Alô moradora Alô morador chegou a hora da segunda dose nos dias 14 15 e 16 de outubro vai rolar a antecipação da segunda dose da vacina covid-19 aqui na Maré quando a vacinação contra covid-19 finalmente começou no Brasil as redes sociais ficaram lotadas de posts celebrando o SUS o nosso sistema único de saúde Viva o SUS vivo SUS Afinal mesmo com todo o esforço que o governo federal fez para que não houvesse vacinação foram os profissionais da saúde pública e a experiência de um sistema acostumado a fazer campanhas nacionais de vacinação que garantiram que as
coisas não fossem ainda piores que não morresse ainda mais gente e morreu muita gente no começo da pandemia aquela ideia de que o vírus era democrático né atingia todo mundo independentemente de cor gênero classe social na prática num país tão desigual quanto o Brasil não foi isso que aconteceu com a pandemia o estado de São Paulo registrou mais mortes de pessoas negras do que brancas em 2020 negros morreram mais de covid-19 do que os brancos mesmo nos bairros mais ricos da capital paulista o que essas informações a atestam que as desigualdades estruturais tiveram influência sobre
as altas taxas de mortalidade Esse é um trecho da CPI da covid no senado essa que tava falando é a Jurema Verneck ativista e diretora executiva da Anistia Internacional Brasil e quando a gente cruza com diferentes marcadores a gente vê que a maioria das pessoas que morreram no Brasil eram negras eram indígenas eram pessoas de baixa renda e de baixa escolaridade já sabíamos que o Brasil tinha uma desigualdade nesse Campo deixamos passar e deixamos passar não foi por acaso que o Brasil negligenciou a compra da vacina não foi por acaso que não se investiu em
testagem em massa não foi por acaso que houve uma atuação tão forte contra a ciência e contra tudo que os cientistas diziam como a necessidade de distanciamento social do uso de máscaras enfim não foi por acaso que justamente as autoridades que deveriam nos ar investiram tempo e dinheiro na propagação de mentiras sobre o vírus sobre a vacina sobre um tratamento precoce que nunca existiu não foi por acaso não foi por Acidente foi por propósito mesmo foi por projeto tem a questão do coronavírus também que no meu entender tá sendo superdimensionado o poder destruidor desse vírus
at porque o brasileiro tem que ser estudado não pega nada o cara pulando em esgoto ali sai mergulha Tá certo e não acontece nada os idiotas aí né o fica em casa os idiotas até alguns idiotas até hoje fica em casa lenta todos os mostres mas é o destino de todo mundo é o destino de todo mundo não foi por acaso assim como não tem sido por acaso o desmonte do SUS um processo que começou há algum tempo antes ainda da gestão bolsonaro mas que se acentuou nesse governo resultado da falta de investimento na saúde
pública se reflete muitas vezes né na baixa qualidade do atendimento no SUS o que obriga muitos brasileiros a contratarem os planos de saúde Isso tudo foi agravado pela ineficiência de um ministério da saúde que permite o encolhimento desse orçamento ano após ano por mais que exista um corajoso quadro técnico de profissionais que apesar de tudo isso Conseguiram manter as coisas minimamente funcionando nos últimos anos a gente não pode esquecer do tipo de gente que o Presidente escolheu para comandar a saúde toda essa gente parece estar Saudosa de um tempo não muito distante em que não
tinha saúde pública gratuita para todo mundo e o SUS é sim para todos é claro que ele tem vários problemas e a gente vai falar sobre eles só que até a criação do SUS o que só aconteceu em 1988 as pessoas negras indígenas as pessoas pobres no Brasil estavam largadas a própria sorte deixadas Para Morrer Antes do SUS era assim porque antes dele era o sal quem puder e a sociedade brasileira disse que assim não funcionava aqui de novo a JEM agora numa conversa que eu com ela socied Bras movimento social para garantir que a
resposta fosse não é um Salve se Quem Puder quem nasceu de 88 para cá já nasceu com a existência do SUS mas eu eu nasci em 61 nasci sem isso sendo uma criança asmática Então antes de 88 né tem todo o resto da história do Brasil onde não havia não tinha não existia saúde pública de onde eu venho não existia saúde pública a minha mãe um dia apareceu com fortes dores de cabeça e que a gente tratava em casa como podia e meu pai era porteiro de um Hospital da Aeronáutica ou seja não era um
hospital público só é atendido quem é militar ou dependente de militar mas minha mãe ficou muito muito mal muito mal então ele pediu ao médico para ver se fazer o favor de atender ela e esse médico no esquema né passou o horário do expediente de noite assim ele ele concordou e atender foi daquele jeito a gente pega ônibus uma pessoa super doente pega ônibus vai lá vai andando até o ponto do ônibus volta tudo com muitas dores e ele tratou ela com analgésico algum tempo depois ela morreu e quando quando ela morreu o atestado de
