O Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Inspirai, Senhor, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que, tudo aquilo que fizermos por Cristo, Senhor nosso, comece em Vós e termine em Vós. Amém. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Então, mais uma vez, boa noite a todos! Desculpem os pequenos problemas técnicos, se caiu na primeira tentativa de entrarmos no ar, mas vamos acertando as coisas aos poucos. Muito bem, sejam bem-vindos vocês que são alunos do site Padre Paulo Ricardo ponto org. Uma
grande alegria! Estamos aqui em família, né? Somente nós que somos os assinantes, vocês que estão comprometidos com o site. Eu quero dizer essa palavra, de forma especial, a vocês que estão aqui ao vivo, participando dessa aula: Deus lhes pague, Deus lhes pague mesmo! Deus abençoe vocês por aquilo que vocês estão fazendo. E não somente isso, aqueles que também vão assistir às aulas depois, gravadas. Esta aula vai estar dentro do conteúdo pago do site, ou seja, essa aula pertence àqueles que são assinantes do site. Então, aqui nós temos que privilegiar vocês que estão contribuindo, que também
é uma forma de nós sabermos a seriedade das pessoas que estão engajadas, que querem realmente participar neste projeto formativo. Não é nada do que nós vamos dizer aqui secreto; não é questão de segredo. Nós vamos simplesmente ensinar aquilo que a doutrina da Igreja nos traz, mas aquilo que nós queremos transmitir para vocês. Queremos dar a vocês a oportunidade de fazer perguntas e tirar suas dúvidas. Esse final de semana, eu estive em São Paulo, participando de um congresso pela vida e pela verdade, patrocinado e promovido pela Rima Life Internet. Eu tive a ocasião de encontrar vários
alunos do site lá em São Paulo; foi até uma experiência interessante e daí surgiu uma ideia: quem sabe, no futuro, podemos promover um encontro nacional dos alunos do site Padre Paulo Ricardo ponto org. Podemos fazer isso em São Paulo depois do encontro Nordeste e em vários lugares. Vamos promovendo esses encontros onde eu posso estar presente em contato com vocês. Quem sabe, um encontro anual em diversos lugares do Brasil para a gente promover um pouco essa família que nós somos, porque de fato essa é uma das características típicas da amizade: a concórdia. Concordar quer dizer isso,
concordar quer dizer ter o coração no mesmo lugar. Então, nós somos amigos porque temos essa concórdia; temos o coração no mesmo lugar, amamos as mesmas coisas, queremos o bem da Igreja de Deus, queremos o crescimento da Igreja e a conversão das pessoas com a graça de nosso Senhor. Muito bem, vamos então começar a nossa aula de hoje. O tema da aula de hoje é o inferno, e por que vamos tratar desse tema? Em primeiro lugar, eu queria promover para vocês a leitura do livro "O Inferno: Se Existe, o Que É e Como Evitar". Esse livro
foi escrito por Monsenhor de Seguir. O nome do autor é Louis Gassée. Monsenhor de Seguir é um francês que escreveu este livro há algum tempo, no século passado, mais especificamente em 1889. Mas a fé católica é sempre a mesma e esse livro foi publicado pela Editora Ecclésia, a mesma editora que publica os meus DVDs. É um livrinho bastante fácil de compreensão. Portanto, é um catecismo, podemos dizer assim, a respeito do inferno. São 130 páginas de fácil leitura, um pequeno livro à venda no site da Editora Ecclésia. E, para quem não sabe como se soletra, é
só entrar E-C-L-E-S-I-A, e então você digita Ecclésia. Vai aparecer lá e o livro do Monsenhor de Seguir estará à venda. O que eu irei explicar hoje não é o conteúdo do livro em si; nós estamos planejando fazer uma palestra a respeito desse livro, mas hoje eu só estou indicando como bibliografia. Proponho que você adquira, para que você aprofunde o tema. O que eu vou expor para vocês hoje são algumas noções básicas do Catecismo e da teologia a respeito do inferno. Esse tema, além do fato de que temos a oportunidade de aprofundá-lo através do livro do
Monsenhor de Seguir, é importantíssimo para a nossa conversão. Não somente isso: se nós perdermos a fé na existência do inferno, na verdade estamos pondo em risco toda a nossa vida espiritual. Crer na essência do inferno é algo importantíssimo para a nossa vida espiritual como tal, para nossa própria salvação. É importante e cresci em relação a isso. Tenho notado acompanhando a perdição, digamos, de algumas pessoas. Infelizmente, tive a experiência triste de ver alguns dos meus filhos espirituais, pessoas que seguiam nosso caminho e fazem parte dessa nossa família, se perderem. Se perderem, caindo na vida de pecado,
caindo numa vida devassa e perdendo a fé, a fé católica de pedra. É interessante que o primeiro passo, a primeira coisa, o primeiro artigo de fé que caiu foi o inferno. A primeira coisa que a pessoa faz quando dá o primeiro passo no caminho da perdição é isso: "Deus é amor, Deus é bondade, então Deus não condena ninguém, ninguém vai para o inferno". Então, nessa crença de um Deus que não condena ninguém, o sujeito cai no precipício, cai no abismo, digamos assim, do pecado. E, assim, as coisas acontecem; as pessoas vão se perdendo dessa forma.
