Eu não estou dizendo que elas não podem escrever coisas boas; elas escrevem coisas boas, mas o que o evangelho precisa saber é que existe uma diferença fundamental na questão da justificação do pecador entre o pensamento reformado e o pensamento católico. Eles são absolutamente incompatíveis. Para resumir: no pensamento reformado, nós adotamos o que é chamado de monergismo, ou seja, a ação de um.
Quem salva é Deus; é Deus que mandou Seu Filho, é Deus que chama, é Deus que dá fé, é Deus que ilumina, é Deus que vai buscar o pecador, e é Deus que sustenta o pecador até o dia da redenção. No pensamento católico, você tem um semi-pelagianismo: o homem colabora com Deus na sua salvação. E não é à toa que esse pensamento está tão incutido na alma brasileira.
Você sabe qual é o verso predileto do brasileiro, né? "Faz por ti que eu te ajudarei. " São Judas Tadeu 14:32, "Faz porque eu te ajudarei.
" Ou então aquela que aparece muito na traseira do caminhão: "O bom filho Deus ajuda. " Como se fosse um mérito. Então, é incompatível; não tem como misturar as duas ideologias, uma exclui a outra completamente.
Não sei se ele virá gastar algum tempo aqui falando sobre a nova perspectiva sobre Paulo. Apareceram teólogos há cerca de 40 anos atrás dizendo que nós estamos lendo Gálatas errado. A gente está lendo Gálatas errado; a gente está lendo Gálatas com sobras de Lutero, porque foi a experiência de Lutero, o monge agostiniano, que estava querendo responder à pergunta: "O que é que eu faço para me salvar?
" Então, ele subiu a escada de joelhos, pisou, se ajoelhou em caroço de milho, fez promessa, fez peregrinação, cumpriu todos os rituais da Igreja Católica, mas Lutero não encontrava paz. Ele não tinha certeza de salvação. O dia começou com um dos professores, que tinha sido professor dele, e o processo dele, se você já leu a Bíblia assim: ele era treinado em teologia na Polônia, toda a patrística, toda a teologia de Tomás de Aquino, toda a formação católica medieval; sabia de tudo.
Mas começou a ler Romanos 1, que inclusive é o texto que eu vou pegar amanhã à noite: Romanos 1:16-17. "A justiça de Deus se revela no evangelho de fé"; e é como está escrito: "O justo viverá pela fé. " E aí caíram as escamas dos olhos, e Lutero entendeu que era pela fé em Cristo Jesus; não era pelas obras.
E aí ele faz uma interpretação de Romanos e uma interpretação de Gálatas como se o problema que Paulo estava enfrentando ali fosse o mesmo dele. A pergunta de Lutero era: "O que é que eu faço para ser salvo? " E agora esses críticos que apareceram, estão dizendo que essa não era a pergunta; que ninguém estava fazendo essa pergunta na época de Paulo, porque a questão da salvação estava resolvida.
O judeu achava que era salvo; era filho de Abraão. Ninguém estava perguntando o que eu faço para ser salvo. Então, eles dizem: nós estamos lendo Gálatas com os óculos de Lutero.
Gálatas não é sobre salvação; Gálatas é sobre como é que os gentios podem andar junto com os judeus. Tinha aquele pessoal dizendo que os grandes gentios tinham que ser circuncidados; não era para ser salvo, era para não escandalizar o judeu. Se você ler a carta aos Gálatas com a mente aberta e tranquila, você vai ver que o que Paulo está falando aqui é de justificação mesmo.
Não tem nada verde como. . .
não é que o evangelho, a carta aos gálatas, não tem implicação para a comunhão de judeus e gentios, mas o tema da carta é esse: de que maneira a pessoa pode se justificar diante de Deus. É isso o que não quero de fato ensinar. Infelizmente, Ian, um dos maiores defensores dessa ideia, não é.
. . estão defendendo que a gente tem que reler o livro de Gálatas.
Então, vai ter que ler os evangelhos. Quando Jesus chama os fariseus, Ele disse que os fariseus estavam se justificando pelas obras. Não é isso?
Mas, por exemplo, o famoso NT Wright é um dos maiores defensores da nova perspectiva em Paulo. Ele tem muitos livros bons, mas quando ele chega em Paulo, ele vai defender exatamente isso. Quem pegou ele de frente não foi o John Piper para escrever um livro.
. . título é "Justificado", em que ele responde às argumentações de NT Wright a respeito do conteúdo e do tema central da carta aos Gálatas.
Nós recebemos a carta aos Gálatas como sendo o libelo de Paulo contra a justificação pela fé. E a questão é: o que é que o. .
. Pecador faz pra ser salvo diante de Deus? Essa era a questão que está sendo levantada nas igrejas.
