[Música] todos aqueles que se dispõe a discutir questões candentes do presente que nos cortam a todos é em geral eles gostam de chamar especialistas não gosta de ser [Música] denominado de especialistas eu preferia pensar que todos são especuladores que aquilo que está em questão é uma é uma aproximação a esses problemas que nos tocam sem essa pecha de ser uma espécie de representante da verdade dá pra fora não aqui não é um especialista ou alguém que se pensa como tal pensando nela é mais um especulador nós estamos é relacionados posicionados em relação à questão da
educação seja ela formal escolar ou informal no interior da família onde quer que estejamos é essa é uma prática que nos toca a todos em todos os momentos da vida quando eu tô partindo da ideia aqui quando falo sobre educação como uma espécie de gesto que acontece de o treinamente né mesmo que não suponhamos que estejamos educando todo momento em que mais velhos e mais novos se chocam o a faísca digamos assim nesse encontro o resultado do embate narrativo entre duas gerações é aquilo que o chamado de educação o tempo inteiro a temática da educação
corta as nossas vidas e em geral de uma maneira pouco refletida quando se trata de educação é por alguma razão ela nós gostamos dos lugares comuns a gente adere a determinados clichês que não têm a mínima razão de ser ora enfrentar um pouco esse ninho de cobras digamos assim né de cobras de pensamento é é aquilo que eu e reputava com uma tarefa crítica do pensamento uma dessas cobras digamos assim que se aninham quando a gente se coloca a pensar isso nesses lugares comuns se vocês quiserem a idéia de que há uma espécie de crise
generalizada quando se trata de pesquisa essa relação com os mais novos bom é o que sustenta essa idéia de uma crise generalizada uma suposta evidência né de uma insubordinação de uma atitude de desrespeito de revanchismo das novas gerações em relação àquelas que hoje ocupam os postos de poder pedagógicos digamos assim né os pais e professores é isso me parece uma uma evidência cabal não que eu estou referendando mas que eu estou tomando como algo que circula entre as pessoas né esta sensação esta ligação de desautorização da dessas da família da escola essas duas instituições historicamente
responsáveis pela guarda das crianças e dos jovens é bom quando eu digo isso é preciso situar o fato de que eu estou falando dos últimos 300 anos eu estou falando da vida inteira da história humana inteira é preciso situar um pouco este modelo que temos de organização societária no interior daquilo que é chamado conceitualmente como a modernidade é bem-vinda é tão verdade essa idéia de que a família escola eram classicamente essas instituições que tinham como tarefa a moldagem do futuro que por exemplo a gente poderia partir de uma idéia muito simples e muito o chão
em relação a isso que a ideia por exemplo ou pelo menos aquela expectativa de que os filhos deveriam ser o que os pais não conseguiram ser aqui eu quero fazer uma parada pra justificar um pouco né aquilo sobre o que estou falando é recorrendo a uma imagem cinematográfica que não parece uma obra cinematográfica e dentro dessa obra uma determinada imagem específica de uma obra que me parece espetacular filme absolutamente simples e belíssima ao mesmo tempo que se chama billy elliot a história de um rapaz de um menino 11 12 anos de idade que descobre é
o balé twit respeito leve [Música] olha a minha banda sai da ilha não estou falando da inglaterra dos anos 80 na inglaterra baterista né do e de toda aquela luta que a magna touch levou a cabo contra os sindicatos e o desmonte digamos no desmonte neoliberal lá das conquistas dos mineiros em particular e essa história a história de um filho de um mineiro tem a ver com esses embates como acomodar essa novidade no interior da família é de uma família espírito digital em vai agir como acomodar isso então o filme é um pouco sobre os
embates que tem um determinado momento que o pai decide furar a greve pra que ele possa ter dinheiro para mandar o filho dele está a fazer uma audição numa escola de ballet infantil eu sou jorge luis donaldo atual está em nota o mp tinha ido pro rock brigade casa o milagre acontecer você quer o brasil é hoje [Música] na mão a refeição o joel sabe qual é a esquerda foi a funkeira mc dados o pai de sandra foi morta parece um momento muito tocante né que lembra uma idéia de família que nós não temos mais
