#76 - PARTO

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Mil e Uma TrETAS
O parto, é sem dúvida, um dos momentos mais transformadores na vida de uma mulher que decide ser mãe...
Video Transcript:
[Música] Eu sinceramente acredito que não existam palavras que sejam suficientes para expressar a verdadeira sensação que uma mulher sente ao parir. Até porque, como tudo na maternidade, o parto também é pessoal e intransferível. São muitas as variáveis, mas uma coisa tem em comum. Independente da via de parto, ao receber seu bebê nos braços, sua vida nunca mais será a mesma. O parto é, sem dúvida, um dos momentos mais transformadores na vida de uma mulher que decide ser mãe. É a concretização da espera. É o nascimento de uma nova versão sua. Se eu tivesse dando essa
cabeça no puer per, eu não ia conseguir chegar até o fim, ao mesmo tempo que uma outra versão é deixada para trás. E é o tão sonhado encontro com quem há poucos segundos atrás fazia parte de você e que a partir de então nasce para um mundo novo. E pro episódio de hoje do Mim Tretas, a gente vai falar desse momento especial que é o parto. A verdade é que o parto existe na vida de uma mãe bem antes do momento em que a bolsa estoura ou onde ela entra numa sala de cirurgia para uma
cesárea. São ve meses, na maioria dos casos, se preparando, entendendo qual o melhor caminho para você e pro seu bebê, que podem, no final das contas, serem bem diferentes do que foi planejado e das expectativas que foram criadas. Eu sou a Júlia e sou a mãe da Cora. E eu sou a Tila, mãe do Francisco e da Teresa. E esse podcast é coisa de mãe. E para falar desse momento tão único na maternidade, nós temos duas convidadas que vão compartilhar suas experiências. A atriz que teve um parto natural em casa, a mãe do Oto Sofie
Charlotte, e a cantora que teve dois partos, cesárea, mas no primeiro passou 39 horas num trabalho de parto, a mãe da Lis e da Ivem Marioto. Muito bem-vindas, meninas. Além das nossas convidadas, nós também temos a honra de receber a nossa plateia de mães do 1 e uma tretas, que você em casa também pode fazer parte. Só se inscrever no link aqui na descrição. Sejam muito bem-vindas. Gente, agora tem aplausos porque temos plateia. A gente tem aplauso. Eu amo. Eu nunca me senti tão representada nessa plateia porque esse temo que tema que tanto me frustra.
E aí eu já sei que temos muitas mamães que também passaram por essa frustração, não é mesmo? No parto. Mas eu vou começar com a minha amiga que participou já desse 100 na primeira temporada. Um dos primeiros episódios, né, Sofia? Foi tipo segundo ou terceiro, mas foi pela TV, né? Você tava gravando? Foi online pela TV e é responsável, né? Uma grande responsável do meu materná, porque foi através, né, da sua maternidade que eu falei: "Caraca, isso pode ser muito poderoso e muito lindo". E enfim, foi um instante inesquecível, né, amiga? Quando você pegou o
óto no colo, eu lembro da roupa que você tava longa assim e você de costas com ele me deu um negócio, uma minha emoção, aí você virou e eu acho que a gente sentiu mesmo na mesma hora assim, foi muito mágico. Nasceu ali, eu fico arrepiada de lembrar. Eu lembro do quarto. Eu lembro que a gente tava num num num Eu lembro do quarto. Não era o seu quarto, era o quarto uma beliche, tinha alguma coisa assim. Lemb, é, eu lembro perfeitamente vindo uma vida toda dizendo que jamais seria mãe, que não queria, não é
mesmo? E eu sei que o seu parto para mim assim foi um sonho, né? Para mim olhar de longe, eu falo: "Gente, que parto maravilhoso, que você teve o presente de tudo dá certo, né?" Ah, conta gente um pouquinho. Desde a escolha foi jeito. A primeira pergunta na verdade era como você imaginou e como realmente foi. Eu acho que o seu foi próximo do que você foi próximo, mas se se transformou porque eu acho que quando você primeiro que assim, a gente tem que lembrar que a palavra parto no nosso vocabulário já tá atrelada a
uma coisa difícil, dolorosa, demorada, enfim. E eu acho que durante o o a minha gestação eu fui eu estudei bastante e fui tentando desmistificar e tirar os conceitos que eu tinha, porque assim ia nascer, o momento ia chegar, então eu tinha aquele tempo, nica certeza que vai sair, né? Como a gente não sabe, porque realmente é o mistério da vida. Não é um parto que o parto ele não ele não tá ligado a controle, a gente não controla esse evento. Então assim, a minha ideia inicial quando engravidei era de ter um parto natural hospitalar, vamos
dizer assim, era tudo normal hospitalar, que era o conceito que eu tinha na minha cabeça. E aí eu fui estudando e eu fui entendendo. Eu me aproximei muito de uma equipe do parto humanizado eh do Rio de Janeiro, que é uma equipe toda que vem desde enfermeira obstétrica, obstetra até o pediatra, que é o pediatra do até hoje. Eh, e aí, claro, existe o parto humanizado hospitalar e existe uma vertente do parto humanizado domiciliar, né, que foi o meu, foi em casa. Mas isso foi uma construção aos poucos, ao longo da minha gestação, com todos
os exames e tudo, eu fui me empoderando desse evento, entendendo como ele tá ligado à fisiologia, como ele é um evento fisiológico e fui construindo isso. Ao mesmo tempo que eu construí essa possibilidade, eu abri a minha cabeça pra possibilidade da cesariana, se necessária. Então assim, eu eu fiz uma abertura de caminhos. Eu preciso me preparar pro que eu desejo e sabendo que, graças a Deus existe a medicina que pode interferir e ajudar se necessário. Então esse era o meu meu meu ideal, assim, eu desejo esse parto domiciliar pela privacidade, por todos os benefícios que
o meu estudo me mostrou que apresentam quando você tem um parto natural domiciliar bem assistido, bem planejado, com a possibilidade de uma remoção, se precisar, hospitalar. Assim como eu precisava me preparar, se aquele plano não fosse como como eu tinha idealizado, acabou sendo, mas eu já tava com isso na cabeça. E durante o parto, o parto em si é esse evento que você não controla e que pode demorar 40 minutos. A gente tem amigas que tiveram partos muito tranquilos assim, falam: "Nossa, foi e o meu levou um tempo maior, ele foi nascer de manhã. Eh,
é uma dor muito desconhecida. Eu fui entendendo meu corpo no processo, assim, mas a minha experiência foi muito positiva. Eu acho importante também falar disso, dessa possibilidade de que não é somente dor, não é somente sofrimento ou descontrole. E o parto também é o portal nosso de encontro com os nossos filhos e de muito empoderamento com esse processo, entendimento de com quem você tá, qual sua equipe, o seu companheiro, se ele tá com você ou companheira, né, assim, quem tá com você nesse momento, é bom que esteja alinhado também n sua ideia, porque eu não
conseguiria passar pelo parto domiciliar se o meu companheiro, pai do Oto na época, Daniel, não tivesse topado a mesma ideia junto comigo. E a Luía Lessa, que foi a minha enfermeira obstétrica, já tem para lá de 1000 bebês que já nasceram com ela. Então eu tô lembrando que eu senti quando a Sofie veio da outra vez, que eu fui embora apaixonada, né? Eu fiquei uma semana falando da Sofie repetindo, eu já tô igual aqui. Eu tô aqui só ouvindo ela falar, perdi o rumo. Fala aí alguma coisa. Aqu elas estão até com vontade de cantar
outro natural. Eu fao isso na outra semana, na outra vez que ela veio fora da vídeo, ela foi embora. Eu falei, eu tô apaixonada, eu não sei, não consigo me controlar. Aí eu lembrei, voltou tudo agora. Tô até nervosa. Fala você que eu tô querendo ter um filho com Sofia agora. Aí o que que a amiga fez? Peguei o, falei assim: "Não posso mais ter esse parto, vou fazer o qu? Quem é o pediatra? Não posso mais pegar do enfermeira, médica". Já foi, passou. Quem é o pediatra? Aí fui lá, peguei o o pediatra do
Oto. O Oto foi tomar um primeiro remédio com 6 anos de idade. 6 anos. Ah, não, nunca precisou de antibiótico. Não, não, não. 6 anos. Corta para o meu filho com um mês tomando antibiótico. Então assim, não é referência, entendeu? Fora da cuba. Casa é o caso. Conta pra gente, Taem. O oposto. A gente a gente sabe isso, isso que é tão legal, né? is para mostrar, enfim, como é tão pessoal, intransferível tudo. Exatamente. É, eu parecido com o dela. Eu não tinha essa vontade de fazer o domiciliar. Eu tinha, achava que era demais assim
para Uhum. Eu queria muito no hospital para se acontecesse qualquer coisa, sabe? Não era tão confiante assim. Mas eu me preparei muito também. Eu fiz fisioterapia pélvica o tempo inteiro, assim, durante a gestação inteira. Então, eh, a minha irmã, que é muito parecida comigo fisicamente, ela tinha tido já dois partes normais. Então, eu tava bem pensando assim: "Ah, tudo igual, nascer até no mesmo dia que ela, vai ser igual, né?" Dois anos depois, né? Eu falei, "Vai ser tudo igual da Priscila, com certeza eu vou conseguir, né? Vou arrasar". Aham. Fiquei esperando entrar em trabalho
de parto. Deu 39 semanas mais um dia e estou lá lua cheia. Tava só esperando, né? 3 horas da manhã, pá, explodiu, né, a a bolsa. Assim, eu senti um poque poque, literalmente assim, um barulhinho assim. Daí começou a vazar, eu falei assim, acordei, falei: "Amor, meu marido, né?" Falei: "Eu acho que eu acho que eu tô fazendo xixi na calça, que essa é a impressão que você tem, né? A primeira aí eu fui, não é igual nos filmes, né?" Não, não é, é, não é, gente, não é? Nossa, eu tô me, tô fazendo um