O que é pior, essas pessoas se tornam muito mais, porque quem não crê na existência do... Inferno faz tudo porque, afinal, Deus não vai condenar nada. Então, exatamente, eu vi essas pessoas crerem nesse Deus bondoso, misericordioso, e, de repente, se tornarem pessoas perversas, mas é capaz de mentir, capazes de trair os outros, capazes de planejar todo tipo de malefício, ou então caírem na vida sexual devassa, caírem na perdição. Só vive agora no mundo. É certo, então, Deus é bom; Deus é bom, que beleza! Não condena ninguém, enquanto isso as pessoas se destroem e não somente
destroem os outros. Vejam que esse negócio de dizer que o inferno não existe, aleluia, na verdade, com duas pessoas à perdição. E, no entanto, é necessário dizer que o inferno existe, sim, e que o inferno é uma realidade que foi definida dogmaticamente pela Igreja. A Igreja crê na existência do inferno. No Concílio de Latrão número 4, 4º Concílio de Latrão, está definida a existência do inferno, conseguido no ano de 1215, portanto, na Idade Média. Mas vejam porque aqui o Concílio de Latrão definiu a existência do inferno: porque alguém questionou. Mas, só foi questionado em 1215,
ou seja, a Igreja sempre creu na existência do inferno. A gente tem que compreender isso, que a nossa dificuldade atual, dificuldade que nós temos em crer na existência do inferno, é uma dificuldade nossa. Mas a Igreja sempre criou na existência do inferno, porque veja só, fica muito difícil você ler o Evangelho, não é querer realmente nosso Senhor Jesus Cristo, e não crer na existência do inferno, que as palavras de Jesus são tão claras. Quando Jesus, por exemplo, no capítulo 25 do Evangelho de São Mateus, diz: "Afastai-vos de mim, malditos; ide para o fogo eterno, preparado
para o demônio, para o diabo e para os seus demônios", tão evidente ali! E como você interpreta esse versículo, se não existe inferno? Interpreta as tantas parábolas que Jesus conta e depois conclui dizendo: "Será jogado nas trevas; será jogado no fogo da Gênna, onde o verme consome e o fogo não se apaga”. O que a gente interpreta? Isso como? É que interpreta inúmeras, inúmeras citações do Evangelho, da boca do próprio Jesus, falando do fogo da Gênna? Não é? É difícil nós não queremos na existência do inferno, mas por que é que as pessoas têm dificuldade
de crer na existência do inferno? Porque é o seguinte: nós sabemos que Deus é amor, nós sabemos que Deus é bondade, nós sabemos que Deus é misericórdia. Como é que um Deus de misericórdia condena pessoas eternamente? Outro dia eu fiz uma pesquisa na internet a respeito desse tema do inferno e terminei no site de uma pessoa que argumentava contra a existência do inferno, dizendo assim: "Como pode, né? Até nós que somos pecadores nos revoltamos diante da possibilidade de uma pessoa ser condenada eternamente, um castigo que não tem fim. Como é que Deus, que é misericórdia,
vai aceitar isso?" Mas vejam, meus queridos, o que acontece é o seguinte: o inferno não foi criado por Deus. Essa é a primeira coisa que nós temos que entender. Deus criou o céu, não é? Ou seja, quando Deus se encarnou, se fez homem, igual nós, morreu na cruz, ressuscitou e subiu aos céus, ali Deus criou o céu, ali Deus criou nele, em Deus, um lugar para o homem. Então, a partir de Jesus, da ascensão de nosso Senhor Jesus Cristo, nós podemos dizer que existe um lugar para o homem em Deus. Isso foi querido por Deus,
isso foi desejado por Deus. Agora, o que acontece é que existe a invenção do demônio. Deus criou o céu, o demônio inventou o inferno. O que é que Deus criou no demônio e em nós, seres humanos, para possibilitar a existência do inferno? O que Deus criou foi a liberdade. Deus criou a nossa liberdade para rejeitá-lo, para renegá-lo, para voltar as costas para Ele, não é? Então, é por isso que o inferno é uma invenção angélica. O inferno foi inventado pelo demônio. Então, temos que entender isso: não é que Deus assim criou o mundo e, então,
criando o mundo, Ele criou duas alternativas: ou céu ou inferno. Não, Deus criou o mundo e preparou esse mundo para aquela alternativa chamada céu. Deus, na sua infinita bondade, quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade; é isso que Deus quis desde o início. Agora, querendo isso, Deus deu ao homem a liberdade. O que Deus criou foi uma liberdade que podia escolher, podia entrar lá ou não entrar. Mas não é que a Deus, para Ele tanto faz. Não! A vontade de Deus, o plano de Deus, o projeto de Deus, é
o céu, não o inferno. Não entrou no plano de Deus o inferno, está no plano de Deus a liberdade do homem; a liberdade do demônio. Então, foi o diabo quem inventou o inferno. Alguns teólogos modernos dizem assim: "Então, vejam só, o inferno existe, mas ele é só uma possibilidade para defender a liberdade humana". Então é assim: Deus quer o homem livre. Então, quer dizer que o homem pode negar a Deus no céu, mas ninguém vai fazer isso, porque nós, seres humanos, nós, se formos verdadeiramente cristãos, temos que entender que todo cristão deseja que todo mundo
vá para o céu. Então, se nós queremos isso, Deus também quer. Então, certamente, nós devemos esperar... é dever de todo bom católico esperar que todo mundo vá para o céu e esperar que o inferno esteja vazio. Veja, é essa esperança. Porém, não corresponde à realidade por duas razões. Primeiro, eu não posso esperar que o inferno esteja vazio, porque pelo menos o diabo e seus demônios estão nele. Então, quer dizer que o inferno não está vazio. O inferno não é uma hipótese; a realidade existem criaturas que estão no inferno. Segundo, eu devo me perguntar se eu