ou pelo menos podemos até ter esse tipo de ideia mas não temos mais esse tipo de gesto desse gesto em relação às crianças há algumas transformações principalmente a partir das duas das duas últimas décadas incluindo essa terceira década nessa primeira década do século é que não que não vão mais permitir que nós possamos dimensionar por exemplo esse o gesto do sacrifício como alguma coisa que marcava as relações entre pais e filhos mas um gesto de um sacrifício que era de alguém que poderia me superar alguém poderia me ultrapassar me transcender em última instância quero crer
que as relações com as crianças são relações de confinamento de de sufocamento de aprisionamento da experiência da infância né de tal modo que acabamos tendo filhos crianças de 40 anos em casa e achamos isso normal né aqui a tarefa fundamental era de encorajar o outro por uma outra vida e me parece que isso vem desaparecendo do nosso horizonte e eu quero sustentar um pouco essa ideia como é que isso vai se corporificando entre nós é certo que essas transformações da família nas relações familiares as relações educativas familiares das relações educativos escolares mostram aquilo que nós
já não somos mais tão aqui quando recorrer à experiência de um passado próximo que de alguma maneira quero criar uma boa parte de vocês compartilha eu não estou querendo romantizar de nenhuma maneira né não quero ter nenhuma título de passar dista ou é de nostalgia em relação ao mundo que não foi aqui a idéia do passado é como se desse passado recente é para criar uma espécie de claro e escuro para que a gente possa pensar um pouco o que se passa connosco como é que em 30 anos na condição de pais e filhos houve
mudanças tão radicais e pra onde elas parecem apontar 11 11 11 [Música] um sintoma dessa crise de que eu falava dessa crise alegada não sei se existe uma crise eu sei que existe uma crise que é a alegada então essa ligação dessa crise do educar e que parece se repetir nessas agências no interior dessas duas agências que nós também conhecemos né e remete a segunda o remeteria segundo alguns autores em particular alguns pensadores do contemporâneo em particular um deles que ajuda a pensar bastante que é um polonês ainda vivo que está radicado na inglaterra que
se chama zygmunt bauman é que vai trazer uma ideia fundamental não uma idéia num certo num certo sentido até simples de que a gente tá vivendo em tempos líquidos em oposição à modernidade dura sólida que de alguma maneira nós testemunhamos então nós somos uma geração curiosa porque nós vivemos nós temos nós tivemos a possibilidade de viver duas modalidades muito distintas de relação entre mais velhos e mais novos repito é se esta esta modalidade de relação que a gente vê no bilhete hote ela de alguma maneira ela desapareceu ela vem desaparecendo do mundo porque ela também
vinha com a pancadaria ela vinha com as ofensas a ela vinha com todo um conjunto de depois que se tornaram com rivais para nós hoje em nome da idéia de que as críticas de que as crianças devem ser objeto é inequívoco do cuidado e da proteção da gente então essa ideia do cuidado da proteção absolutas o que é uma ideia em tese potente interessante ela pode mostrar alguns efeitos estranhos em nós é que nós criamos uma espécie de geração autónoma que a gente imagina que deva se educar sozinha progride sozinha sem a relação conosco digamos
assim né então a gente principalmente nos extratos urbanos de classe média as crianças viraram uma espécie de monstro que habita nossas casas e que a gente não sabe direito como lidar com aquilo porque tem sempre uma surpresa né um dragão para matar por dia então desse modo talvez os nossos pais não se preocupassem em ser bons pais como nós nós todos nos preocupamos em ser bons pais bons professores só que nós não sabemos mais o que isso é o que isso significa um pouco daí que vem essa espécie de mal estádio nunca saber se você
está fazendo a coisa certa coisa que os nossos pais não tinham dúvida né parecia que eles tinham telepatia porque todos ágil mais ou menos uma forma idêntica sabe aquele ditado é pai é mais uma da manhã tudo igual só muda de endereço o que queria que elas tinham o que é aquelas compartilhavam que era tão poderoso né é um mundo de segurança que ela sim um digamos assim né a segurança é uma marca desse mundo sólido da modernidade que o ju que o que obama chamou de sólida a liberdade é a marca do mundo da