xixi nas calças. Eu tô fazendo xixi nas calças. Eu tô fazendo xixi nas calças. Eu fui pro banheiro assim, meio dormindo, meio acordada. Eu falei assim: "Ué, mas eu acho que a minha bolsa rompeu". Aí eu sentei, eu lembro que eu sentei no vaso sanitário assim, aí não parava. Eu falei: "Mas xixi não para nunca, né?" Falei: "Nunca acaba". Eu falei: "Gente, eu acho que acho que minha bolsa rompeu mesmo, né?" E nisso meu marido já acordou, já foi escovar os dentes, tava tudo nervoso, tenso assim, nunca vou esquecer na vida. Pausa, porque aconteceu? Ele
olhou para mim assim, falou assim: "Que que pasta de dente é essa?" Eu olhei a boca dele toda branca. Era eu falei assim: "É creme de assadura, pelo amor de que eu já tinha deixado um co organizado em cada quarto, cada banheiro, né, para dar banho. Que chegassa ele olhou assim dele, como é que eu vou tirar esse do banco?" Falei: "Sabe Deus que am nunca mais dependendo da pomada nunca mais". Eu amo quando eles vem com problema, a gente passando o que a gente tá passando, como é que eu tiro? Mas foi bom que
daí eu tava numa tensção e foi bom que eu dei uma gargalhada tão grande 3 horas da manhã que eu falei: "Ai, foi bom para eu relaxar essa essa esse creme, esse creme de assadura na boca dele". Enfim, aí a eu fui, tomei meu banho, tal, avisei no grupo que já tava com o grupo pronto, com toda a equipe arrasando, né? Doula, com enfermeira obsteto, todo mundo, tinha um monte de gente no grupo. Daí eu falei assim: "Então vamos lá, né? vai acontecer. Então vamos, todo mundo foi pro hospital, né? Depois de tomar banho, tal,
eu cheguei lá, quase nada de dilatação, tinha meio de dilatação, começou a ir, né? Falei: "Nossa, e não tinha nada de nada de contração, nada de contração, só que tinha estourado a bolsa e a dor tava já muito não tinha dor nenhuma. contração, tinha nada, porque a dor vem na contração. Eu não tinha nada de contração. Aí deu, eu fiquei, a minha doula chegou junto comigo lá e ela falou assim: "Você quer começar? Você quer descansar ou você quer fazer alguns, algumas atividades para ver se você a gente impulsiona, né, um possível trabalho de parto
aí? Porque eu não tinha entrado em trabalho de parto ainda, né? Era só a bolsa. Aí eu falei assim: "Não, vamos fazer atividade física, vamos lá". E vai, senta na bola e faz isso, faz aquilo, não sei que e anda tal. Gente, sério, um crossfit assim, eu fiz desde a hora que eu cheguei umas 5 da manhã no hospital até meio-dia, mais ou menos do outro dia, eu tava morrendo já, morrendo de tanta atividade que eu tinha feito para tentar impulsionar e nada, nada, nada, nada. Aí meu médico chegou, falou: "Taem, vamos induzir, induzir". Falei:
"Vamos, né? Eu não queria". Isso aí já tinha quanto tempo mais ou menos? Quase 12. E nesse tempo você não teve contração? Nada de contração, nada de dor, nada de nada. Só tava assim musculosa, né? Tanto que eu tinha malhado tentar. Aí meio-dia mais ou menos, entre meio uma hora a gente começou a induzir. Aí depois de um tempo que começa, depois que você induz, né? Começa a dor. Aí começa dor, dor, dor, dor, dor. Porque quando você induz, diz que dói bastante mesmo. É di que a indução é uma dor maior do que a
contração normal, né? É do que quando você entra, não? E principalmente a indução com a bolsa, com a bolsa rota, né? Porque eu, por exemplo, no meu parto eu senti quase nada. Eu tive um parto, como você falou, rápido. E eu até risco dizer como muita vergonha assim, sentido educativ que eu senti prazer no meu parto. É, foi muito louco. Falou alguma coisa do tipo mistros assim que você vê que eu tô vivendo uma coisa muito louca, vídeos e tal, mas a minha bolsa não estourou, ela só estourou no expulsivo e eu não induzi nada.
Então eu acho que isso muda muito a experiência e também acho importante dizer, né? Porque se você tá lá com a bolsa estourada sem nenhuma contração, já são cenários totalmente opostos. É importante você que tá grávida aí entender todos os cenários, ter essa noção. É. E aí também já ter o tempo que você quer ficar induzindo. Ah, eu vou induzir durante, claro que você tem que conversar com o médico, né, para ver se ele concorda, mas vou induzir durante 12 horas. dizer, não vou, meu limite é tanta tanto tempo. Enfim, eu fui induzindo, fui induzindo.
Sei que chegou meia-noite, eu não aguentava mais. Foi aumentando, é, foi aumentando a dose e assim tava tava dilatando muito pouco, tipo quase nada assim, sabe? Bem devagar, quase parando. Então, já tava dando quase 24 horas. Eu acordada, porque claro, eu não descansei, meu médico falou: "Descansa um pouco". Mas eu quis tentar porque eu falei: "Acho que vou arrasar, né? Vai, vai começar o trabalho de parto depois de um tempo, né? que já tá. A gente nem faz ideia do cansaço que vem. Nossa gente, é muito cans. É do que tem ali logo ali depois
que pegou beb a gente não faz a menor ideia. Volta, volta, volta. Exatamente isso aí. Eu lembro das pessoas falando assim: "Manda pra maternidade, pro bebê, para você dormir um pouquinho depois do parto". Eu falei: "Deus me livre, eu quero ficar com ele comigo 24 horas. Você não sabe o que tá vindo, a gente não sabe não. A gente não sabe. A gente não sabe. Eu sei que deu meia-noite mais ou menos. tava com quase nada de dilatação, não lembro exatamente quanto. Eu falei pro meu médico, eu falei: "Doutor, não quero saber. Eh, eu quero
dar uma descansada agora porque daí já tinha noção, já tinha acompanhado minha irmã até depressão pós-parto dela." Falei assim: "Então assim, eu já tenho ideia do que vai ver, né? Então eu prefiro dar uma descansadinha já que eu tô um tempão acordada e amanhã de manhã você vem, a gente faz uma cesariana". Falei: "E a gente tava com cardiotoco, tava com tudo acompanhado, tudo perfeito, certo? tava tudo perfeito. Eu falei, falei, a gente pode fazer isso? Falei, pode não, tranquilo. Falei, então tá bom. Deitei para dormir. Dormi da meia-noite até às 55 acordei com aquela
compração, aquela dor, aquela dor. Entrei em trabalho de quarto. Aí eu entrei mesmo. Ele falou, eu falei: "Doutor, entrei em trabalho de parto, agora eu entrei mesmo. Agora vamos, vamos." Ele falou assim: "E aí, você quer tirar de cesariana ou você quer esperar mais um pouco?" Ele falou: "Tá tranquilo, a gente tá acompanhando, tá tudo saudável com a bebê, né?" Eu falei: "Ai, doutor, será?" Ele falou assim: "Olha, se você quiser, foi seu sonho, né? Foi da vida, a a vida inteira pensando num parto normal, tal". Falei: "Então vamos tentar". Falei: "Vai que, né, agora,
né? Agora é meu corpo mesmo, né? Mas remédio, nada". Ele falou: "Então vamos, gente, das 5 da manhã até às 5 horas da tarde do outro dia." 12 horas, mas 12 horas em trabalho de parto, né? Cheguei a 7:30 de dilatação. Uhum. Não passava disso. Não passava. Ficou umas 4 horas em 7:30. Não passava, não passava. Até que chegou 5 horas da tarde, eu falei: "Eu não aguento mais, gente, eu não tinha força". Claro. Eh, o médico pedia para eu ficar numa certa posição para para tentar fazer alguma coisa, uma manobra, tal. Minha perna tinha
fazer assim, ó, aguentava, não tinha mais força nenhuma, não tinha, não tinha. Eu falei: "Não aguento mais, eu não vou conseguir ter força pro expulsivo." Eu falei: "Não tenho, não tenho". Acabou. Aí daí meu marido disse: "Se tem certeza?" Porque eu ainda falei, né? Época eu falei, "Você precisa quando eu falar que eu quero desistir, desistir, você vem, você fala para eu continuar" e tal. Ele falou: "Tá bom, pode deixar". Ai ai e aí quando ele chegou falou assim: "Não, amor, você vai continuar". Falei: "Não vai continuar com ele". Acabou. Não quero mais saber. Vamos
lá. E aí? Aí até tomei analgesia, mas gente, não adiantou nada. Analgesia não pegou. Não pegou, não pegou. Você tem noção? Ai gente do céu. A eu tenho meu primeiro quarto também. Não, eu senti, eu não sentia tanta dor. Eu sentia dor, mas não provavelmente 100% a dor, né? normal mesmo. Mas eu sentia sentia um pouco de dor e sentia tudo, tudo, tudo, tudo, tudo assim. Era tanto que eles tentaram me apagar, né? Eles falaram: "Gente, minha pressão começou a subir, a gente vai ter que te dar entrar em anestesia geral". Eu: "Não, não, não,
não vai me apagar, não vai me apagar. Por favor, espera só sair, espera só sair, espera só, só ver, depois eles me apagam." Me apagaram depois. Aham. Mas assim, eh, e eu senti tudo também. Eu também, eu também era insuportável. ainda parece que voltou mais forte, ainda deu uma amenizada na algia, de repente voltou pá com tudo assim. Eu falei: "Não suporto mais, não aguento mais, vamos pra cesariana". 5 minutos depois tava ali, fez anestesia, neném nasceu, falei: "O quê?" Eu fiquei 39 horas, quase 40 horas desde desde do do do par, desde da da
bolsa decisão que você teve, eu falei, "Não tô acreditando". E saiu em 5 minutos. Segunda você marcou direto ou você tentou a segunda, eu pensei assim, eu fiz até a fisioterapia, mas bem menos porque tava na pandemia, então daí já não dava mais para fazer tanto. Eu cheguei num ponto que eu falei assim: "Doutor, se por um acaso agora que eu eu cheguei a, né, sete meses de dilatação, pode ser que meu corpo relembre, quem sabe, né, dilata com tudo, né?" Eu falei, se eu não tivesse sofrimento, tá? Tipo, eu chegar na maternidade e falar
assim e falar assim: "Olha, de lado tudo foi maravilhoso." Eu falei: "Não é, não custa sonhar, né? Não custa sonhar." Pois é, não tinha tá com tudo, mas se chegar na maternidade tá com três, depois quatro, cinco, rapidinho. Eu falei: "Se eu chegar e já tivesse assim escapando, falei: "Vou, nossa". Eu falei, "Vou arrasar no parto normal". Eu falei, mas se eu chegar lá e tiver um de dilatação, esquece, tchau, vai ser cesariano. Aí eu lembro que quando eu comecei as primeiras contrações, não, não rompeu a bolsa, só que começaram as primeiras contrações doloridinhas. Uhum.
