A Inglaterra não é só o Senhor dos aneis, o Hobbit, Harry Potter, Rei Arthur, Shakespeare, The Last Kingdom, Iron Maiden, Black Sabath, Os Beatles, Big Ben e o chazinho da tarde (tirando esse, que na verdade foi uma rainha portuguesa que inventou e levou o hábito para a Inglaterra). A história desse país impressionante começa há milhares de anos atrás com os povos celtas, que aliás não surgiram ali também. Então, ao longo de mil anos os celtas se espalharam por toda a Grã-Bretanha formando várias tribos como os Bretões, os Pictos e os Gaels.
Criaram monumentos incríveis como o Stonehenge, que aliás ainda tem gente que acha que foram os ETs. A religião oficial deles era o Dridismo, que era uma religião muito pagã, óbvio. Mas é claro que a pancadaria rolava por todo lado também; um povo querendo dominar o território do outro.
Normal, os índios faziam isso também. Mas aí por volta do ano 43 AD o povinho simpático conhecido como romanos chega na Britânia, sob a liderança do Imperador Cláudio Augusto. A maioria das tribos começou a se render diante dos romanos.
. . também, diante daquela máquina de guerra o que que eles iam fazer.
Mas nem todo mundo tava satisfeito com a invasão dos Romanos, em especial uma mulherzinha nervosa chamada Boudica que havia sido espancada e teve duas de suas filhas estupradas pelos romanos. Então, por volta do ano 60 AD Boudica resolveu juntar forças com outras tribos britânicas que lançaram um ataque feroz as provincias romanas matando milhares de pessoas. Mas Boudica acabou sendo derrotada no fim e a Britânia ficou sob o poder dos Romanos até 410 AD, ou seja, os Romanos dominaram a Inglaterra por 370 anos.
Mas durante esse período Roma começou a ser atacada e o Império não podia mais ficar enviando tropas para todos os lados, como na Britânia. Por fim, os Romanos saem mas deixam na Inglaterra estradas, cidades estruturadas como Londres, York e Manchester, e também o Cristianismo. Entretanto a estrutura política e militar romana tinha criado raízes lá.
E aí, o caos voltou a reinar novamente e as guerras entre as tribos voltaram a quebrar a região ao meio. Para lidar com isso, os Bretões resolveram aplicar uma tática muito usada pelos romanos: mercenários. Esses mercenários vieram do norte da Alemanha e eram conhecidos como Anglo-Saxões.
Milhares de mercenários partiram para a Inglaterra. Só que depois de um tempo começaram a vir mulheres e crianças, e isso significava o que? Os saxões foram, mas não queriam mais voltar.
Só que tinha um detalhe que os Bretões não levaram em consideração, até porque nem sabiam ainda: os Saxões eram os ancestrais dos vikings. Até os deuses eram parecidos: Woden era Odin, Tiw era Tyr, Punor era Thor. .
. então advinha só o que acabou acontecendo na Inglaterra? Os Saxões começaram a invadir territórios e a matar britânicos.
Por fim os bretões foram empurrados para a costa ocidental da ilha onde resistiram importantes ataques Saxões, e nesse momento surge o rei-guerreiro-poeta-pegador- Arthur. Se ele existiu ou não, nunca vamos saber; mas para os nerds como nós ele existe até hoje. O fato é que a partir dos anos 500 a inglaterra era Anglo-Saxã e muitos reinos começaram a dominar a região como os reinos de Kent, Sussex, Wessex, Mercia e Nortúmbria.
Mas uma força não pôde ser derrotado pelos saxões: O Cristianismo. Em pouco tempo todos os Reinos Saxões eram cristãos. Mas a Britânia e o Cristianismo ainda teriam que enfrentar uma última onda esmagadora: Os Vikings.
Eles vieram da extremo norte da Europa, onde é hoje a Dinamarca, Suécia e Noruega. Os primeiros registros históricos das invasões vikings vem da ilha de Lindsfarne, no Reino da Nortúmbria, chamadas crônicas anglo-saxãs. Aliás, se quiser saber mais sobre essa história leia As Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell.
Então, como os reinos estavão quebrados, muitos deles foram alvos fáceis para os vikings: Northúmbria cai, Ânglia do Leste cai, depois é a vez de Mércia. Só faltava o Reino de Wessex, por isso ele foi conhecido como o Último Reino. Alfredo o Grande, resiste aos ataques dos Vikings e começa a reconquista do território inglês, mas seu filho Eduardo vai ainda mais além conquistando toda a Inglaterra de volta: Por isso ele fica conhecido como o Rei da Inglaterra.
A língua e cultura inglesa seriam marcadas para sempre pelos homens do norte. Mas aí, os amiguinhos de longa data dos Ingleses resolvem atacar: Os francos da Normandia, que foi dada aos vikings para proteger a França de vikings (por isso o nome Norman: Homens do norte”), decidem invadir a Inglaterra sob a liderança de William O Conquistador liderando cerca de 10 mil homens. A Inglaterra cai em 1066 em uma das batalhas mais importantes da história da nação: A Batalha de Hastings.
E Muita coisa mudou lá: nunca mais um saxão iria governar a inglaterra, a língua oficial passou a ser o francês, eles contruiram castelos, como a Torre de Londres e igrejas. William o Conquistador seria o Rei da Inglaterra de 1066 até a sua morte em 1087. Só que apesar da conquista, a Inglaterra permaneceria uma nação independente e o inglês, que continuava falado pela maioria da população, substituiria o francês.