modernidade líquida então segurança e liberdade vão constituir uma espécie de anti nome aonde a segurança não há liberdade era o que era aquilo do que reclamávamos não tínhamos liberdade lá aqui temos liberdade mas não temos mais segurança então dirá obama lindamente os obscuros e monótonos dias assombravam os que procuravam segurança noites insones são as desgraças dos livres se lá a monotonia aquele mundo em que nada acontecia era nossa desgraça aqui a nossa desgraça exatamente o contrário não é possível viver todos os dias com uma novidade diferente né com a bomba explodindo diante de nós e
fundamentalmente com essa idéia de que nós queremos ser livres mas não queremos pagar o preço que a segurança exige pois bem se lá a questão fundamental é o futuro aquele que pode ter uma chance melhor do que a que eu tive aqui muitas vezes o que se passa é uma espécie de veto contra o futuro das crianças na medida em que a gente aprisionar a elas no presente da liberdade elas são prisioneiras do presente e um presente que não dá alegria talvez a pior maldição nossa foi a a nuno contemporâneo talvez tenha sido aquela invocação
do vinícius é que todos gostamos de reclamar mas quem não sabe dimensionar muito bem o que isso significa é que seja eterno enquanto dure ora as coisas não duram mais nós perdemos digamos assim o gosto de uma certa eternidade e de uma certa segurança pois bem se a gente vive nesse presente sufocante digamos assim esse presente que não dá a mínima chance para nenhum de nós de enxergar uma nesga de futuro é um presente que girará em torno do próprio rabo isso vai causar em nós uma espécie de perda paulatina e talvez irreversível aquela tranquilidade
antiga né serena de deixar para mais tarde aquilo que não pode ser respondido agora nós não mais confiamos no tempo como aquele responsável por aplaca a nossa ignorante diante do presente suas mazelas o tempo deixou de ser o senhor dos senhores o tempo não cura mais hoje quem cura são os especialistas a quem recorremos porque nós não suportamos mais dor e nós não mais suportamos que as crianças sintam alguma espécie de do o desconforto nós queremos insistir pa essa possibilidade de que as crianças sofriam quando na verdade as crianças são aquelas que de fato tem
mais por mais paradoxal que isso possa parecer tem mais condições de enfrentar o sofrimento do casal neuras [Música] então vejam nós temos uma questão que é a seguinte se por um lado nós dizemos que há uma crise generalizada do educar seja no interior da família seja no interior das relações escolares é por outro a gente pode pensar que não há exatamente uma crise aí há uma perda do monopólio educativo antes só de posse de mais e professores hoje o que você tem portanto muito muito longe de uma ideia de crise a educação é o apogeu
da educação hoje educa-se em todos os cantos de todas as maneiras esse é o lema da contemporaneidade educaedu cá educar todos educam ninguém educa a cidade educa o trânsito educar o consumidor colocar todas as empresas educam essa idéia de formação continuada tomou conta do mundo bom essa é uma ideia que me parece sem contestação de nenhuma ordem essa idéia de uma educação sem fim então reconvertendo aquela ideia de crise como ter da do mundo com uma perda da autoridade o que a gente poderia dizer que não se trata de uma perda da autoridade a educação
foi muito bem obrigado da mesma maneira que a família vai muito bem obrigado também essas mesmas idéias que estou desenvolvendo em relação à educação tem a ver com a idéia de família também dizemos que é uma crise na família mentira as famílias vão muito bem obrigado ela só proliferaram de modelos todo mundo quer casar há múltiplas relações familiares hoje acontecendo então você participa de muitas famílias ao mesmo tempo essas famílias agregadas de filhos do primeiro casamento do segundo e do terceiro talvez só uma amostra dessa vitalidade da idéia de família então não há nenhum problema
com a idéia de família o que há um espraiamento da função familiar que antes estava circunscrita até que a morte os separasse não é é a mesma idéia tem a ver com a ideia com o campo da educação como um todo a educação digamos assim essa grande marca que é é é que persistem no mundo como uma crença inabalável todos querem e gostam de educação ea fazem estoque agora como fazem isso não importa não é porque você tem aí então um processo de privatização do modo de educar como se fosse possível eu criar um modo