E eu tinha o plus que eu tenho trombofilia, tive algumas perdas gestacionais e tudo. E eu já tava sem o anticoagulante, porque no final da gestação você tem que você tem que dar uma, né, um para não ter hemorragia, tempo. É. E eu já tava num pânico de um pânico assim de acontecer alguma coisa e eu ter que ir pra parte e cesariana e eu ter acabado de tomar um anticoagulante. Eu tava em pânico de acontecer alguma coisa. Eu falei: "O quê?" Eu falei: "Eu vou ficar esperando." Já tava começando contração. Eu falei: "Já tá
na hora". Falei, eu sei que se eu esperar um pouquinho, umas 12 horas, vai sair, porque já tava, começou com contração dolorida, assim, não tão dolorida, mas estava melhor do que o outro cenário. Ela, ela viria de parte normal, a segunda viria, só que tinha essa questão do do anticoagulante, que eu tava com muito medo, muito medo. Aí eu falei assim: "Doutor, eu vou pro pro hospital, eu já tô com com outração dessa vez. Falei, se eu chegar lá e tiver com uma dilatação boa já, aí eu espero um pouquinho, vamos lá, quem sabe, né?
Cheguei lá, acho que tava com dois de dilatação só, eu não lembro exatamente quanto, mas tava com muito pouquinho. Eu falei: "Ah, não." Falei: "Eu não vou ficar nessa de ficar esperando, esperando, esperando. Vai que aconteça alguma coisa, vai que eu perco essa menina hoje de por causa de trombose, alguma coisa do tipo." Eu falei: "Não, não, não". Aí o médico falou: "Tá, tudo bem, deixa eu só terminar de atender." Que ele tava atendendo uns pacientes que tava tudo marcado que ele faz fertilização, né? Minha segunda foi FIV por causa das perdas. Ele falou assim:
"Muita gente veio de fora, então se você puder esperar um pouquinho, que é muita gente de fora que veio aqui para fazer o procedimento agora e tem que ser exatamente agora". Ele falou: "Se você quiser, eu largo tudo". Falei: "Não, de jeito nenhum. Entende essas mãezinhas aí, futuras mãezinhas e daí sete e pouco você vende". dele foi sete e pouco, a gente tirou e foi numa boa, mas veio na hora que ela precisava nascer também porque também foi entrei em trabalho sinal importante, né, de de maturação quando você consegue isso, né? Acho que tem muitas
questões, né, de de medos, né, de do tudo que você passou, você querendo ou não trouxe, né, para essa segunda gestação também, todos os medos e tudo que você a dor, né? Eu acho que assim, quando eu tava passando pela minha dor do parto, que foi bastante intensa e demorou uma madrugada toda, senti bastante nas costas e uma dor, eu não sabia nem localizar assim onde que eu tinha que fazer a força. Eu entendi muito no na reta final do expulsivo, mas eu lembrei de uma frase durante todo o processo que para mim é importante
e talvez seja para outras mulheres também, que é a única dor que existe que não é para o mal. Exatamente. Ela vem para o bem. Então assim, toda dor que a gente vive na vida é para anunciar que alguma coisa tá errada, que a gente tá doente, que sabe corpo se comunica. Exato. E eu acho que uma das grandes viradas de chave com relação à gestação, ao parto, à maternidade, é essa virada de chave do que a gente entende como a dor, ai a dor do parto, ai meu Deus, sabe assim, tudo que é eh
um desafio, um mistério, e virar pro fisiológico mesmo, né? Retomar um pouco eh as narrativas, como esse programa consegue brilhantemente, que são plurais. É. e ao mesmo tempo encontrar o seu caminho original, né? se informar procurando, que é assim ter curiosidade, não se conformar tanto com as informações que já vieram de antes, né, da sua criação, de outras você vai navegando e tem hoje em dia já tem muito mais publicações, tem muito mais eh documentários sobre o tema, sobre o nascimento, sobre a importância desse nascimento e e enfim como como a gente lida com esse
processo e com profissionais também que você confie, né? A gente falou muito aqui no episódio de das gravidez, né, com cheio de grávidas aqui na plateia, da importância de um plano de parto. Então, que é isso aí que a Sofie tá falando de vocês se informar para poder fazer as suas escolhas e deixar seu parceiro ou parceira alinhadíssimo com você, eh, para poder ali quando você tiver na Partolândia, enfim, te lembrar e te fortalecer nas suas escolhas. Então, saber o que que é induzir para para quando você tiver ali no olho, você saber tudo que
tá acontecendo e mesmo você fazer escolhas conscientes, né? É, antes de você tá lá, né? Já ter tudo ali e saber que mesmo você escolhendo tudo aquilo, talvez como, né? A gente já ouviu aqui, não saia do jeito que você planejou. E daí a Sofie traz também que ela se preparou e e, né, e abriu a possibilidade também para uma cesárea, se necessário. Eu lembro que eu falava muito isso antes do meu parto. A gente falava, né, eu falava que eu queria um parto gentil, que eu queria muito eh eh parir vaginal, mas que se
eu precisasse ir para uma cesárea tava tudo bem. E a gente falava muito isso, só que daí a Tá ela teve que uma para uma cesárea. E eu sei que até hoje ela carrega essa dor com ela. Até hoje não é bem resolvido para ela. Até hoje, por isso que ela começou o episódio, ela vai é, não vai chorar com certeza. Ela começa o episódio fazendo piada, mas é uma, ela se culpa ela e mais um várias de vocês aí na plateia, porque eu já e tava, eu leio um pouquinho sobre vocês e assisto uns
depoimentos de vocês antes, ó. Já tem um monte chorando aqui que não se perdoou até hoje, entendeu? E daí eu até vou aproveitar e chamar a Lê, que é o nosso saque da mãe hoje, que a Lê você falou umas coisas que eu achei muito, muito legais, mas eu vou deixar até você falar assim, né, que é você ter se preparado muito tempo pro seu parto vaginal, estudado muito para ele e no seu primeiro filho não ter conseguido. E você só foi se perdoar no segundo quando de fato você pariu o vaginal. e foi entender
que a via de parto não era sobre a via de parto. Então eu acho que o seu depoimento pode ajudar a Taila e várias outras colegas aqui na na plateia. Conta pra gente um pouquinho aí do quanto você se culpou. A maternidade transforma, todo mundo sabe, mas eu tive o Benício, hoje ele tem quase 4 anos e foram, eu tive ele de 41 semanas, mais 5 dias numa com uma diabetes estacional controlada, com uma equipe no interior do Rio Grande do Sul, uma cidade de poucos mil habitantes, assim, um bairro de São Paulo menor, e
que a gente foi buscar, a gente andava 80 km de carro para ter uma equipe numa estrada de chão, quase para ter uma equipe que olhasse com respeito pro parto. E para mim, olhar com respeito era um parto normal, parto humanizado. E eu me preparei, fiz e estudei, estudei, li todas as cartilhas, livros e acabou que o eu tive que induzir por conta da diabetes com 41 semanas, 40 mais 1, 40 mais 5, enfim. E e eu lembro, foram sete comprimidos de miso para tentar a indução e nada, 1 cm de dilatação. E aquilo foi
e eu lembro exatamente que o quando a médica me disse assim: "Ah, não vai dar parto normal". Eu falei: "Como não vai dar?" Vou te interromper para falar sua frase aqui, ó. 48 horas de tentativa, 41 semanas de preparo, 287 dias de mudanças e mais 6.000 1 horas pensando, estudando, falando, ouvindo, idealizando e sonhando com um parto normal. E aí? E assim, aí chegou a a médica falou para você que me disse assim: "Ali, sete comprimidos a gente já foi além da medicina, a gente tá amparado com Eu só não tinha doula porque não existia
dla lá naquela época, né, 2021". E aí eu falei: "Não, não pode". E eu lembro era do meio-dia e o e ela disse assim: "Às 6 da tarde, que vai dar 6 horas do último comprimido ou vai estourar? e vai normal em 10 cm vai nascer doce ilusão ou a gente vai ter que precisária. E aí eu lembro que eu chorei, chorei, chorei, falei com a minha psicóloga, falei com tod com minhas amigas, falei, falei: "Não, porque eu tô uma fracassada. do que que adiantou fazer fisiopélvica, fazer academia com 40 semanas, cuidar alimentação, nutricionista para
E aí fui pra cesárea. Eh, eu sempre digo assim que não foi só a cicatriz que ficou de cicatriz nesse corpo depois da cesárea. Lá fui eu trabalhar isso muito, né? Trabalhar, trabalhar na minha cabeça, no meu coração. Benício foi para casa em dois dias, né? Fomos direto para casa. Nesse meio do processo queria ter outro filho. Tive uma perda gestacional. Não vou ter mais filho. Não vou, não vou, não vou. Veio o Valentinho, meu bebê arco-íris. Botei na cabeça. Vou tentar um parto normal. tava aqui em São Paulo, no interior de São Paulo, buscamos
uma equipe, preparo, tudo. E aí já começa a abrir possibilidades, porque lá na mesa cirúrgica, a maternidade me mostrou a primeira lição. Na sendo mãe, a gente não tem controle e a gente quer controlar. Eu sou muito mulher é controladora? Não, imagina que isso. E nisso eu queria assim: "Ah, eu vou abrir a cesárea, mas eu quero parto normal". E foi indo e eu veio 40, 38 semanas, nada, 39, nada, 40 semanas nada. E aí a minha médica disse assim: "Alê, assim, 40 para 42 é o é o esperado. Não, porque imagina esse bebê não
