[Música] quando o recebeu o convite da solange eu sei que foi por uma encomenda das meninas da evelyn da judith e ela me encomendar um desafio que é falar ou eu me senti desafiado melhor dizendo que é falar a respeito é da de três dimensões e o que está aí no meio os encontros dessas três dimensões que é do currículo da formação dos professores e das e da primeira infância e eu entendi assim da experiência da criança na instituição de educação infantil esse é um desafio interessante é dentro do campo que eu venho me debruçando
e trabalhando há muito tempo mas eu confesso que para vocês hoje falar disso sobretudo quando a gente quer falar de currículo e nós temos uma base nacional comum curricular que teve um caminho não muito interessante necessariamente é sempre um tema bastante complexo digo isso porque nós não tivemos um trabalho com continuidade a gente teve diz continuidade no trabalho da base nós perdemos muito nessa diz continuidade ea versão que foi homologada uma versão que certamente está longe de tudo aquilo que a gente propôs quando começou a discussão a respeito dela e falar de currículo de formação
de professores e pensar também como a base está incidindo nisso quer dizer já está começando a discutir o curso de pedagogia a partir da base nós estamos discutindo o livro didático para educação infantil professores não para as crianças felizmente não é porque para as crianças não precisa de livro infantil o livro didático a e tudo isso é com base na base nas suas estão discutindo a formação de orientações curriculares planos nacional planos municipais planos estaduais projetos pedagógicos com base na base então a gente o impacto desse documento muito muito grande e nós precisamos problematizado e
refletir com muita seriedade a respeito do que eu pensei em fazer essa discussão eu vou trazer para vocês primeiro um documento que representa uma certa há um certo consenso na área da educação infantil que somos novas que é a diretriz curricular nacional para educação infantil esse documento o documento mandatório e ele desde 2009 tem nos ajudado a pensar sobre muitas questões a respeito de políticas públicas de formação de professores e orientações curriculares então a minha base vai ser sempre a diretriz isso porque a base deveria ser um documento de derivação da diretriz ele não é
não pode ser contrário aos preceitos da diretriz e não é mais um documento ele tem que derivar da diretriz que o documento maior é mandatório então um lado eu vou falar desde esse lugar das diretrizes porque é o que nos conecta ela serve para pra mim como professor e formador ela serve pra vocês gestores professores secretários ela é um documento que deve orientar o trabalho de todos nós que estamos aqui hoje um outro lado que eu trouxe pra conversar com vocês têm a ver com uma experiência que eu tenho conduzido junto com cinco escolas e
três públicas e duas privadas da região metropolitana de porto alegre num grupo que se chama observatório da cultura infantil o bes se este grupo que é coordenado por mim nós temos trabalhado com foco na transformação do cotidiano pedagógico isso porque lá emergem todos os problemas que provavelmente se vive lá em alguma forma se vive aqui em tocando no tocantins se vive no brasil afora pelo menos a onde eu tenho passado tenho percebido como temas comuns então pra trazer experiência do cotidiano eu optei por trazer essa experiência de formação continuada junto com essas cinco escola desde
2013 e um terceiro elemento que eu quis trazer também como compartilhamento das reflexões se der tempo espero que dê tempo para tudo que eu programei é a experiência de supervisão de estágio curricular no curso de pedagogia que eu sou professor e que lá também a gente tem feito algumas experimentações sobretudo em termos do que que é pensar esse currículo de educação infantil e tem alguns exemplos que podem nos ajudar também a problematiza então são esses três lugares lugar teórico gás legal dá diretrizes lugar da prática do conjunto dessas cinco escola e do conjunto de estágios
que o supervisor então as imagens que eu escolhi inclusive são imagens destes lugares são imagens de escolas públicas imagens de escolas concretas com problemas reais mas com avanços desde o momento em que entenderam a sua função social e pedagógica e política na educação básica são imagens que eu quis trazer como uma metalinguagem como uma forma de também convocá los a olhar para as crianças a olhar pra relação adulto e criança olhar para a relação pedagógica desde um outro lugar que não é esse lugar professoral que a gente conhece que serve talvez para ensino fundamental que