à la carte de educar é o que todos nós fazemos nós escolhemos um modo a escola que tem o melhor que sabe que combina comigo que isso significa isso como é que a gente pode privatizar alguma coisa que é da ordem do público como o ato educativo então educação como é que eu posso entrar numa escola reclamar do meu filhinho de como estão tratando meu filho bom a escola é o lugar onde seu filho tem que enfrentar as injustiças do mundo você não pode defender o teu filho do mundo você não pode fazer isso ea
escola pode ser me parece esse lugar de enfrentamento ou o lugar da perda da condição de 1 para se tornar mais um mas o meu filho se tornar mais um e isso é intolerável bom repito estamos criando monstros né ii governáveis digamos assim né dentro de casa para ter uma espécie de resposta a esse espraiamento da função educativa afinal de contas o que pais e mães fazem dentro de casa que não pode ser feito fora né essa é a grande pergunta não é nesse intervalo da dúvida nesse intervalo da insegurança que marca as relações livres
que estabelecemos com o projecto educativo hoje ele vai criando uma espécie difícil uram de vala comum que é preenchida fundamentalmente por uma espécie de angústia pelo menos para aqueles que têm alguma espécie de coração não é porque aquele que tem certeza absoluta do que está fazendo talvez esse seja um caso de fato perdido não é assim esse espaço de angústia vai ser o espaço para aquela pressa segunda ideia que eu quero desenvolver aqui que a do acosso da experiência educativa e se acostume a experiência educativa é promovido por aquilo que alguns teóricos é chamado de
autoridade conselheira ou seja aquele conjunto aquele batalhão de pessoas que aparecem nos livros nos programas de televisão esse batalhão de pessoas que querem ensinar as outras pessoas a experiência de viver ou seja esse efeito de transformação da experiência educativa num nicho de mercado apoiado na angústia dessas pessoas que não sabem o que fazer que não sabe o que fazer nem que seus alunos nem com os seus filhos o que acontece com todos nós que estamos nessa sala inclusive que está aqui nessa mesa é um quinhão robusto do mercado que esse é um mercado que se
é significa todo aquele radical e todas aquelas profissões que derivam da e psicanalista psicólogo psicopedagogo psiquiatra psico bobo são aqueles especialistas que estão falando sobre todas as coisas quando nós ligamos os canais de televisão com a de autoridade uma autoridade que é rigorosamente moralista pastoral nós pedimos pastores da conduta porque é em nome de alguma coisa que seria lycra ele tem ele sabe ele atende ele estudou isso é bom volto naquela minha hipótese largada não há especialistas no que diz respeito às questões sociais humanas não há especialistas há especuladores ea especuladores que são ruins e
há especuladores que são bons os bons especuladores são aqueles que no entendimento promove um florescimento da vida em nós e não e se esse acomodamento digamos assim é essa desautorização dos nossos passos constantes eles provocam uma espécie de enfraquecimento da experiência do inédito esses profissionais esses peritos se vocês quiserem né criaram na classe média urbana um tipo de hábito no meu entendimento absolutamente duvidoso que aquele da decoração do eu te amo de manhã tarde e noite para as crianças uma espécie de obscenidade amorosa uma obscenidade declarativa confessional nec remédio é uma espécie de rodízio a
ação da nossa das nossas rotinas bom as nossas rotinas são cinza nossas rotinas são banais não é preciso limitar a novela das oito para imaginar que você pode uma rotina digna a segunda questão não é possível ser feliz sendo nem pai nem professor o que está aqui em questão não é a felicidade mas é uma espécie de vida dividida em comum o que implica um caminhão de coisas e que nada dessas coisas da vida em comum se aproximaria nem de longe da idéia de eu te amo porque é que as pessoas ficam declarando que amam
as crianças o tempo inteiro quando na verdade é impedem a possibilidade de uma vida inédita inquieta instigante nas relações que estávamos com as crianças em geral o que a gente repete também são esses protocolos de diagnósticos dos que a autoridade conselheira nos lega quando na verdade o contato confrontada com as crianças é a ocasião do paseo do aprender a viver uma vida adulta de um modo diferente daquela que a gente vive que talvez só as crianças possam exemplos de ensinar é o que alguns atores chamando de ver criança então há alguma coisa na criança que