nasce nunca e eu não tinha diabetes dessa vez. E acabou que 41 semanas e ela falou: "Vamos induzir". Aquilo desmoronou assim. Eu falei de novo, sabe? De novo dessa esse trauma. E aí eu fui, a gente colocou o balão e quando saiu o balão, saiu com quase 6 cm ou indução de balão e com ositocina. Aí aquela coisa, meu corpo não entrou em trabalho de parto, mas ele precisava nascer, tava 41 mais 5 dias. E ele veio de um parto normal que foi assim, eh, o renascimento da minha, do meu perdão. Porque quando eu entrei
comigo mesma, porque quando o Valentim veio 12 horas depois ele foi paraa UTI, um bebê de 4,G 330. Uau! No perdo. Sim, ele foi pra UTI e ficou cinco dias, né? E por que será? Porque ele vomitou um líquido bilioso que não se sabia se era uma obstrução intestinal e não foi. E daí veio a culpa. Nossa, foi paraa UTI, esperei demais. Não, não tem nada a ver. Era o organismo dele. Mas com aquele processo todo de eu ter tido uma cesárea, dois dias depois o meu bebê estava em casa, tive uma perda, resrealizei o
sonho do parto normal. Meu bebê, cheguei em casa sem o meu bebê. Então assim, tudo isso hoje, 11 meses depois, eu fico, eu abracei a Ali lá atrás que teve, que eu fui entender que e o ato de coragem não é deitar numa, é deitar numa cama, abrir sete camadas, sei lá quantas camadas, é ter um parto normal, 39 horas, mas o ato de coragem é você se tornar mãe, abrir isso e se perdoar quando a gente eh idealiza e abre que nem a Sofie falou, abrir janelas para ver as possibilidades dessa transformação. Sabe, você
fala outra coisa aqui que eu gosto muito. Quando fixamos o olhar para uma só opção, a chance de frustração é muito maior. Quem ainda não perdoou o próprio se perdoou do próprio parto, levanta a treta aí pro alto. Deixa eu ver. Você já perdoou? Quem não se perdoou ainda? Ó, 1 2 3 4 5. Cadê? apresentadora. A a apresentadora é gente, a gente tem que se acolher, é muito processo muito único mesmo, porque cara, minhas duas, minhas duas não tem nem o que discutir. Minha filha tava, nasceu com percentil três, ou tirava ou morria. A
mesma coisa que meu outro filho, aliás, meu outro filho já falei, mas enfim, vai que alguém caiu aqui no primeiro episódio. Meu filho tive que escolher quem que salvava. Se desse para salvar um, quem que salvava? Ou seja, eram situações muito extremas, não tinha opção. Mesmo assim, eu não não me perdoo, né? Não me perdo. Não sei se é essa palavra, mas mesmo assim é uma tristeza na minha vida. É, é uma tristeza ali que tá ali. É, é um, é um, é um, tá, eu vejo muito assim essa questão, tá? Ela da gente, é
um sonho que a gente não realizou, mas sobre a vida do outro. É, porque a outra vida que tá aqui, não é sua, não é sobre você também, né? também é você é, mas é a sua. E aí vem a maternidade nos mostrar isso, a expectativa nossa na vida dos nossos filhos. E isso não é só no parto. Mas eu acho que o grande um dos grandes problemas para mim com relação à maternidade, eu eu tô me sentindo quase num algodão doce falando, né, de uma experiência tão positiva assim, porque eu vou falar de outra
agora também muito forte que me guia. Eh, eu acho que a maternidade pra gente tá muito eh envolvida em um monte de crenças sociais e culturais, né? Eh, e o parto, a forma que a gente lida com a maternidade, com o crescimento dos filhos, o que eles fazem, o que eles não fazem, com o que que eles comem, o que que eles não comem, como é que eles vão na escola, isso não para, né, essa pressão social. Sim. Só que quando o Oto nasceu, eu abri a porta e tinha aquela imagem, né, de ah, vai
sair uma Sofia e vai começar uma outra Sofia. Você já sabia, você já tinha consciência isso eu ouvia da da minha obstetra, das minhas amigas, a Carol Figueiredo, fui com 26 para 27, muito jovem e a Carol Figueiredo, minha melhor amiga que tinha tido filho, dois. Eh, e com essa equipe, então ela me apresentou a equipe que me trouxe, que enfim fez o nascimento dotto junto com a Carol aí, se alguém não tiver ouvido aí. É, foi muito forte. Nessa despedida, eu tive uma ideia que revolucionou minha vida. Eu me despedi da palavra culpa objetivamente.
Falei: "Culpa não, porque eu tenho certeza que todas nós aqui vamos fazer tudo que for possível e impossível pros nossos filhos terem o melhor que a gente puder dar. Com certeza. Sempre. Como é que você fez isso? Quando a culpa tá chegando como uma, né, como uma pessoa, ela vai chegando, vai chegando, ela vai chegando como uma, né, um uma corceirinha, um pensamento meio intrusivo que vai ai, né? Isso com relação a tudo, as nossas ausências, quando a gente tem que trabalhar, eh, tudo, tudo, todas as nossas escolhas, as falhas, quando alguma coisa não dá
certo de acordo com o que a gente estava imaginando. E nessa hora, lembre-se dessa frase: "Não, eu realmente estou tentando o melhor que eu posso. A gente não tem outro, a gente só tem o presente. E se culpar não ajuda em nada. É essa frustração que a gente tem com as nossas próprias ações que estão sempre voltadas pro melhor do filho. Então assim, é eh é que atrapalham a nossa felicidade. E o filho da gente precisa da mãe isso. Da gente atento, da gente encaixado na nossa vida. E se a gente não tiver bem com
isso, você vai ter menos para dar, porque você vai est tentando cobrir lacunas que não estão nessa relação. Confia. Vocês entenderam que eu quero casar com ela? Todo mundo quer casar com ela. Platia inteira quer casar com ela. Não, lembra, lembra disso, gente. Vamos se despedir das culpas do do parto que que não foi como tinha planejado ou do do que eu não tô conseguindo agora. Ai, a gente tem uma cobrança na nossa geração muito grande de ter muito tempo com os nossos filhos, né? Assim, é o tempo, a nossa luta é com o tempo
e o tempo de qualidade e o tempo de quantidade, porque agora não é mais tempo de qualidade, agora é tempo de quantidade. Crianças precisam socializar, crianças precisam mais de outras crianças até do que da gente necessariamente. Eles precisam do nosso afeto, da nossa disposição, mas precisam de outras crianças, precisam de natureza, sabe? precisam de alimentos de verdade. É meio isso. É, é tentar descomplicar também as nossas culpas. E o que que é importante pra gente? Faz uma lista básica e se dispersa das opiniões. É opinião também. Houve uma só para complementar assim que a semana
passada eu fui num evento de maternidade e eu vi a Isa, que também já veio aqui, Minetel, acho que é isso. É, eu sou ruim de novo, é maravilhosa. E ela fala assim: "Que mãe que erra querendo errar. Não é, eu vou errar aqui. Eu sei que isso aqui tá errado. Eu vou vou vou vou errar aqui porque eu vou errar. Eu quero errar. Escolhi hoje errado. Escolhi hoje errado. Não existe isso, né? A gente erra sem saber. erra tentando acertar, erra tentando dar o melhor, erra tentando fazer o certo, né? Uma frase, uma frase
tão óbvia, simples, mas que exalivesse precisando ouvir no momento, eu não sei vi assim, nossa, é óbvio, só que por que que não é no nosso dia a dia? Por que que no, na hora que a gente vê que a culpinha vem, que a coisa vem, a gente não consegue simplesmente lembrar disso? Não, pera aí. É, é, é, é, é, é. E a gente tá aprendendo, eu tô aprendendo com o Oto. E nessa relação, assim como eu vejo você aprendendo com o Francisco e aprendendo com a Teresa, que são duas crianças diferentes, de idades diferentes
e com personalidades, cada criança é única. Então assim, é a minha relação com o que que eu eu apr eu acabo replicando coisas da minha mãe comigo e e tento fazer disso uma seleção do que faz sentido com Oto e o que não faz eu posso me despedir, agradecer. Então assim, mas é o é uma eu tô aprendendo com ele. Ninguém ensina pra gente nada sobre relacionamento, nada sobre ter filho. Na escola a gente não tem aula sobre isso, nada sobre nada. Inclusive a gente cresce sabendo que é natural. Nasce um filho, nasce uma mãe,
amamentar coisa mais fácil do mundo. É tudo extintivamentar instinto. E o que a gente traz na verdade é o nosso passado com a nossa mãe. É o que a gente tá é vem vem forte, não adianta. Vocês já devem ter se se pegado falando assim alguma coisa assim de você vai ver só se você não você fala meu Deus falando exatamente igual minha mãe falava comigo no mesmo tom que é coisa que eu falava assim eu não vou falar e aí você acaba pegando. Por quê? Porque não ensinam isso. Na verdade é a escola que
a gente teve né? Aí é isso que ela falou. Você absorve aquilo que é bom, que foi muito positivo, que vocês deram certo na vida e aquilo que já não funciona mais tão bem. Aí você vai e ressignifica, você aprende, você culpou muito tempo depois do parto não ter você ter ido pra cesárea ou ouvindo seu relato parece que você foi livrou foi super bem que você já jogou, você está bem resolvido. Sou muito bem resolvida em relação a isso. O meu medo é o meu medo. Até hoje eu fico pensando assim: "Meu Deus, eu