serve talvez o ensino médio mas não serve para a educação infantil o policial não se chama ensino infantil se chama educação infantil porque diz alguma coisa mais ampliada e mais complexa pois meu ficar ouvindo os seus representantes políticos falando e fiquei pensando uma boa política aquela política que entende que para construir qualquer coisa a gente investe na base na base nacional comum curricular na base que são as crianças que chegam ao mundo e portanto dos profissionais que trabalham com ela uma boa política é aquela que faria uma um bom investimento na educação infantil o que
nós estamos falando da base de tudo de qualquer construção então os professores têm que aqueles de educação infantil que vão trabalhar com aqueles que estão chegando ao mundo é óbvio que nós não estamos falando de projeto futuro de sociedade porque nós temos que falar nas crianças não aqui agora o presente mas é inevitável a idéia de relação que nós estabelecemos com as crianças hoje empatar com a sociedade que vai transformar daqui a pouco então e parece que nós temos que discutir sempre não desde o enem pro neném é desde o neném pronem e não essas
políticas de subordinação como a gente está acostumado né pois bem já que nós estamos falando das crianças que chegam ao mundo eu quis roubar no bom sentido da palavra embora essa palavra é essa a palavra seja bem perigosa no brasil foi um dia com tanto roubo assim na cara lavada peguei emprestado corrigindo em termo de um teórico que eu gosto muito é o brunei e jerome brunet que ele vai dizer que chegar ao mundo a iniciar sua jornada no mundo têm a ver sempre com inaugurar um dos possíveis pois vejam a especificidade das crianças que
a gente acolhe na educação infantil é a inauguração de mundos possíveis elas chegam com quatro meses na escola de educação infantil uma instituição de educação infantil ficam em torno de 8 9 10 11 12 horas e acredita em algum lugar em alguns lugares mais do que 12 ficam cinco dias por semana 10 e 11 meses por ano você tem alguma dúvida de que a experiência que elas vivem nas instituições de educação infantil impacta profundamente a noção que essas crianças não entendendo sobre o que é ser gente neste mundo portanto o modo como nós nos relacionamos
com as crianças diz respeito a que mundos possíveis nós criamos com elas por exemplo eu gosto dos exemplos mais ordinários do cotidiano por exemplo os bebês que a minha especialidade os bebês são a brinca no sul e talvez vocês não têm esse problema ou tenham por causa do ar condicionado mas no sul nós temos um frio frio e um calor calor então chega começa a chegar próximo esses próximos meses os bebês como ficar todos doentinho né com resfriados etc então a lacalle o bebê brinca no chão para não te enxerga esse bbb tá com um
ganho no nariz e sem avisar sem fazer absolutamente nada chega por trás desse bebê segura a cabeça dele lindo nariz parece banal pois se eu tivesse combinado com algumas pessoas aqui no meio e dito é agora e vocês serem atacados por trás é alguém segurar o nariz de vocês vocês vão achar legal se de repente agora alguém puxar essa causa de vocês e botar a mão dentro para ver se vocês estão com o cocô vocês vão achar legal e se alguém agora já se apaga a luz de ti dorme vocês vão amar eu sei mas
vamos dizer que vocês não estivessem com sono e alguém dissesse agora todo mundo deita e quando vocês tivessem no auge do sono de vocês alguém chegar e dizer vamos lá blá abre as cortinas quem gosta disso vocês gostam porque passa na nossa cabeça que as crianças gostam por que passa na nossa cabeça que isso não é nada isso é que é sério isso é curricular isso é sobre formação de professores que nós estamos falando e isso diz respeito de como nós estamos entendendo sobre a chegada das crianças no mundo eu não acho estranho que fazendo
isso com as crianças e com noção tomar o brinquedo do amigo elas arranquem porque é o que a gente faz o tempo inteiro está ensinando sobre as relações humanas desde este lugar então vejam que a complexidade de quando nós falamos de educação infantil é muito grande ela entra em temas que a universidade não tocam vocês aprenderam a trocar fraldas na universidade ou vocês aprenderam como é que se alimenta um bebê na universidade não aprenderam mas isso tem uma aprendizagem não é no método materno que funciona na educação infantil e também não deveria ser um método
