Muito bom dia a todos vocês, meus caros! Sejam bem-vindos. Peçamos a Deus a sua bênção no dia de hoje, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós dentre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Muito bem, meus caros, vamos seguindo na nossa meditação a partir dos textos de Santa Teresa. Hoje vamos concluir aqui a leitura do Capítulo 16.
Vejamos o que nos diz Santa Teresa: Ó, que feliz cuidado, filhas minhas! Maravilhosa renúncia de coisas tão pequenas e tão baixas que nos leva a tão grande altura! Vede, estando nos braços de Deus, que importância terá para vós ser culpadas por todo o mundo?
O Senhor tem poder para livrá-los de tudo, já que quando mandou que o mundo se fizesse, este se fez. O seu desejo é obra, portanto, não temais, pois ele só consente em que falem contra vós para o maior bem de vossa alma. Ele vos ama e não quer pouco a quem o quer.
Logo, por que, irmãs minhas, não lhe mostraremos nós, tanto quanto pudermos, o nosso amor? Vede que é uma bela troca: dá o nosso amor em troca do seu. Vede que Ele tudo pode e que nós aqui só podemos o que Ele nos manda, o que Ele nos faz poder, e o que fazemos por Vós, Senhor nosso Criador, praticamente nada, uma mera determinaçãozinha.
Ora, se, pelo que nada vale, Sua Majestade quer que mereçamos o tudo, não sejamos ncias. Ó Senhor, todo prejuízo vem de não termos os olhos. Se o nosso olhar não visse outra coisa além do Senhor, chegamos depressa, contudo caímos mil vezes e perdemos tudo por não fixarmos o olhar.
Como estou dizendo, no verdadeiro Senhor parece que nunca andamos por Ele, que tanto nos conhece. Não é por certo de lastimar o que algumas vezes acontece, porque quando querem nos menosprezar em alguma coisa minúscula, não o suportamos. Nem nos parece possível suportar e logo dizemos: “Não somos santas”.
Deus nos livre, irmãs, de dizer quando fizemos uma coisa imperfeita: “Não somos anjos, não somos santas”. Percebei que, apesar de não sermos muito, não devemos bem pensar que, se nos esforçarmos, poderemos sê-lo, desde que Deus nos dê a sua mão. E não tenhais medo de que Ele nos falte se nós não lhe faltarmos.
E como não viemos aqui para outra coisa, mãos à obra, como se diz, e que não haja serviço para maior glória do Senhor, que não tenhamos certeza de nos desincumbir bem com o seu favor. Eu gostaria de ver nesta casa essa pretensão, porque ela sempre faz crescer a humildade e confere uma santa ousadia, pois Deus ajuda os fortes e não faz exceção de pessoas. Muito me desviei, desejo voltar ao que dizia, que é a explicação da oração mental e da contemplação.
Parece impertinência, mas para vós tudo passa. Talvez o entendais melhor por meio do meu estilo grosseiro do que por outros estilos elegantes, que o Senhor me dê favor para isso. Amém.
Então aqui concluímos o Capítulo 16. E amanhã iniciamos o Capítulo 17. Santa Teresa aqui volta a falar do desapego e da confiança.
O desapego é aquele movimento interior onde, mesmo que nós estejamos ligados às coisas e às pessoas exteriormente, interiormente o nosso coração está livre; o nosso coração só pensa em Deus, né? O desapego não é coisa que nós faremos da noite para o dia, né? Então devemos pedir a Deus a graça de um coração desapegado.
Devemos insistir em pedir essa graça todo dia; aos poucos Deus nos dará. Mas precisamos também ter um movimento: qual é o movimento? Querer Deus, pensar em Deus, olhar para Deus, ter Deus como meta da nossa vida.
E assim seremos felizes e conseguiremos avançar nesse campo, né? Então, olhos fixos em Deus, né? Essa deve ser a nossa atitude exterior e a nossa atitude interior.
Então, principalmente nós que não vivemos, né? Num mosteiro, num convento, nós devemos providenciar para que a nossa vida, a nossa casa, tudo, né? Se volte para Deus, nos oriente para Deus.
E quando nós organizamos a nossa vida, tendo Deus como centro, as coisas vão mudando. Há mais de 10 anos atrás, eu fui em missão ministrar um curso numa paróquia em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, e me lembro que, à noite, depois que terminou o curso, uma família me receberia para jantar, uma família da paróquia. E eu achei assim muito interessante o modo como aquela família se organizou e os frutos que Deus deu àquela família; eram cinco filhos: rapazes e moças.
Naquela família, o pai e a mãe eram pessoas muito atuantes na vida da paróquia e me convidaram para a casa deles. Quando eu fui à casa deles, entrando, eu já tive uma surpresa bastante agradável. Me receberam na sala da casa deles.
Ao entrar, eu notei algo de diferente na sala da casa deles: não havia televisão. Era uma casa muito simples, né? Uma casa sem nada de extraordinário do ponto de vista material, mas, ao mesmo tempo, com tudo de extraordinário.
Ao entrar na sala dessa casa, uma salinha pequenininha, no lugar da televisão, havia ali uma. . .