poderia ter esperado muito tempo e poderia ter dado algum problema. Isso aí eu ficava, eu me pegava pensando, só que eu também, nossa, eu, foi isso que eu pensei, eu falei assim: "Gente, eu dei o meu melhor." Eu fui até, tipo assim, entrei em trabalho, tentei induzir, tentei induzir, entrei em trabalho de parto normal mesmo, entrei em trabalho mesmo ativo, entrei. Então eu vivi tudo, eu tenho essa sensação, eu tenho essa sensação, eu posso estar errada, mas eu tenho a sensação na minha cabeça que se eu tivesse tipo tido oportunidade de ter esse processo, acho
que também seria um pouco, óbvio que eu acho que ainda estaria, como eu idealizei muito, talvez ainda estaria frustrada, mas você viveu tudo, tudo isso assim, você esperou a bolsa estourou, você foi, você sentiu a contração, você teve a dilatação, não aconteceu, mas assim, eu não tive nada disso, né? Então, mas é isso que eu penso. Eu passei só falei, eu só queria, eu só queria, eu fiz, eu fiz a banheira em casa porque eu cheguei até na segunda, eu contraí, tive contração três em três minutos. N, n, n, n, n. Cheguei lá, tive 1
cm de dilatação, pode voltar para casa. Voltei para casa e você fiquei com 1 cm dilatado, três dias com 1 cm dilatado. Até é bom relatar isso, porque assim, eu tive a contração de três em três, de um em um, vem para cá, fui para lá, tava com e aí a as contrações diminuíram de novo. Cada organismo em cada organismo não adianta. Não, e a gente vai como se a gente tivesse, como se a gente tivesse essas metas para cumprir, né? Tem que parir desse jeito. E falando ainda sobre culpa, né? Do tipo isso, pelo
menos isso eu senti, aquilo como se ti e não tem. A gente precisa se livrar e entender que tem tem uma uma culpa aqui. Isabela Oliveira, eu queria dar o microfone na você que eu achei muito maravilhosa, que de todas as culpas, essa é uma culpa que a gente vê pouco as pessoas falando sobre ela e tendo coragem de expor. E ela é mais comum do que do que a gente imagina, do que é do que parece. Então eu queria que você contasse um pouco aqui que você falou, não era apaixonada pela minha filha na
gestação, não era o maior amor do mundo e no parto a mesma coisa, não foi amor à primeira vista. Então acho o seu relato importante porque também a gente cresce ouvindo que tudo acontece muito rápido, muito naturalmente. Você vai olhar e se apaixonar e amor é uma construção, né? Então assim, eh, meu parto foi extremamente rápido. Eu tive um parto vaginal, foi muito rápido. Então, eu cheguei na maternidade 2:15 eu já tava muito louca na Polândia. 5:51 minha filha nasceu, porém foi um processo muito rápido. E o que a minha obstetra explicou foi que foi
muito rápido e meu corpo não estava preparado para aquilo. Então ali na hora do expulsivo, a minha filha começou a a baixar o coraçãozinho e a gente precisou fazer o mipis para ela conseguir sair. Ela saiu, ela nasceu totalmente desacordada, eh, nota quatro. Eu fui entender só isso depois porque eu tava bem longe assim mesmo. E aí eu tive hemorragia. Eh, então perdi muito sangue. O meu marido diz que para ele era um cenário de guerra. Então assim, eu não tive esse time de olhar paraa minha filha e falar: "Uau, me apaixonei". Não tive mesmo.
Eh, foi de fato uma construção. Eu não peguei ela na hora que ela nasceu. Eu não tive Golden Hour, eu não amamentei porque eu só não desmaiei. Mas eu fiquei desfalecida mesmo. Até comentei com as meninas o quanto a fotógrafa do meu parto foi sensível, porque ela olhou, ela falou: "Eu não vou continuar aqui, eu volto amanhã, porque tava feio mesmo a situação. Minha última foto, sou eu assim, transparente. Meu marido pegou uma uma prancheta lá me abanando." Então, eu não tive isso do amor. Não amei a minha filha quando ela nasceu. E quando as
pessoas perguntam isso, você amou a sua filha quando ela nasceu? falou: "Não é meu Deus, como gente não amei." E na gestação você e muitas, muitas, muitas, muitas mulheres. E é muito engraçado porque geralmente são mães que dão esse julgamento pra gente. Você não Mas o julgamento sempre vem das mães, eu acho. É, é muito, gente. É, é uma porcentagem mínima de mulheres, porque os homens, amor, então nem é. Ou é mulher ou é mãe. Ou é mulher ou é mãe. Não, eu arrisco dizer ainda que as que julgam são as que sentiram alguma coisa
parecida e nunca tiveram coragem de assumir nem para elas mesmas, sabe? Exato. Não, e eu assumia super. Eu não amei ela quando ela nasceu. Também não amei depois quando ela veio no meu colo. Ela veio pro meu coloi tirar ela porque eu precisava vomitar. Então eu não tive isso de ai nossa, que amor. Foi realmente uma construção. Eh, venha depois aquela paixão. Hoje não preciso nem dizer para nenhuma de vocês aqui o que é sobre esse amor, mas na hora não foi. Na gestação também não. Eu sou muito visual, então para mim era como que
eu amo uma pessoa que eu nem sei quem é. Gente, pelo amor de Deus. Deixa, deixa eu matar essa curiosidade. Quem aí sentiu amor? Amo na gestação. Nossa, na gestação. Ai, ama. Amava, amava, querido, amava muito. Hoje, hoje eu tenho consciência que não se compara ao que foi construído até aqui. E com certeza amanhã já vai ser mais do que hoje. É uma coisa louca, mais na barriga, não. Mas o meu foi depois com a com a barriga já maior e ele mexendo. Foi foi aí que começou a coisa. Mas mas começou. Eh, para mim
são duas emoções que eu tenho com grandes e muito distintas. Primeiro, eh, agradecer relato, muito importante. Eu acho que a gente tem uma pluralidade mesmo, assim como temos pessoas, temos histórias e todas são válidas. Então é isso mesmo, ainda mais é num evento tão forte, né, de risco. Acho que aí é que tá. O parto é um evento que tem risco, é um evento fisiológico que na sua natureza tem risco, independente do cenário, seja parto domiciliar, hospitalar, cesariano. Sim. faz parte, tá? Porque às vezes a gente escuta os relatos num parto como seu, a gente
fala: "Que medo! Então eu vou marcar o meu porque aí eu já tiro esse risco. Não, o risco faz parte desse evento, tá? Eh, você entrou em trabalho de parto, tava tudo bem. Quando você entrou foi muito rápido e você teve umas questões que aconteceram porque tinham que acontecer da natureza desse parto, né? específicas a isso que determinaram muito desse susto. Imagina o seu espanto, né? Você tá entre a vida e a morte, aquilo quando o outro nasceu também foi um espanto absoluto. Eu quando o outro nasceu perguntei: "Como segura ele aqui?" Eu não. Aí
eu lembrei: "Ih, não é meu". Aí eu tipo peguei ele muito molinho, muito frágil, né? Assim. E aí começou, mas a sensação que eu tinha duas emoções. A primeira, um amor e um amor meio bum que caiu assim, amor constante para sempre, uma um vínculo para sempre. Mas tinha outro e esse foi o mais surpreendente que era paixão. E a paixão pelo Oto tem uma dinâmica inversa da paixão romântica com alguém que eu vá me relacionar, que é você se apaixonar muito por uma pessoa, achar ela incrível e vai meio se desapaixonando, transformando aquilo em
amor. Um foi oposto, começou, ai que gracinha e aquela paixão foi crescendo porque e exponencial assim, de acordo com o desenvolvimento dele e com o desenvolvimento da nossa relação. Então é uma paixão que só cresce. Eu acho que é isso assim a diferença para mim, porque o vínculo da maternidade ele é construído, eh, a nossa relação é construída com o tempo. A gente tem que se libertar um pouco disso. No meio disso também tem o baby blues, tem a depressão pós-parto, eu não tive a depressão, mas eu tive um pouco de baby blues e muito
intensa, totalmente ligada também a hormônios, né? A gente nunca pode deixar de se enxergar como eh seres com muitos fluxos hormonais. a gente ainda fala pouco disso. O parto é cheio desses picos e um vai puxando o outro. Então, se você tem alguma intercorrência, que é você passa para um para uma cesariana porque não teve, você também vai cortando. Se você bota anestesia, você corta um encadeamento de hormônios e mesmo com todos eles rolando eh soltos, como foi o meu caso, o baby blues veio. Então assim, porque é isso? De repente muitos de repente é
muito parecido comigo. Seu seus relatos são muito parecidos com os os meus. E ainda tem é uma coisinha que a gente ainda não tocou, né? Não falou, né? Que é a violência obstétrica, que num episódio você deve ter dados aí. Tem sim, tem dados. Levantamento da Fiocruz mostra que 30% das mulheres atendidas em hospitais privados sofrem violência obstétrica. E no sistema SUS, né, Único de Saúde, Sistema Único de Saúde, a taxa de 45%. E esse número, gente, a gente tem um episódio só sobre isso, vale lembrar que são mulheres que tiveram a consciência da violência
que sofreram e denunciaram. Esse número é infinitamente maior e segundo a nossa convidada desse episódio, chega a 80% no SUS, eh, principalmente mulheres pretas. Então, assim, é muito assustador os números de violência obstétrica. Por isso também o o plano de parto, plano de parto é tão importante também para você ter consciência de todas as suas escolhas e o que foi respeitado e não respeitado. É. E de ter o seu parceiro ou parceira muito atento, porque para além de todas as suas escolhas, do natural, enfim, desse encadeamento aí que a Sofia tava falando, tudo mais, a