pode trazer uma espécie de alegria de viver adulto é o exame dela o toque ou de favores uri cigarra marcante não mais foi a questão que administram os bois que o placar jacob os legais o ganhador da chave bush show chamado escola lembra a ficha dele seguintes jogos aqui estou eu sou o mal no belo expirou um grande time e nem de se mexer [Música] papos e olha vai perder bom é bom [Música] essa espetacularização das relações educativas nas relações entre pais e filhos e entre professores e alunos vai encalhar digamos assim naquilo que roseli
eo agente chamou da deserção da função educativa nessa tentativa de simetrização dos lugares entre pai filho de proximidade de aspas amizade e fecha aspas pra sempre não é possível sermos amigos nem dos nossos alunos nem dos nossos filhos não é possível isso isso é obsceno é obsceno porque eles não querem a nossa amizade eles querem que nós sejamos os mais velhos e aí que entra então essa dificuldade imensa dessa geração de se imaginar velho todo mundo a jovem que até corpo jovem que tem espírito jovem quer fazer coisas jovens e com isso esquece do ridículo
que isso significa para os mais novos de fato aqueles que são jovens para aqueles que estão no palco da vida a gente está na coxia e de saída então essa possibilidade de viver a vida adulta né caminhando pra envelhecimento é o que quero crer é dar uma espécie de tranquilidade para as crianças de modo que elas não precisem disputar o palco da juventude conosco então nós somos uma geração que além de não querer enfrentar o trabalho educativo a gente não deixa as crianças subir no palco de jeito nenhum nós não deixamos as crianças crescerem porque
a gente disputa a jovialidade com elas onde estão os cabelos brancos dessa geração é essa que a pergunta fundamental que a gente precisa fazer e os cabelos brancos remetem ao contrário dessa mobilização é tudo o que eu falo eles remetem a uma ideia muito mais sucinta muito mais simples que adubeira querer o bem querer não tem nada a ver com eu te amo os beijinhos matinais e vespertinos e noturnos não precisa se a gente supõe que os nossos pais não serviram a nós porque eles não nos beijavam nos diziam eu te amo os filhos de
vocês vão dizer os meus pais não serviam exatamente o que ele beijava dizer eu te amo demais porque tem uma coisa belíssima nisso uma ideia belíssima faça assim passado dará errado a vida nada tem a ver com aquilo que a gente planeja para que ela seja numa canção que johnny lehmann fez para o filho dele para o chá se chama beautiful boy ele tem uma um trechinho que é belíssimo que ele fala a vida é o que acontece com você enquanto você está preocupado fazendo outros planos é maravilhoso isso isso mostra a total ea utilidade
da gente tentar se preparar para ser pai e professor e daí para fora porque é impossível a oikos turim [Música] lila e o peso nem nada [Música] a directora dó a geração presente a geração mais nova presidente e nunca será aquela que nós queremos que ela seja ela sempre vai ser outra coisa e essa é a beleza da vida [Música] nesse campo [Música] cash flow beijo se a geração presente por exatamente aquilo que a gente espera dela algo de muito sério muito grave aconteceu é que nós focamos né essa lufada guiar os mais novos trazem
quando eles sobem no palco da vida quando ele sobe no palco da vida e não tem jeito os jogos vitória em nome da proteção contra esse mundo hostil e violento competitivo com esse mundo sem coração né qual é a solução que esses extratos urbanos médios tomaram para si primeiro a vigilância absoluta nós queremos saber tudo deles os nossos pais são coisas que você não quer saber não me fala que eu não quero saber nós queremos saber tudo relatório tudo em nome desse controle devo dizer fadado ao fracasso não é porque eles vão escapar é outra
coisa que vai acontecer o filho do mineiro vai virar bailarino no final das contas das contas e o filho do bala dos bailarinos vai virar mineiro alguma coisa de errado vai acontecer e essa é a limpeza dessa vida sem sentido que vivemos a vida não tem sentido nenhum único sentido pela atenção os acontecimentos aleatórios que vão se dando às vezes à morte na às vezes a beleza de viver pois bem esse controle que a gente imagina ter sobre o acta infância e juventude vai encalhar em duas possibilidades igualmente horríveis de um lado a hiper estimulação