mhp desconhecem esse método na hora pinta um jeito de fazer com as crianças a primeira vez que eu fui trocar fralda foi o método mhp eu trabalhava só com as crianças de 3 a 6 anos não precisava me preocupar com isso comecei a ficar além do meu horário para cumprir uma carga horária de uma colega e comecei a ficar com crianças menores que nós que ficavam além do tempo e daqui a pouco teve um dia que a gabrielli fez cocô no horário estava eu gabrielli mas duas crianças e eu pensei o que eu faço agora
tinha 18 anos não fazia idéia de como se trocava a fralda a única coisa que eu sabia que tinha que prestar muita atenção para gabrielli não caí do trocador era a única informação que eu tinha naquele momento meu método de aprendizagem foi mhp na hora fiz na hora pinta um jeito de fazer não foi adequado obviamente e tantas formas que acontecem os cuidados pessoais na escola e não apenas as práticas pedagógicas outras porque cuidado também é uma prática pedagógica são no método na hora a gente dá um jeitinho ver o que acontece não deveria ser
deveria ser por isso que nós precisaríamos reivindicar a formação que tratasse dos temas específicos da educação infantil reivindicar discussões nas redes que tratassem os temas específicos da educação infantil e não temas gerais e vou dizer pra vocês eu lamento informar não em apostilas que vocês vão encontrar isso porque nessas apostilas não se traduz a complexidade da educação infantil se traduz um modelo de professor que não serve para essa primeira etapa da educação básica eu sempre digo que quando eu psi eu posso promover vento eu proibi editoras está vendendo livro didático para educação infantil podem ter
um monte de editora vendendo livro literário para educação infantil que é o nosso livro didático que o livro de histórias que alívio para as crianças criarem mundos possíveis mas livro apostilado não está emburreceu professor vocês são muito mais capazes de qualquer livro didático consiga traduzir muito mais capazes tá então a minha fala vai ser desvaira ser desde esse lugar para começar quero recuperar um elemento que eu acho que a gente andou perdendo que está no parecer 22 mil e 2009 que é o parecer que vai desde que vai falar a respeito das diretrizes curriculares para
educação infantil então ele vai dizer o seguinte na educação infantil é preciso pensar um currículo sustentado nas relações nas interações e em práticas educativas intencionalmente voltadas para as experiências concretas da vida cotidiana para a aprendizagem da cultura pelo convívio no espaço da vida coletiva e para a produção de narrativas individuais e coletivas através de diferentes linguagens e aí eu quis trazer esse trecho porque ele deveria o seu trecho base para qualquer reflexão que diz respeito à currículo formação de professores ea experiência das crianças na educação infantil eu destaquei essas palavras do trecho deste trecho do
parecer então está falando como idéias de partida para a gente em relações e interações em práticas educativas intencionais e é isso que não não desqualifica ser um professor com ensino superior trabalhando com as crianças porque se for um professor que trabalha no método mhp qualquer um pode instalar se for um professor que vai pra escola para ligar a televisão para as crianças assistirem não precisa ter ensino superior para fazer isso agora se for um professor que saiba se relacionar com as crianças que saiba compreender sua complexidade que saiba propor situações de aprendizagem que respeite as
crianças precisa de ter ensino superior e precisa ter um curso de ensino superior que seja qualificado para essa formação quando a gente fala intencional a gente tem que lembrar que não é intencional que foi alguns anos atrás e que ainda presente de uma prática transmissível que foi a criança como passiva porque eu tenho intenção pedagógica e é dessa intencionalidade que eu tô falando e falando uma intencionalidade que vai responder por exemplo aos 6 direitos que a base está nos propondo para todas as crianças que devem ter o direito no brasil de viver na educação infantil
e conviver de participar de explorá de conhecer se esses são essa intenção que deve se dirigir à minha prática educativa a responder por exemplo a estes direitos vai dizer também essa para esse trecho em outro cip trouxe pra vocês que os currículos devem se orientar por experiências concretas da vida cotidiana é um exemplo que eu dei da fralda é um exemplo que eu dei da alimentação é um exemplo que eu dei do limpar o nariz nós temos que entender que diferente do ensino fundamental e médio as crianças quando chegam na educação infantil elas experimentam neste