gente tem que estar atento. Por quê? Porque a gente pode sofrer uma violência sim, sempre a qualquer momento. Então é, você vai falar, vamos escolher sua, nem todo mundo consegue escolher a sua equipe. Muitas mulheres vão conhecer aquelas pessoas na sala de parto. A gente tá aqui falando de um privilégio do privilégio, né? Somos todas aqui mulheres brancas, né? Sim, de um lugar deilé absoluto, não é o espelho do Brasil, mas também eu acho que é importante falar que não é o espelho da do preparo da da comunidade médica com relação à humanidade necessária para
esse evento. A gente tá num momento eh mais poderoso e entre aspas mais frágil ao mesmo tempo. Vulnerável na verdade, né? A gente tá em trabalho de parto, que todos os bichos quando vão parir, eles procuram lugares muito reservados, né, para não ficarem vulneráveis. E às vezes a gente tá ali com uma equipe que diz frases como, por exemplo, ué, você não quis ter um parto natural, agora aguenta, você não queria isso, ah, mamãe, você não sei o quê. E aí vão te induzindo para aquilo ser um risco. Você nem tava achando um risco, mas
de repente, dependendo do que vão te falar, você pode perder aquela aquele poder. Então a gente tem que retomar muito, né, e ficar muito atenta, ter parceiros muito muito sagazes. Quem tiver do nosso lado, seja mãe, seja parceiro, seja parceira, quem tiver, para tá atento, porque a gente entra numa partolândia, os hormônios tomam conta. Eu lembro no meu parto de o tempo todo perguntar, tá tudo bem? Tá tudo bem, mas tá tudo bem. Aí eu perguntava pr pra minha enfermeira obstétrica que eu tinha encontrado, tinha uma relação, mas ela, né? E eu perguntava pro Daniel:
"Daniel, tá tudo bem mesmo?" E aí ele falava: "Não, tá tudo bem, tá tudo bem com o". Então, e aí eu ganhava um gás para seguir, porque é muita responsabilidade, né? Eu vou até chamar paraa conversa a Marisa, que é psicóloga perinatal e parentalidade também, para contar pra gente um pouquinho aí. Ela, você já deve ter tido muitos relatos de mulheres se culpando ou que passaram por algumas situações. Chega muito, muitas mulheres muito ansiosas, porque lógico, é um sonho, o parto idealiza de uma tal forma, aí chega muito nervosa. Na verdade, a psicóloga Perinata, ela
pode até acompanhar o parto hoje em dia. Ah, que coisa boa. Não sabia. Isso só rede privada, provavelmente, ou não? Sim, sim. Eh, na verdade tem a lei 14.72021, que a gestante ela tem o direito num psicólogo perinatal, né, na equipe. E que que acontece? Ela pode, ela já conhece a paciente, faz um pré-natal psicológico antes, né? Então, já reforça aqui a importância do pré-natal psicológico. Ajuda. Exato. Não, eh, substitui a doula, não substitui a doula, não substitui o acompanhante. O time, você teve essa esse acompanhamento psicológico? Eu tive da minha doula que ela foi,
é, ela foi inclusive antes da minha casa, foi algumas vezes e a gente fez também e à distância, então a Cacau me acompanhou em todos os momentos e ela tava lá assim desde a hora que eu falei da bolsa rota, foi a primeira a responder. Então ela tava a todo momento mesmo também nessa questão psicológica, não era uma psicóloga, era a doula junto comigo, mas que me deu todo o apoio assim. Qual foi seu maior desafio, você acha assim até hoje, né? Quantos anos seus filhos têm? Eu tenho uma de cinco e uma de três.
E até hoje assim, qual o maior desafio? Maior desafio de todos assim, gente, eu acho que o maior desafio de todos, cada hora, cada fase é um nome desafio. Acha que o atual é o maior, né? O de agora cada um. Ah, mas mais ou menos. Você sempre fala do seu pé. É, é da do sono. É, porque agora eu tô numa fase muito deliciosa. Então, essa que é a questão. Eu tive a época de da amamentação, mas graças a Deus eh engatou e eu fui super bem nas duas Alis. Amumentei quase do anos e
a e um ano e pouquinho e ela que quis sair. Então assim, eu realmente tive uma experiência muito boa com a amamentação que nem todas as mães tm. Eu sou frustrada nos dois. É, não, não. Ela o quê? Ela teve, ela teve aumentando, ela ainda teve mais históri, mas foi por conta da pandemia também, fi tudo, tudo acabou ajudando, né? Eh, a questão do sono, privação de sono, gente, minhas filhas até hoje acordam, entendeu? É assim, a minha também até hoje. Até hoje. Hoje, mas é que hoje eu liberei o a cama. Isso, teremos esse
episódio. Ó lá, cama compartilhada. O super também no campo ela acorda, mas hoje então eu fiz as pazes, já não é mais um. Eu sofri muito até sei lá 2 anos e meio. Hoje ela acorda, entra, eu acho delicioso. Noite que às vezes raramente ela não vem, eu acordo eu falo: "Ué, cadê, né? Faltou". É, eu raramente, assim, raramente elas elas dormem comigo assim, né? Na cama mesmo, mas eh quando elas vêm no meio da noite, vem uma delas e vai ficando no meio da gente, falam: "Ai, que delícia!", né? Porque eu sei que passa,
gente, passa. Então, assim, ai, façam cama compartilhada, é uma delícia, não tem problema nenhum, sabe? Eu só acho que não pode fazer desde o começo de ficar aquela coisa assim obrigatória, porque daí a criança sofre depois para ir pro próprio quarto. Claro, mas permita, se permita, porque passa rápido demais. Então esse foi um desafio que eu enfrento até hoje, na verdade, que elas não dormem tão bem assim, sabe? As duas que dizem assim, né? Eu pensando no segundo, né? Não, se o primeiro não dormiu, o segundo vem, dorme. Eu falo: "Quem meante?" Vai nessa. Quando
elas acordam duas vezes, eu tô super feliz assim, sabe? Da duas vezes cada uma delas, quatro vezes, né? Não, mas às vezes acontece elas dormirem a noite inteira. É raro, mas às vezes acontece. Eu falo, gente, não acredito. Foi a noite inteira, mas é bem raro elas dormirem assim a noite inteira. Olha, mas daqui a pouco já já vai estabelec já vai. Ah, já não. Mas eu já tô bem feliz porque assim era 17 vezes assim, entendeu? Chegou a ser 17 vezes numa noite. Eu acredito. Uma hora dorme, gente. Uma hora dorme. Então era desesperador.
Então tô muito no lucro. Os anos foram passando, falei: "Não, uma hora ele vai dormir." E que horas que ele dorme? Quantos anos a noite toda? Ele tá com nove agora, então, pera, deixa eu lembrar. Quarto. Lembro tudo. As outras coisas já não lembro tão exatamente. É três para quatro. É, já passei daí. A gente vai criando umas metas imaginárias que também eu já entendi que não são saudáveis. Eu sofria muito criando essas metas. Aí uma quando eu falei, minha filha não ama dormir e é isso aí. E aí a cama compartilhada me salvou. E
aí eles não pensa falas não gostam de dormir, não tem o que fazer. É isso. Muito curiosa, muito ativa. Certeza que vão gostar de dormir hora que chegar na adolescência. Certeza absoluta que aí você vai dormir, ó. Quando chegar na adolescência tu vai dormir. Tem que acordar, tem que acordar para escola, né? Ou não vai dormir porque vai aí vem o problema da criação, né? que é você nunca mais vai dormir na verdade quando chegar na adolescência na verdade é a forma de educar e fazer dar certo e você criar crianças que querem ir pro
céu porque olha gente do céu como desafio. Nossa senhora eu tenho, eu tenho, eu falo que eu tenho uma sanguínea e uma colérica em casa na toreramento. E a colérica é assim, colérica que é de três anos. Tenho quase certeza que é colérica. Não tenho tanta certeza assim, mas quase. Ela fala assim, eu falo filha, se se ficar fazendo isso vai ser difícil. Vou sair para viajar. Ela fala: "Pega suas coisas e vai". É assim, entendeu? Parece que nada de sentimento, nada de empatia. A minha esses dias eu falei, se filha, se você não organizar
esses livros, eu vou tirar um livro daí, vou dar pra doação. Ela pode pegar, pega esse aqui, que é o que eu gosto menos e pode levar pra doação. É assim, mas assim não, ela tem coração sim, pelo amor de Deus. vai vai ficar ali. A gente não pode rotular nossos filhos. Mas eh gente, eu acho um desafio muito grande porque não dá para educar igual porque eles são elas são totalmente diferentes. Não dá uma que funciona para uma, para de cinco, não funciona para de três. Uhum. Então assim, esse é um desafio muito grande
também. Mas por isso que eu digo, fica só com fica só com ela. Ela é minha maior desmotivadora do segundo filho. Ela que Mas o segundo é bem mais leve em em termos de tudo que você passou. Não é mais quem tem dois aqui? Não é mais leve. O segundo é mais tranquilo. Segundo a minha filhada que veio prendeu mais leve. Você você não você não acha, gente, o jeitão mais leve. O marido a maioria das pessoas. Você quer exceção, anjo? Não, não, não, não. Nossa, eu acho muito mais leve o segundo, porque você já
passou por todas as primeiras vezes, sabe? O primeiro engasgo. Quase me bateu aqui no no episódio de Ela quase me bateu quando eu falei que o primeiro positivo é o que que o segundo dela foi tão traumático que ela acha que do mundo inteiro também é, entendeu? Não, ela não. O segundo é muito, eu falei bom, o segundo de alguém que não programou com se meses de de idade do primeiro, talvez, mas tamanha raiva no coraçãozinho. Eu queria falar eh eh sobre os números, né? A cesárea se tornou um dos procedimentos mais comuns no nosso