Estante, e no lugar da TV, estava ali uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e outras imagens de devoção daquela família. Então, o pai daquela família me disse que, há alguns anos, ele e a esposa tomaram a decisão de colocar a televisão no outro canto da casa e, no centro da sala de estar, colocaram a imagem do Sagrado Coração de Jesus. E, ainda quando os filhos eram pequenos, todos os dias, né, havia dias que eram muito corridos, que não dava tempo de rezar ali muito tempo, mas todos os dias, pelo menos a breve oração da noite: pai nosso, uma ave Maria e, às vezes, a leitura de um trechinho do Evangelho, eles faziam em família.
E aí, é interessante que naquela família, que tinha cinco filhos, um filho homem se casou, o outro filho homem foi para o seminário e é sacerdote hoje em dia, e as outras filhas, que eram todas mulheres, todas estão na vida religiosa. E aí, né, quando eu ouvi esse testemunho dessa família, eu fiquei pensando: o que esta família fez? Esta família organizou a sua vida em torno de Deus, e quais são os frutos disso?
A riqueza das vocações! O que se casou, né, teve ali cinco filhos, ele era de uma família de cinco irmãos e também teve cinco filhos, né? Naquela época, pelo menos, não sei se hoje tem mais.
Os outros irmãos foram para o sacerdócio e para a vida religiosa. Olha quantos frutos e quanto bem os membros desta família poderão fazer para a Igreja, para o mundo! Então, é uma casa que se desenvolveu em torno de Deus.
Pensemos nisso, né? Quanto a nossa casa, quanto a nossa vida, quanto os nossos horários falam de Deus para aqueles que estão perto de nós? Quando eu digo "os nossos horários", né?
Se eu incluir, dentro da minha programação semanal, além da missa dominical, pelo menos mais um dia de missa, é um esforço meu; eu estou colocando Deus dentro da minha semana. Se eu tenho o meu horário de rezar, eu estou colocando Deus. Se, na minha família, eu não consigo rezar com todo mundo, mas rezo, pelo menos, com a esposa, com um filho que seja, eu estou colocando Deus.
São pequenas coisas! É o que Santa Teresa vai dizer, afirmando que muita gente usa a desculpa da imperfeição. "Ah, não; eu não sou santo!
Eu não sou anjo! Ah, eu estou longe! " Mas precisa estar perto!
Não podemos nos conformar com a nossa própria situação. "Ah, mas hoje eu não consigo mudar nada daquilo que já faço. " Ótimo!
Hoje você não consegue, mas você pode ter o desejo, pode ter a meta, pode cultivar isso dentro do seu coração. E se esse desejo for genuíno, vale o que Santa Terezinha do Menino Jesus ensinava: Deus não inspiraria desejos irrealizáveis. Hoje você não consegue, mas amanhã você conseguirá.
Então, o fato de sermos imperfeitos não pode ser desculpa para nos travar no caminho da santidade, no caminho da perfeição. Busquemos Deus, coloquemos Deus dentro do nosso dia, olhemos para Ele e lembremos do que Santa Teresa nos diz: muitas vezes, nós nos perdemos no caminho porque não olhamos para o caminho, né? Não olhamos para o caminho!
E eu vejo, às vezes, com os meus filhos pequenos, às vezes, andando com eles, eles tropeçam, caem, esbarram, batem a canela em alguma coisa. Em geral, o que eu digo para eles? Eu falo: "Então você estava olhando onde você estava pisando?
Você estava olhando? Estava prestando atenção? " Ah, não, não estava.
Eu disse: "Então você caiu, você bateu a sua canela, você machucou, porque não estava olhando para o caminho. " Presta atenção, né? É assim que eu chamo a atenção deles.
E muitas vezes, no caminho com Deus, é o que Deus faz conosco. Quando nós olhamos para o caminho, e quem é o caminho? Jesus já deu a resposta: "Eu sou o caminho.
" Quando nós olhamos para o caminho, nós não caímos, nós não tropeçamos, nós não machucamos, porque estamos atentos. Agora, se estamos andando de maneira muito distraída, vamos tropeçando, caindo, nos desorientando. Olhemos para Cristo!
Que a nossa oração seja muito simples no dia de hoje, sobretudo, que a nossa oração seja muito simples. Que seja um pedido a Jesus: "Jesus, dai-me a graça de olhar para vós e de que tudo que eu olhar no mundo, tudo que eu viver, tudo que eu precisar fazer, que seja para vós, que seja convosco, que seja por vosso amor. " E assim, nós veremos que Nossa Senhora, nossa mãe, nos ajude a trilhar esse caminho e a manter os olhos fixos em Deus.
À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos. Ó Virgem gloriosa e bendita. Amém!
Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe e nos guarde, nos livre de todo mal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Meus caros, não deixem de curtir antes de sair dessa meditação. Curta essa meditação, encaminhe também esta meditação para outras pessoas que podem se beneficiar, que podem aproveitar esse conteúdo, né? Que não é um conteúdo meu, eu também me coloco aqui como um aluno, como um discípulo de Santa Teresa de Jesus.
Ela, que neste ano será a nossa mestra, vai nos guiar, vai nos mostrar Jesus, vai nos falar sobre o caminho que ela fez para que a gente aprenda a fazer também. Então, encaminhe para as outras pessoas que podem também aproveitar esse conteúdo. Deus abençoe!
Ótimo dia para todos nós e até amanhã, se Deus quiser!