um tempo atrás eu decidi ser muito honesta com todas as escolhas que eu vou fazer na minha vida e muitas vezes eu tentei estudar pedagogia Sou formada de Ciências Sociais E aí sempre dá um certo desânimo no processo e aqui não né chegue eh que acha que não pode chegar num lugar como esse de de várias formas porque é difícil não é difícil e aqui eu encontrei muitas respostas porque a cultura popular tá muito presente eu acho que os incos são inspiradores né e a formação daqui eu acho que ela solidifica um pouco mais esse
lugar que é Como olhar para esse lugar do aprendizado e também como um processo que auxilia você aprender sobre silêncio né que auxilia você aprender sobre as suas próprias emoções sentimento que transborda no meu peito além do Fascínio Claro o fascínio muito bem-vindo e o sentimento de pura gratidão é é o o que eu sonho assim sabe pro Brasil Então acho que aqui a gente tá fazendo transformação do Brasil mesmo a gente se enxerga a gente se encontra ali dentro daquele olhar né se encontra verdadeiramente porque eu acho que tá todo mundo tem um objetivo
muito semelhante aqui né Agora tô falando de mim agora tô falando da minha futura do meu po da minha celeridade saio assim com um caminho né uma direção tô me sentindo assim aqui assim sabe num grande messário de vida é essa sensação de de poder acreditar é no poder transformador da da educação né por vocês equipe da PPL Gente do céu com um sorriso tempo inteiro sempre disponíveis sempre um calor minha vida foi transformada e mudada pela pedagogia para Liberdade C CDO FL C boa noite gente linda boa noite todo mundo todas todos e todes
É uma honra est aqui nesse segundo dia do nosso seminário do nosso oitavo seminário da pedagogia paraa Liberdade com o tema educação inclusiva um fazer coletivo eu vou começar fazendo minha áudio des inscrição então eu sou a Dani Benício diretora da pedagogia PR Liberdade sou uma mulher branca uso um óculos Rosa tenho cabelo longo castanho tô usando uma blusa bege e atrás de mim tem uma prateleira com livros uma plantinha e uma foto dos meus filhos Eh estamos aqui hoje inaugurando esse segundo dia com a presença ilustre da Talita e da leade que vão fazer
a nossa tradução em libras e eu tô muito feliz e honrada por isso Eh estamos aqui com a Adriana Lima Verde que vai est acompanhando a gente vai tá conduzindo essa conversa sobre alfabetização no contexto da da da inclusão Então a gente tem uma uma noite que a gente vai poder dividir muitas coisas eu já quero encorajar todo mundo a participar ativamente no chat para que a gente possa trazer as questões pra Adriana para que a Adriana possa eh conversar e e que a gente tem uma troca rica né mas eu queria passar a palavra
paraas pessoas que estão aqui se apresentarem então a le a Talita e Adriana eu queria começar com a leid se apresentando falando quem ela é um pouquinho dela rapidamente tá tá fechado o áudio Olá pessoal boa noite é um prazer estar aqui com vocês meu nome é leid leid Alves eu sou pedagoga né Sou professora especialista em alfabetização de estudos então a minha experiência já tem aí 16 anos na área né sou Inter também de conferências e shows no Brasil inteiro né tem um projeto na África também com a comunidade surda então assim eu amo
né a pedagogia Eu amo Acho que isso faz todo um diferencial para minha carreira dentro da educação como intérprete também né como interlocutora ali então assim é um prazer imenso aqui com vocês e compartilhar um pouquinho aí dessas vivências e dessa história né da pedagogia e o que a gente pode aí agregar na vida de cada um que vai est assistindo Esse seminário hoje prazer só faz sua audio descrição leite eu sou uma mulher negra cabelos cacheados longos com mechas douradas Ah estou usando lente da cor mel uso um batom vermelho né e estou usando
uma blusa preta com fundo branco Obrigada e bem-vinda le queria passar pra Talita se apresentar Olá pessoal só um pouquinho que a Lady vai interpretar tudo bem eh sinto também muito honrada em estar aqui interpretando grandes mulheres grandes pedagogas né também sou filha de pedagoga e e pedagogo né então eu cresci dentro desse meio dentro da educação e Sou formada também na área de educação física e especialista em libras e educação de surdos e eu também trabalho já há 20 anos nessa área e tenho várias experiências assim como a leade eu também trabalho com sou
interpretação de libras eh ensino libras como professora também e sou pesquisadora de língua de sinais há muito tempo e divulgo esses sinais no Brasil inteiro e a minha audiodescrição deveria ter feito antes né Eu sou uma mulher branca cabelos cacheados na altura do ombro eu tenho os olhos claros verdes sou branca e sou de Santa Catarina também esqueci de falar e Estou vestindo uma blusa preta com o fundo branco gratidão Talita bem-vinda à nossa roda e eu queria convidar a Adriana para se apresentar que é a nossa palestrante de hoje na verdade dessa conversa que
vai ser a nossa facilitadora dessa conversa provocadora dessa conversa vai instigar muitas coisas legais aqui pra gente boa noite primeiro antes de me apresentar agradecer ao convite a Dani agradecer a Talita e a Leide que vão aqui nos acompanhar bom meu meu nome é Adriana Lima Verde Eu sou uma mulher morena cabelos escuros na altura do ombro estou sentada numa cadeira em uma em um pequeno eh cômodo da minha residência no escritório atrás de mim tem uma porta e nas laterais prateleiras com livros Eu Sou professora da faculdade de educação da Universidade Federal do Ceará
do curso de pedagogia e Sou professora do o programa de pós--graduação em educação e nesse programa eu oriento teses e dissertações na linha de Pesquisas linguagens e práticas educativas e em dois no interior dessa linha em dois eixos o eixo de escola e educação inclusiva e o eixo de oralidade leitura e escrita então é o prazer certamente é um tema instigante e eu espero colaborar aqui com vocês essa noite de conversa muito bem-vinda Adri e assim estando todos dentro da roda chegando eu queria dar alguns avisos galera então é o seguinte eh a nossa conversa
ela vai ser de 1 hora e30 aqui nós vamos ao término da conversa passar a lista de presença no chat então assinem a lista no chat eh para que vocês recebam o certificado o certificado vai ser por dia então quem assistiu ontem vai receber o certificado de ontem hoje o de hoje ou amanhã também e encorajo novamente que vocês participem para que a gente tenha aqui uma interação legal num tema tão pertinente né ontem a gente teve uma grande discussão sobre a legislação sobre sobre a história da inclusão no Brasil no contexto brasileiro e para
Além disso né O que que é uma educação realmente inclusiva qua qu Quais são os desafios que a gente tem né hoje a gente vai trazer mais um estudo de caso e algumas questões práticas sobre alfabetização a responsabilidade da alfabetização e o direito de todo mundo de adquirir essas linguagens né então eu acho que vai ser uma noite bem proveitosa e sem mais delongas eu queria convidar Adriana pra gente começar essa conversa de hoje Adri Então vamos lá e quem quiser participar não esquece gente escreve aqui no chat vamos interagir bastante que a noite promete
bom PED Ana Paula aqui para exibir para poder eh nos slides a gente conversar de uma forma bem objetiva bom gente o tema alfabetização de crianças com deficiência ele implica diversos aspectos ou dimensões que a gente precisa discutir porque quando a gente fala deficiência ali estão incluídos eh várias condições né a gente tem até eh recentemente discutido muito o termo eh problematizando esse termo com deficiência no sentido de pensar a criança na na situação de deficiência Porque no momento em que a gente foca eh a deficiência na criança a todo um outro olhar a um
olhar bastante deturbado em relação a essa criança pensar a alfabetização para esse público para essas crianças Implica também em refletir sobre as especificidades então eu não tenho como nem no interior de uma mesma deficiência eu não tenho como discutir eh alfabetização sem considerar algumas especificidades que são peculiares como a criança sudda a criança com autismo de altas habilidades superdotação deficiência física intelectual cega baixa visão enfim é uma é um espectro muito amplo né mas o a discussão que eu quero fazer não é focar né nessa condição mas sim problematizar o contexto e a partir dessa
problematização do contexto o meu objetivo é trazer eh alguns resultados algumas reflexões que eu venho fazendo desde eu sempre brinco né mas é desde o século passado mesmo que eu venho trabalhando nessa área com alfabetização com leitura com inscrita e daí eu peço para Ana Paula passar para eu apresentar mais ou menos qual o roteiro que eu pretendo seguir tá primeiras de tudo eh eu vou trazer duas perspectivas ou duas abordagens que ainda convivem né Não só socialmente nas representações sociais sobre a pessoa com deficiência mas também no interior da escola e essas ab quando
elas convivem né Eh elas provocam ou elas vão problematizar a prática docente a partir do momento que eu adoto eu me filio a uma dessas abordagem há toda uma uma representação sobre a deficiência em seguida eu vou falar um pouco sobre essa relação entre desenvolvimento e aprendizagem trazendo eh algumas reflexões sobre isso no sentido de que ainda é comum no meio né quando a gente fala do público da Educação Especial achar que eles não aprendem ou que eles aprendem de um modo totalmente diferente das Dea pessoas sem deficiência né e dentro dessa dessa relação há