óbito dizia hemorragia subdural que pegava quase um hemisfério todo do cérebro metade da cabeça dela sangrou né sangrou e quando já estava na faculdade de medicina no livro de Neurologia tem a descrição do quadro clínico de ruptura de a neurisma cerebral o caso exemplar que tinha lá Era exatamente a história da minha mãe o que que a história da minha mãe conta primeiro que ela não teve nenhuma chance né porque não existia Onde buscar segundo aquele médico fez um favor para ela fez um favor mas gente aquilo tava escrito no livro ele não leu aquela
página é possível a gente pode falar que o suz hoje é muito ruim e é mesmo tem gente que ainda vive essa história da minha mãe eu tinha 14 anos quando ela morreu tem gente que ainda vive essa história da minha mãe tem gente que não tem onde recorrer Não tô dizendo que ela poderia ter sobrevivido daquele aneurismo né ter tido o diagnóstico correto a internação a cirurgia não tô dizendo isso mas ela teria uma chance mas não teve menor chance é essa história nãoé essa história que causa tristeza do revolta a população realmente reivindicou
e a população negra reivindicou mais porque era a população que estava relegada o SUS é o projeto da sociedade brasileira é um projeto da sociedade [Música] brasileira um projeto da sociedade brasileira e que surgiu para combater um outro projeto do estado brasileiro do Brasil [Música] oficial a história que a gente vai contar hoje de como e por o SUS foi criado tem tudo a ver com algo que a Conceição Evaristo a nossa grande escritora escreveu num conto eles combinaram de nos matar a gente combinamos de não morrer eu sou o Thiago rogero Este é o
podcast do projeto Quirino produzido pela rádio novelo Episódio 7 salve-se quem [Música] puder nos tempos do Brasil colônia antes da chegada da família real quase não tinha médico os poucos que estavam por aqui eram todos formados na Europa principalmente em Portugal em Coimbra mas não davam conta de atender toda a população até porque as consultas eram particulares salvo um ou outro caso de filantropia Quem era muito pobre só conseguia atendimento Via igreja nas santas casas de Misericórdia a primeira Santa Casa foi construída no século X no começo da colonização mas ainda tinha todo o restante
da população quem não era rico e que não conseguia pagar um médico ou quem não era extremamente pobre e que não conseguia atendimento numa santa casa e esse grupo gigantesco estava totalmente desassistido pelo poder público que já coletava impostos e tudo mais mas não oferecia nenhuma assistência em saúde em troca pessoas largadas a própria sorte desassistidas pelo Estado mas não por elas mesmas a gente criou ou cultivou as nossas próprias sabedorias e conhecimentos nosso sistema tradicional de saúde e diga que bastante sofisticado né Tem um método diagnóstico sofisticado que fala direto com a divindade encontra
a resposta essa resposta é uma resposta integral a atividade da cura nunca foi uma função exclusiva da medicina os nossos povos originários por exemplo já cuidavam de si inclusive estavam bem melhores antes da invasão portuguesa Assim como as diversas populações e culturas africanas quando Esses povos foram sequestrados e trazidos pro Brasil chegaram carregando também esse saberes ancestrais da cura esses terapeutas populares Esta é a Regina Xavier historiadora e professora normalmente os sangradores os barbeiros os curadores na maior parte são africanos são homens e a maior parte são homens africanos normalmente se dizia barbeiro porque eram
aqueles indivíduos que faziam barba mesmo então eram aqueles que normalmente trabalhavam com navalhas e que além de fazer a barba podiam fazer pequenas incursões eram chamados também os sangradores então eles podiam extrair dentes podiam fazer pequenas manipulações então eram aqueles que faziam as ventosas que aplicavam sangue sugas e que e através dessas atividades Teoricamente né extinguiriam as doenças dos corpos dos [Música] enfermos acima dos barbeiros sangradores nessa hierarquia social da cura estavam os cirurgiões é difícil essa palavra porque ela faz a gente pensar na medicina de hoje mas o cirurgião nessa época Ainda não precisava
de diploma eles só tinham que conseguir uma licença com o cirurgião mor do reino e a maior parte dos cirurgiões eram brancos tinha um ou outro negro livre nessa função daí dentro dessa hierarquia ficavam os barbeiros na base acima deles o cirurgiões e bem lá em cima acima de todo mundo lá no topo tinham os médicos diplomados cada vez mais os médicos vão reclamar o diploma nas faculdades de medicina como como aqueles que dariam as credenciais necessárias para que eles pudessem atuar na cura da população Então os médicos vão paulatinamente reclamando um lugar exclusivo de
atuação na exclusão desses outros personagens então tanto os curandeiros quanto os homeopatas quanto todos os outros vão estar imersos num contexto de muita tensão porque os médicos justamente vão defender a sua sabedoria o seu conhecimento científico em dos conhecimentos populares mas por maior que fosse o Lobby dos médicos não tinha diplomado suficiente para atender toda a população e nem tanta gente que conseguisse pagar mas também não foi só por isso que a população recorria às outras formas de cura e a maneira então desses médicos olharem para curadores assim como olharem também paraos seus possíveis clientes