posso realmente esperar que... As pessoas, todas, que toda a humanidade se salve, quando é que eu, se essa esperança não seria uma ingenuidade ao invés de uma virtude, entende? Por exemplo, algumas pessoas vivem num mundo da fantasia em que a maldade humana existe. Não imaginam que todas as pessoas são boas, que todas as pessoas têm um coração lindo. Nem parece que você vive no mundo real. Nem parece que você vive num mundo verdadeiro, onde existe maldade. Veja, a maldade das pessoas é uma coisa que nos escandaliza, mas nós deveríamos levá-la a sério, porque realmente existem
pessoas más. Mas cada vez que a gente encontra uma pessoa má, cada vez que a gente encontra a pessoa que se fecha ao bem, se fecha à verdade e se fecha totalmente a Deus, nós ficamos escandalizados. Nós temos esperança de que ela se converta, mas existe uma triste constatação: nem todo mundo corresponde à nossa expectativa. Então, pode ser que depois que elas morrem, no momento da mostra, no momento do julgamento final, pode ser que elas mudem. Mas nós não temos condições de dizer que isso vai acontecer com todo mundo. Além do mais, existem frases claras
no Evangelho onde Jesus fala: "muitos tentaram entrar pela porta estreita e não conseguiram". As pessoas estão preocupadas em saber, dizer a Jesus: "É verdade que a maior parte das pessoas se condena ao inferno?". Jesus não respondeu a essa pergunta e acha que isso é uma curiosidade. E diz: "Vocês se esforcem, esforcem-se a seguir pelo caminho, esforcem-se a entrar pela porta estreita". Porque aí vem uma exortação, né? Mas o que essa razão atesta é uma verdade dolorosa: muitos tentaram e não conseguiram. Então, Ele não disse se muitos é a maior parte ou se muitos é a
menor parte; não diz qual é a proporção, mas Ele diz que, infelizmente, existe um plural aí, e esse "muitos" não quer dizer que o número é expressivo, que é um número expressivo para Deus. Não sei o que significa; se dois, para Ele, já é suficiente. É muitos, acham que não, mas provavelmente é considerar que realmente existem pessoas que se condenam. Algumas pessoas argumentam dizendo assim: "Mas, padre, a Igreja sempre canoniza as pessoas. A Igreja, o Papa, usa a sua infalibilidade papal para declarar que a pessoa está no céu". Mas a Igreja nunca declarou que uma
pessoa está no inferno. De fato, a Igreja nunca declarou João, pessoa nenhuma, nem Judas. A Igreja nunca disse que Judas está no inferno; a Igreja nunca disse que Pilatos está no inferno; a Igreja nunca disse que Lutero está no inferno; a Igreja nunca disse que Hitler, Stálin, Lênin, Mao estão no inferno. A Igreja nunca disse isso! Só acontece em 20. Embora a Igreja nunca tenha declarado que tal pessoa concretamente está no inferno, não quer dizer que ela não possa declarar nada a respeito do inferno. A Igreja, evidente, não sabe tudo, né? A Igreja é certa
na verdade; nós só sabemos aquilo que Deus nos revelou. Mas o que Deus revelou, de fato, é que existem pessoas que se perdem. Isso é revelado. Existem pessoas que se perdem, e não somente isso: a perdição é eterna. Muito importante isso. Não é um castigo transitório e passageiro; é uma perdição eterna para sempre. E isso é de fé católica. Isso é algo que nós somos obrigados a crer, que se nós não queremos nisso, estamos deixando alguma coisa lá no nosso credo. É possível, padre, Deus bondoso, misericordioso. Gente, novamente, vamos aqui, então, tentar organizar os nossos
pensamentos a respeito dessa realidade, porque você tem dificuldades de crer na existência do inferno. Primeiro, porque você crê somente em um aspecto de Deus. Você conhece o meu livro "Olhar que Cura". Naquele livro "Olhar que Cura", eu coloquei na capa um ícone de Cristo que está também, né, no frontispício do nosso site. Na primeira página do site, lá em cima, tem um ícone de Cristo. O ciclo de Cristo foi pintado no sexto século e se encontra hoje num mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai. Ele tem do lado direito um rosto bondoso, misericordioso, e do
lado esquerdo um rosto severo, triste. Mesmo nós temos que crer em Deus com esses dois aspectos que são aparentemente contraditórios: Deus misericordioso e Deus justo juiz. Veja como é que a gente conseguir essas duas coisas. Bom, eu não vou provar pra você que Deus é misericordioso; isso você já sabe, eu acho que hoje em dia ninguém duvida dessa grande misericórdia de Deus, mas vamos nos lembrar que, no nosso credo, nós dissemos assim, que nós cremos em Deus, cremos em Jesus Cristo, não é? E que Ele, Jesus, depois de ter subido aos céus, "há de vir
em sua glória para julgar os vivos e os mortos". Então, a primeira coisa que a gente tem dificuldade de acreditar é que Deus é juiz, não é? Eu estava conversando esse final de semana com o Raimundo de Souza e da Rima Life Internet, e o Raimundo dizia: "um dia estava reunido com um grupo de igreja, e o pessoal, então, vamos falar das características de Deus. Para nós, então, Deus é a misericórdia de Deus, é amor, Deus é o criador, Deus é meu salvador, Deus arrebentou, Deus, Deus aquilo". Aí eu disse: "Deus é meu juiz!" As
pessoas ficam perplexas: "Ah, não dá! Um juiz não é Deus?". "Nós, juiz não julga ninguém, Deus não julga ninguém!". "É como não julga ninguém, para o credo, de novo, há de vir para julgar!" Agora, Ele não é somente juiz; Ele é também defensor, paráclito. Entende? É, que é interessante isso, né? Eu tenho que anotar essa riqueza de Deus, nessa coisa que, na nossa cabeça, é difícil de entender: Deus é juiz e Deus é... Defensor, mas aqui que está: eu espero e confio nele como defensor; a esse mesmo Deus a quem eu não suportaria como juiz.