toda uma implicação da prática né na medida em que eu compreendo essa relação de desenvolvimento aprendizagem como a algo específico isso vai incidir sobre a minha prática e aí como o tema é alfabetização eu eu fiz um recorte né Eh TR trazendo aqui um pouco sobre a apropriação do do sistema de escrita alfabética e fazendo um recorte nas crianças com deficiência intelectual mas não no sentido de enaltecer a deficiência em si Tá mas no sentido de desmistificar eh algumas pensamentos os entendimentos sobre essa capacidade em seguida eu vou fazer aqui algumas considerações tentando eh encaminhar
eh pretensas conclusões né porque a gente não consegue concluir eh é uma área que demanda muita reflexão muito estudo e apontar assim algumas referências para vocês e me colocar à disposição de outras indicações considerando que na Universidade Federal do Ceará a gente tem um eixo que já tem aí uma uma expertiz e um lastro de produção que vocês podem acessar no programa de pós-graduação em educação da UFC na biblioteca lá de teses e dissertações vocês vão conseguir eh adentrar e ver aí outros trabalhos Então vamos começar vamos lá pode passar bom a primeira questão é
que eu trago da abordagem biológica aí tem tem duas imagens né eu vou começar aqui pelas imagens eh no sentido que eu não sei se tem alguém com baixa visão né mas a gente tem aqui duas imagens de crianças uma a criança está pintando mostrando as mãos suja de tintas e uma outra ela tá com o pincel pintando o que que essas duas imagens me dizem né Se nós formos eh eh na questão da alfabetização essas imagens elas traduzem muito da negligência em relação à alfabetização dessas crianças e essa negligência ela vai desde uma ausência
Total eh de demanda no sentido de que essa criança pode se apropriar do sistema de escrita alfabética até uma provocação ou uma proposição de atividades bastante equivocadas né bem dentro de uma concepção que não mais a gente tem aí adotado ou defendido isso desde o final dos anos 70 né em que a gente acredita e em que a gente defende que o ensino ou a a alfabetização ela não se caracteriza pela centralidade no Professor a alfabetização é é um processo que parte da Criança e de seus conhecimentos por que que eu tô falando tudo isso
né a partir das imagens e trazendo isso já que eu tô me propondo aqui falar sobre a abordagem biológica quando a gente fala em abordagem biológica isso é um termo que é problematizado pelos teórias psicogenéticos né eles trazem a abordagem biológica e a abordagem social no sentido da gente entender a representações sobre deficiência tá então um deles bastante emblemático aí é o vigotski que foi um autor um teórico né materialista histórico que se dedicou eh de maneira muito mais particular ao estudo das pessoas com deficiência né Eh a partir de algumas publicações que ele tem
como estudo da do do defeito entre aspas né que ele tem um famoso livro que é intitulado defectologia e ele traz Exatamente isso né que na medida em que eu penso que a deficiência seja ela de qualquer etiologia está centralizada sobre a criança sobre a sua condição nesse momento nesse instante a minha tendência né é pensar que se ela nasceu assim ela não tem qualquer condição de se desenvolver ou de aprender e o que que isso vai ocasionar eu trago aqui dois aspectos que que eu acho que são fundamentais O primeiro é uma ausência de
um ensino provocador sobre o argumento da incapacidade né que é um ensino que é bem retratado por essas duas imagens quando a gente fala de alfabetização em que há uma centralidade em atividades de menor esforço cognitivo e daí essas crianças passam a pintar a desenhar e fazer atividades totalmente adversas ao que a gente chamaria de eh um potencial para se alfabetizar visto que a gente sabe né que a pelos estudos principalmente de Emília Ferreiro e Ana teber que a alfabetização Ou seja a evolução conceitual ela não tem relação com saber segurar no lápis saber pintar
saber desenhar né embora que a gente saiba que o saber pegar no lápis é uma tecnologia né Ou seja eu ter a capacidade de segurar um instrumento e com Esse instrumento poder desenhar poder pintar no entanto se pensarmos nas crianças que têm paralisia cerebral ou uma deficiência física bastante importante nos membros superiores elas provavelmente elas não vão ter essa destreza né Viso motora de segurar nesse instrumento lápis caneta pincel etc Isso quer dizer então que ela não é capaz de aprender a escrever ela não é capaz de aprender a desenhar não porque existem outros instrumentos
Nos quais ela vai poder se expressar né e a gente S só para pegar o seu Gancho e fazer um link com ontem ontem a gente falou sobre essa criança café com leite na sala né que a gente faz de conta que ela tá aprendendo a gente finge que ela tá ali então a gente falou bastante é muito legal você trazer isso hoje porque ontem a gente contextualizou essa criança café com leite então é é é a gente tá fingindo que ela tá fazendo alguma coisa né mas a gente não tá desenvolvendo isso nela a
gente geralmente negligenciando né Eu acho que não só porque você negligencia por que que você negligencia porque você nega o direito né sobre o argumento da incapacidade né então quando eu nego direito eu uso como argumento é que ela não é capaz então eu não vou exigir dela e daí passa a usar muitas palavras pejorativas né como por exemplo tadinha Coitada ela não pode eu não vou exigir e ainda há uma outra perspectiva que tá dentro da abordagem biológica né que é ocupar essas crianças com atividades outras que não tem nenhuma relação com o que
tá acontecendo em sala de aula né então nessa abordagem biológica o que a gente pode traduzir aí eh como de mais grave né no sentido de que para mim isso é muito grave é que essas crianças tê o seu direito negado se formos falar das crianças com deficiência intelectual se já há uma condição aí se a gente for pensar uma condição do seu da sua funcionalidade intelectual e ela não é exigida ela não é demandada a tendência que ela fique mais alijada né ela fique mais alei a esse ambiente escolar se pensarmos em outras deficiências
né de outras etiologias ou de outras condições a gente também vai ver essa abordagem biológica preponderante em alguns espaços escolares e para não falar espaços escolares de uma maneira muito abstrata eu diria em práticas de professores né em práticas educativas nas quais a professora diz ele não fala então ele não vai fazer ele não segura o lápis então ele não vai escrever ele não consegue usar as mãos então ele não vai ter o livro para foliar todas essas representações o que a gente pode aqui então atizar no sentido de pensar assim a gente não pode
imputar ou colocar o professor aí como um sujeito ao gos dessa dessa situação né na verdade o professor também ele tá imerso nessa Cultura biologizante né nessa cultura que diz que se a criança tem uma condição de deficiência ela ela é de fato eh ela de fato não tem a condição de de de aprender né então é uma cultura social que assim quando eu comecei a trabalhar nessa área isso era muito mais forte né era bem mais explícito hoje a gente tá em pleno século XX ainda tem essa essa compreensão biologizante mas ainda uma desfaçatez
né a gente vê desfaçatez e acho e às vezes a gente vê práticas que tentam sublimar essa compreensão da deficiência de desautorização como por exemplo eh a criança tem deficiência está na sala de aula Ela não faz nada ela fica isolada ela fica aleia aí eu passo a oferecer jogo eu passo a oferecer pintura aí eu creio aí então que sobre o argumento da socialização eu vou e digo assim não mas ele tá participando olha ele tá se socializando ele tá pintando ele tá mas o que tá acontecendo ao der ror em volta dessas crianças
não diz nada do que ela de fato tá sendo proposta a ela Então essa abordagem biológica ela é eu diria assim quando eu falo eu sou muito enfática porque a gente que vem defendendo essa área que vem trabalhando né Eu Venho já há muito tempo trabalhando com isso inclusive coordenei eh fui uma das coordenadoras do curso de atendimento a educação especializado no Brasil e a gente vê assim né que tem eh já uma evolução da política você a Dani estava me falando que ontem discutiram algumas questões da legislação mas não tem nenhuma legislação que mude
essa compreensão biológica da deficiência isso passa por cultura isso passa pelo preconceito isso passa pelo mito né então não é a legislação que vai fazer com que o professor passe a ver essa essa criança sob outra condição porque historicamente a construção social ela foi muito imbuída nessa no acreditar que eles não podem né Aí eu passo para outra perspectiva pode pode seguir Ana Paula por gentileza eh eu passo para outra perspectiva que é a perspectiva social e daí e a gente tem uma imagem com três crianças né Eh as três crianças estão interagindo com material
na no interior da sala de aula né e uma coisa que eu percebo assim como uma profissional que que já fui professora muito tempo de escola pública alfabetizadora trabalhei em clínica né atendendo crianças o que eu percebo ao longo dessa minha trajetória é que as entre elas essas representações elas são ensinadas né Isso não é um não é algo dado por elas elas não trazem isso como uma verdade né Elas interagem elas não estão preocupadas tem deficiência física tem autismo tem par cerebral elas querem brincar elas querem interagir elas querem aprender junto elas são curiosas
né então nessa abordagem social eh ao contrário da abordagem biológica a gente vai refutar combater totalmente essa ideia de funções mensais fixas perdão e imutáveis o que quer dizer isso se essa criança nasce com uma certa condição né seja de que a etiologia for né o próprio vigos já fala isso né Ele diz que eh a partir do movimento que do momento que essa criança interage no meio interage com seus pares ou com adultos né Há uma compensação né de eu diria uma uma compensação ele fala o nome defeito que eu acho muito forte né
