aí vamos falar de que quem quiser trocar a ala de livro lindo lugares fala só de a mila ribeiro sou filha são joaquim na banheira mim mãe da tulane mestre em filosofia e eu uma eterna sonhador [Aplausos] [Música] o espelho está no ar [Música] ó pergunta é o que é que você quer dizer de novo para o mundo nossa de novo talvez que a gente quer que é uma coisa que a gente tem faz eu acho que falar é que a gente quer existir mas existir outras possibilidades como pessoas negras mulheres negras que é muito
difícil ser estrangeira no próprio país o modo como a gente é tratado acho que sim acho que morreria dizendo isso é a gente quer ser humana existir tem outras possibilidades de existência em si é essas ligadas à beatificação uma violência pode ser enxergada com humana com contrato com todo o contraditório que implica nice não como uma coisa só como aquilo que tem que ser é negra logo é isso como caminho aberto acho que eu vou dizer sempre de novo né eu queria saber primeiro porque a opção de sair do jornalismo e professor sofia era muito
nova e morava em santos litoral de são paulo só que eu engravido no processo da fatah acho que o terceiro ano da faculdade e aí eu brinca minha filha minha que salvou porque aí eu parei na minha vida que eu fiz uma escolha de parar eu parei mesmo e aí eu estava navegando na internet e descobri que tinha aberto um campus da unifesp em guarulhos e xampus filosofia então eu fui lembrando quem eu era e eu falei cara eu sempre gostei de filosofia meu pai iria pra mim levava a gente nos lugares e tal é
me deu aquele que eu falei carece de melhor coisa que eu fiz na vida assim que eu não descobri de fato como é que você conquistou esse seu caminho dentro da filosofia é eu sou um meio que um não lugar se for pensar só que a tradicional numa já vinha de uma trajetória de militância casa que toda mulher meio onde trabalhei também foi voluntária do carro durante muitos anos quando eu chego na faculdade eu já sabia mais ou menos que eu queria que é militar também da academia e é então estudasse los planejamento foi doloroso
no início porque você se sente meio sozinha não tem aula sobre aquela se você estuda então foi o trabalho de fora para dentro eu digo que a militância que me proporcionou todas acesso a spa este mostro não foi à academia proporcionou-se então também gosta de ter esse lugar de não ser demarcada também acho que é o que é e também de transitar por vários lugares o feminismo negro me ensinou muito isso do saber não está localizado só na academia não saber pra nós também a saber das mulheres de terreiro é o saber das pessoas de
movimentos sociais entender e saber por um outro olhar então acho que isso potencializa de certa forma de você corajosa vai mexer no nosso beijo período necessário oferecer hoy y yo livro o que é lugar de fala que tem muita gente diz que o lugar de fala significa silenciar o outro e não tem diálogo né o livro é que quase mata o livro mata não que não tem mais fácil mas porque a decisão de fazer um livro sobre esse assunto espinhoso vamos lá primeiro porque é ele é um tema espinhoso mesmo eu sou o samba valor
e chá não tem medo de fazer sabendo dos das implicações que isso tem mas porque eu acho que eu queria também contribuir para um debate mais honesto e que saísse essa gritaria que não gera reflexão nenhuma para as redes sociais têm uma urgência das pessoas elas não refletem sobre elas querem viralizar então elas falam qualquer coisa e não tem responsabilidade sobre o que fala eu acho que interessa se é uma rede social não você tem que ter responsabilidade porque você escreve e por que eu queria também trazer essa é produção das mulheres negras que estão
falando sobre isso que eu acho que as produções das mulheres negras ainda é uma produção invisibilizada e e que desrespeitava então a idéia é contribuir com o debate popularizar sair dessa dessa forma essas bolhas porque a população em geral se quer ouve o que é lugar de fala é um debate que a gente tá dentro desse meio conhece então também com maneira de popularizar e quando começou a discussão todo lugar de fala quando eu tive acesso a discussão do lugar de fala foi através do feminismo 1 e eu falei assim pouco mas eu sou tão
interessado nas questões feministas será que eu vou saber a hora de calar a minha boca para escutar e me gerou incômodo e aí eu como marido feliz da copa comecei a escutar e aprender várias coisas mas eu tive acesso a isso dentro da minha casa em outros momentos e houve conflitos parecidos com esse mas como não era uma pessoa que eu tinha afeto que a minha mulher e eu ficava muito incomodado como é que a gente lida com esse incômodo é possível pensar no lugar de escutas em um incômodo eu acho que não porque este