espaço às práticas sociais da sua cultura portanto comer é uma prática social apreendida também na instituição não é uma tarefa a mais que só tem que cumprir porque a criança tem que comer do ponto de vista nutricional é uma experiência de socialização uma experiência de troca com os amigos aprender está na mesa com os amigos que começam obviamente aprender a comer sozinho depois aprender com os amigos depois aprender a complexidade do que está ali na mesa mas isso é uma aprendizagem e isso é curricular vestia um casaco tirar um casaco é uma aprendizagem se dá
conta a necessidade de vestir o casaco ou tirar o casaco é uma aprendizagem se deslocar pela escola que não em fila porque ninguém aqui foi como em fila é uma aprendizagem aprender que sair da nossa sala para até o refeitório eu tenho que ir de um modo que não é segurando a blusa do amiguinho não é andando em fila mas a caminhando porque assim que a gente se desloca pelos espaços é uma aprendizagem ninguém nasce sabendo isso que a escola é um espaço seguro e controlável do ponto de vista da segurança para as crianças aprenderem
hoje circulam na escola depois eles vão circular no bairro posteriormente irão circular no mundo não são experiências concretas da vida cotidiana quando a gente fala disso é bom é importante lembrar como às vezes a gente se põe armadilhas então por exemplo acontece no rio grande do sul não sei se acontece aqui dez e meia da manhã as crianças vão almoçar o que já é um mistério porque ninguém aqui a mostra das 6 da manhã a gente almoça meio dia nas escolas de educação infantil 10 e 6 começa um saque acontece isso no tocantins mais ou
menos acontece e teletema que pensar nisso aí eles têm em comum e não só dez e meia como em 15 minutos está vendo os outros porque a tia da cozinha tem sair porque sei lá o quê mas as crianças têm que ó só que misteriosamente à tarde tem um projeto sobre alimentação saudável são diariamente a gente não pensa numa alimentação saudável que não é só nutricional é da experiência de comer e à tarde a gente faz um projeto artificial sobre alimentação saudável estão entendendo a desconexão qual o melhor projeto de alimentação saudável para essas crianças
viver uma experiência de alimentação saudável todos os dias essa é a melhor experiência de aprendizagem sobre alimentação saudável é o mesmo sobre identidade a gente faz projetos sobre identidade e depois vai dispor o fulaninho fulano porque você não é igual ou ciclano olha ali quietinho porque eu sou paulo e não sou joão um e tem uma identidade aqui atrás de si paulo vocês percebem que às vezes a gente se ponha em uma das armadilhas e nem se dá conta nem se dá conta por que todos os sistemas também tem uma certa novidade reconhecê los com
status de conhecimento como um status que não é menor porque por algum tempo a gente chamou isso de um mero cuidado como se cuidar fosse banal e cuidar não é banal aliás o que mais falta nas relações é cuidado e cuidado é uma aprendizagem e as crianças precisam que alguém cuide bem dela estão a aprender a cuidar bem de si e dos outros só que esse cuidado tá indissociável do processo educativo dessas crianças volto a dizê é por isso que se chama educação infantil e no ensino infantil e toda a gramática do ensino fundamental sala
de aula alunos não cabe na educação infantil eles conseguem olhar para um grupo de bebês e dizer os meus alunos agora vão ter aula de uma estranha pra vocês que pra mim olhar quando trabalhava com bebês 12 anos professor de criança quando trabalhava com bebês e olhar para os bebês e eu não conseguia pensar com os meus alunos vão ter aula de era muito esquisito não cabe o que não cabe para toda a educação infantil são crianças vão procurar nas diretrizes da palavra alunos não vão achar que não é só uma mudança de léxico é
uma mudança de concepção essas crianças têm o direito de brincar mas se der tempo que brinca tem o direito ao acesso a uma cultura ampliada têm o direito de conviver tem o direito de ser respeitadas todas as crianças seguimos outro ponto que fala no texto que eu destaquei pra vocês sobre aprendizagem da cultura e aí tem a ver com a escola como uma oportunidade os anos temos do bruni como uma ponte é o acesso ao património da humanidade já sistematizou científico tecnológico ambiental etc é direito das crianças acessarem se patrocinar esse patrimônio e em partes
a base vem colaborar com essa discussão sobre o acesso a uma aprendizagem da cultura o património ea cultura estruturou que tem a ver com questões locais que têm a ver com questões externas já que a gente tem problematiza essa noção de aprendizagem da cultura por exemplo você sabe o porquê eu sei que aqui em tocantins as meninas vêm tocando nesse assunto porque dos materiais não estruturados ou porque de materiais que a gente nunca considerou como brinquedo como algo muito importante para as crianças como por exemplo colheres panelas potes e e sacra a uma autora alemã