é evado de preconceitos baseado na forma como é aquela sociedade se hierarquizava socialmente Então quando você tem as epidemias por exemplo o que que os médicos vão dizer que aquela população se contamina mais porque é a população Ignorante é a população que não faz e os cuidados higiênicos que tá mais propícia ao Edo cment é o chamado pensamento higienista foi uma corrente muito forte no Brasil isso faz com que essa população seja refratária também a atuação do médico porque do ponto de vista desses escravizados baseados nessa cultura africana se a doença ela é de alguma
maneira inoculada através dessas ações maléficas que você tem no Cosmo você ter um curador que seja capaz de compreender esse desequilíbrio entre o bem e o mal entre o sobrenatural e o natural é aquele que tá mais próximo da sua cultura dos seus modos de vida e que portanto teria melhores possibilidades de A Regina é a biógrafa de uma figura fascinante que viveu em Campinas no século XIX é um africano muito habilidoso muito talentoso que apesar de ter vivenciado as agruras da escravidão soube ser protagonista da sua própria história soube lidar com esse mundo com
essa violência de maneiras criativas de maneiras diversas e de conquistar margens de autonomia e melhores condições de vida não se sabe qual era o nome dele antes de ser trazido pro Brasil o nome africano dele aqui ele foi batizado como Tito a gente sabe que ele é africano que ele foi escravizado ainda criança e a gente sabe também thgo que o tráfico trouxe muitas crianças africanas pro Brasil na primeira vez em que ele aparece na documentação como escravizado de um dos Senhores mais ricos de Campinas o Floriano de de Camargo Penteado o Tito tinha só
11 anos mas a gente não conhece exatamente de qual parte especificamente ele veio da África o que nós sabemos no entanto é que aquela região recebeu nesse momento um grande contingente de escravos vindo da África centro ocidental principalmente ali da região de con Angola então acredita-se né que ele seja um escravizado dessa região que veio ainda pequeno e que foi escravizado na fazenda que então cultivava açúcar o tido trabalhava como pagem na sede da Fazenda o pagem junto com os copeiros as cozinheiras as mucamas as amas de leite era aquele escravizado que trabalhava na domesticidade
trabalhava na Casa Grande Trabalhava propiciando os cuidados direcionados a essa família senhorial o pajem em geral é aquele criado de servir que serve especificamente ao seu senhor mas quando ele cresceu ele acabou também desenvolvendo um trabalho por fora e é esse que vai ser Central na nossa história aqui o Tito era curandeiro o curandeiro no caso do Tito o que que ele fazia Em alguns momentos as atividades de sangrador e de curandeiro se misturavam e o Tito além de ser sangrador portanto de fazer Essas atividades específicas Ele também era conhecido como um hervan ista aquela
pessoa que tem conhecimento das plantas e que fabrica com elas algumas beberagens ou algumas pomadas ou alguns medicamentos para justamente o combate as doenças e aí as doenças as mais variadas que a gente tem no período o curandeiro era o equivalente na terapia Popular ao farmacêutico ou ao Boticário que era quem cuidava do os medicamentos no caso do curandeiro a conexão era não só com a natureza mas também com o mundo espiritual os médicos por um lado vão dizer olha pra gente combater as doenças Nós temos que nos voltar paraas suas causas naturais então eles
acreditavam que a sujeira dos solos os gases presentes no ar era aquilo que causava as doenças Então você precisava urbanizar você precisava organizar as cidades para evitar as doenças já os africanos acreditavam que as doenças eram casadas pelas energias maléficas no Cosmos e que teria de alguma maneira interferido na vida material uma percepção que é também espiritualizada que é religiosa que faz parte da Concepção africana de doença e de cura que vai rivalizar também com uma medicina que tende a negligenciar essa questão religiosa a favor de uma percepção mais natural das doenças etc naquele momento
no século XIX Campinas passou por duas grandes epidemias a primeira de 58 e a outra de 62 ambas epidemias de varíola que são assustadoras e nesse momento ele ainda é escravizado mas é muito provável que diante do flagelo da varía como eles chamavam que ele tivesse sido licenciado pela senhora para ajudar na as operações de cura porque logo depois ele já consegue ter uma soma vultosa para comprar a liberdade dele e da esposa então é muito provável que essa atividade tenha propiciado a compra da Liberdade o tido comprou as alforrias e continuou trabalhando como curandeiro
e não era só entre a população mais pobre escravizada ou livre que ele fazia sucesso por exemplo tinha um médico lá em Campinas o Ricardo daut que ele era um ardo defensor dessa ideia de que o conhecimento médico era o único possível esse médico chegou a defender a criação de leis que proibissem a atuação dos curandeiros mas ele próprio vai se aproximar do mestre Tito e ele próprio reconhece que alguns casos e algumas doenças a medicina não dá conta e que ele não tem os conhecimentos necessários então ele chega a indicar pacientes dele para que