Mas se eu voltar as costas para Ele, enquanto meu defensor, meu misericordioso defensor, eu teria que enfrentá-lo como juiz. Essa aqui é a grande dificuldade que as pessoas não conseguem entender. Então, eu coloquei um texto na capa, na contracapa, na orelha do livro "Um Olhar que Cura", um terço das confissões de Santo Agostinho, onde Santo Agostinho descreve que ele fugia de Deus. Mas como é possível fugir de Deus, de Santo Agostinho, se Deus está em todos os lugares? É que quando eu fujo d'Ele, como misericórdia, eu termino encontrando a Ele como o juiz. Aqui que
está a coisa: Deus é um Deus de amor infinito, mas nós temos que, de alguma forma, inclinar as nossas cabeças diante de Deus para adorá-lo e dizer: "Eu não entendo Deus perfeitamente". Bom, tentei explicar para vocês as coisas. Agora, vamos entender uma coisa que eu estou dizendo agora, no final da minha explicação, mas que talvez deveria ter dito lá no início: quem são os nossos mestres para entender essa história do inferno? Os nossos mestres são os santos. Os santos, quanto mais eles criam na misericórdia de Deus, quanto mais eles eram santos, quanto mais eles eram
puros, quanto mais eles eram homens e mulheres tementes a Deus, no seu amor infinito, na sua misericórdia, mais se preocupavam com o inferno, com a salvação das almas, com o destino dos pecadores. São Domingos de Gusmão passava horas na igreja, de braços abertos, chorando e rezando: "Deus, o que será dos pecadores? O que será dos pecadores?" A preocupação dos santos... Pois é interessante isso: quanto mais eles se aproximam de Deus, mais enxergam que existe esse grande perigo de perder Deus, né? Agora, por que é que nós não entendemos, eu e você, que não somos santos
como deveríamos ser? Por que nós não entendemos a gravidade do pecado? Ponto. Esse é o argumento cabal, isso é aqui, digamos, a alavanca que faz a gente derrubar todas as dificuldades com relação ao inferno. Nós precisamos entender a gravidade do pecado. Vamos ser sinceros: não vamos bater no peito, nós não levamos o pecado a sério. Para nós, o pecado é um negócio assim que "ah, não confessa, não tem problema, né? Ah, Deus perdoa". Que isso, gente! Um Deus assim não é um Deus pai. Um Deus assim é um Deus "vou, eu vou, que é que
suporta tudo". A criança pode fazer tudo, mas veja qual é consequência da criança que é criada e educada pelo "vôo". A consequência da criança que é mimada, que é educada pelo "vôo", é que a criança se destrói. É interessante isso. Você já parou para pensar que uma criança mimada, uma criança mimada é aquela criança que só teve doçuras, que só teve os seus caprichos obedecidos, não é? Que ninguém nunca se ofendeu com ofensa dela, que ninguém nunca chamou severamente sua atenção? E a criança apronta, faz todo mundo cair na gargalhada: "que gracinha, que bonitinho falando
palavrão". Ai, que beleza, né? Tá pecando. E aqui é assim. E já conseguiu... Pk, gente! Quando você deixa a criança aprontar, quando você deixa a criança fazer tudo, qual é a consequência? A consequência disso é que destrói. Uma criança mimada é a criança que se destrói. Ela começa brincando de carrinho, mas depois, quando ela cresce, ela começa a andar de carro a 140 por hora e quebra a cara e se destrói, destrói os outros. Ela começa brincando de roubar docinhos na geladeira. Não rouba doce na geladeira? Não tem problema. Depois, passa a conseguir cocaína. Uma
criança que nunca é contrariada é uma criança que se destrói. Então, vejam, esse Deus "vôo" não é misericórdia nenhuma para com as pessoas. Um Deus "vou, vou" é um Deus que destrói a humanidade. Esse Deus que é pura misericórdia, mas não tem nenhuma justiça, não é algo bom para nós. Então, Deus é infinita misericórdia, não tenho dúvida disso, eu não tenho dúvida. Mas Deus é majestade, Deus é juiz, é tudo isso. E os santos nos dizem isso; os santos sentem horror diante de um pecado. Se nós não sentimos horror diante do pecado, é porque somos
desgraçadamente... A palavra correta é "desgraçado", acrescenta "graça". Nós somos desgraçadamente... Não santos, desgraçadamente habituados ao pecado. O pecado se tornou corriqueiro, se tornou nosso companheiro. Ai, ai! Se tornou nosso projeto de vida. Então, se nós fôssemos mais santos, nós veríamos muito mais a gravidade do pecado. Se nós fôssemos mais santos, nós veríamos muito mais o quanto isto nos destrói e por que nos destrói. Ofende a Deus, que nos ama muito. A última comparação para concluirmos e darmos intervalo, você pode fazer suas perguntas: comparação com "sejam mil". Já me vi usar várias vezes, mas é importante.
Uma mãe que tem um filho drogado, essa mãe é ofendida por esse filho drogado. Ou seja, o fato de o filho se destruir lacera o coração da mãe. O fim da profunda dor no coração da mãe é que esse filho que se destrói faz pouco caso do sofrimento da sua mãe. Só mostra o quanto ele se tornou insano. Então, que nós, pecadores, fazemos pouco caso da ofensa ao coração de Deus por causa do nosso pecado, só mostra o quanto nós estamos nos afastando do seu amor misericordioso. Esse mesmo amor misericordioso que nós tanto alardeamos e
defendemos. Porque se Deus tem um amor misericordioso, é que Ele nos ama, e nos ama tanto a ponto de sofrer quando vê que nós nos destruímos. O pecado ofende a Deus porque, antes de tudo, o pecado nos destrói. Destrói aqueles a quem Deus ama; destrói aqueles a quem Deus salvou pelo preço caríssimo e altíssimo do seu. Filho, que morreu por nós na cruz, nós vamos então fazer um pequeno intervalo. Voltamos daqui a pouco para responder às suas perguntas. É, com muita alegria, vamos tentar resolver as dificuldades de doutrinas, dificuldades intelectuais que você possa ter, para
que a gente possa realmente criar no inferno e levar a sério essa doutrina da Igreja. Até mais! Então, nós retornamos para responder às nossas perguntas. Primeiro, gostaria de organizar aqui a bagunça da sala de aula. Tá? Me desculpe, é a primeira vez que nós estamos dando essa aula só pra vocês, alunos. Então, deixa eu gastar um pouquinho de tempo pra vocês. Entendam uma coisa: vocês estão vendo aí que a barra de rolagem não para de rolar perguntas. Não é? O negócio não para, não para, não para, não para, não para. Então, algumas pessoas ficam apavoradas,