porque ele fala da abordagem compensatória mas há uma Compensação eu vou trocar a palavra dessa condição então se há uma compensação Essas funções mentais se eu for pensar na deficiência intelectual né Elas não são fixas né Elas estão em movimento né essa criança tem a capacidade de evoluir conceitualmente pesquisas que eu tenho realizado no âmbito da universidade e também acompanhado algumas teses dissertações a gente vê de uma maneira muito clara os benefícios da interação e da mediação né como como é importante né Essa interação entre as crianças como tá bem mostrando a imagem e a
mediação não só do professor mas de seus pares para esse movimento dessas funções mentais que na verdade o que a gente defende é que elas não são fixas elas não são imutáveis né Elas estão em movimento se a gente acredita a gente tem né um grande teórico que é referência na nossa área que é piag quando ele diz pra gente que a inteligência é um construto e é um construto que depende de de diversos claro que a maturação biológica tá presente mas ela não é isolada né Ele fala das interações sociais das transmissões sociais e
e culturais ele fala da própria equilibração né e fala também da maturação Então o que o que que esse teórico já nos ensinou no início do século passado que se a inteligência é construída quanto mais eu provoco essa criança quanto mais eu solicito dela maior possibilidade dela se desenvolver e se a gente pensar uma criança com deficiência se ela não é solicitada se ela não é demandada o que pode ocasionar eu diria é uma não é um agravamento né mas uma influência um impacto muito forte sobre a condição dessa criança né uma estagnação né ela
vai ficar estagnada ali é tem até um teórico pa que ele f fala disso da estagnação né a estagnação é como se se eu não sou provocado se eu não sou solicitado Como que como é que eu acendo intelectualmente né como é que eu vou lembrando agora o Pag né percorrer aqueles estágios né que ele descreve que tão na literatura é tão repetido se eu não sou lançada né ou provocada ou demandada aí em busca do conhecimento você vai desde o sensório né até as operações formais em que a gente tá o tempo inteiro eh
lidando com as solicitações do meio então se Essas funções não são fixas nem são imutáveis Qual é o nosso papel qual é o papel do professor né Como que essa sociedade interagem com essas crianças com deficiência E aí eu trago uma outra contribuição do vigos aqui agora né eles estão aqui nesse bate-papo da gente né Toda essa teoria ela tá implicada eu não vou aqui fazer uma fala academicista né mas fazer uma articulação teórica ela é importante pra gente entender determinados processos né Principalmente processos mentais em relação à aprendizagem então vigos ele fala né que
Essas funções mentais superiores elas vão resultar das experiências histórico-culturais né E que experiências são essas né Qual a qualidade dessas experiências né porque eh a gente fala de experiência mas não é qualquer experiência a gente fala de interação mas não é qualquer interação a gente fala de experiência e de interação qualitativa né ou seja em que há de fato uma reciprocidade uma troca e há uma problematização de conflitos em que a criança é provocada a a dar respostas né Eu até brinco muitas vezes com meus eh alunos trazendo assim alguns exemplos às vezes em nome
da criança com deficiência você vai fazer uma pergunta a ela a própria pergunta já tem a resposta vou falar coisas bem cotidian às vezes você diz assim você quer lanchar suco ou seja você já induziu a ela dela responder suco que é muito diferente se perguntar o que você quer lanchar o que você quer comer né O que você quer fazer E aí eu conto a experiência que eu vivi na minha pesquisa de Mestrado né que eu defendi no início dos anos 2000 eu tava investigando leitura e eu ia com os jovens com CMO de
Down a lanchonetes E aí eu dizia pronto eu ia eu queria ver a questão do letramento das experiências né eu dizia Pegue um cardápio e escolho e tinha uma delas uma dessas jovens que era muito viva Ela ficava olhando no card deap não escolhia não escolhia não escolhia até que Ela olhava para mim e dizia assim eu vou querer o que tu quiser né Aí eu dizia não senhora você tem que escolher né Eh tudo bem você pode escolher algo com o que eu quero mas primeiro eu quero saber o que é que você quer
então o que é esse exemplo esse exemplo é para mostrar né que na sociedade inclusiva nós não vamos ser bonzinhos nós não vamos passar a mão quando eu digo passar a mão que é uma expressão informal É no sentido de em nome dessa representação que tem deficiência ah coitado tadinhos eu não vou exigir deles eles não podem eles não vão Então tudo isso faz com que a gente Mergulhe com todo o corpo na negligência que eu acho que é essa a grande denúncia que a gente tem que fazer né com pesquisas que eu tenho feito
eu tenho visto muita negligência né inclusive assim bastante bastante graves tá em práticas que desconsideram totalmente essa potencialidade que eu tô aqui trazendo né de que se ele tem deficiência ele não tem funções mentais fixas e imutáveis tá eles vão precisar dessas experiências para acenderem como é que eles vão acender intelectualmente se não tem exigência aí vamos seguindo que eu já tô antecipando alguma coisa pode passar na Paula por gentileza é ainda dentro da abordagem né todas essas experiências sociais que essas crianças têm a oportunidade eh elas possibilitam podem né Nem sempre mas a gente
defende que sim troca significativas né Se a gente for pensar eh os dois teóricos que eu aqui já trouxe né pagei vigos que tem pensamentos divergentes eh no que se refere a relação desenvolvimento em aprendizagem a gente vai dizer assim que não há como se esperar se a gente for pensar como vigos a criança se desenvolver para aprender né ela vai precisar aprender para se desenvolver e como que ela vai fazer isso a partir dessas experiências né então o que seriam as trocas significativas eu acho talvez ontem vocês devem ter falado muito sobre isso né
das trocas eh que a educação inclusiva né a inclusão escolar ela tá muito amparada nessa defesa né de que as crianças eh uma vez estudando em escolas comuns elas terão a oportunidade de trocas significativas no sentido de que elas vão estar convivendo num ambiente heterogêneo que é o ambiente social ele não é um e eu sempre brinco eu digo a escola ela não é heterogênea é a sociedade quem quer transformar a escola em um ambiente homogêneo é a educação que navega nessa nessa argumentação que eu diria até meio paranoica né de achar que crianças que
estão matriculadas no segundo ano eh tem a mesma condição aprende do mesmo jeito tem a mesma experiência e ao se falar sobre crianças com deficiência é que a coisa se agrava mais a ainda porque passa-se a acreditar que ah se tem deficiência intelectual logo não é inteligente se é surdo logo não escuta se é cego e assim por diante esse esse reducionismo fixado na deficiência não ajuda essas experiências não ajudam as trocas né porque eu fico pensando na deficiência em si e não nas possibilidades das e das trocas tá aí você pode pensar ah mas
tem por exemplo crianças né você me falava sobre a demanda em relação ao autismo né então tem crianças né que não falam na verdade que não verbalizam né e como é isso como é que se dá essas trocas a verbalização né a capacidade de se comunicar a oralidade muito já se estudou sobre isso e a gente sabe que a oralidade né a verbalização e ela ela resulta dessas experiências dessas trocas tá e tem a ver também com o desenvolvimento intelectual né a gente sabe que por volta de 18 meses é que ess essas as raízes
genéticas pensamento e linguagem vão se juntar até antes disso né Eh a criança age num ente que a gente fala como uma uma fase né pré-linguística em que o movimento as suas expressões é que comunicam elas não falam mamãe estou com fome quero mingal né mas elas expressam isso como um desconforto o choro tudo isso são linguagens né então a gente quando a gente fala em linguagem a gente só pensa na verbalização né seja comunicar é só verbalizar o corpo comunica né aquele famoso livro né O corpo fala o corpo comunica o corpo expressa né
o movimento que a criança faz o apontamento o apontar né Eu tive uma experiência com um estudante no curso de pedagogia autista que até por volta dos 7 anos ela não falava ela não falava depois eh ela desenvolveu de uma maneira né E ela disse a mim na época que ela entrou na universidade Já se formou Até que a pandemia ajudou muito a ela a se expressar porque não era uma interação Tete a Tete Face a Face né E essa menina que não falava até os 7 anos só para desmistificar um pouco aqui o pessoal
que demanda sobre o autismo ela é hoje é considerada superdotada né se formou fez um grande trabalho de com in usão de curso já está fazendo outra graduação né e enfim Então quem S tempos diferentes né né Adri a gente tem que lidar com tempos diferentes né com essa diversidade humana né menos ansiedade né E também Dani quem somos nós para dizer até onde o outro vai ou qual é a capacidade do outro né exatamente Então as experiências sociais ela sempre estudou em escola regular ela sempre conviveu com outras crianças então o o convívio a
interação demanda a necessidade se a gente for pensar por exemplo aqui uma criança que não tem deficiência que não fala o que é que o senso comum diz coloca na escola que tu vai ver lá já Ela vai falar né Por quê Porque na escola há uma necessidade de comunicação né as interações comunicativas sociocomunicativas são diferentes do Lar dela né o que acontece na escola qual é o endimento ali dialógico entre ela e e seus colegas entre ela e a professora tá aí vocês podem também me questionar Tá mas há crianças que tem autismo que