sejam curados pelo mestre Tito então isso mostra um pouco essa ambiguidade que você tem naquele momento isso me fez lembrar do caso da tia siata com o Presidente da República a tia seata o nome dela era Hilária Batista de Almeida ela foi um monte de coisa né quitandeira uma das matriarcas do Samba e ela também foi curandeira e uma vez durante o mandato do Venceslau Braz na presidência do Brasil ela foi chamada pro Palácio do Catete no Rio que era sede do governo federal o presidente estava com uma ferida na perna que médico nenhum curava
ele pediu ajuda pra tia siata e ela deu um jeito no machucado agora thago eu não vou dizer para você que essa forma de enxergar as doenças fosse algo exclusiva dos africanos você tem apenas matrizes intelectuais que são um pouco diferentes porque se você pensar a população de Campinas católica Ela também tem uma visão espiritualizada da doença Então você tem uma atuação da igreja que produz entos para proteger os corpos dos enfermos e até hoje é assim o tanto de gente de tudo quanto é religião que pede oração quando tá doente então você tem uma
aproximação da maneira religiosa de entender a doença e a cura só que a matriz é diferente o Tito tinha uma circulação tão grande em Campinas que com o passar do tempo começou a ser chamado de mestre Tito há um reconhecimento da sabedoria dele enquanto um Ciro Popular por um lado mas por outro também tem uma concepção religiosa porque essas duas coisas foram sendo construídas concomitantemente ao mesmo tempo que ele vai se construindo como curandeiro ele vai se construindo como mestre religioso o mestre Tito era um adepto do que se pode chamar de um afr catolicismo
porque ele era católico era devoto de São Benedito que é um santo negro tido como protetor dos africanos e dos descendentes a atividade dele enquanto curandeiro é concomitante a atividade dele como mestre religioso como líder religioso o santo ajuda nas curas o santo ajuda na sua própria imunização e Em contrapartida como uma Retribuição ele constrói a igreja pro santo o mestre Tito conseguiu juntar dinheiro para construir uma igreja em homenagem a São Benedito e a igreja existe até hoje no centro de Campinas então o Tito ele tá nessa confluência ele é católico mas ele é
fortemente herdeiro dessa tradição africana na maneira como ele estabelece a sua relação como curandeiro com a igreja e etc à medida em que o tempo foi passando essa tensão entre os chamados terapeutas populares e os médicos foi só crescendo especialmente com o surgimento da classe médica brasileira quando essa turma começou a se formar aqui as primeiras faculdades de medicina foram criadas só depois da chegada da família real Portuguesa em 1808 acabaram sendo as primeiras instituições de ensino superior do país primeiro a de Salvador depois a do Rio aliás isso mostra o tipo de preocupação que
Portugal tinha com o desenvolvimento da colônia né só mais de 300 anos depois da invasão é que resolveram criar uma faculdade aqui e no caso dessas de medicina ainda não eram nem faculdades também no começo eram só escolas de cirurgia uns cursos Ainda bem precários para entrar nelas além de obviamente ser livre precisava saber ler e escrever compreender francês e inglês assim e precisava ser homem só em 1879 é que abriram para mulheres foi só 10 anos depois da Independência que essas escolas se transformaram de fato em faculdades de medicina seguindo o modelo da faculdade
de Paris aí aumentaram também os requisitos agora a além de inglês e francês precisava saber latim e apresentar um atestado de bons costumes e tinha uma taxa de matrícula salgada 20 contos de réis o que era um valor bem alto pra época não por acaso era um curso altamente elitista absurdamente branco o que não quer dizer que não houve negros formados médicos nesse período ainda que poucos é claro que houve e mos deles de destaque disruptivos como marí teira por exemplo Prime neg form médica na Bia e também primeir profess Negra daqua fa ou o
Juliano Moreira também da fa de medicina da Bahia que revolucionou a psiquiatria no Brasil Mas até hoje a proporção de médicos negros em comparação com a população é pequena segundo o IBGE só 20% dos médicos brasileiros são negros isso tem mudado Graças às políticas de ação afirmativa Graças às cotas Mas ainda tem um longo caminho médicas negras e médicos negros ainda são a exceção a política do estado brasileiro em relação às pessoas negras depois que derrubamos né não que terminou mas que derrubamos o regime da escravidão a política foi o a política de eliminação é
para matar se não dá para matar deixa morrer é matar ou deixar morrer que é outro jeito de matar né racismo é aniquilamento gente aqui de novo a Jurema Verneck por que que eu virei ativista da Saúde porque eu queria nem tanto porque eu passei pela saúde fiz medicina trabalhei um pouco mas larguei logo mas o movimento não me deixou guardar o meu diploma na gaveta movimento é o movento negro o movimento negro sempre denunciou o extermínios genocídio e a morte que a gente tinha que fazer alguma coisa onde tem o racismo o viesto principal