que se chama 'o teatral e que ela vai dizer que uma das formas de a gente pertence a uma cultura é saber dominar os seus objectos acessar esse património imaterial que está transformado esse patrimônio que é transformado no material concreto é também fazer parte de uma cultura se a gente fosse atento e observar seus bebês os bebês pode dar uma um brinquedo lindo da fisher-price do lado de uma porta de armário de cozinha aberta com panela para onde ele vai a porta aberta campanella nem aberto ele vai abrir isso significa qualquer coisa de interessante para
a gente começar a receber unificar o que é brinquedo para as crianças que quer brincar para as crianças não esqueçam que por trás de todos esses brinquedos estruturado e tem uma indústria que criou a necessidade de que brinquedo para crianças só se compra em uma loja de brinquedo ou servem o entorno e percebam como as crianças gostam de brincar com outras coisas isso também é a aprendizagem da cultura quais são as materialidades de tocantins quais são os objetos da cultura dos povos que estão aqui esses materiais estão nas escolas as crianças estão acessando este material
como elemento do cotidiano para brincar e aprender a usar para fazer parte dessa cultura se perguntem sobre isso isso também é curricular curricular não é a lista de objetivos que acabou virando a base nacional comum curricular não é isso que reduzam a isso é também um ponto de partida a ideia de que as crianças podem ter um amplo convívio o espaço da vida coletiva que eu quero dizer com isso eu quero dizer que a escola é sempre um lugar privilegiado para a cultura infantil porque tem outras crianças e não tem melhor desafio não tem melhor
experiência para uma criança do que outra criança inclusive esse é um espaço que a gente tem que defender o porquê da escola de educação infantil porque é um espaço da produção de cultura infantil é um espaço da produção da cultura das crianças onde elas negociam formas de estar umas com as outras aonde elas negociam regras aonde elas experimentam papéis aonde elas aprendem a onde elas descobrem a sua identidade onde elas descobrem identidade cultural conviver com outras crianças da sua idade de outras cidades como a própria diretriz vai defender é um direito das crianças e esse
deve ser um ponto de partida para pensar o currículo significa que a gente tem que fazer pausas no nosso tempo adulto se eu ficar às 8 às 9 às 10 horas 11 ou 12 horas da jornada das crianças dizendo que elas têm que fazer como elas têm que fazer o que elas têm de sentir inclusive como ela se relaciona com as outras crianças a brincadeira este do currículo educação infantil essa produzida pelas crenças não é jogar bingo de letras para aprender letras não é brincadeira de criança então a gente começar problematiza a essas questões conviver
com outras crianças à escola um lugar privilegiado elas estão tendo tempo ou é só na sexta-feira no dia do brinquedo que já nem dia ea hora e só se comportarem bem durante toda semana senão nem na sexta o dia que virou a hora é hora só que eles vão pro pátio que eu posso atuar agora ficou livre eles brincam um pouquinho e uma criança disse uma pra mim uma vez agora tem um tempinho pra ser feliz era hora de ir para o pátio eo resto de vista é muito feliz não temos que pensar sobre isso
todo mundo aqui tem sindicato patronal os profissionais as crianças não seu sindicato das crianças defendeu os direitos delas é direito dela conviver com outras crianças é direito dessas crianças outros dois elementos que aparece nesse pequeno trecho sobre como o currículo deve se estruturar é a respeito das produções de narrativas e das diferentes linguagens na educação infantil nós temos uma especificidade por sorte de ter bebês que não trabalham na linguagem oral que não falam se comunicam por outras vias e que nos convocam a pensar outras relações outras formas de estar com eles e isso mas pode
recuperar uma frase do mago de um pedagogo italiano muito importante nos convoca a fazer uma escola para 100 linguagens parassem no sentido de inúmeras linguagens das crianças a linguagem da palavra a linguagem do olhar a linguagem do gesto a linguagem do desenho da dança da modelagem as suas linguagens que emerge de se as linguagens construídas coletivamente as linguagens construídas com um pequeno grupo a escola tem que produzir narrativas nascem linguagem nas diferentes linguagens vejam bem só naquele trecho em junho na página 14 do parecer 20 a gente já tem tantos elementos pra parte a discussão