achando: “Puxa vida, minha pergunta já ficou lá no fundo, então o padre Paulo não vai ler minha pergunta”, e ficam repetindo aquela pergunta centenas de vezes, né? Copia a pergunta e vai papando, repetindo, repetindo, repetindo, repetindo. O problema é o seguinte, gente: isso daí é você não estar entendendo qual é a técnica que a gente usa para ler as perguntas. Não lemos as perguntas na barra de rolagem. O que a gente faz? A gente seleciona tudo. Se você fizer aí, ctrl+a, seleciona tudo, depois você vai num documento do Word, faz ctrl+c, você cola tudo ali
e lê tranquilamente, pergunta por pergunta. E esse incômodo dessa barra ficar rolando aí na sua frente, então não é inútil. É a tensão, repito, é inútil você ficar colando a mesma pergunta centenas de vezes. Entendam, só está dificultando as pessoas que estão querendo ler com tranquilidade as perguntas. Tá bom? Então, para nós, as perguntas são lidas tranquilamente. Agora, eu tive agora no intervalo, eu tive lá sete páginas de perguntas que eu fui lendo as perguntas e selecionando algumas para responder. Infelizmente, não dá para responder todas, isso é evidente, compreendem isso, não é? E eu vou
ter que priorizar as perguntas que dizem respeito ao tema da aula. Tem algumas pessoas que estão com dificuldades específicas: total dúvida moral, o TPI, a Orissa, o tema da aula. Então, vamos pôr ordem na sala de aula, por favor, né? E vamos entender isso: não é necessário ficar repetindo a mesma pergunta centenas de vezes, porque eu vou ler lá, e depois, quando termina a aula, mesmo assim eu vou lá e dou uma visão geral naquilo que ficou no chat. Ficou lá na barra de rolagem, ok? Tá bom, então? Fiquem tranquilos, fique tranquilo. Não é necessária
essa compulsão de ficar jogando perguntas aí, porque isso só atrapalha. Porque a barriguinha não para de rolar e isso atrapalha a nossa leitura, tá bom? Então, se alguém tiver interessado em ler as perguntas com calma, usa essa técnica: vai lá, ctrl+a, põe o mouse, clica dentro da tela onde a barra está rolando, o chat, você vai controlar a rolagem, ilumina tudo. Ctrl+c, você copia, vai lá no Word, ctrl+v, ele cola tudo. Então, ou qualquer documento, você vai lá e lê com tranquilidade. Não precisa dessa formação toda. Tá bom? Então, vamos responder às perguntas, tá bom?
Então, Daniel, PIM, boa noite! Padre Paulo, definir se o inferno não é um lugar físico, mas sim um estado de espírito. Sendo assim, como poderiam ter a sua visão alguns santos da Igreja? Essa pergunta do Daniel, mas é também a pergunta do Gustavo, é também a pergunta de outras pessoas. Olha, eu concordo com a pergunta. Então, vamos perguntar: o que é o inferno? Primeiro, o inferno é só um lugar físico? É um lugar físico? É só um estado? Qual das duas coisas? Primeiro, é importante lembrar o seguinte: aqui são duas dificuldades. Quando nós temos uma
visão do demônio, nós estamos vendo algo que não tem corpo. Então, para que eu possa ter uma visão de demônio ali, Deus está permitindo, não é? Está, de alguma forma, concedendo uma graça de uma visão de alguém invisível. Então, visões do inferno, visões de demônios e, etc., são coisas que se explicam enquanto graça de Deus dada a alguns santos, não é? Então, essa é a primeira coisa. Segunda coisa: mas o inferno, ele é estado ou lugar? Ele é as duas coisas, né? Mas é sobretudo um estado, embora nós vamos admitir que, por causa da ressurreição
dos corpos, deve haver algo de lugar na realidade do inferno. É um estado de sofrimento. É interessante notar isso: os demônios não estão em lugar nenhum. Então, eu não posso chegar e dizer: “Tem um demônio aqui, tem um demônio ali”, porque é que nas Sagradas Escrituras ou na visão dos santos dizem que os lugares e as pessoas podem estar infectadas ou processadas por um demônio e exibir. Então, ah, tem um demônio aqui, porque a gente usa a palavra "aqui" e "ali" para o demônio? É porque o demônio é puro espírito e não está em lugar
nenhum. Mas ele... É um espírito limitado, e ele concentra a sua atividade num lugar. Então, dizer que um demônio está aqui é dizer que, na verdade, ele está concentrando a sua atividade em mim, uma tentação. Essa questão de concentração é, então, uma linguagem metafórica. Quando nós falamos "não é o demônio que está aqui", está aqui no sentido de que ele está concentrando aqui as suas atividades, já que ele não é onipotente, não pode agir em todas as coisas ao mesmo tempo. A potência é limitada, então ele age aqui no sentido de que ele concentra aqui
a sua ação ou ali a sua ação. Por exemplo, o endemoninhado que tinha uma legião, o demônio diz para ir entrar na vara de porcos. Na verdade, ele deixa a sua atividade no endemoniado para exercer sua atividade na vara de porcos. Entendeu? Não é que ele saiu do lugar; ele saiu, ele mudou o foco da atividade dele. Porque, de modo geral, o espírito não tem corpo. Então, por isso, os demônios, onde eles vão, carregam consigo o seu tormento. Está entendendo? Ou seja, o inferno é qualquer lugar onde eles vão; ou seja, onde quer que eles
se encontrem agindo, eles estão sendo alimentados e carregam o seu tormento infernal consigo mesmos. Então, não sei responder à pergunta: "Se existe grau de sofrimento no inferno?" Pergunta do Thiago: sim, existem graus de sofrimento no inferno. Nem todos os demônios sofrem da mesma forma, e nem todos os condenados sofrem da mesma forma, porque o que faz o grau de sofrimento no inferno é o grau de ódio que a pessoa tem por Deus. Aproveito aqui já para responder a uma outra pergunta que foi feita, não me lembro bem quem fez: se existe possibilidade de Deus dar
um castigo, uma segunda chance. O demônio ainda vai dar uma segunda chance para os condenados? Que Deus, em sua misericórdia, não pode dar uma segunda chance para as pessoas. Vejam, não é questão de segunda chance; quem foi condenado para o inferno, santos demônios, como as almas condenadas para o inferno, não querem segunda chance, porque odeiam Deus. Tá entendendo isso? O sofrimento dos condenados ao inferno é proporcional ao grau de ódio que essas pessoas têm de Deus. Então, Lúcifer, que é o chefe de todos eles, é aquele que mais odeia Deus e, portanto, é aquele que