não vão que pode até não falar não é tem tem casos que a gente vê sim crianças que não usam a verbalização mas que utilizam outros meios de se expressar como também outras crianças com deficiência intelectual né então na abordagem social trazendo agora PR deficiência ual e e também as demais ela não ela não essa deficiência em si ela não determina a capacidade de aprendizagem que é isso que eu e a Dani acabamos de comentar né Por quê porque cada um é único não é a deficiência que define a pessoa é a pessoa que se
autodefine a partir de suas experiências né as oportunidades são são diversas né são heterogêneas nem são boas nem ruins são diferentes aí se a gente for pensar por exemplo uma criança originada de uma classe social menos favorecida às vezes ela é duplamente excluída ela é excluída pela deficiência e ela é excluída pela ausência das oportunidades das experiências né então às vezes a escola eh é o ambiente onde ela vai ter essa condição de interagir né onde ela vai ter essa oportunidade né de trocas Tá pode passar que senão a gente vai eh estourar o tempo
aqui vamos lá bom aí vamos lá a relação desenvolvimento e aprendizagem né aí aqui mais uma vez a gente tem uma foto tá de duas crianças em que elas ão interagindo uma lendo para outra né então esse papel do leitor mais fluente com um leitor menos fluente um escritor mais fluente com menos etc eles são fundamentais na relação desenvolvimento e aprendizagem por quê Porque nesse momento eh a criança que tá na imersa nessa cultura escrita ela tem a oportunidade de viver o letramento essa é uma vivência puramente de letramento né Eh pelo ambiente da foto
sugere que são fotos de internet tá gente porque como eu não tenho autorização peguei de domínio público né aqui o que supõe é que são crianças que estão em uma biblioteca não é que tem livros e elas estão aí eh eh conversando uma tá lendo para outra né esse entendimento de um ensino colaborativo eu diria que ele é o princípio da inclusão né a colaboração entre pares entre as crianças e a colaboração entre crianças e professor se não houver colaboração e o eh e ao contrário a competição a criança com deficiência não tem lugar nesse
espaço né porque muitas vezes ela é penalizada pela sua condição ou porque é mais lenta ou não Ou porque tem uma condição que ela não vai poder correr como os demais etc né são várias situações que eu poderia aqui exemplificar então nessa relação aprendizagem desenvolvimento o que eu destaco como fundamental é identificar os aspectos que potencializa o desenvolvimento e aprendizagem O que que potencializa a criança não fala o que que vai potencializar ou eh solicitar que ela fale que ela de fato use né a linguagem verbal ou outra forma de se comunicar o que que
eu posso fazer eu posso usar imagens eu posso criar situações em que elas falam aí eu lembrei uma eu estava eh a gente ficou 4 anos dentro de uma escola uma pesquisa que era coordenada pela professora Rita Vieira que é um IC e é uma pessoa muito referente nessa área foi minha orientadora de mestrado e doutorado e eu estava numa sala que tinha uma criança que ela não usava a verbalização para se comunicar certo era uma criança que nasceu sem nenhuma condição de deficiência mas sofreu um grave acidente de carro ele a ele tava no
colo da mãe a mãe faleceu desse grave acidente né então a toda í um contexto aí ele já tinha 11 anos e ele não falava ele não usava a verbalização ele falava de outra maneira e um belo dia eu estava eh com ele porque daí eu a gente elegeu na sala dele que sempre que a professora Contasse a história ela levasse uma caixa com as imagens em que ela ia contando essa história ia mostrando as imagens por exemplo você vai contar a história dos Três Porquinhos era uma vez os Três Porquinhos mostra os Três Porquinhos
esse morava na casa tal esse era casa tal e mostrando e criando esse contexto de imagem para essa criança além de uma sequência de temporalidade para ele entender o fio condutor narrativo da história mas a situação era essa eu estava com ele interagindo com ele com essa caixa fazendo esse ordenamento e uma pessoa me chamou na porta da sala não lembro bem quem que era me chama Adriana vem aqui quando eu me levanto e saio aqui no Ceará se chama muito professora de tia né quando eu me levanto e saio eles ele diz bem alto
Ô tia quando ele diz isso a classe inteira começou a gritar o Júnior falou o Júnior Falou então nessa situação o que é que a gente vê eu tava ali com ele ele tava gostando é e de repente eu ia sair deixá-lo só e ele vai e me chama então eu acredito muito defendo muito como Educadora de que nós temos que criar situações em que isso seja necessário a comunicação em que essa criança ele poderia ter me puxado né ele poderia ter puxado pelo meu braço ele poderia ter corrido até onde eu estava mas ele
escolheu falar né verbalizar pode passar então ali potencializou toda a aprendizagem dele né sem a gente nem estava esperando né com certeza então o que que a gente pode concluir com tudo isso né a gente tá aqui vendo uma imagem de duas crianças trabalhando de duplas né então no ensino heterogêneo eu queria fazer esse comentário eh as crianças trabalham de diferentes formas elas trabalham em Pequenos Grupos elas trabalham individualmente elas trabalham em duplas elas trabalham em grande grupo o desafio da docência é atender essa heterogeneidade não é fazer outra coisa é dar condição para para
atingir o mesmo objetivo com suporte com recursos com apoios né não é por exemplo as crianças estão ali eh resolvendo um caça palavras ou um palavra cruzada de palavras estudadas de um determinado texto e as crianças com deficiência vão ficar pintando vão ficar desenhando Não elas vão fazer a caça palavras mas elas vão ter eh um outro suporte um outro apoio que dê a condição dela fazer então o que é que eu posso afirmar aí de maneira muito forte eu sei que às vezes eu sou muito incisiva mas é que a deficiência é Sobretudo o
resultado de condições sociais adversas então às vezes biologicamente eu acredito que a deficiência tá dada né E daí eu não exijo eu não interajo não há uma condição desse desenvolvimento eu há então uma essa deficiência vai se tornar mais importante do que ela já é na capacidade de aprendizagem dessa criança E aí a gente defende né que eu já tinha falado já no início sobre a mediação que a gente defende não é qualquer mediação a gente defende uma mediação intencional e significativa O que é isso né Se a gente for pegar a acepção do termo
mediação a gente vai né se reportar a grande contribuição que foi do teórico vigos sobre esse conceito né quando ele diz que eu tenho que dar o apoio o suporte a possibilidade da criança fazer né Isso é uma mediação que ele chama de zona desenvolvimento proximal né é quando eu dou o suporte quando eu dou a condição e a criança é capaz sim de fazer e o que é uma mediação que não que não é significativa que não tem nenhuma intencionalidade é uma mediação que não oferece a possibilidade dessa criança se beneficiar né ou tá
muito a quem da capacidade ali dela se beneficiar ou tá tão além que ela não consegue e eh realizar o que você tá propondo né então para eu potencializar e e favorecer a aprendizagem de toda e qualquer criança tem um princípio que eu não falei que tá implícito na minha fala o tempo inteiro mas eu acho que ele é fundamental é conheça a criança né Eu não tenho como eh eu estava numa reunião de escola de uma sala de de infantil 5 na época da da minha neta E aí tavam lá as mães falando falando
falando né aí de repente uma mãe chega e fala assim meu filho autista aí eu mas gente foi na mesma hora eu não me contive eu disse como é o nome do seu filho né o que o que nomina o seu filho não é o autismo é o nome que você deu né então você eh você já traz no discurso né a pessoa traz no discurso todo esse peso social não é que a mãe queira reproduzir isso é porque é um peso social muito forte né então a deficiência tá na frente se ela tá na
frente se ela te define não tem imediação E aí ela passa a falar quando ela ela tomou um susto ela chorou Depois ela mandou uma mensagem para minha filha dizendo né o quanto que eu tinha ali naquele momento ajudado a ela né a ver dessa maneira porque essas mães também viu gente estamos aqui diante de educadores talvez de mães também mas essas mães muitas vezes né elas elas vivem um sofrimento muito grande né Por conta dessa questão social né Elas carregam esse estereótipo da deficiência intelectual da surdez da cegueira do autismo como se isso fosse
a definição de seus filhos né isso essa compreensão que aí a gente volta lá pro início do da minha fala né biologici gente né Ou seja que que é uma abordagem biológica é é é mais ou menos assim se é desse jeito então cruza as mãos que eu não tenho nada por fazer é determinista né completamente determinista aquilo determina tudo né tudo tudo dentro da das filosofias inatistas né das correntes inatistas né nasceu assim vai ser eternamente assim vamos adiante Ana Paula por gentileza bom agora a gente vai adentrar mais na questão mesmo da apropriação
do sistema de escrita alfabética tá aí a gente tem aqui uma imagem de uma criança que está aqui manipulando né letras do do alfabeto aí vamos passar pode passar Paul que eu já quero já tô vendo aqui o tempo correndo aqui tá bom e nesse slide novamente nós temos uma outra imagem de sala de aula né em que as crianças estão sentadas em mesas em ciclos interagindo com a professora a professora medi anda ali no quadro né O que que a gente defende né a gente defende que a escrita é um sistema de representação notacional