Então vocês vão encontrar, em eu, eu trato desse assunto no livro. Onde apropriado, e por isso que eu acho que ele é um livro extremamente atual, porque nos ajuda sobre isso. Em um terceiro tema, está ocorrendo aqui.
O livro trata de tradições judaicas. Paulo, no livro, o que é que aquele pessoal queria? Que as igrejas da Galácia circuncidada se guardassem as festas judaicas e à dieta religiosa dos judeus, ou seja, lei cerimonial.
Paulo expõe que a lei foi provisória; ele se refere à lei como rudimentos pobres. Está em um capítulo 4, de 8 a 11, compara a Gálatas 3, de 23 a 29, e disse que aquilo tudo era provisório. Paulo até então: "Como é que vocês querem voltar para os rudimentos pobres da lei?
Circuncisão, calendário, sábados, festas, lua nova? Vocês querem voltar pra isso? Isso era o cumprimento da lei.
Tudo isso era figura de Cristo. Está tudo cumprido em Cristo Jesus. É um retrocesso, e é isso que vemos: um retrocesso acontecendo na igreja evangélica hoje.
Pastores reintroduzindo, no culto evangélico, shofar. Ela também tinha de shift de bode pra carneiro reais, pra convidar a congregação. A arca carregada nos ombros dos diáconos, melhorar, que é o candelabro de sete braços que é colocado, nos coloca assim, Israel.
Pastor se veste de rabino, bota o quipá. Ainda constroem o templo de Jerusalém, e o povo vai atrás da justiça espiritual, que é maravilhosa, porque é de Israel. Israel, Israel, Israel!
Lê a carta aos Gálatas e você vai ver que tudo que era pertinente a Israel era transitório. Israel, uma figura, o símbolo é a igreja na sua forma primeira, e uma vez tendo vindo aquele que é o conteúdo dos símbolos e dos tipos, não precisamos mais das sombras e dos rudimentos. A igreja, Israel de Deus, os doze apóstolos equivalem aos 12 patriarcas, filhos de Deus.
Nós é que somos os descendentes de Abraão. É isso que pode estar dizendo aqui: nós aqui somos os descendentes de Abraão porque andamos na mesma fé que Abraão teve. E ele termina a carta se referindo à igreja como Israel de Deus.
A igreja, Israel de Deus, então não tem que introduzir essas questões judaicas na igreja. Parece que esse pessoal riscou o livro de Gálatas da Bíblia deles, né? E aí vem, vem o movimento, tá crescendo no Brasil, chamado de judeus messiânicos.
O messianismo, igreja messiânica, que na verdade, de judeu não tem nada. São brasileiros que resolveram se tornar judeus, e eles aparecem como sendo os verdadeiros representantes da igreja porque eles são judeus. Não são judeus de todos os verdadeiros.
E se você perguntar: "Quem é Jesus pra você? " Ele vai dizer: "Jesus é o Messias". Jesus é preciso.
A gente faz a segunda pergunta: "Ele é Deus? " E isso aí, não. O movimento messiânico é unitário, unitária lista.
Ele nega a divindade de Cristo, ele vai dizer que Jesus é o Messias de Israel, mas ele não é Deus. Então, às vezes, o pessoal, muitos evangélicos, ficam confundidos por isso aí, né? E vão para a igreja messiânica.
Tenho um amigo que, nesse ano, e acumula sua vida, né? Isso aí, quem é o verdadeiro crente? Olha aí, judeus circuncidados, completo, tal.
Não era judeu, é aquele que anda nas pegadas da fé. A verdadeira circuncisão não é a do corpo, não é a do coração. A circuncisão é aquela que é do coração e a lei, aquela, está gravada na nossa mente pelo novo nascimento, pelo poder do Espírito Santo.
E festa? Nós só temos um anseio do Senhor: na noite em que Ele foi traído, foi a noite de Páscoa. Ele disse: "Isto é o meu corpo, isto é o meu sangue".
Com isso, Ele aboliu a Páscoa e introduz a Ceia. Crente, por exemplo, celebra a Páscoa. Acho muito estranho quando o crente, na igreja, diz: "Vamos celebrar a Páscoa".
Não celebramos a Páscoa, celebramos a Ceia. Nós podemos aproveitar a época da Páscoa pra falar a respeito do sacrifício de Cristo Jesus, mas não temos celebração de Páscoa, tudo isso passou em Cristo Jesus. A carta aos Gálatas é muito boa pra isso.
Por último, o último tema que eu queria mencionar na carta aos Gálatas é a vitória sobre o pecado. O raciocínio é mais ou menos o seguinte: Paulo chega no fim da carta, capítulo 5, e ele argumenta da seguinte maneira: a lei que vocês querem guardar não vai dar vitória sobre o pecado, porque provavelmente era isso que os missionários judeus estavam dizendo lá. Eles têm que guardar a lei, né, pra ser santos, e têm que guardar a lei.