lugar de fala é só isso é silenciada muito pelo contrário na verdade é fazer a pessoa refletir do porque que não existem outras vozes naquele espaço até então no país é machista racista qual foi sujeito autorizado a falar é isso que está questionando e dizendo que a gente quer coexistir dentro desse espaço que a gente não existe a gente acaba sendo sempre falado por ea gente nunca fala né então é natural que a pessoa o sujeito que sempre foi autorizada a falar assim como hoje de fato e acho que assim como ele é necessário né
pra que a gente para mudanças em como a gente não consegue mudar senão você vai ficar tudo bem né então e não é não falar os homens precisam falar sobre a questão de gênero porque são relações de gênero relações raciais brancos precisam discutir o racismo mas vão discutir a partir de um outro ponto de partida é isso que a gente está dizendo que significa também a importância de você de manter o que a masculinidade debateu que a branquitude que significa ser branco no país racista de discutir a partir desse lugar dos privilégios como você como
um sujeito privilegiado pode se responsabilizar por diminuir essa distância nesse sentido é importante que discutir é agradar quilômetros é uma autora que o trabalho no livro ela disse que o sujeito branco muitas vezes ele não quer escutar porque a gente vai trazer e verdades desagradáveis como racismo é verdade desagradáveis como machismo e ele não quer lidar com o conhecimento do outro que ele entende como o outro eu acho que se incomodem de fato mas em vez de existe mal tem como incomodando aqueles que te incomodou brincam trava-língua reflete a parte disso e penso que você
pode fazer também com que a tua parte essa responsabilidade também mudar essa realidade em vez de achar que o problema é meu de trazer essa verdade e ge com isso porque essa é a realidade muitas vezes que você sequer tem conhecimento que você vive numa bolha privilegiada e você precisa conhecer essa realidade pra te afetar para você perceber que quando meu mano está sendo atingida hotel também está em risco vou fazer a pessoa refletir para além disso vivemos um tempo de conflito concordar um lixo você é otimista você acha que esse conflito vai gerar algum
fruto ou você vê esse tempo que a gente vive com preocupação eu vejo com preocupação mas é otimista é é um segue consigo porque as mais velhas são muito de ouvir as mais velhas assim de e elas ela puxa a orelha gente acho ótimo inclusive ea e ela sempre me ensinou a não perder a perspectiva histórica assim porque a gente sempre acha que o nosso tempo é o pior tempo e assim fala mais na minha época se começa a ouvir e aí num país que teve mais três séculos de escravidão mais de 20 de ditadura
é um país extremamente conservador e que nos últimos anos viveu algumas marola os progressistas principal acredito em onda conservadora neste país sempre foi a gente teve um peso mais marola progressistas e ele volta a ser o que era então acho que assusta as pessoas que não eram atingidas por isso claro que me espanta certas medidas que a gente vive hoje mas não é algo que me aterroriza porque eu fico pensando tarde teve três séculos de escravidão né esse país ele sempre foi um país extremamente violento para a maioria de nós eu pensei alto nível em
subidas romário eu pensei guerreiro ramos eu penso sim todo mundo que lutou que dedicou a sua vida para que eu tivesse aqui hoje então não perder essa perspectiva me faz não desistir e o que ajuda deles falou que uma geração faz só outra vai pensar é talvez a gente não espera em si mas talvez a geração dos nossos filhos de experiência então como as gerações anteriores à minha mãe experienciar e eu fui diferenciar a minha geração argentina jiesen a luta que se pede a um táxi perde a luta que se abandona né eu acho que
a gente não tem essa opção [Música] mulheres cultura e política angela de o conceito de empoderamento não é novo para as mulheres afro-americanas por quase um século temo-nos organizado em grupos voltados a desenvolver coletivamente estratégias que ilumine o caminho rumo ao poder econômico e político para nós mesmos e para a nossa comunidade estamos em uma safra boa conseguindo que além de literatura que um conjunto de ativistas negros que seja também traduzido mulheres cultura política é uma compilação de discursos da ativista política afro americana angela deus refletindo em torno da cultura política como temas nem sempre