então ela não ela não é um código ela não é apropriação de um código e ela é um sistema de representação ela é um simbolismo de segunda ordem né portanto é uma aprendizagem conceitual se ela é tudo isso né vai por terra todo aquele entendimento de achar que a criança tem que saber o que é esquerda e direita a criança tem que saber o que é antes o que é depois Qual é a árvore que tá na frente qual tá atrás que animal é esse que tá aqui isso não tem nenhuma relação com a evolução
conceitual isso são eu diria incompreensões bastante fortes mas que antecedem eh a grande revolução que nós tivemos na alfabetização no final dos anos 70 com Emília Ferreiro e Ana teberosky tá então nessa revolução conceitual o que a gente ainda vê né me perdoe aí muitos professores aqui mas me desculpem eu dizer isso mas o que a gente vê que essa grande revolução conceitual ainda anda passos lentos pra escola ainda tá muito lenta né ainda se há um apego muito grande a esse entendimento de que a criança tem que tá pronta ela tem que est madura
se ela não fala ela não vai aprender a ler ela não vai aprender a escrever isso é impossível né como se não houvesse ali um mundo interno um mundo interior de representações né E aí eu lembro de um outro caso de uma criança com paralisia cerebral que a professora desconfiava que ela sabia ler mas ela não tinha certeza né porque ela não verbalizava daí a gente propôs ela fazer uma atividade simples a gente propôs que ela usasse que é que é um teste que Emília Ferreiro fez isso você pega cinco imagens no caso eram cinco
imagem de animais e embaixo de cada imagem de animal uma palavra por exemplo a imagem da onça palavra onça a imagem do Tigre a palavra Tigre e assim por diante depois que apresentava isso E aí a gente fez isso com essa criança depois que a gente apresentava se certificava que ele entendeu que ali era imagem de uma onça e que ali tava escrito onça e assim por diante aí a gente aí a gente vai e diz assim olha presta atenção que eu vou fazer uma brincadeira eu vou olha o que que eu vou fazer aí
você pega o nome da Onça Coloca embaixo da imagem do Tigre e faz essa permuta de todas né E aí você pergunta e agora o que é que tá escrito aqui essa criança que não verbalizava ela entrou numa incoordenação né ela tinha muita dispraxia ela não aceitava que fosse feito isso nesse momento eu disse pra professora ele sabe ler ele sabe que se lê no texto né aquela famosa conclusão da Emílio Ferreira né o texto do desenho ele já rompeu com isso o texto não é etiqueta do desenho se eu mudei a palavra a imagem
ficou mas a palavra saiu né então a escrita é um sistema de representação notacional né E tem várias atividades aqui na UFC a gente publicou um livro Ness dessa pesquisa que eu contei da história do Júnior em que a gente apresenta 17 atividades para avaliar a leitura escrita meus alunos sabem disso que eu implico muito que eu digo para eles Até quando vão continuar fazendo avaliação de quartas palavras e uma frase como sendo a única possibilidade de ver o conhecimento da criança né se eu só faço isso eu só vou ver isso né Tem muita
outras aspectos que eu tenho que avaliar de das próprias propriedades do sistema de escrita alfabética de orientação de direcionalidade né Essa da texto etiqueta do desenho de identificação de palavras em frase enfim tem muitas coisas que eu preciso saber para eu voltar aquilo que eu falei que pareceu tardiamente que mas que para mim conduz toda a minha fala conheço a criança não é o que é que ela tem ah na minha sala eu tenho 24 crianças e um autista não Você tem 25 crianças Você tem 25 alunos né então esse entendimento que separa que parte
é algo ainda muito forte não sei se vocês insistiram muito nisso ontem muito muito e assim e e e uma fala recorrente sobre a ineficiência dos sistemas escolares hoje né porque provavelmente todas as salas T alguma criança com algum tipo de deficiência né todas as salas tem vão se deparar todos os educadores Em algum momento vão se deparar com isso né e eu só queria eu eu tô te interrompendo Mas é para gente junto com o seu texto e com isso que você tá tá tá trazendo né Eh esse cansaço do professor de justificar que
ele precisa ter uma pessoa do lado dessa criança para facilitar o processo dessa criança e essa fala a gente vê o tempo inteiro e eu sei que o professor é sobrecarregado que o professor a a a gente tá aqui discutindo a vida como ela é né Adriana sem sem sem sem sem falsas ilusões né eh qual que é o seu ponto de vista sobre isso né pensando em tudo isso que você tá falando né eh eh eh me fala um pouquinho te provocar bom é é assim Dani eh esse entendimento de que o professor teria
que ter 10 mãos e 20 25 olhos né Ele é pautado não por com o advento da inclusão ele é pautado nessa educação tradicional bancária educação isso essa educação da simultaneidade da homogeneidade acreditar que todos aprendem do mesmo jeito da mesma forma tá então Nesse contexto o cansaço ele vai vencer sim porque se o professor pensa dessa maneira né ele adoece primeiro há um adoecimento né do professor no sentido de achar que eh ele vai explicar lá no quadro uma atividade e agora todos vão abrir o livro para fazer a atividade e aquela criança que
tem deficiência não vai abrir o livro eu vou ter que dar atenção especial a ela porque ela não vai vai fazer aí você tá falando da Ordem do impossível porque o que a inclusão tá trazendo é a mudança da prática é a transformação das práticas e para todo mundo né para todos exato e a heterogeneidade não é uma característica do do do público da Educação Especial a heterogeneidade ela é tá presente nas nós aqui somos diferentes temos experiências diversas que nem são melhores nem piores Mas nós somos diferentes porque ter eu tô aqui na região
Nordeste no Estado do Ceará né que vive aí nos primeiros lugares né da vida aí enfim isso é outra conversa né mas a gente a gente eh eh eh supostamente não tem nenhuma deficiência aparente mas nós temos experiências outras Então nesse contexto o adoecimento ele resulta nessa crença na crença do simultâneo na crença do homogêneo na crença da educação bancária que eu explico eu tô dando aula eu tô exp eu tô aqui explicando o que eu quero é que todo mundo entenda o que eu tô falando quem sou eu para querer isso eu não sei
o que que tá acontecendo do outro lado estamos aqui agora isso é a moda né Essas coisas online estamos interagindo não Face a Face eu não sei as reações de expressões faciais eu não sei eu não tenho controle eu não sei se tem alguém com computador ligado e fazendo outra coisa não prestando atenção Então essa é a sala de aula esse é o cotidiano Essa é a realidade mesmo Face a Face eu não tenho controle sobre o que que tá passando na cabeça dessa criança se eu não tenho eu preciso primeiro conhecer cada um saber
como que eu vou propor uma atividade em que eu eu trabalho uma disciplina que é é um nome bem grande mas no fim o nome dela é ciclo de alfabetização em que a gente discute a o contexto heterogeneo da sala de aula por meio de casos de ensino casos reais de sala de aula em que os estudantes precisam a partir de um gênero textual que eles escolhem propor um planejamento que acolha a todos né então professor né professora professores que é que estão ou a gente acredita que ensinar é acolher e que ensinar pressupor entender
um ambiente heterogêneo o a gente vai continuar adoecendo e vai continuar nessa nessa eu eu eu eu diria nesse comportamento de achar eu não dou conta eu não fui preparada para isso eh eu já tenho muito aluno a minha sala já é um problema e tem mais esse e inventar agora isso né então eu acho que a inclusão ela veio cutucar com isso sabe eu acho que a inclusão desse público ela ela cutuca um pouco a prática um pouco não muito ela cutuca a prática essa prática que não é homogênea e que a gente diz
que não é né porque no os discursos da gente eles são maravilhosos a gente diz que não que as pessoas são diferentes que não sei o quê aí quando você entra na sala de aula tá lá todo mundo fazendo a tarefa xerocada ex a mesma coisa o mesmo livro Ah isso quer dizer que eles não vão usar o mesmo livro não não tô falando isso vão usar o mesmo livro mas eles vão ter que ter acessibilidade para saber o que que eles vão fazer e outra há um aligeiramento também no ensino sabe a gente já
tá demandando para outra coisa aqui né mas tem tem a ver com a nossa fala aqui há um aligeiramento do ensino né é assim eu explico vai paraa atividade foi paraa atividade acabou aí a continuidade a progressão a categoria da Meta né Adriana metas a serem batidas né foi proposto né quer dizer eh eh Não tem essa custumização não tem essa essa diversidade tempos diferentes é é é é é sempre sobre isso né que a gente tá falando aqui e realmente a pode falar pode falar pode falar pode falar não Concluir concluir não e e
realmente eh a inclusão é uma grande escola pra gente aprender a a a a a ter um outro ponto de vista sobre o ser humano sobre a diversidade sobre as diferentes potências e sobre os tempos das pessoas né sobre outras metodologias né para cada um não é não é padronizar eu acho que a palavra a gente não pode padronizar né e eh a padronização não cabe dentro de uma de de um contexto de diversidade O Grande Desafio Dani é assim ó o ensino para todos o ensino para cada um entende então assim como que você
transita nisso aí né eu ensino para todos é porque você ensina a turma toda na medida em que você ensina a turma toda você tem que acolher as diferenças né não é acolher no sentido de dizer assim esse aqui vai fazer essa atividade porque ele não sabe esse vai fazer essa outra porque ele sabe né Eu acho que é uma mudança de paradigma muito grande eu não sei se eu vou viver ainda para ver tudo isso já vivi mais do que eu vou viver Então eu não sei se eu vou viver se eu vou de