da morte a morte física e nas outras dimensões todas fora todos os impactos do racismo sobre a saúde mental por exemplo Então se tem racismo como é que a gente consegue est aqui porque a gente atuou contra o an que lamento eu te devolvo eu te devolvo a sua história te devolvo uma conexão com o seu passado e com seus antepassados e nós fizemos também Brasil propusemos um outro Brasil não esse Brasil que mata mas um Brasil que nos oferece de volta aquilo que a gente entrega para ele que dá de volta e aqui eu
lembro de novo do episódio de educação não eram as pessoas negras que queriam escola só para branco e escola só para negro que barravam o filho do Branco pelo contrário Assim como as cotas uma luta dos movimentos negros que hoje beneficia todas as pessoas que não puderam pagar colégio particular e estudaram na rede pública e na saúde também foi assim a luta foi sempre para incluir todo mundo a gente fez o Brasil não fez o sistema de saúde essa visão de é saúde é educação é moradia a gente tem desde antes desde de durante o
regime da escravidão oferecendo uma visão de Brasil antes não era Brasil né antes era o império o reino a colônia o que fosse mas desde que a gente entendeu que a gente vai ficar aqui então esse lugar aqui tem que ser nosso e ele tem tem que imprimir nossas marcas no Brasil sonhado pelo povo negro ninguém fica de [Música] fora em 1911 mais de 50 países participaram em Londres do primeo congresso universal de raças a Europa estava em mais um momento de expansão imperialista as vésperas da Primeira Guerra Mundial e um grupo de antropólogos e
ativistas decidiu fazer esse evento para debater formas de convivência pacífica entre as raças para tentar acabar com o preconceito era uma época em que ainda se acreditava no conceito biológico de raça de que biologicamente mente houvesse diferença entre uma pessoa branca e uma pessoa negra por exemplo hoje a gente sabe que a ciência já provou que isso não existe quando se fala de seres humanos raça é algo que biologicamente não existe biologicamente não existe raça Só existe como uma construção social relações sociais e econômicas que foram construídas por décadas séculos sob a ideia de que
um grupo é melhor do que o outro com base em aspectos como a cor da pele etnia origem geográfica religiosa daí lá naquele congresso tinha tanto gente que já começava a ter essa concepção quanto a turma do racismo científico mais de 50 países enviaram representantes e o Brasil que na época já era uma república e era presidido pelo Hermes Fonseca mandou um homem branco o antropólogo João Batista de Lacerda que era diretor do Museu Nacional no rio representando o governo brasileiro o Lacerda fez uma apresentação sobre como a miss enação o cruzamento racial entre brancos
e negros iria fazer com que negros desaparecessem do território brasileiro até o fim do século XX possibilitando o branqueamento da popula pela previsão dele pela promessa dele já não era para ter negro na população brasileira ali para 2011 essa era a meta e ele dizia por e como isso iria acontecer um dos motivos era a crescente entrada de imigrantes europeus no Brasil algo que já era um projeto do país desde os anos finais da escravidão Sabe aquela história de Car a mão-deobra africana pela europeia para atrair o trabalhador europeu o governo brasileiro dava uma série
de atrativos como condições especiais para comprar terra por exemplo E você acha que algum ex-escravizado negro Teve alguma condição assim para poder cultivar terra para poder construir uma vida bom e segundo Lacerda um outro motivo que levaria ao desaparecimento da parcela afrodescendente da nossa inflação era uma soma entre problemas sociais e abandono que os negros brasileiros enfrentavam desde a abolição e eu vou repetir quem é que tava falando tudo isso perante representantes do mundo todo um homem escolhido pelo governo brasileiro para representar o país então quando a Jurema diz que depois que as pessoas negras
derrubaram a escravidão e foi isso que aconteceu as pessoas negras é que derrubaram a escravidão não foi uma benevolência de uma princesa e a gente vai falar sobre isso no próximo episódio mas quando a Jurema diz que depois disso a política do estado brasileiro para o povo negro foi a da eliminação se não der para matar deixa morrer ela não tá exagerando e nem um pouco ela tá sendo precisa e assim para você não achar que isso é algo que ficou lá no começo da república ouve só essa história em 1982 na gestão do Paulo
Maluf como governador de São Paulo o governo estadual financiou a produção de um documento o nome era o censo de 1980 no Estado de São Paulo e suas curiosidades e preocupações o texto trazia dados sobre o aumento da proporção da população parda e preta ou seja da população negra e fazia um alerta a manter essa tendência no ano 2000 a população parda e preta será da ordem de 60% portanto muito superior à branca e eleitoralmente poderá mandar na política e dominar postos chave isso estava num documento produzido pelo governo de São Paulo e é só
mais um exemplo e eu literalmente poderia passar horas aqui só exemplificando por que e como o projeto do estado brasileiro desde o fim da escravidão e até hoje é acabar com a parcela negra da população e enquanto não der para acabar com ela no mínimo deixar ela sem participar da política isso tá diretamente ligado à total inexistência de políticas públicas de saúde no pós-escravidão trabalho formal não foi algo nós n o queou nós é o descaso estatal então a gente não tinha acesso eamos reivindicando já na República a sa eraa mais como um de polícia