país. É quase 50% dos brasileiros vem ao mundo dessa maneira. E entre os países da América Latina, o Brasil está em primeiro num ranking, né? né? E vale lembrar que não estamos falando de escolhas conscientes, escolhas das mães por qualquer vontade que seja o risco e sim a indução do profissional ou do hospital pela rapidez desse processo. A gente tem uma doula, não tem? Aí é vale lembrar, um dos principais recursos disponibilizados e que o médico fala é a questão do tempo, ponto exclusivo tempo, onde o hospital consegue se programar pra liberação das salas para
os próximos partos. Então fica a dica, ó, fica atento. Eu me tornei doula por conta da minha primeira gestação, do meu primeiro parto, muito parecido com o relato da Lê. Eh, eu tive uma gestação programada em 2019, quis gestar e dentro desse caminho todo, com 28 semanas de gestação, eu não tinha um médico, justamente porque eu encontrava a conveniência médica no desfecho final dessa gestação, que era o parto. E eu não queria passar por nenhuma violência obstétrica. Eu nasci de um parto muito violento para minha mãe e queria trilhar um caminho muito diferente. E aí
com muito apoio de muitas amigas do Rio, porque eu morei no Rio muito tempo e tô em São Paulo, o que é uma doula, o que é um parto humanizado. E aí eu fui entender porque eu não tinha contato com isso, achava que era um parto em casa, na banheira, não tinha a menor eh informação sobre essas coisas. E aí quando eu contratei uma doula, eu entendi o que era essa profissional. Tive toda a gestação, rompi a bolsa, não rolou. Três dias depois da bolsa rompida, indução, sem dor, sem contração, não tive nada. Fui para
uma cesárea no momento em que não era mais seguro para mim e pro meu bebê, mas só que eu me preparei durante 38 semanas para ter um parto via vaginal. E na minha família todo mundo teve parto normal, então nem passou pela minha cabeça cesárea. Veio problema na amamentação, baby blues, depressão. Não, não gostei de gestar, de ter meu bebê. E que que eu fiz minha vida? E aí com 45 dias de pós-parto, entendendo esse sentimento dentro de mim, eu falei: "Não dá para ser difícil assim para todo mundo". Você conseguia nomear enquanto você tá,
você sabia o que você tava passando na hora? Não, eu vou entender que eu tive depressão e que foi baby blues e que foi tudo muito junto e misturado, um luto muito grande de quem era a Eda antes, de quem era a vida que eu tinha com meu marido antes, porque a gente estava 10 anos juntos. Hoje a gente tá a 16. já mais da metade da minha vida com ele do que sem ele. E foi muito maluco, né? Então quando eu decidi ser doula falei pro meu marido, eu falei: "Eu acho que ele vai
achar que eu tô maluca, 45 dias pós parto é o porpério, vai passar". Só que eu não conseguia parar de falar de parto, de maternidade, de nada disso e fiz o curso. Entende. E aí quando eu fiz o curso de doula, eh, e entendi, né, parte desse processo de que o desfecho de um parto bom, o sucesso de um parto é mãe e bebê bem. E quando a gente entende esse limear, eh, é muito mais fácil da gente entender que o protagonismo, quem vai exercer é a mulher. ela vai decidir. Só que o que acontece
hoje no Brasil pra gente ter esse essa porcentagem absurda, né, de cesarianas, é a conveniência, porque parir é político, não cabe dentro de uma agenda capitalista. Eh, ninguém tá a fim de esperar o tempo do seu bebê. Por que que eu vou esperar o tempo do seu bebê se eu tenho a minha família na minha casa? Então, a doula ela é essa profissional que é treinada, capacitada, formada para acompanhar as gestantes, né, nesse processo de gestação, parto, pós-parto, amamentação, dependendo da formação que a doula exerce. Mas a ideia mesmo desse acompanhamento é que a gente
possa verdadeiramente informar essa família sobre o que é a fisiologia do parto, sobre todas as intervenções que podem ser a evolução da medicina dentro de um parto via vaginal seguro sobre as intervenções, as emergências, como aconteceu com a ISA, legendar tudo para essa mulher fazer um plano de parto consciente, entendendo ela é a profissional que ela vai estar ali sem exercer nada técnico, então a gente não é habilitada a fazer exame de toque, auscuta nada disso, mas a gente tá ali o tempo inteiro cuidando desse ambiente para que ele seja sempre o mais alinhado com
o que aquela família deseja, porque cada família é única, cada nascimento é único. Então eu sempre eh digo pras minhas pacientes que não existe falar de parto sem falar de nascimento, é o parto daquela mulher e o nascimento de um bebê. E ambos precisam estar muito bem. Então a doula ela é essa profissional. Recomendo que tenham doulas que busquem um pouquinho. Os maridos normalmente não entendem muito bem o que é uma doula. Alguém me disse isso lá fora. Eh, e na verdade a doula ela não substitui ninguém, assim como nenhum outro profissional substitui a doula.
Então, a psicóloga e a doula elas trabalham dentro de uma equipe multidisciplinar que pode fazer a melhor assistência para essa família ter a melhor experiência possível. Então, o parto ele precisa ser uma memória boa para contar. Eu, infelizmente, entendi isso muito tempo depois, né? Porque o Lorenzo nasceu de uma cesárea e quando a flor nasceu de um parto normal, eh, eu me curei, curei a da mulher, né? esse lugar e entendi que o sucesso é mãe e bebê bem. Será que a gente consegue se desculpar sem precisar viver um parto vaginal? As que não, espero
que sim, que não. Mentira. Vamos lá. Que que eu queria muito falar um A Taem se desculpou, eu queria só que ela desse essa dica assim, como para você resolveu tão bem, porque aqui os dois relatos que a gente tem, elas se perdoaram porque viveram um segundo, ó, a plateia tá ali. Não, ninguém se, tipo assim, não é? sem viver um. Mas eu acho que a experiência da Taer por você mesma, tá? Desculpa, mas eu acho que esse fato dela falou 39 horas de de Mas tem gente que fica, Marida, mais e não se perdoa
e vai se culpar pro resto da vida. Eu acho assim, eu acho que a gente tem que pensar assim, fiz tudo que eu podia igual você. Você fez tudo que tava ao seu alcance, não tinha o que fazer. Então você foi até onde você podia ir. E aí os médicos tiveram que intervir pro seu bem e pro bem do seu filho, porque o final das contas tem que ter a mãe e o filho bem. Então o que que eu pensava quando minha filha nasceu e ela tava super bem, eu só agradecia a Deus, falava: "Tá
tudo bem, tá tudo certo, se foi assim, eu eu sou cristã, então eu entrego tudo nas mãos de Deus mesmo e eu confio cegamente na vontade dele na minha vida. E aí assim eu consegui me perdoar, consegui entender até mesmo com esse medo que eu tinha de meu Deus, podia ter passado tempo, gente, podia ter acontecido alguma coisa com ela e tal. Eu falava: "Não, se Deus permitiu dessa maneira, ele ele permitiu e foi tudo exatamente como ele gostaria". Então, foi assim que eu consegui me curar interiormente, entendeu? Eu tive várias perdas gestacionais. Quando você
passa por isso, ah, é, dá, é, mais ainda você valoriza o seu bebê bem. Ele tá bem. Eu não vou me preocupar mais com parto, com, sabe? Ele tá bem e você só quer ver ele bem, você quer ficar bem para ele. Então, aí você começa a pensar que é uma coisa assim, é uma coisa muito importante, sim. É super, eu queria muito ter tido parte normal também, mas você começa a pensar que é supérfa, perto de você ter o seu bebê vivo ali na no seu nos seus braços, sabe? Bem, então é isso que
eu penso, sabe? É a cura interior mesmo. Eu vivi uma raridade hospitalar e com 33 semanas eu senti uma dorzinha abdominal. Falei: "Nossa, acho que é alguma coisa que eu comi, né?" E deu deu ruim. Mandei mensagem pra minha médica. Minha médica falou: "Ó, eh, toma algum remedinho tal". Me prescreveu. Eu falei: "Ah, vou tomar". Aí não tinha. E eu fui levantar para procurar o celular para comprar. E nisso a dor aumentou. Aí falei: "Bom, vou". Ela falou: "Vai pro PS". Chegando lá, eles falaram: "Olha, eh, vou só te medicar, mas assim, como o cardiotoco
tá tudo normal, tal, vai, vai tranquila para casa". Aí eu mandei mensagem pra minha médica. Aí ela falou assim: "Não, eh, faz o cardiotoco, eles vão te medicar, mas eh como que tá a dilatação? Eu tinha 33 semanas." Aí eles falaram: "Olha, tá com 1 cm, a gente vai internar porque, né, só para evitar que nasça, porque ainda são 33 semanas". Aí eu mandei mensagem pra minha médica, falei: "Olha, porque eu tinha toda minha equipe, WhatsApp com todo mundo." Aí ela falou: "Não, não, não. Vamos pra maternidade que a gente tinha combinado se você aguentar".
E isso a dor começava a aumentar. Eu falei: "Não, eu aguento". E eu não conhecia o o a dor de parto, não conheci. Essa dor que eu senti foi de uma hemorragia interna e o meu útero rompeu. Caramba. Mas mesmo assim, mesmo nesse cenário, você sente culpa de não ter tido um parto normal? Não a culpa, mas eu fico pensando, será que eu fiz alguma coisa que forçou esse seu rompimento? Claro que não. Claro que eu acho que não, né? Mas vem aquela neura de mãe, né? Mas assim, o que eu posso hoje é agradecer.