fato ter esse privilégio de ver a escola se transformando né então Eh voltando aqui né que a gente tá falando de interação a gente tá falando de mediação a gente tá falando de diferença a gente tá falando de uma aprendizagem conceitual que exige né demandas para que essa criança se desenvolva porque a criança tem que interagir com a cultura a cultura escrita tem que est no interior dessa sala né e finalizando aqui esse slide é a escrita é um sistema de representação notacional se é esse sistema eu tenho que agir com e sobre ele né
e e o professor tem que compreender e identificar não é os níveis tá Gente pelo amor de Deus assim como eu digo eu tenho 24 alunos e um com deficiência é também como dizer assim eu tenho 10 press silábicos eu tenho cinco silábicos e assim por aí vai né como se eu pudesse e definir o precil lapico como se fossem as mesmas características eu tenho precap que desenha eu tenho prap que usa letras do nome próprio eu tenho prap que usa a mesma sequência de letras para palavras diferentes eu tenho press laap que usa repertório
limitado de letra e só troca a ordem né então ou seja né ou ou ou ou a gente vai romper com com esse entendimento dos rótulos né né ou então a a a gente não vai avançar acho que o pessoal saiu aqui todo mundo eu tô só será Não sei tô [Música] só acho que o pessoal saiu aí eu vou dar continuidade certo gente [Música] para poder aí eu não sei quando o pessoal sair aí a gente vê bom eh na verdade assim a gente tava falando né dessa da questão da aprendizagem conceitual tá então
se é uma aprendizagem conceitual ela vai demandar mais uma vez né eu volto né A esse entendimento da da da importância da demanda da mediação exita da mediação intencional tá eu ia mostrar agora umas imagens a vocês né mas eu não consigo eh mostrar porque eles que estão com essa funcionalidade eu não tô né Aí eu não consigo mostrar você mas era assim eram imagens eu vou aqui perguntar para elas o que foi que houve aqui pelo WhatsApp tá que eu eu continuo aqui sozinho eram imagens tá que de de atividades só um minuto gente
que eu tô perguntando aqui para eles tá era uma imagem de de atividade pronto estão chegando pronto vocês caíram foi caímos eu não sei o que que aconteceu já peço desculpas a a todo mundo aconteceu alguma coisa aqui na transmissão eu já tava é eu já é eu eu falei um slide eu já ia falar eu não deixi de te ver em nenhum momento porque eu tô aqui acompanhando no YouTube e e acho que você pode dar continuidade A Ana tá voltando aqui com o slide Ana deixa eu te dizer onde é que eu quero
pode passar pode passar pode vai vai pode passar esse Eu já falei pronto era sobre essas imagens que eu tava eh dizendo para eles né aí toda a minha fala que vem se conduzindo né dentro dessa abordagem biológica ela tá traduzida aqui nessas atividades né Eh que são atividades que ainda ocorrem que ainda são propostas né concepções assim bastante tradicionais que vão impactar o ensino a gestão da sala as escolhas as interações a mediação e muita muita coisa né e geralmente né são atividades que são propostas não só pessoas com deficiência mas também aquelas crianças
que TM dificuldade de aprendizagem aquelas crianças que não aprend que não estão aprendendo do mesmo jeito aí pode passar queria ver se eu eu dava uma avançada aqui eu estou vendo aqui que a gente já avançou muito no tempo né Dani me diz aí que mas fica fica tranquila Adri importante é ess posso continuar tá aí eu trago aí uma citação assim mas na verdade é é de pesquisas que a gente tem feito tá que que sugerem que essas crianças elas passam pelos mesmos processos tá os processos são semelhantes ou seja elas percorrem na interpretação
da escrita elas acham que escrever é igual a desenhar elas acham que com a letra do nome próprio ela escreve qualquer palavra isso a gente atestou em pesquisas na universidade desde o século passado né em que a gente vê isso de fato e principalmente pesquisas que foram eh comandadas pela professora Rita Vieira no Canadá em que ela fez uma uma pesquisa com crianças com deficiência intelectual adotando alguns dos instrumentos da Emília Ferreira e chegou à mesma conclusão tá eh o que eu sei né Eh que eh eu não posso dizer aqui para vocês assim ah
todas as crianças com deficiência vão ser alfabetizada gente nós vivemos num país que tem pessoas que não são alfabetizadas e que não tem deficiência né então tem várias questões aí que que estão implicadas que não necessariamente podem ser explicada pela deficiência em si Tá pode passar acho que eu já tô finalizando aqui acredito eu ó teve uma pesquisa também que eu fiz num estágio de pós-doutorado que foi eh eu tive como supervisor Professor Artur Gomes de Morais e nessa pesquisa a gente analisou várias escritas de crianças com deficiência intelectual e uma das coisas que a
gente viu gente isso é muito interessante porque aí rompe com aquela ideia da homogeneização ou do rótulo que era assim ó crianças no mesmo tempo uma mesma situação usando ou não usando imagem elas escreviam nível conceituais totalmente diferentes tá então o que quer dizer isso depende da complexidade da escrita depende da experiência que a criança tem com aquelas palavras ou com aquelas sons para um pouco romper com essa ideia de querer rotular as pessoas né é de ah aí então como é que você classifica essa escrita se a criança escreveu dessa maneira como esse aqui
carrinho c i o o o você vai dizer que ela é silábica não eu vou dizer que ela tem uma característica na escrita de carrinho uma característica de correspondência fonema grafema com sonoridade e de consoante de não vou falar de nível eu vou falar da característica né porque aí tem a ver com a nossa toda a nossa fala de hoje né rompe com o rótulo rompe com com tudo isso né E passa a olhar a criança passa a olhar quem é ela o que que ela faz o que que ela escreve como ela escreve como
ela se comunica Ah ela tem autismo ela não consegue falar mas como é que ela se comunica como é que ela se expressa né tenta tenta eh valorizar a potencialidade o que ela tem aí pode passar Ana Paula por favor vocês vi que eu já tô correndo né Aí tem outra pesquisa aqui que eu orientei foi uma tese de doutorado tá que ela viu que as crianças com deficiência escreviam frase escreviam inclusive ortograficamente né na maioria das vezes tá isso a partir de uma pesquisa que ela fez em que ela via muito a questão da
mediação do professor Tá pode passar aí tem uma outra pesquisa aí seu não me engano que é da isso tá meio ruim aí meio apagadinho né mas também esse aí foi uma tese de do de doutorado tá em que ela vê aqui essas duas crianças da esquerda é a mesma tá ruim né as duas da direita é a mesma em que você vê essa primeira da esquerda que usa desenhos e já do lado direito que tá numerado de 1 o ela já passa a usar letras a terceira criança que na verdade é a criança dois
a criança um é essa da esquerda do desenho e a da direita numerado a criança dois é essa que tem um repertório de letras bastante limitado e do lado direito a gente já vê uma escrita com uma um ajustamento fonêmico grafico tá aí o que foi que ela viu porque que isso aconteceu ela percebeu que a concepção favorável dessas professoras que eles eram capazes de aprender né e que também elas conheci o nível conceitual da de escrita desses alunos fez com que eles se desenvolvesse e evoluísse Ah então você tá de novo colocando o colo
do professor não eu tô mostrando a importância do papel do professor porque veja bem gente isso é o nosso papel não é da família né que tem também todo aquele discurso Ah que a família não ajuda que não sei o quê minha gente eh coloquem os dois pés no chão na realidade muitas dessas famílias somente de de classe Popular né elas saem de casa 3 4 horas da manhã para trabalhar e o filho de 8 anos fica para dar o leite do irmão aí você quer que ela chega em casa de noite vai olhar o
que o menino fez na escola o que ele não fez né ah mas se olhasse era muito bom era mas não é né Isso é uma loucura a gente pensar né que nos lares brasileiros né Há uma uma condição igualitária não tem não tem então o o papel aí do professor ele é muito fundamental para que essa criança seja capaz de fazer sozinha sem depender da sua família né a boa atividade de casa é aquela que a criança faz só não é aquela que eu não deu o tempo explicar e passo para casa né pode
passar acho que a gente tá falando aqui muito também né de didática de ensino né E aí eu tô finalizando pessoal dizendo assim primeiro no caso da criança com deficiência intelectual que é o que eu tenho pesquis mais tá ela é capaz de aprender a ler e escrever então eh a deficiência em si não impossibilita ela evoluir tá é importante que nós professores consideremos os ritmos diferentes os estilo os tempos de aprendizagem há um aligeiramento no ensino um aligeiramento na proposição de atividades né é essencial o uso de estratégias que atendam a heterogeneidade dos conhecimentos
eu tô falando aqui paraa turma toda eu não tô falando aqui para pessoas com deficiência a heterogeneidade é da turma tá e por fim eu acho que tem mais um se eu não me engano Se Eu recordo acho que tem mais um Ana Paula por gentileza mais um slide importante adotar medidas mediadoras significativa contextualizada né na gestão da sala é muito importante a gente pensar em diferentes organizações sociais do ambiente duplas Trio Pequenos Grupos grande grupos né é importante também eh dar adotar orientações coletivas individuais nos grupos né variar materiais recursos apoios atividades e aí