do currículo formação de professores e experiências das crianças que eu preferi então sintetizar dizer é daqui que eu vou falar usando uma frase de uma autoritária e ana que se chama ana lía gallard ning que ela vai dizer portanto ea gente poderia dizer depois de todos esses itens de partida a gente pode entender que a escola pode ser uma pequena comunidade tanto para as crianças como para os adultos quando nós falamos em pensar uma escola de educação infantil que responda à complexidade das crianças nós também estamos falando no reposicionamento do adulto não é centrar na
criança e tirar o adulto de cena não é como é que é que eu equaciono eu e harmoniza o lugar das crianças na experiência educativa que delas o direito e encontrou um lugar pra mim ação vejam bem que lugar tem uma criança em que a gente carimba a mão dela de tinta e itá mão caribe lava já para não se sujar inclusive quem viveu a experiência educativa que tipo de experiência educativa é essa que relação teve ela conte com qualquer material o hamas é que depois eu vou ficar recordando a mão e transformando numa galinha
para a história de um senhor que lá lembra o direito à educação é das crianças nós já avançamos inclusive do ponto de vista de que nós não lutamos por educação infantil para as mães trabalhadoras nós lutamos na educação infantil para toda e qualquer criança porque é direito das crianças à educação infantil independente da situação de trabalho da mãe do pai é direito delas e portanto experiência educativa é delas e nós temos que pensar em como criar situações de aprendizagens para as crianças que não é um adulto abandonar mas também não é um adulto protagonizar difícil
muito quem mandou você se meterem na educação infantil a parte mais difícil da educação básica e digo isso de verdade lá trabalhava na universidade é facinho seguimos bom partindo dessas idéias iniciais minha pergunta é como então nós podemos harmonizar currículo formação de professores e as experiências das crianças não sei se responder essa pergunta mas quis trazer algumas pistas para contribuir com a discussão que vocês podem fazer dentro dos contextos de vocês porque como alguém de fora eu não posso oferecer muita resposta para vocês que para poder oferecer tem que fazer parte está entendendo as dinâmicas
o tempo mas como alguém de fora também possa oferecer um olhar a mais para tudo isso então vamos lá vocês conhecem esse cartunista italiano chamado francesco toldo no time desconhecem se não conhecem procurem porque é muito legal inclusive para a formação de professores é um um recurso incrível porque ele trabalha com ilustrações bem provocantes então ele vai fazer lá em 1979 uma ilustração que diz o maternal o programa então vejo da professora da professora planejando seu ano ela pega a criança e dividir ela no natal na páscoa primavera inverno verão fala natal a o presépio
que dezembro faz uma divisão da criança é estereotipada mecânica fazendo algo para nós a educação infantil é bem comum que se pautar por datas comemorativas têm vários problemas as datas comemorativas 1 elas estão vinculadas a um posicionamento religioso escola é pública é laico a gente não se posiciona a favor de religião a gente acolhe as manifestações religiosas mas não se posiciona a favor de uma religião porque lá pode ser que tenha o cristão pode ser tão católico evangélico da umbanda o hotel e todos eles têm direitos respeitados nas suas crenças está na nossa constituição e
por isso que a escola pública laica não começa por aí o problema das datas comemorativas segundo é o apelo ao consumo que está vinculada todas essas datas e terceiro que além delas reforçar em estereótipos como familiares inclusive elas em nome das tais datas comemorativas a gente não acolhe o contexto que está emergindo de uma colinha as perguntas das crianças não acolhe que as crianças estão demandando uma proposta ao invés de a gente continuar pensando as crianças assim porque não adianta falar de base continua pensando na criança assim não adianta falar de nenhuma manifestação nova de
discussão de currículo e continuar pensando nessa criança é o proponho e eu vou posicionar uma nova imagem do not reconhecer a criança e o seu corpo porque mudar uma visão de currículo implica também debater sobre uma perspectiva de criança e conhecimento uma outra perspectiva então eu sugiro a gente reconhecer que a criança tem um couro e neste um corpo as crianças têm histórias e esse corpo não é só um corpo físico biológico é um corpo simbólico é um corpo relacional é um corpo onde se subjetiva a noção do mano é um corpo aonde a gente