nessa ideia de higi de lim a sociedade o que a gente sabe erao carregada deismo também religiões de matriz africana como a gente ouvi no episo passado foram tratadas por muito tempo na república como um crime contra a saúde pública daí tinham campanhas de vacinação por exemplo mas que sempre eram em resposta a alguma epidemia não tinha planejamento prévio cuidado preventivo nada disso as ações em saúde continuaram isoladas esporádicas daí algumas empresas perceberam que toda essa falta de saúde tava fazendo elas perderem dinheiro Afinal os trabalhadores ficavam doentes e perdiam dias de trabalho então as
fábricas começaram a oferecer Serviços Médicos pros funcionários cobrando uma porcentagem do salário nos anos 30 foram criados os institutos de aposentadoria e pensões E aí quem estivesse formalmente no mercado de trabalho poderia ter assistência médica mas era só isso para todo o resto da população só pagando ou buscando atendimento em instituições filantrópicas ou nos poucos postos e hospitais municipais e estaduais que existiam a gente disse não é suficiente ampliou um pouco mas aí dizia não serve ainda não dá não cabe a gente precisa demais nossas coisas pingadas em que uns entram e outos não entram
não é essa coisa para quem podia pagar mas algo que atendesse a todo mundo atendesse todo mundo só na década de 50 é que foi criado o Ministério da Saúde houve até um investimento na pasta nesses primeiros anos mas na época da ditadura militar os gastos não chegavam a nem 1% da verba Federal enquanto isso ia ganhando cada vez mais força o setor privado foi na virada dos anos 70 pros 80 que começaram a surgir os planos de saúde as pessoas negras tiveram um protagonismo uma participação muito ativa primeiro na concepção da Saúde como de
todas as pessoas Esta é a Fernanda Lopes ativista da luta contra o racismo feminista sou pesquisadora independente mestre e Doutora em saúde pública com a saúde pública só definhando surgiram nos anos 80 no período da redemocratização os movimentos pela reforma sanitária para as mulheres negras era já o início da do Bem Viver e da necessidade de reconhecer o racismo os preconceitos de origem os preconceitos ligado à identidade de gênero ou ao sexo que era o que era apresentado naquele momento a idade ou qualquer outra forma de discriminação como que isso impactava a saúde da população
da população negra em especial quando finalmente acabou a ditadura militar foram convocadas pros deputados que fariam a nova constituição do Brasil também na Assembleia constituinte a participação das pessoas negras nos grupos que estavam exclusivamente discutindo a temática racial e as políticas de enfrentamento ao racismo ali liderados por Benedita da Silva por abidias por Caó estavam ali discutindo também sobre o direito humano à saúde em 88 com a aprovação da Constituição Federal então a saúde é reconhecida como um direito fundamental de todos os cidadãos todas as cidadãs brasileiras e daquelas que vivem aqui no país a
saúde finalmente passou a ser reconhecida como um direito fundamental ou seja não há cidadania se não houver saúde isso só foi acontecer em 88 muito pouco tempo toda essa construção conta muito com a participação de lideranças negras de lideranças de mulheres negras que já tinham desde finais da década de 80 e início da década de 90 a saúde como uma das pautas prioritárias na sua estratégia de enfrentamento ao racismo e ao sexismo e promoção do bem-viver o SUS na verdade ele foi gestado para ser além de uma resposta em saúde que a população reivindicou e
construiu ele é também uma resposta a redistribuição da renda e riqueza que todo mundo produz em política pública e em política de saúde tem que distribuir de outras formas inclusive em dinheiro também mas o SUS é também redistribuição de renda e riqueza A Jurema Verneck e a Fernanda Lopes foram as duas primeiras participantes dos movimentos negros no Conselho Nacional de saúde a primeira vez foi Fernanda eu substituir a Fernanda e Fernanda esteve lá por um ano e nesse ano que ela fez foi a maior contribuição que alguém pode dar pra saúde da população negra no
Brasil ela pegou uma proposta que construímos todas e todos juntos não só ela não só eu mas um coletivo de pesquisadores e Profissionais de Saúde e do movimento negro e do movimento de mulheres negras nós construímos uma proposta de política nacional de saúde da população negra para que o ministério da saúde produzisse uma proposta à altura do que a população do que a gente reivindicava política nacional de saúde da população negra reconhece que tem racismo no atendimento prestado pelo SUS e traça estratégias para combater isso por exemplo a obrigatoriedade de preencher cor ou raça nos
formulários de atendimento sem esse reconhecimento é impossível fazer uma gestão que seja comprometida com a vida e com o Bem Viver de todas as pessoas as práticas de discriminatórias impactam o nascer o viver o adoecer e o morrer da população negra e é isso que a gente precisa entender conhecer divulgar e cobrar que a política seja implementada e que o SUS seja consolidado como esse sistema não é da forma que está hoje mas é como um sistema que a gente quer que a gente precisa e não esse que dizem que é o possível né e