a Dani me fez uma pergunta eu acho que eu não comentei teve uma outra questão que você colocou que eu não comentei que é o profissional de apoio o apoio em sala de aula Queria só fazer essa esse destaque o apoio em sala de aula ele não é o professor na legislação o profissional de apoio na Educação Especial ele vai auxiliar vestiário locomoção e alimentação o ensino é papel do professor não é do profissional de apoio ah aí é o seguinte ele tá lá dentro da sala de aula e o profissional de apoio tá lá
com ele ele não tá dentro da sala de aula ele tá segregado ou Se a gente pudesse pegar os conceitos né da da Educação Especial ele tá integrado ele tá integrado na sala mas ele não tá incluído e é isso gente são muitas coisas muitas questões é um tema muito instigante eu espero que tenha contribuído aí tô aqui pra gente conversar né Se vocês desejarem Eu acho que eu extrapolei o tempo muito não extrapolou não Adriana assim maravilhosa a sua fala maravilhosa sua fala inspiradora e eu queria fazer alguma troca aqui com você né Eh
eh a gente tá falando para um público de pessoas que ou estão em sala de aula ou tão se formando para isso fazendo uma formação para isso Ou pais ou pessoas que lidam com a educação em todos os contextos né e a gente sabe que hoje a a a inclusão é é e por que que a gente tá fazendo Esse seminário né porque hoje em dia todo todo educador ele precisa ter alguma formação ele precisa pesquisar ele precisa estudar sobre isso a gente tem atualizações a gente tem trocas de experiência né Mas é claro que
a gente aprende fazendo né Adri é a prática que faz com que a gente aprenda né e a gente sabe que cada caso é um caso né você vê sua trajetória de vida quanta experiência você traz e eh das experiências vividas né das coisas que você viveu dos erros dos acertos que você teve né então eu só queria que você falasse um pouquinho para esses professores que estão com esses desafios né Eh porque eu escuto muito isso né muitas esas que não tem não estão Preparadas para esse acolhimento você usou a palavra acolhimento como sendo
uma centralidade no processo de inclusão e eu acho que o acolhimento ele é ele é fundamental para um processo de educação né E hoje em dia a gente tem a gente tem a a questão da deficiência física intelectual cognitiva mas a gente também tem emocional né que é um ponto que a gente nunca fala né o quanto a a deficiência emocional hoje né o o o o o o quanto é e eh essa questão da do desenvolvimento emocional em vários aspectos aí também é é uma questão e pode reverberar em muitos aspectos na na educação
acho que isso daqui a pouco vai vir à tona a gente já tem falado sobre isso mas eu acho que daqui a pouco vai ser uma grande questão a ser levantada assim como Esse seminário que a gente tá fazendo aqui a gente vai poder falar falar disso né então eu queria só que você convers Contasse pra gente né Eh sobre essa esses desafios O que que você pode falar para esses professores que estão começando que estão se inserindo Nesse contexto e sobre um enfim Nossa então fala mas vamos lá da sabedoria né é olha só
Dani assim eh O que que eu posso dizer sobre isso tá os desafios eles são eh reflexo dessa sociedade adoecida que a gente vive né pós pandemia que a gente nem sequer aqui tocou né mas eu acho que com essa sua pergunta eu acho que é pertinente falar póspandemia houve um adoecimento de nosso pessoas professores crianças né que certamente né impactaram bastante as nossas relações né de repente nós fomos né puxados para um outro ensino de uma outra maneira de um outro jeito interações nunca nunca a gente nunca se pensou vocês aí em Minas Juiz
de F aqui no Ceará em Fortaleza conversando ao mesmo tempo interagindo e tudo então Eh primeira coisa assim que eu diria para os professores né eles acreditarem que a profissão professor né Ela é exercida numa sociedade que é esta né então a gente tá imersa nessa sociedade que é uma sociedade diversa heterogênea contraditória né E que saber dialogar com tudo isso vai implicar na minha prática como é que eu dialogo com isso tá na medida em que né eu compreendo que a diferença não está na minha sala de aula a diferença está na sociedade a
minha sala é o reflexo de tudo isso isso eu acho que eu começo a pensar de uma maneira menos adoecida acho que os perdão eu acho que os desafios eles nascem muito desse entendimento de da porque assim ó a a nossa escola é uma escola medieval né é uma escola que ela é organizada por níveis e por idade cronológica então a gente vive uma paranoia que a gente diz assim todas as crianças de 7 anos então no primeiro no segundo ano agora né o fundamental em 9 anos enfim e logo elas são capazes de né
até o meio do as metas até o meio do ano fora os espes as avaliações externas isso tudo isso imagino Dani o tanto que isso tem afetado eh a a saúde mental dos professores né na universidade os alunos fazem Enade não tão preocupados O que é que vai cair no Enade O que é que caiu no Quais são as questões que mais se repetem a está ensinando a gente tá fazendo o nosso trabalho então primeiro princípio tenha compreensão de que sociedade é essa que você vive que contexto escolar é esse que você está vivendo quem
são seus alunos quem são essas crianças e algo que eu digo o tempo inteiro e eu acho que eu não poderia deixar de falar estude a teoria ela não vai responder a tudo porque a teoria ela é Ela tá lá na ordem de um saber são vários os saberes né que você até comentou aí Dani da prática né da vivência da experiência mas tem um saber científico tem um saber aí do conhecimento em que muitas vezes né eu trabalhei em Secretaria de Educação fui de departamento de formação de professores quando começou o pik aqui no
Ceará que Ceará que começou o pik eu era am adora da de Fortaleza e uma coisa que eu escutava muito nas formações Às vezes as pessoas falavam assim ah gente tá cansado teoria a gente tá cansado disso tudo aí eu sempre falava assim vocês não estão cansados de teoria Vocês estão com falta de teoria Porque no momento em que eu consigo encarnar incorporar o conhecimento eu sou capaz de olhar uma imagem e falar sobre ela no lastro de conhecimento que eu tenho né então estude estudar é fundamental três colaboração escola não é ringue as Olimpíadas
já passaram né Eh não estamos atrás de medalha quem é o primeiro quem é o segundo né escola é um ambiente de colaboração é uma comunidade o aluno não é da Talita não é da Adriana é da escola então enquanto a gente não entender assim a gente vai tá naquele eh ditado toma que o filho é teu né toma que o filho é teu cuida te vira e também eu não trouxe também um outra uma outra figura que um outro profissional perdão que eu acho que é fundamental na escola que é o atendimento educacional especializado
que é aquele profissional que não substitui o professor né mas que ele pode sim discutir trabalhar com as barreiras que interferem nesse processo de aprendizagem tecnologia assistir recursos apoios né trabalhar com estratégias de aprendizagem não com conteúdo curricular né Alguém disse aqui que quando você estava falando eu fui lá nos comentários olhar Alguém falou assim quant profissional de apoio é o professor da da sala Como assim eu não entendo profissional de apoio é professor da sala então ele é o professor ele não é profissional de apoio porque eu não sei se aí é igual aqui
aqui no Ceará Geralmente as escolas principalmente particular profissionais de apoio para acompanhar crianças com deficiência em sala de aula aqui também em todo país É assim ISO a receita é a mesma então não é não é o professor ele não é o professor ele é o profissional de apoio para vestuário locomoção alim é papel do professor não é do profissional de apoio Agora o professor sozinho isolado ele não é Marte ele não vai resolver essa complexidade que é então o trabalho colaborativa é é a gestão da escola é a coordenação são os professores da Educação
Infantil gente falando aqui no chat que o profissional de apoio é professor entendeu em em muitos casos aqui né que que é o que tem acontecido o meu fone tá dando aqui uma interferenz inha sim Alguém falou foi eu vi di que o profissional de apoio é o professor né Eu vi isso aqui eu tava olhando aqui os comentários com curiosidade eu fui ver né aqui em Juiz de foro profissional de apoio é professor mas ele é o professor principal da sala de aula aqui tem negócio de um pr não sei o qu p não
sei que que eu não sei mais essas nomenclaturas por causa das horas do planejamento né aí o professor sai de sala e fica um outro não é assim aqui tem isso também tá o na legislação o profissional de apoio é esse auxiliar dessas três questões que eu falei locomoção alimentação e vestuário certo na sala de aula é o professor que vai ensinar ele é o responsável pela aprendizagem daquela criança tá e o profissional do atendimento educacional especializado é aquele profissional em articulação ó eu sonhando Mas isso é que a gente defende né em articulação com
o professor de sala de aula faz um trabalho colaborativo paraa identificação das Barreiras que que impedem que influenciam e das potencialidades que dão a essa condição é o trabalho colaborativo então estudo trabalho colaborativo entendimento da comunidade a família a família brasileira qual é qual é a família de vocês a família da escola que vocês trabalham que famílias são essas O que que a família pode te oferecer de informações Quem começa a criança em casa e ela ela ela se alimenta só ela se veste só o qual é a autonomia que ela tem é esse tipo