das crianças em relação ao enfrentamento com o mundo né é é a tal da dianteira a gente não consegue suportar a idéia de que os filhos da gente vão à imensa na imensa maioria das vezes eles vão ocupar a rabeira da vida ou o que é pior o meio nossos filhos serão medianos sejam medíocres não cabe todo mundo na dianteira a dianteira não é para todos e ela não será de vossos filhos melhor pensarmos assim do que imaginar que os nossos filhos precisam ser empresários do futuro com sete anos de idade empresário super bem sucedido
se e os da sua própria vida não dá isso não pode acontecer a outra possibilidade ao invés da hiperestimulação é do enclausuramento da ip proteção a redoma então se você tiver disposto a ter filhos com 60 anos de casa beleza problema seu o problema é que chega uma hora que a experiência da educação os filhos fica insuportável geral quando eles têm 15 16 já está na hora de descarregar de para o mundo quais são as condições hoje de a gente imaginar uma coisa dessas o bilhete sai com 12 anos grávida [Música] [Aplausos] [Música] bem mediante
esse quadro que eu tentei esboça com pinceladas impressionistas quero crer que hoje que a gente possa reinventar a experiência educativa de um modo radical e urgente porque na medida em que a experiência educativa esse choque entre gerações é é exatamente o lugar do esplendor da vida é o lugar da alegria de viver é quando você consegue ver que algo teu permanece no outro aquilo que damon falou assim ficou um pouco do seu queixo no queixo da tua filha um pouco um pouco só um pouco do seu queixo no queixo da tua filha talvez esse seja
o limite máximo dessa possibilidade de redenção dessa desse choque né e entre as gerações eu tenho três pequenas coisas para dizer sobre isso que eu quero crer que são algumas premissas que me parecem que podem causar em nós uma espécie lufada de de ar nesse enfrentamento com essa angústia de não saber o que fazer com esses seres que temos em casa primeiro as crianças não são de cristal é preciso que ela sofreu um pouco a infância é o lugar privilegiado dos dissabores do enfrentamento com as estranhezas e as injustiças deste mundo o melhor desse mundo
como ele é e não daquele do mundo como ele pode vir a ser ele pode vir a ser outras coisas casos crianças estejam aptas para isso caso elas estejam robustas fortes pra te ver esse outro tipo de enfrentamento fazer do mundo um um lugar um pouco diferente desse mundo pobre desertificado que hoje temos dentro de nós segundo o futuro das crianças é puro acidente educa se nos detalhes na partilha das horas é aquilo que acontece com você enquanto você está preocupado fazendo um dos planos é nesse momento em que o gesto educativo se afirma é
jamais esquecer que faça eu desse modo fácil de outro dar errado e essa que a beleza de viver é porque dá errado que a gente vive não é é na luta contra essa luta vã contra o erro que no meio do caminho a gente acerta uma ou outra coisa a educação é puro mistério o entendimento compromisso dialógico no limite entre os mais velhos e os mais novos portanto é acho que a gente precisa envelhecer envelhecer radicalmente envelhecer com alegria assumir esse lugar do velho que a gente não consegue evitar talvez o modelo nosso né de
envelhecimento não deveria ser aquele disso do sujeito consegue correr na praia mas o sujeito que consegue pensar menos nele e mais do que ele deixa para trás nas pegadas que deixa pra trás que a gente só vê isso né no outro nesse traço invisível que fica no outro né os outros são os nossos jogadores não o nosso corpo nosso corpo a luta eva quero crer portanto e com isso encerro é que o ato de educar com generosidade e rigor em vigor remete a uma espécie de arte da parcimônia a parcimônia da economia de idéias da
economia radical das idéias e ao mesmo tempo da desesperança a gente deveria ter menos esperança de se livrar dessa ideia esperança o que significa prestar menos atenção nas crianças deixaram a crescer em paz a gente foi capaz de fazer isso talvez a gente possa se aproximar um pouco dessa idéia de que a vida é a partilha do breve tempo juntos aquilo que persiste a despeito da oxidação do tempo alguns costumavam pensar que isto se chama amor e nada mais muito obrigada [Música] [Aplausos] [Música]