autorizados ao debate a nós mulheres negros mulheres cultura e política queria trazer pessoas aqui mas uma fala bosta baru tatiana é só tatiana nascimento sou brasiliense no cerrado sou filha de uma mulher incrível sinait de um pai maravilhoso especialista em palavras sou poeta sou cantora soul e compositora adoraria ser uma água viva mas nasci um anjo em casa aqui com a gente a gente estava falando aqui sobre o lugar de fala e aí pra aproveitar para falar sobre a panela é a busca de um lugar de fala que lugar é esse cara acho que até
a realização de um sonho assim de produzir narrativas desde o próprio lugar né depois de 517 anos de sistemática apropriação do lugar de produção no discurso para dentro no fluxo de várias editoras alternativas pretas que estão conseguindo produzir literatura do sublime porque quem estavam antes da gente teve que gastar muito tempo fazendo denúncia do racismo né com o sistema de silenciamento principalmente o que é que você quer dizer de novo para o mundo eu acho que o que eu quero falar de novo para mim não são coisas muito velhas na verdade há coisas que a
gente trouxe de bem longe assim no outro lado do oceano e que tem a ver com uma lógica outra de vida como tempo outro mundo como relação diferente de comunidade de laços de produção e transmissão de saber o futuro está sendo cantado pelo passado assim pra gente pro povo preto na diáspora conseguir retomar uma coisa que foi interrompida os nossos projectos de sensibilização e o que eu quero falar de tecnologia no central e que livro é a sua fala quando eu vi pela primeira vez é em soa como algo novo é como algo corajoso e
muito focado quando é que você descobriu essa voz acho que foi quando consegui sair mesmo fora da escola de pensar que a representatividade depende da outra pessoa falar por mim mas não depende de todo mundo falar por cima a gente conseguia criar muitas vozes e um couro cabuloso sonante muito volumoso porque a voz do sistema opressor é muito monolítica e é muito grande então só muitas vozes vão conseguir falar contra essa sim um mega também a nossa própria multiplicidade é muito violenta porque nós somos sujeitos multiplus é a mesma coisa por isso que eu falo
sempre mil maninho sem resposta uma pessoa né ea de achar que a gente tem que dar conta de tudo não tem dá conta de nada né e as pessoas a gente é diferente e que bom que a gente é diferente né não é sempre uma coisa como a gente começou muito pouco zé é aquele aquela pessoa que com muita luta conseguiu chegar num lugar há que dar conta de milhões de pessoas eu acho que também se libertar desse peso também é importante que é muito violento né mas ainda assim como lidar com a necessidade de
representatividade só vai provocar um cadinho quando todos os passos né e ocupando os espaços com essa notícia de que cada qual tem que falar por ciúmes e falou da importância de cada vôo destacou que cada vez é importante porque cada pessoa importante no limite pra mim é isso que significa que as vidas negras importa é que cada vida negra importa cada pessoa importa é que cada pessoa tem uma voz e essa voz a falar uma coisa sobre a negritude que é diferente de todas as outras mesmo que a gente compartilhe um mar de memórias e
de parecenças a gente sempre fica numa tentativa de criar categorias eu sempre pergunto como é que a gente vai ser sujeito é isso acho que tem que ter em mente é algo que eu enfim me incomoda muito nos últimos tempos a gente queria criar tipos ideais porque isso também é retirar a humanidade né [Música] se preocupam com a saúde de vocês ae há aqui uma filha então quero ver muita coisa que a minha saúde emocional porque a militância também adoece acho que é importante a gente entender que a gente tem que o nosso tempo de
cuidado de fazer as coisas que a gente gosta e minhas amigas 20 se reúne pelo menos uma vez por mês várias amigas negras pra cuidar uma da outra pra falar de banalidade enfim pra ouvir uma outra uma ficar com a filha dá outra dica uma rede assim de afeto porque com mulheres negras diz que não foi criada para receber amor então acho que é importante a gente é ter esses momentos esse espaço de sua alimenta a gente tem um compromisso muito grande de transformar o que a gente fala sobre amor e cuidado isso tem sido