de de interação gente família não entende pedagogia vocês vocês disseram aqui com tanto orgulho eu fiquei tão feliz sou pedagoga Então quem tem pedagogia somos nós F Audi psicólogos fisioterapeutas terapeutas ocupacionais são profissionais importantes nesse trabalho são profissionais que podem nos auxiliar mas eles não substituem nosso trabalho eles não substituem o que devemos fazer o há uma super valorização não sei se isso acontece aí mas que acontece né de que esses profissionais na área da Educação Especial são mais importantes que o professor né E são os doutores né eles são mais importantes não que eles
se acham mais importantes são as representações sociis colocados como pessoas mais importantes né sim as representações sociais né de que eles são mais importantes né E que a a eu vou tirar esse eu vou tirar o aindo muito e que as famílias tá eh às vezes mesmo por essa visão médica né que aí vem aqu a história da abordagem biológica sabe essa essa visão medicamental zada Essa visão médica que vai dar uma supervalorização o que eu tô querendo aqui pessoal é valorizar a gente nós pedagogos né somos professores nós temos uma profissão nós temos um
saber esse saber ele é construído na experiência na vivência nas interações e um saber científico da formação que temos inicial da nossa formação eh que como agora né né que dá essa continuidade aí uma formação pósgraduação né um mestrado e um doutorado é uma outra perspectiva de Formação é a formação do professor pesquisador né e o doutor é a formação do professor universitário que nem É melhor nem pior do professor da Educação Básica são isso né é a estrutura constituinte dessa nossa sociedade né exatamente ou seja eh não tem receita não tem modelo tá o
que temos é é princípios princípio da diferença da heterogeneidade da ruptura com o ensino simultâneo do conhecer cada uma das crianças o ensino ele é coletivo ele é prma toda e ele é também para cada um eu preciso eu vou vamos lá eu vou dar uma aula de eh sobre o estado né de minas que é enorme né Minas e Bahia quando entra em Minas só falta não sair sobre o estado né E lá na minha turma eu tenho crianças que precisam de uma acessibilidade para elas terem essa noção de espaço O que é estado
O que são municípios né que isso são noções matemáticas puramente de Lógico o estado de Minas é esse os municípios que que estão contidos que pertencem são esses Ceará não pertence ao estado de Minas Fortaleza pertence ao estado do Ceará então isso tudo são conhecimentos lógico matemáticos que a criança precisa compreender para ela ter a noção de estado município região país é sim é como se a gente fosse estudar a Gênese da apropriação do conhecimento como é que eu entendo como é que eu vou entender que uma palavra por exemplo a palavra Maria em português
jamais pode ser escrito iniciando com a letra c não existe aí não já não é mais Maria então no momento que eu entendo que a escrita a escrita de uma palavra implica eu compreender que é um conjunto finito que é um conjunto que que é uma ordem imutável eu não posso trocar o lugar das Letras eu não posso suprimir se eu suprimir o A de Maria fica Mari né então todos esses entendimentos pressupõe estratégias pressupõe uma compreensão lógic matemática então o desafio voltando Esse é o seu desafio é você entender como é que a criança
vai entender o que é adição que é subtração como é que ela vai entender que é é enfim o som de s tem som de z tem som de c cedilha como é isso como é que ela vai se apropriar de todos esses conhecimentos tá é é eu acho que é tipo é a gente exercitar a meta consciência sabe é a meta consciência gostei é é a meta consciência o tempo inteiro a gente tá o tempo inteiro tentando entender como eu aprendo tal coisa é assim ó Será que cada um de nós que aqui tá
lembra o que que a gente pensava sobre o que é ler e escrever antes de aprender a ler e escrever né por no momento que a gente vai ensinar alguém é uma centralidade tão grande em nós mesmo que a gente não consegue pensar no outro né Eh eu parto de mim como alfabetizada para ensinar a quem ainda não se apropriou né Aí eu parto do meu olhar do meu viés da minha perspectiva porque eu também não lembro nem como eu era antes de ser eu não sei como era isso né Aí eu não consigo pensar
como a criança tá pensando né é uma coisa meio louca que eu tô dizendo Tá mas eu acho que que que não tem muito mistério sabe Dan não tem muito mistério eh a gente tá com o nosso tempo um pouquinho estourado mas assim queria dizer que você já tá convidada para outros encontros eu o pessoal tá perguntando aqui curioso sobre o Ceará sobre a educação no Ceará mas isso é pauta para um outro encontro eu acho que a gente qual que é o sucesso Qual que é a receita que o Ceará tem usado Porque que
a educação no Ceará é tão boa né Nós não vamos falar sobre isso agora porque não vai dar pra gente falar sobre isso agora não tem e eu acho que a gente pode fazer um outro encontro para falar sobre alfabetização também num modo geral que vai ser bem legal mas eu queria te dizer que você inspira né que você é uma grande Educadora que inspira a gente percebe isso na sua fala a gente percebe que você traz o amor à tona quando você tá falando e eu acho que sensibilizou muito todo esse conjunto de pessoas
que estão aqui imbuídas numa numa quarta-feira à noite de pensar educação inclusiva de pensar formas de fazer coletivo disso e e e para mim a palavra que fica do que você disse é acolhimento né é amor e acolhimento né É não desistir né a gente não tem que ser guerreira e guerreira minha gente mas a gente escolheu ser professor né então esse é o nosso papel né É não desistir a gente pode ter Dias cansados em que a gente tá exausto em que a gente respeita isso mas no outro dia a gente vai estar melhor
e a gente vai continuar né É hoje viu assim terminando assim eu queria primeiro não sei se você já concluiu queria agradecer mais uma vez o convite a oportunidade de est aqui interagindo com vocês e dizer assim que hoje eu tive uma emoção muito grande porque meu pai faleceu tem 2 anos e a gente começa a mexer nas coisas a gente achou a nomeação da minha avó mãe da minha mãe a minha avó foi nomeada professora em 1931 meu pai nem era nascido ainda quando ela foi nomeada né E daí eu coloquei numa moldura e
hoje eu fui buscar né aí eu botei aí no Instagram eu dizendo Nossa eh a profissão ela ela ela começa né na no seio da de muitas famílias principalmente de figuras femininas né E a minha avó foi ela teve casa escola no interor do Ceará foi assim uma grande inspiradora eu fiz uma homenagem a ela no mestrado Eu terminei meu mestrado já tem foi que ano foi 2001 né e eu fiz uma grande homenagem a ela e dizer que é isso gente a ser professor me inspira a cada dia né e enquanto eu continuar com
essa energia e com esse desejo eh todo dia eu digo escolhi a minha profissão ser professora e é o maior orgulho que eu tenho então muito obrigada gente Dr arrepiada aqui porque é disso que a gente precisa né É de uma fala como a sua que a gente precisa porque eu acho que nesse coletivo que a gente tem da pedagogia paraa liberdade a gente acredita que a educação transforma a gente acredita numa Educação de qualidade digna com amorosidade com empatia com acolhimento com escuta tia né brasileira então assim é maravilhoso ter você aqui com a
gente e queria e do Nordeste né Nord as representações que Nordeste só tem seca fome né já mudou muito né já mudou muito muito muito isso isso é muito bom a gente o Nordeste para ensinar tanta coisa pra gente né para ensinar tanta coisa pra gente são muitos brasis né Dani são muitos Bras muitos muitos e assim eu queria convidar a quem tá aqui que ainda não conhece a pedagogia PR liberdade para conhecer o nosso movimento para conhecer os nossos processos para conhecer os nossos cursos né a nossa licenciatura em p P agogia que tá
com as com com o edital aberto aí a gente tem um processo muito interessante que é pautado por isso que a gente tá discutindo aqui de fato acolhimento amorosidade brasilidade cultura popular brasileira eh Mas acima de tudo a gente ama educação a gente acredita que a educação transforma vidas e transforma toda uma nação e a gente também entende a responsabilidade que a gente tem quando a gente fala essa palavra professor né de se assumir professora a gente tá trazendo pra gente uma responsabilidade que é um propósito de vida né Então vem com a gente amanhã
tem mais amanhã a gente vai vai est fechando o nosso seminário falando da interseccionalidade da educação Eu acho que vai ser muito rico também convido todo mundo que tá aqui para est com a gente amanhã também e conhecer a gente e se você curtiu essa Live curte aqui no no no no YouTube eh se inscreve no nosso canal para que esse vídeo tenha relevância para outras pessoas porque a gente eu falei isso ontem né É tanta futilidade que tem aí nas redes né que quando a gente fala de um assunto como esse ele acaba ficando
escondido né então vamos dar visibilidade para essa pauta da inclusão para uma discussão rica como essa que tá aqui dá um likezinho aí na Live dá a se inscreve no nosso canal Compartilha esse conteúdo com as pessoas para que a gente possa alcançar outros lugares a lista de presença tá aqui no chat pessoal não deixem de assinar ela tá aí disponível no chat e amanhã a gente continua essa discussão queria agradecer também as nossas tradutoras aqui de livras a e a le por estarem aqui com a gente enriquecendo essa noite foi muito importante a presença
de vocês aqui Vocês estarão aqui com a gente amanhã também e Adri a casa é sua é só chegar tá você veio para ficar se Deus quiser obrigada gente por tudo obrigado Talita Obrigada le boa noite gente bom descanso para todos vocês muito obrigado um beijo no coração de todo mundo e uma noite revigorante para todos Tod e todes t