Paulo diz: a lei não produz santidade. Quanto mais você se colocar debaixo da lei, mais o seu pecado vai aparecer, porque o propósito da lei é enquadrar o pecado, despertar o pecado. Ele diz todas as letras, a lei não tem poder sobre a carne.
A carne não está sujeita à lei de Deus e não pode estar. E você não se sente, fica pela lei, porque quanto mais lei, mais o pecado aparece. Onde há pecado, ou porque a força do pecado é a lei.
Porque se a lei não dissesse: "Não adulterarás", não havia pecado, não é verdade? De adultério, a força do pecado é a lei. Então, como é que a lei pode significar?
Ela não se justifica para o cargo. E também, no capítulo 5, ele inclusive diz, ele é bom ler o que Paulo disse. Ele disse aqui: "Aquele famoso", é capítulo 5, a partir do verso 16.
Ele faz a comparação: "Quem anda no Espírito não cumpre os desejos da carne". Tá bom? Paulo, não é a lei que santifica.
O que é que santifica, então? Resposta: o espírito. Vida no Espírito.
Você tem que andar no Espírito. Se você andar no Espírito, você não vai cumprir os desejos da carne. Carne, agora eu leio: verso 16.
Diego, porém, andar no Espírito é jamais satisfazer a concupiscência da carne. Tem que dar o Espírito de Deus e, quando você anda no poder do Espírito de Deus, Ele vai levar você a cumprir a lei, a obedecer a Deus, porque o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio; contra essas coisas não há lei. Mas as obras da carne são conhecidas e são todas qualificadas pela lei: impureza, lascívia, idolatria, glutonaria, inimizades, porfias, contendas.
Ele termina a carta dizendo para nós qual é o caminho para vencer o pecado. E, gente, comece a atual. Hoje você encontra crente bem-intencionado que quer se santificar na lei pela força da sua vontade, e ele não aprendeu ainda a andar no Espírito.
Que o poder para vencer a carne é o poder do Espírito Santo, a sua união com Cristo Jesus pela graça, pela fé. Você se santifica da mesma forma que você foi salvo, pela fé em Cristo Jesus, e unido com Cristo, vivo e ressurreição, você vai ter o poder para vencer a carne. Mas, quando você tenta no seu próprio esforço guardar a lei, o seu pecado aparece.
Eu me lembro quando era novo convertido, eu era um novo convertido mais chato do planeta. Assim, zeloso de nem eu passo! Eu me convenci.
Minha família era, é, minha família evangélica e tudo, mas eu quando vi que era desviado da igreja. . .
quando me converti, extremamente, eu passava pela sala, minha família estava assistindo à novela, aí eu passava, nem passava em frente à televisão e fazia "baaaah", só pra mexer com os meus familiares. É todo mundo irado; sabe aquele novo convertido chato? Se provavelmente fui um desses.
. . É um desejo.
E eu tinha resolvido que queria viver para Deus, vida sã: dieta diária, uma hora de oração, duas horas de Bíblia todo dia, todo dia, dia sim, dia não, jejum. Os dois primeiros anos da minha vida cristã foram os anos de maior angustia na minha vida, porque, quando eu não conseguia alcançar esse padrão, no fundo do poço, às vezes eu me ajoelhava e lutava para orar. Às vezes, sabia que estou dizendo, então você vai orar e, ao lado, por onde você não consegue passar uma hora orando; você não consegue olhar dois minutos porque a mente está noutra coisa.
Não consegui! Eu tentei, durante dois anos, me santificar pela minha própria força de vontade. Um dia, eu ia pegar, e comecei a pegar cedo mesmo, como novo convertido, e o texto que pregava era aquele: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
” Sabe uma epifania? De repente, você tem um insight, um brilho, uma luz. Naquele dia, eu descobri, e minha vida mudou.
Naquele dia eu acho que comecei a ficar mais maduro e a viver uma vida mais santa, depois que entendi qual é o papel da lei. Não é missão de ficar; a lei vem para mostrar que eu sou um pecador condenado, mereço a ira de Deus, mas que alguém, a lei, por mim, é que me dá forças e graça, que me perdoa os pecados e me conduz pela obediência a Deus. Esse é o tema do capítulo final da carta aos Gálatas e como é importante nos dias de hoje, quando você encontra tanta gente crente de verdade, mas que ainda não aprendeu o caminho da vitória sobre o pecado, e fica naquele pega-pega: confessa, até confessa, pega, confessa, cai, levanta, cai e levanta.
Como a gente aprende a andar no Espírito, a vida da gente adquire uma constância muito maior do que quando você está tentando fazer isso pelo esforço da carne. Bom, gente, são quatro temas da carta. Espero que tenha ficado claro pra vocês a importância dela.