é isso ninguém aqui tá dizendo que o SUS é perfeito porque obviamente ele não é primeiro a gente precisa ser Generosa com a visão daquela população que chama SUS de porcaria porque ele é ou seja o SUS que tá na prática ele é indefensável de cada 10 pessoas na lista de atendimento de pacientes de câncer no Sistema Único de Saúde quatro não conseguem a atendimento no prazo estabelecido por lei quase todo dia a gente denuncia aqui problemas enfrentados pelos brasileiros na área da saúde né hoje A Triste notícia vem do Rio de Janeiro onde uma
mulher de 54 anos morreu sem atendimento dentro de um hospital público o sistema são as pessoas fazendo o sistema e principalmente quem toma as decisões né tem que apontar o dedo na cara daquelas pessoas que fizeram isso mas por que que é importante é porque é o nosso projeto a gente pode até jogar esse SUS fora desde que a gente tenha outra proposta mas um sistema único público Universal integral e equitativo é essencial é essencial pro nosso projeto de existência pro nosso projeto de país pro nosso projeto de sociedade e essencial no cotidiano pra nossa
vida eu não sei se você gosta de histórias em quadrinho mas o SUS é quase um anti herói não é nem de longe o herói que a população brasileira merece mas é o que ela precisa ainda que haja tanta coisa para melhorar nós temos mais de 600.000 vidas ceifadas pela covid se nós não tivéssemos um sistema público Universal nós teríamos muito mais nós também não teríamos vacina nós não teríamos toda a estrutura de resposta por mais difícil por pior que tenha sido a gestão estaríamos literalmente desassistidos ainda que nós tenhamos essa situação que poderia ter
sido completamente diferente bom o presidente Jair bolsonaro disse hoje que desconhece mortes de crianças por coronavírus a Anvisa lamentavelmente aprovou a vacina para crianças entre 5 e 11 anos de idade a minha opinião quero dar para você aqui a minha filha de 11 anos não será vacinada e você vai vacinar teu filho eu pergunto você tem conhecimento de uma criança de 5 a 11 anos que tenha morrido de covid eu não dei você não conhece é porque precisa se informar melhor porque existem sim pelo menos metade das vidas poderiam ter sido preservadas em relação à
aquelas que a gente perdeu pra pandemia no mínimo metade daquelas vidas poderiam ter sido preservadas mas poderia ser muito pior se a gente não tivesse o suso Pode não querer defender o que tá aí agora porque é indefensável mas a pandemia fez a gente vislumbrar olha como se esse negócio funcionasse seria bom a bessa né porque funcionando a porcaria que é já deu esse refresco né já ajudou muita gente imagina se funciona direito eu acho que vale a pena investir porque é uma visão de mundo a gente sai daquele salvo se Quem Puder hoje em
dia ideia salvo se Quem Puder tá muito forte também mas eu acho que para nós população negra é importante a gente romper mais uma vez com a ideia do Salv quem puder e garantir que haja alguma coisa lá para todo [Música] mundo desde que ele foi criado ele continua sendo atacado Então aquela pessoa que nasceu em 1988 e acha que esse o suz existe mas é uma porcaria precisa saber que ele não era para ser essa porcaria que é ele era para ser outra coisa El ele era para ser o que é na Espanha ele
era para ser o que é em Cuba ele era para ser o que é no Reino Unido na Inglaterra era para ser isso mas aqui a ganância dos Ricos foi muito maior e aqui não nós perdemos não é para ter esse monte de plano de saúde não era para ter isso não era para ter esses hospitais de excelência que o SUSP inclusive para atender uma minoria não era para ter isso er para ser sistema único e público e na disputa da constituinte perdeu essa visão do único público perdeu a gente tem lutado esse tempo todo
para que o SUS exista de fato plenamente com tudo que ele pode fazer e não faz e qual a importância para população negra população negra só tem dois sistemas de saúde basicamente o seu sistema tradicional das rezas das crenças da Medicina cham ada Popular das medicinas que acontecem nos terreiros das medicinas que as nossas avós faziam tem esse sistema que não deve ser subestimado porque antes do SUS era ele que cuidava da gente porque não tinha outra coisa então Ele é bem sucedido não salvou a vida de todo mundo não mas salvou a vida de
muita gente então ele era bem sucedido e tem o SUS o plano de saúde é acessado por uma minoria custa carésimo e não entrega o que promete nem proos ros mas a maioria da população n quando procura alguma resposta em saúde é no SUS que ela vai a a gente sabe que não é atendido como deve mas é lá que ela vai então ela é central e mesmo depois da criação do SUS a população negra não parou de promover esse autocuidado não só nesses saberes ancestrais de cura mas em atividades articuladas de saúde pública também