sofre mais. Todos os demônios estão condenados ao inferno; todos eles sofrem, mas em graus diferentes, existe uma hierarquia conforme é o grau de ódio dessas pessoas. Assim, também os seres humanos que forem condenados ao inferno sofrerão em graus diferentes, conforme o grau de ódio que eles têm por Deus. Eles odeiam a Deus conforme os seus pecados aqui na Terra. Por isso, se você for ler "O Inferno" de Dante, na "Divina Comédia" de Dante, com linguagem poética, ele procura descrever os diversos círculos infernais, essas camadas de sofrimento infernal que vão aumentando cada vez mais conforme o
pecado de cada um. O sofrimento varia conforme o pecado, porque, de fato, a pessoa pecou, e aquilo provocou um ódio a Deus diferente do ódio que aquele outro tipo de pecado faria. Então, é importante nós entendermos isso: o que nos leva ao inferno é, sobretudo, a soberba; o que nos leva para o céu é, sobretudo, a humildade. Então, a humildade de pedir sempre perdão a Deus, quaisquer que sejam os pecados, abre as portas do céu. Não é provável que, se eu não tiver expiado as minhas penas temporais, eu passe pelo purgatório. É importante lembrar que
a mesma coisa acontece aqui, né? As pessoas às vezes confundem. Quando eu morro, eu sou julgado. Esse julgamento significa que existe uma decisão. Deus é meu juiz, Deus é o meu advogado, meu intercessor, aquilo que me protege. Então, acontece aqui, no momento de decisão, em que eu me ponho diante do juiz, no total e humilde pedido de misericórdia, e, então, posso ser salvo, ou eu me revolto contra meu misericordioso juiz; então, odeio, e por isso vou para o inferno. São as duas opções: salvação ou perdição. São eternas. Só que, para chegar à salvação, existem duas
possibilidades: você vai direto para o céu, ou você antes passa pelo purgatório para se purificar. É interessante notar que o purgatório não é um estado intermediário entre o céu e o inferno; na verdade, existe um abismo; o inferno existe, e o lugar onde estamos salvos está. Agora, as pessoas que estão salvas podem estar no purgatório ou no céu, porque o purgatório é para pessoas que já estão salvas. Só existe uma porta de saída do purgatório, e essa porta é para o céu. Fica bem claro isso. Então, vamos lá: os demônios que estão na Terra têm
permissão de nos tentar; eles nunca estiveram no inferno. Então, já respondendo à pergunta do Lourenço, os demônios não estão em lugar nenhum. Não há lugar; eles são puros espíritos. Não é isso, não é opinião minha; isso é opinião de um teólogo muito respeitado chamado Santo Tomás de Aquino. Existem alguns teólogos que acham que demônios têm corpo, mas essa não é a minha opinião. Eu fico nesse sentido: eu sou completamente tomista. Eu acho que o demônio é puro espírito, de amor. Não tem lugar, então ele não está em lugar nenhum, nem no inferno. O inferno, para
o demônio, não é lugar; o demônio não tem lugar. O demônio tem simplesmente esse estado de sofrimento que ele leva onde quer que ele vá. Ok, Rosinha, sozinha. Padre Paulo, o que acontece com as... Nossas orações, que são direcionadas a pessoas que não estão no purgatório, no céu, elas ajudam alguma coisa? A pessoa que está no inferno, não, rosinha, infelizmente não, porque a pessoa que está no inferno não quer ser ajudada. A oração que você faz pedindo por alguma pessoa, se ela por acaso estiver condenada, essa oração será usada por Deus para uma outra coisa:
para enriquecer alguma outra pessoa, para fazer o bem a alguma alma necessitada. Então, é importante a gente recordar que, para as pessoas que estão no inferno, o destino já está decidido, não existe volta, não existe essa consolação. Lembre daquela parábola do Lázaro, né, onde o rico pede: "Pai Abraão, deixa que Lázaro mole a ponta do dedo para dar uma consolação para minha língua tão seca." Não existe isso, é negado. Não existe quem está no inferno, se condenou. É importante lembrar isso, gente, né? A pessoa se condena, se condena. E isso não é nenhuma doutrina modernista,
mas se vocês forem ler o livro do Monsenhor Seguy, que eu tinha falado para vocês no início da aula, o próprio Monsenhor Seguy fala muito claramente, não é como doutrina da Igreja: há pessoas se condenando. A pessoa que não quer ir para o céu, a pessoa não quer. Isso não quer dizer que a pessoa odeia Deus. Isso pode parecer incrível e impossível, mas a soberba leva a isso, né? A soberba leva a isso. É muito bom, Henrique, para uma pessoa poder se arrepender no último minuto de sua vida e ser salva, mesmo levando uma vida
toda de pecado e de maldades. Sim, Henrique, uma pessoa pode fazer isso. Agora, veja, não podemos ficar contando com isso, não é? Existe a possibilidade, hipotética sim, mas precisamos levar essa vida a sério. Precisamos levá-la a sério. E, com relação a levar a vida a sério, algumas pessoas perguntaram: "Padre, o pessoal da Teologia da Libertação acredita na existência do inferno?" A resposta é: depende. Depende do teólogo, depende do livro, depende da ocasião, não é? Por exemplo, nós temos várias afirmações de Leonardo Boff, do próprio na Globo, falando da existência do inferno. Eu fiquei até surpresa
em encontrar essas citações, que para mim, na minha ignorância, achava que o Leonardo Boff sempre negou a existência do inferno, porque eu li algumas afirmações dele nesse sentido. Mas são afirmações recentes. Existem afirmações mais antigas que estão citadas aqui nesse livro de escatologia. Esse livro, Escatologia, do padre José Antônio Sayes, ele cita como Leonardo Boff. Veja só essa frase do Leonardo Boff: "Quem nega o inferno não nega a Deus e nem a sua justiça; nega o homem e não leva o homem a sério." Veja só, o próprio Leonardo Boff dizendo isso. Parece que ele mudou
de opinião ultimamente, mas tem uma outra situação do Leonardo Boff. Eu não sei qual seria o livro original em português, eu teria que fazer uma pesquisa, mas aqui o padre Sayes cita a tradução espanhola. O livro chama-se "Hablemos de la otra vida" em espanhol. Então, não sei qual dos livros do Boff é esse, porque às vezes os livros mudam de nome. Teria que fazer uma pequena pesquisa antes de afirmar, mas essa citação do Boff é interessante. Se eu pudesse desvendar o Boff, eu anunciaria essa novidade: "O inferno é uma invenção dos padres para manter o