Em 1215 a Magna Carta é assinada e é considerada o documento mais importante da história da Inglaterra, e talvez um dos mais importantes do Ocidente também. Agora a Inglaterra estava em guerra com a Escócia só porque ela estava se aliando com a França, e como a gente viu, a França já tinha vacilado com a Inglaterra uns anos antes. Então, em 1373, Eduardo III resolve fazer uma aliança com outra nação poderosa da época: Portugal.
Aliás, essa aliança entre a Inglaterra e Portugal dura até hoje: A Aliança Luso-Britânica, ou the Luso-Portuguese Alliance, sendo considerada a aliança mais antiga das história em vigor. Assim começa a guerra dos 100 anos, que na verdade durou 116 (1337-1453). A Inglaterra conquista parte do território francês durante o período mas no fim a França pega tudo de volta.
Os dois reinos ficam quietinhos e param com as briguinhas entre eles, que havia começado em 1066. Mas agora a Inglaterra brigava com ela própria: A Guerra das Rosas foi uma guerra civil inglesa entre as dinastias Lancaster e York, rosa vermelha e branca respectivamente. No final a guerra acaba em casamento, as duas rosas se unem e assim nasce a casa de Tudor, em 1485.
E dessa casa sai um rei icônico: Henrique VIII. E olha só o drama que ele vivia: ele era um rei, e reis naquela época precisavam de filhos, machos mesmo, nada de meninas, desculpem meninas esse rei era um idiota mesmo. E sem filhos o rei ficava inquieto e preocupado porque o povo ficava inquieto e preocupado, e a inglaterra também.
Então ele com sua esposa Catarina, tentam ter filhos: de 7 filhos só um sobrevive, na verdade uma. Então ele tinha três opções, esperar sua filha crescer e ter um neto, pegar um dos milhares de filhos bastardos e legitimar (o que nunca era uma boa ideia) ou se divorciar e se casar de novo. (Fazer uma animação de multipla escolha, e um X na alternativa errada) Advinha qual das três opções ele escolheu?
5, 4, 3, 2, 1. A resposta certa é o divórcio. Só que pro Papa a resposta estava errada, e ele nega o pedido!
Só que Henrique toma uma decisão mais ousada ainda: Já que o Papa não deixa, ele resolve criar sua própria igreja: Assim nasce a Igreja da Inglaterra. Agora ele era o chefe da Igreja, então ele podia fazer o que ele quisesse, e fez! Ele se divorciou e se casou de novo.
Mas ele acabou matando sua nova esposa dizendo que ela era uma bruxa porque não tinha tido um macho tbm. Ele se casou só mais três vezes depois da segunda. .
. mas ele podia. .
. . ele era o Boss da igreja.
Finalmente ele teve um filho, Eduardo, que acabou morrendo de tuberculose. Então não tinha jeito, a Inglaterra era das mulheres agora! E foi sua filha Maria que se tornou rainha.
Só que Maria era católica e queria trazer a inglaterra para o catolicismo de novo, e ela queimou mais de 300 anglicanos sendo que seu pai já tinha queimado outos tantos católicos quando transformou a Inglaterra em anglicana. Por isso ela ficou conhecida na história como Bloody Mary, ou Maria Sangrenta! Graças a Deus ela morreu em 1558.
Sua irmã Elizabeth, que era anglicana, sobe ao trono e começa a era dourada da história da Inglaterra, conhecido como período Elisabetano. Shakespeare surge neste momento. Com a derrota da Armada Espanhola em 1588, a Inglaterra agora tinha o controle do Atlântico Norte e dessa forma nasce o Império Britânico, tendo como chefe supremo a Inglaterra.
O territória dos EUA começa a ser colonizado em 1585 e a Companhia das Índias Orientais é fundada em 1600 levando a influência inglesa ao oriente. Mas a história da Inglaterra seria marcada por outra guerrra civil, sem dúvida a mais brutal de todas: A Revolução Inglesa. De 1642 a 1660 os parlamentares se revoltam contra a Coroa, decaptam o Rei Charles I e colocam Oliver Cromwell no poder.
Em 1665 a Coroa é restaurada mas perde aquele status divino de antes da revolução. Uma outra revolução acontece, só que dessa vez uma boazinha: A Revolução Industrial Inglesa surge a partir da metade do século XVIII, terminando na metade do século XIX. Homens começam a ser substituidos por máquinas.
A História da Inglaterra muda completamente com essa novidade, e o mundo também, pro bem ou pro mal. Nem Napoleão escapou da locomotiva inglesa: depois de conquistar praticamente a Europa inteira ele foi finalmente derrotado pelo Duque de Wellington na Batalha de Waterloo, que devolveu a liberdade a Europa novamente. No pico de seu Império em 1920, os Ingleses dominaram 24% da massa total da Terra tendo uma população de 458 millions de pessoas.
Além disso, a participação da Inglaterra nas duas Guerras Mundiais foi decisiva para a vitória aliada, em especial na segunda guerra mundial sob a liderança do Primeiro Ministro Winston Churchil. O maior império da história da humanidade chega ao fim 1997. Então fechamos aqui galera, muito obrigado por vir e espero que vocês tenham gostado de verdade porque esse vídeo deu muito trabalho.
A opinião de vocês é fundamental, sempre. Então, se inscreve aí! Até mais, se cuida e abraço!