Porque o que salvou a gente foi a placenta. Eu fui pegar o meu bebê 10 dias depois. Eu eu sinto a culpa, mas aquela culpa de mãe que eu sei que vai passar. E ser mãe deia é outra coisa que hoje eu carrego muito bem essa questão, porque eu tenho um grupo de mães da OTI que eu fiz amizade e isso assim não tem preço, sabe? Eu acho que a maior dica, que eu já falei isso aqui em outros episódios, é troque pessoas que estão passando mesmo que você, porque é tão plural, as possibilidades são
tantas que muda demais, né? Aí só tem a lente para ver quem tá compartilhando daquele momento parecido ou no mesmo tempo. Às vezes minhas amigas parindo agora é diferente de quando ela quando teve a Teresa, ela trocou muito menos comigo. Com o Francisco a gente trocava 24 horas porque estávamos as duas ali parendo ao mesmo tempo. Então essa rede de apoio ela é essencial. Essas duas. Agora, uma coisa que é eh a gente não é criada, né, para para para atentar aos nossos instintos, as nossas sensações. A gente é acostumado a andar de salto alto,
que não faz menor sentido. E quando você sente essa dor, né, que que é esse remédio para bloquear uma dor, né, numa gestante? Então assim, é um momento onde tudo que acontece com a gente é para ser levado em consideração. Eu só queria fazer uma uma ponte, né, do que a Júlia falou de como eh ai porque tem que passar por um parto normal para se perdoar. Eh, eu acho que eu tenho certeza que não. O processo de se perdoar com as culpas e expectativas tá na coragem do maternar para olhar as feridas para não
ferir as nossas feridas. Então, não é tipo o parto, né, normal que me curou, mas sim o o meu bebê com 12 semanas, 12 horas foi pra UTI eu de chegar em casa. mesmo que tenha sido cinco dias e o o irmão dizer: "Cadê o bebezinho?" e a culpa de escolher ficar com o mais velho pro mais novo. Então, é esse processo que a gente tem entender que o ato de se perdoar, seja do parto, da amamentação, de todas as nossas expectativas, está dentro da gente, o nosso olhar pra maternidade de que, pô, a gente
é mulher e tem coisa, tem bicho mais corajoso do que ser mulher, mãe. E eu amo complementando aí sua frase, a frase da Sofia, a gente tem que estar encaixada. Eu vou repetir para sempre. A gente tem que estar encaixada. Eu saio sempre com as frases dela. A gente tem que estar encaixada pros nossos filhos, né? Acho que é um pouco isso. É, eu queria dar umas informações que eu acho importante, porque a gente que já passou por isso, a gente já conhece um pouco de todas as os nomes e, enfim. E imaginam que para
quem não é mãe ainda ou tá pensando em ser ou tá tentando ou tá grávida, enfim. Então existem vários tipos de parto, né? assim, o natural, o natural é o que possui o menor número possível de intervenções humanas, que é o que a Sofie teve, né? Eh, o pato normal já é outra coisa que é o parto vaginal, que pode ter intervenções humanas, né? Ou auxílio médico no hospital, induzir. Isso é um parto normal, vaginal, parto cesárea, que é uma intervenção cirúrgica. E o que eu acho importante a gente ressaltar, porque eu só aprendi vivendo,
que é o parto humanizado. O parto humanizado para mim era um parto natural ou normal? E não, o parto humanizado ele é pode ser cesariana, pode ser exatamente, pode ser natural, normal, desde que você realmente seja respeitada. Então, todas as suas escolhas de parto sejam respeitadas. inclui obviamente o mais possível, o mais eh eh o melhor para esse bebê, né? O que seja inclui isso, né? De ser a melhor situação pra mãe e pro bebê o mais natural possível. E ainda nessa nossa luta de exclusão de culpas, que já são muitas, eu gosto de dizer
que o parto normal são todos os partos. Todo parto normal é você ter seu filho no braço no final do dia, né, no final daquele evento. Eh, então ou é o parto vaginal, ou é o parto natural, ou é o parto cesárea, mas que no final das contas normal é a gente ter o nosso filho nos braços no final, né? Tem um leboer. Leboier que isso que é um parto que é onde é o parto que o que o bebê não toma o o banho de cara. Eh, o ambiente de pouca luz, o que é,
tem um nome, não sabia também, por isso que eu estou falando. É um fto específico que deixa o bebê chegar como? No lugar mais confortável, pensado na experiência do bebê, né? Aí tem o da água também, né? Tem na aí tem o parto da água e parto de cócaras. Eh, e eu queria muito falar, não sei se a nossa doula tem, eu lembro, eu lembro de de um, de um episódio que a gente teve que não foi o episódio do parto, acho que foi o episódio dos pediatras ou com o Daniel Becker, que explica que
o parto foi o seu pediatra, foi seu pediatra, que o parto do portal que ele fala do que ele fala do que ele explica que no parto eh vaginal eh ele tem muitos benefícios que a gente já sabe, né? Mas inclusive que ele é pode alterar ou melhorar ou influenciar, não lembro a palavra exatamente, na imunidade dessa criança, né? Gente, que memória, Marida, que é ah, falou de parto, amor, guardei aqui, entendeu? Não, e ela você fez até a comparação da Cora com o Francisco, foi? E aí na hora eu falei: "Ah, Cora e Francisco
tivemos a mesma maternidade, com comemos a mesma coisa, fizemos tudo igual. Meu filho tem tudo que você possa imaginar, a filha dela não tem nada, foi o parto normal". falar falar mãe culpando. Doenças e viroses. Esse episódio é maravilhoso. É o pediatra da Cora e o pediatra do Chico. E eles falam do quanto o que a gente do que a gente pode fazer, né? Do é que essa gestação hora do bebê realmente querer nascer. É, por mais que tenhamos, né, filhos prematuros, aconteceu de ser a hora dele por moment não, né, aquela coisa do marcar
horário, de fazer realmente esperar o neném, por mais que você escolha uma cesárea, esperar o momento do neném nascer, porque isso é extremamente importante pra fisiologia, biologia da saúde dele, né? E eu acho que tentar repensar também a questão da cesárea, se informar antes mesmo, um pouco mais, tentar entender quem são esses profissionais, com quem que você vai est, qual é o parâmetro deles, como eles costumam trabalhar, porque tem muitos médicos que falam: "Eu faço parto natural". se você vai ver de perto, não é verdade. Eh, ele ele meio que se for escorregando, ele até
vai, mas não tem ali o tempo, a disponibilidade e a atenção de conduzir, porque é um processo de escuta. Em que momento que da contração, da dilatação, até para você sair de casa foi uma das coisas que me deixou meio bolada assim. Tem tem o Michel Odan, que é um um médico francês que foi responsável lá na França pelo renascimento do parto, eh, nos anos 60 de forma natural, lá um estudo longo com o nascimento nas em banheira, mas não apenas, né? Oto não nasceu na água, nasceu em casa, mas é um médico que estudou
muito esses benefícios do que acontece com a imunidade do bebê quando ele passa pela via vaginal, eh, do ambiente domiciliar também tem essa questão de imunidade, vantagens nesse sentido. Mas eu acho que é isso, é é a gente entender que a cesárea é uma intervenção médica pensada para estar ali à disposição da necessidade de de uma impossibilidade de um parto vaginal. Esse é o esse foi o objetivo, foi criado para isso. Ainda bem que existe, mas a gente precisa desmistificar também a questão do parto vaginal, a questão do parto domiciliar e os profissionais envolvidos. Nunca
tinha ouvido falar sobre isso do parto vaginal ser para além de todo o benefício que a gente sabe, ai você para, você não tem o corte, você já podeentar que seu pós é maravilhoso, n. Óbvio de novo, cada mulher é uma mulher, mas sim, é verdade. Para mim era esse o benefício. Uhum. E não é para é muito além disso, entendeu? A imunidade, a saúde da sua criança que para uma mãe, né, é inegociável. E a gente ouve muito da importância do aleitamento materno para essa imunidade, pouco do parto vaginal como também responsável por imunidade
de saúde. Ou seja, e eu só descobri isso, olha só, mãe de dois sentada aqui conversando com o pediatra. Eu nunca tinha ouvido falar sobre isso. Então, o quanto é importante, a gente pensa que o bebê quando nasce, ele tá de de, né, assim, ele tá lá dentro, num ambiente estéreo, né, assim, sem uma contaminação positiva que a gente tá o tempo todo, né, cheio de em relação a com colônias, né, na gente, quando ele nasce é que começa esse processo. Então, essas primeiras horas são fundamentais para isso. onde você tá, como é esse ambiente
que você tá, diz muito sobre qual o caminho dessa dessas colônias formadas aí pra imunidade dele. Volto a dizer que eu também tive um parto vaginal que não foi idealizado. Também estudei muito sobre as duas possibilidades, me preparei muito pras duas. Eh, tava aberta, se fosse necessário e, né, pra nossa saúde, eu ir para uma cesárea e eu tive um parto vaginal lindo, assim, que também acho importante depois de tantos relatos. Todas as minhas amigas. Lindo, lindo. Foi, foi o dia, eu fico toda, eu fico toda arrepiada que foi o dia mais lindo da minha
vida, assim. Então eu acho que é muito respeitar, mas também que é importante vocês contarem as histórias, porque a gente tem um outro relato de parto super forte da Judô aqui, eh, que ela esticou a corda muito além das possibilidades, né, e se arrepende e sofreu violência ela, a bebê dela. Então assim, esteja atenta a você, o seu corpo, o seu bebê, esteja com pessoas eh que te defendam nas suas escolhas, mas principalmente estejam olhando pela sua saúde da sua criança, né, antes de qualquer coisa. Eu espero de coração que a gente tenha ajudado um
pouquinho no processo de perdão de vocês, com vocês mesmas, assim de cura. Eh, porque falei aqui agora a pouco, mas é verdade, esse espaço aqui a gente trouxe pra gente se curar e vocês que estão ali do outro lado e agora tão no estúdio com a gente possam também que a gente pode se possa se curar juntas aí no caminho, cada uma com a sua história, né? Seu as escolhas que mamãe toma pra hora do parto devem ser sempre respeitadas para que nesse momento você se sinta segura e confiante que está tomando as melhores decisões
para você e pro seu bebê. A gente espera de coração que esse episódio tenha sido um acalanto paraas ansiedades que a gente sente antes de parir e que você se sinta confiante para entender que não existe jeito certo ou errado. O que existe é o parto que você escolher e puder ter a partir da sua realidade. Nós queremos agradecer a presença da Sofie e da Taem no episódio de hoje por terem compartilhado suas histórias e experiências tão únicas e incríveis. Obrigado. E agradecer também a nossa plateia maravilhosa que compartilhou com a gente momentos tão únicos,
vulneráveis e verdadeiros. O episódio de hoje chegou a fim, mas a gente tem um encontro marcado na semana que vem. A gente espera vocês. Obrigada. Obrigada. Obrigada, gente. Obrigada. [Música]
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