povo submetido a eles, é um instrumento de terror que foi inventado pelas religiões para garantir os seus privilégios e as suas situações de poder." Se eu pudesse, eu anunciaria e certamente significaria uma libertação para toda a humanidade. Porém, não posso dizer nada do Boff, porque ninguém pode negar o mal, a malícia, a má vontade, o crime calculado e pretendido, e a liberdade humana, porque existe. Isso existe, também o inferno, que, como dizia o padre Congá, não é o inferno do diabo com chifres, criado pela fantasia religiosa, pintado e descrito por pregadores fervorosos, que estremeceram e
até frisaram milhões de pessoas. Não, mas sim o inferno criado pelo próprio condenado. Veja que interessante essas frases. É direcionado ao Boff e eu não tenho nenhuma dúvida que eu assinaria embaixo dessas estradas aqui. Então, pra vocês verem a pergunta se até hoje a Libertação crê na essência do inferno: depende. Depende, ao todo, apenas da fase do autor. Ultimamente, eles estão fazendo de tudo para negar a existência do inferno, estão fazendo de tudo para fazer com que as pessoas não vivam temendo a Deus, porque houve um... até qual é a finalidade deles é mudar a
ética, não é? Então, a pessoa ao invés de ela ficar agora temendo a Deus, ela tem que ficar temendo a hegemonia cultural do pessoal que faz o patrulhamento ideológico. Então, você tem que temer a opinião pública, já que agora eles dominam a opinião pública. Então, você tem que temer. Primeiro, fica feio na foto não tem que ter medo a Deus. Muito bem, Débora, ela pergunta o seguinte: "Os bons ateus vão para o inferno?" Vamos ver, só deviam decidir aqui. Eu quero responder a todas as perguntas e de quem está preocupado em saber quem vai para
o inferno, que não vai. Veja só, não são simplesmente atos que nos levam para o inferno, não é? Mas pecados. Então, você faz uma coisa, mas aquilo ser pecado, pecado grave, e te levar para o inferno, você tem que saber que é pecado e querer pecar com plena liberdade. Então, você precisa, digamos assim, que ter uma história de amor com o pecado que te leva a realmente ao diabo, à ordem querida por Deus. Quando uma pessoa vive o drama... De pecar e, ao mesmo tempo, se humilhar; e todos os dias, pede perdão a Deus. Ela
está indo no caminho de Deus. Veja, o pecador que, todos os dias, se humilha diante de Deus com sinceridade, pode ser salvo. O que dizer, então, do ateu que acha que Deus não existe e que renega a Deus? Todo ateu vai para o inferno. Veja, nós temos que... Aqui é difícil julgar as pessoas. Esse juiz é Deus. Não somos juízes; as pessoas não... Posso dizer quem vai para o inferno? Porque o ateísmo é um pecado grave. É claro que é um pecado grave. Mas essa pessoa que nega a Deus, nega a Deus de verdade ou
nega a caricatura de Deus que foi apresentada? Por exemplo, tem muita gente que nega a existência do inferno porque pintaram para ela um inferno que é... O que? É o diabo com o caldeirão, colocando lenha debaixo do caldeirão, e o diabo com chifres e com rabo, e sessenta e tal. Vai fazendo aquilo lá. Se o inferno é isso, então fica muito difícil a gente crer na existência do inferno. O inferno não é isto. Não é isso! Aqui, é linguagem metafórica. É linguagem de visões, pessoas que tiveram visões e... Etc. Mas o inferno, na verdade, não
é visível. Quando os videntes de Fátima viram o inferno, não era o que eles viram. Eles tiveram uma visão do inferno, mas não quer dizer que eles foram lá e viram o inferno. Nada disso. É que Deus revelou a eles, quando o terrível inferno, através daquela visão; aquela... Que aquelas crianças tivessem noção do conteúdo era o inferno. Tá entendendo? Mas não significa que elas viram o inferno. Não. Deus concedeu a elas um carisma, uma visão, uma revelação da tragédia que é o inferno, mas não quer dizer que o inferno seja visível. Então, as pessoas ficam
perguntando: Mas eu devo acreditar na visão do inferno de Fátima? Sim, deve acreditar! Mas deve acreditar no conteúdo que está lá, né? Que está expresso de alguma forma. Mas aquela expressão visual não é necessariamente a que realmente é o inferno. Aquela expressão visual... Ela quer dizer que, vamos ser objetivos, o inferno é muito pior do que aquilo que aqueles três meninos viram. Em fácil, dá pra entender que o que eles viram foi o que Deus concedeu a eles, de ver o que o governo... Digo, que o inferno não é caldeirão. Não é diabo. Não é
isso, aquilo... O inferno é exatamente como os três videntes de Fátima viram. Eu não estou aqui querendo minimizar o inferno. Não! O que eu só quero dizer para vocês é que o inferno é muito pior do que isso, porque não fazemos noção do que seja o inferno. É terrível! Se eles tivessem realmente visto o inferno, digamos assim, sem nenhum filtro de Deus para protegê-los, eles teriam se perdido completamente. Teriam sido, é... Como que arrastados, sugados por aquela maldade. Entendendo? Então, claro, Deus concedeu a isso. É algo do inferno. Já foi suficiente pra eles experimentarem o
terror daquilo. Não respondem objetivamente à pergunta da Débora: "Ateu vai para o inferno?" Sim, até porque, em geral, todos os ateus vão para o inferno. Não depende. O que esse ateu negou era Deus verdadeiro. O que ele negou foi uma farsa de Deus que colocaram na cabeça dele. Ele tem culpa de ser ateu? Ceda, não! Ele não tem culpa de ser ateu. Então, é difícil julgar as pessoas concretas. Agora, claro, o ateísmo é uma situação grave da qual todos nós devemos fugir. Não tendo nenhuma... Filipa, quadro. Ainda não fiz o catecismo. Até lá, posso ser
perdoado diretamente pela oração e arrependimento, por ainda não ter acesso aos sacramentos. Posso ser condenado ao inferno? Veja só, a Filipa, é o seguinte: você pode se confessar. Você a não... Ficar tecido? Não, perder não tem necessidade. Pega um exame de consciência. Não é fácil! Exame de consciência! Not seus pecados, os pecados mais graves que você tem lembrança. Procure um sacerdote e diga: "Seu pai, é a primeira vez que eu me confessar. Vou me confessar." Se você, pelo jeito, você está escrevendo na internet e supõe que você tem mais de sete anos de idade, né?