constrói identidades individuais e coletivas é um corpo onde a gente constrói o seu limite entre ele o mundo é um corpo precisa ser respeitado física e simbolicamente é um corpo onde tem todos os elementos para construir o verdadeiro sentido do ser e estar no mundo que não é aquele corpo dividido estereotipado o primeiro reconhecer que a criança tem um corpo e segundo sobrepõe uma terceira imagem do donut é reconhecer que o limite do corpo dela com o mundo é a pele e aí entra que o que todos os teóricos da educação infantil da psicologia cognitiva
da psicologia social da educação da sociologia da antropologia concordam de que as crianças constroem seus sentidos pessoais e coletivos na sua ação com o mundo e no mundo isso significa reconhecer que as crianças têm capacidade de agir não são passivas esse é um posicionamento inclusive político frente às crianças a reconhecer que elas agem elas têm capacidade de iniciativa e ação muda a nossa relação com elas eu faço um exemplo que as minhas alunas que eu sempre conto há hoje uma criança estava andando e caiu e se machucou caiu caiu um tombo feio que eu dizem
para a criança a fulaninho não foi nada levanta pode continuar brincando aí hoje a judith estava caminhando e caiu a gente vai lá e diz judith acontecer alguma coisa você tá bem vocês percebem a diferença a judith senti algo a criança nada vai continuar brincando começa por aí reconhecer a iniciativa das crianças começa por aí reconhecer que as crianças têm capacidade de agir e que portanto elas podem me dizer ah machuquei o joelho e eu possa merecer uma relação com essa criança não percebam como a nossa pedagogia para as crianças pequenas é uma pedagogia dos
detalhes das sutilezas porquê porque nós acolhemos os recém chegados ao mundo thein sein uma criança não é uma divisão em 12 partes de datas comemorativas a criança tem um corpo esse corpo ao limite com o seu mundo é um sujeito que tem direitos é histórico e tem capacidade de agir vocês devem todos reconhecer esse documento que são as diretrizes curriculares nacionais para educação infantil há diretrizes ea base devem ter uma relação embora a gente encontre inconsistências nessa relação e eu vou falar um pouco delas rapidamente mas ela como eu disse antes a base deve derivada
diretriz a diretriz um documento que foi reformulado em 2009 depois de que a educação infantil finalmente acumulou conhecimento a respeito da identidade da educação infantil no brasil o que é educar ea e cuidar de crianças em espaços institucionais iam domésticos de urna os que a educação infantil como está na diretriz é um esse documento que representa um certo consenso dentro da área é um documento muito importante que além de está absolutamente alinhado com todas as discussões nacionais e internacionais ele explicita tudo que nós precisamos entender sobre uma concepção pedagógica política ética da educação infantil é
eu quero dizer para vocês que a diretriz ou melhor no brasil nós temos alguma coisa de muito interessante que por sorte nós não temos documentos mandatórios que são ruins na educação infantil nós temos documentos mandatórios muito interessantes porque nos ajuda enquanto base nem quanto escolas a perseguir rumo a um bom trabalho diferente da itália por exemplo que as práticas educativas são melhores do que os documentos deles os documentos não há cá não alcançam as práticas deles então para nós a qualquer coisa para pensar de interessante isso alguns pontos importantes de destacar em relação às diretrizes
ela quer romper com os dois modos de escola historicamente constituídas assistencialista quem foi como surgiu a creche para as crianças pobres uma escola que não cuidava não usa e mal a palavra cuidado aí vocês sabem que a história da educação infantil começa como começa com uma escola para os pobres assistencialista que assistia às crianças não cuidava porque cuidar uma coisa muito boa nós tínhamos uma escola preparatória scolari zant pré escola para as crianças burguesas que um projetinho de infância e depois de o ensino fundamental quando nós fomos entendendo que que a educação infantil como primeira
etapa da educação básica isso lá em 1996 quando o bebê nós fomos redesenhando nesse modelo ser serve pra esse desenho nem este é uma nova visão de escola uma visão que acolhe cuidar acolhe o educar e não é assistencialista e não é escolarizado ante por short vou chamar a atenção mais uma vez e não à toa nós somos um espaço de educação não de ensino em educação para pensar sempre nesse papel educativo da educação infantil [Música]