um tema muito recorrente para o feminismo negro por exemplo em práticas cotidianas de cuidado e verdadeiras assim não é que a gente consiga olhar para se entender que a corporeidade é isso é finita acaba passo e eu acho na real tudo eu fico pensando assim se eu não estou fazendo tal coisa o racismo está ganhando além do fogo está ganhando eu tô triste está ganhando não é porque é mais importante que esteja vivo que esteja feliz que esteja pleno e contra uma máquina de produzir morte tristeza e adoecimento é muito importante que eu esteja bem
e que eu me cuide e que eu tenha saúde e que bem viver é sobre morrer de velhice no fim das contas e acho legal que eu responda positivamente para o meu corpo e negativamente os estatutos os de obrigações e eu acho muito importante que isso tenha virado no tema da militância auto cuidado porque eu acho que a gente vive mais linda mesmo nessa gente vive estão achando bem desafiador porque o treino da militância também é um treino de dar tudo e dar para o outro e dar para a causa e parece muito egoísta olhar
pra cima e eu espero que a gente consiga coletivamente aprender porque também tem a ver com a colonialidade da escravizá são do racismo dizer que os corpos negros têm que ir até à exaustão na e como a gente entrou já tenso isso vira uma prática para dizer quem é militante da relva aquino que estão sonhando [Risadas] eu também não sou muito otimista tem algum surto de poliana moça mas geralmente fico bem a 100 realista pessimista sou eu que enquanto não acontecer o apocalipse da urbanidade da tecnocracia da cidade esse modo de vida do torcedor e
totalmente desrespeitador que a gente tem é que a gente consiga se aqui lombar cada vez mais e voltar a modos de vida mais tradicionais mais lentas mais gente as mulheres negras na construção de uma nova utopia eu gosto quando ela faz uma utopia não tão distante assim que a gente pensa a utopia como algo é é a gente de fato eu acho que a gente só vai conseguir transformar o tupi em verdade quando enfrentarem ali da nossa realidade meu sonho é que o brasil enfrente de fato o debate racial como dela eu acho brasil surreal
assim é muito difícil a gente é ser negro no país que ainda insiste no mito da democracia racial que ainda insiste em colocar como violento quem se for enquanto o sistema que é violento então eu acho que é um sonho difícil porque é um país que ainda tem essa ótica casa grande senzala muita risada eu acho que você é e se sabe de poder ser seu né no um país que o tempo todo eu sou vista de uma maneira enfim um é colocada dentro de lugares que eu não quero está né a gente não tem
o direito à cidade a gente não tem direito a outras possibilidades de existência então acho que o sonho é poder ser enxergado como um ser humano né a população negra instituir essa humanidade inegáveis para nós sei que vai demorar mas eu acho que é o meu sonho é o que eu acredito que eu é o que me move na verdade ligado não é claro que a gente tem que fazer na poesia é o poeta tão tímida 10 em nome do cais do trilho e do espírito banzo ele disse sim sem nenhuma dúvida nenhuma interrogação porque
era girada vez em nome do capataz do grilo e do espírito claustro ele temeu que se ele de simão que longo palenque em vez em nome do mais o milho e seu espírito quântico ele disse sim ea flor da explosão curando sua vez em nome do saravá do brilho e do espírito solto ele disse sim ele dissolveu nuvens em nome do ai do joelho e do espírito santo e em nome do hepático do rio do espírito santo greve serão eliminados fez renome orizona habilitar dica instinto da pt tomar no ele me fez o chamado único
bicho os extra o biônico humana ele cita ele me fez tectônico rito continente risco de as pôr onírica ele me textura de pele escura era tanto de areia de fundo de mar de banda loucura e como disse não pra mim 1.500 onde a gente vai dar uma pausa no momento está bom willey diz ei sempre achei ele me disse então vem eu fui tatá totô babá o curandeiro mágico é o pai em seu canto sapataria em seu abandono salo baba dançar e no varejo com o filho em seu banho perolado odoiá do borussia espírito meio
em seu manto pipocar com o vento de olhar para trans a total barba [Aplausos] bom agora vamos fazer um pingue pongue aqui ok um pássaro e meu pai um país brasil um canal e se o botão inscreva se muito obrigado pela sua presença no programa e para mais vídeo como e se inscreva se no canal do canal brasil explica clínica clínica clínica explica a clínica clínica