Então, se você tem mais de sete anos de idade, após confessar, não somente você pode confessar, você deve se confessar já a partir dos 7 anos. Todos nós devemos confessar, está no código de tônico. O seu Kindle dizendo, está no código. Então, se você for um padre, o padre negar o visto à convenção porque você não fez catecismo... É porque esse padre ignora a lei da Igreja, seja por ignorância dele, não está sabendo? É certo, mas é dever de ouvir sua confissão. Então, se aquele lá nega, fechou a porta, procure um outro. Não desanime! Não!
Até você achar um padre, se confesse. Para você se confessar, você precisa simplesmente saber o que é o pecado, se arrepender e lá, né? Pedir perdão a Deus. Agora, se você morrer sem confissão, você vai para o inferno? Resposta: nós não temos condições de responder essa pergunta, não é? Ou seja, é o que Deus deu para nós. Foi o caminho dos sacramentos. Agora, o caminho dos sacramentos, ele é obrigatório para nós e não obrigatório para Deus. Tá entendendo? Deus nos deu o caminho dos sacramentos e a forma que nós temos, ordinária, de obter o perdão
dos nossos pecados é o sacramento do batismo, o sacramento da confissão e o sacramento da unção dos enfermos. Essa forma normal nós podemos ser perdoados. O nosso pecado! Isso quer dizer que não existem outros caminhos? Existem outros caminhos! Por exemplo, uma pessoa que morre... Márcia, não é? A Igreja sempre considerou que o martírio era um caminho para obter o perdão dos pecados. É também a... Pessoa que morre fazendo um ato de contrição perfeita: nós temos a opinião teológica de que uma pessoa que faz um ato de contrição perfeita na hora da morte tem as portas
do céu abertas. Só que nós sabemos que estamos vinculados pela economia sacramental. Eu falo, e na linguagem técnica, vai dizer que esse é o caminho do sacramento, que é obrigatório para nós. Nós precisamos seguir lá. Então, não se preocupe, Philip. Você se confesse, procura um padre; é o caminho que Deus preparou pra nós, tá bom? Então, gostaria de recordar pra vocês que hoje começa a preparação para a consagração, né? No dia 8 de dezembro, vamos recordar que temos as nossas orações para fazer. Então, o post com as orações, pelos efeitos, está no blog do Consagrado
Seconsagrade.com, né? Então, você vai lá, baixa as orações, precisa fazer e imprimir no seu computador todos os dias, mas faça suas ações. Pessoal que quer se consagrar no dia 8 de dezembro, hoje é o primeiro dia de preparação, tá jóia? Então, vamos começar a fazer nossas orações e nos preparar para a consagração de dezembro. Tá bom? Quero agradecer a vocês pela participação nessa aula. Espero ter podido responder à maior parte das dúvidas. Não sei se ficou alguma dúvida grave, de fora, né? Acho que minha linha geral no intervalo foi suficiente pra sanar as dúvidas. De
qualquer forma, eu ainda vou dar uma palestra sobre esse tema do inferno, não é? Em outra ocasião, que vai ser anunciada, em que faremos uma aula aberta sobre o inferno para o lançamento de um comentário específico sobre este livro do Monsenhor de Seguir. Mas, por enquanto, eu aconselho você a leitura do livro. Nós também vamos fazer aulas sobre esse livro, tá bom? Então, que Deus abençoe aqueles que não fizeram em tempo a sua assinatura. Pedimos desculpas. Hoje à tarde, nós passamos a tarde inteira ativando contas de pessoal da última hora, né? Infelizmente, o pessoal do
PagSeguro que paga através do boleto bancário só vai poder assistir a essa aula gravada. Mas, na semana que vem, você assiste ao vivo, não tem problema nenhum, porque sua conta já está ativada. Então, me desculpe aí os operários da última hora se nem todo mundo entrou. Nós tivemos um possível, àqueles que pagaram com cartão de crédito, nós liberamos todo mundo para que as pessoas pudessem fazer o login o quanto antes, tá bom? Então, Deus abençoe você e até a semana que vem, se Deus quiser, no mesmo horário, na nossa aula. Já temos o nosso encontro
semanal para os alunos do site ParaPublicar.com. Vou dar a bênção de Deus pra vocês: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a mim confiam, a piedade divina sempre rege, guarda, ilumine a mim, pela intercessão da toda Santa Mãe de Deus, de São José, nosso Pai e Patrão, e Senhor de Santo Padre Pio de Pietrelcina, todos
os Santos e Santas de Deus, abençoe-os. O Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Até semana que vem, se Deus quiser!