chegou a hora da segunda dose nos dias 14 15 e 16 de outubro vai rolar a antecipação da segunda dose da vacina covid-19 aqui na Maré nome Eduardo da Silva tenho 54 anos moro no Complexo da Maré desde quando eu nasci na mesma casa participo da rede da Maré hoje pelo conexão saúde isolamento seguro sou articulador territorial participo fazendo mobilização junto aos moradores o meu dia ontem foi bastante corrido né saímos para fazer mobilização para alertar as pessoas que nós Antecipamos a campanha vacina Maré então nós fomos NS associações de moradores de todas as clínicas
da família do Complexo da Maré para deixar panfleto FL colar caz faixas pessoal vi se vacinar nesses TR dias da campanha aí graças a Deus a população tem vindo tem abraçado a campanha vem vacina Maré eu quis conferir essa campanha de vacinação em massa na Maré que é esse complexo de favelas no Rio depois de ver um vídeo e talvez você tenha visto também porque fez muito sucesso Oi você já sabe que já rolando a vacinação de um influenciador incrível nascido e criado lá o raa Vicente que grava junto a famía primeiro que se vacinar
é muito importante Ah mas a astrazenica causa efeito colateral né são sintomas leves que passam em um ou dois dias já dizia aquele filósofo a paulada pode durar uma noite mas a imunização chega pela manhã e lembrem que vacina boa é a vacina que tem já T cedo Luca descansa militante Olha tá sendo quebrado Lembrando que Tu tomou a primeira dose tem que tomar a segunda dose da vacina e tu já tomou a segunda dose Luci Bela primeira coisa como é pra podcast eu queria que primeiro você se apresentasse por favor começando com o seu
nome aí Quantas palavras você quiser oi oi gente eu sou pequena L assim essas coisas tipo isso tá bom Oi pessoal tudo bem eu sou Rafael Vicente eu sou o cria aqui da Maré tô aqui a minha vida inteira e pretendo continuar e eu sou digital influencer eu produzo conteúdo com a minha família bombei na pandemia e é isso tô vivendo o que eu gosto desse vídeo da da vacina além de ser bom conteúdo né de conseguir comunicar com leveza algo importante é que para mim exemplifica essa participação Negra Comunitária na promoção da saúde pública
no Brasil uma família preta fazendo um vídeo e convocando as pessoas a se vacinarem eu fiquei muito feliz porque a nossa meta a princípio era só atingir as pessoas aqui da Maré só que a gente conversando a gente abriu isso de não deixar vacinação em mass em Foco mas pô ali falas que atendam todas as pessoas Alé aqui da Maré eu botei humor ali eu acho que tudo que tem humor as pessoas gostam e acabou que atingi o público que eu não esperava que fosse atingir atingi muita gente mesmo com tanta campanha contrária com tanta
desinformação e de quem justamente deveria liderar o país as pessoas foram se vacinar as pessoas que eu tenho em volta de mim todas se vacinaram são pessoas que postam que apoiam A vacina que divulgam a vacina Então acho que eu t bem de pessoas em volta de mim é claro que num país com histórico de campanhas bem sucedidas de vacinação a taxa de cobertura poderia ter sido ainda maior Porque infelizmente ainda teve gente que caiu no discurso antivacina e a vacinação também poderia ter começado muito antes o que teria poupado tantas e tantas vidas mas
quando a vacina Finalmente chegou as pessoas foram se vacinar apesar do projeto apesar do Salves quem puder apesar da meta de acabar com a parcela negra da população a gente continua aqui nós combinamos de ficar vivos teve movimento teve luta entendeu E o jogo não acaba enquanto o racismo não acabar entendeu quem nasceu em 88 nasceu também num país racista então o SUS Vai ter muito racismo então precisa continuar a luta eu acho que esse é o ponto que precisa ser marcado também pra gente não achar que as coisas brotam do nada tem muita luta
e o inimigo tá lutando também ou seja a gente tem que est sempre se [Música] reposicionando o projeto Querino é apoiado pelo Instituto Ibirapitanga o podcast é produzido pela rádio novelo o nosso site projet kirino pcom.br reúne todas as informações sobre o projeto e conteúdo adicional o site foi desenvolvido pela ae e eu te convido a conferir também todo o material do projeto Querino que está sendo publicado pela revista Piauí nas bancas e no site da revista este Episódio teve pesquisa de Gilberto pornio Rafael e Angélica Paulo que também fez a produção a edição é
do Luca Mendes a sonorização da Júlia Matos e a finalização da pipoca sound a checagem é do Gilberto porcidonio e a música original do Vitor Rodrigues Dias estratégia de promoção Distribuição e conteúdo digital Bia Ribeiro a identidade visual é do Draco imagem Os transcritores das entrevistas foram Guilherme Póvoas e Viana a locução foi gravada no estúdio da pipoca sound com trabalhos técnicos do João Muniz consultoria em roteiro de Mariana jasp Paula escarpim e Flora Thomson devau com revisão de Natália Silva consultoria em História inae Lopes dos Santos produção executiva Guilherme Alpendre a execução financeira do
projeto é do espis Instituto sincronicidade para interação social idealização reportagem roteiro apresentação e coordenação Thiago rogero este Episódio usou áudios de UOL rede TVT Record Band CNN Brasil e SBT agradecimentos a Mayara Priscila de Jesus dos Santos a Bruna Dias e a redes da Maré até o próximo [Música] k [Música]