OZEMPIC: A Epidemia do Emagrecimento?

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A obesidade já foi considerada o mal do século 21. Até 2035 mais da metade da população mundial,  vai viver com sobrepeso ou obesidade. Uma doença crônica que afeta mais de  1 bilhão de adultos em todo o mundo.
Por causa dela, a indústria farmacêutica está  em constante desenvolvimento de medicações que tornem o emagrecimento mais fácil, e com  isso possam ajudar milhões de pacientes e aumentar sua receita exponencialmente, também. Só que essas drogas sempre foram cercadas por tantos efeitos colaterais  extremamente traumáticos. Com as chamadas “canetas emagrecedoras”,  não é diferente.
Náusea, dores de cabeça, diarreia, vômito e cansaço são reações  normais para quem passa a utilizá-las. São drogas que surgiram como uma forma de combater  a diabetes, mas acabaram ficando famosas por serem muito eficazes para o emagrecimento, como  um tipo de “remédio milagroso”, e por isso, seu uso se tornou comum em pouco tempo. Não faltam relatos de pessoas que conseguiram perder 10, 12 quilos e que hoje têm as  imagens expostas nas redes sociais como “cabeça de Ozempic”, que se refere a um efeito do  uso remédio, quando ele causa uma perda excessiva de peso, causando uma desproporcionalidade da  cabeça em relação ao resto do corpo.
Além disso, a rápida perda de massa magra causada pela  medicação também pode trazer consequências como a flacidez. Daí o termo “rosto de  Ozempic” que se tornou muito conhecido. O remédio queridinho dessa nova geração de  inibidores alimentares é de fácil acesso, já que não precisa de receita médica para compra.
E como nem o Ozempic, nem nenhuma outra medicação dessa geração foi desenvolvida para a perda de  peso, mas sim para o combate à diabetes tipo 2, essa quantidade de gente que consome o remédio  para fins estéticos acaba fazendo com que ele falte pra quem precisa tratar a diabetes. Como isso não está acontecendo apenas aqui no Brasil, mas no mundo inteiro, sua fabricante,  a Novo Nordisk, já ultrapassou a LVMH, holding de marcas como a Louis Vuitton, e  se tornou a empresa mais valiosa da Europa. O Ozempic não é uma opção econômica.
Para dar uma  ideia, a caneta dele é suficiente para um mês, tanto para emagrecimento quanto para diabetes.  Se você estiver começando o tratamento, há um pacote que dura seis semanas.  Cada caneta custa, em média, mil reais.
Mas, ainda assim, o uso do medicamento no  Brasil cresceu de forma extraordinária. Seu uso indiscriminado e sem acompanhamento médico  também tem levantado preocupações, afinal, como qualquer medicamento,  deve ser usado para fins específicos e nunca descontroladamente. É por isso que a febre das “canetas emagrecedoras” esconde uma série de  problemas de diferentes aspectos.
Mas, afinal de contas, o quão eficaz é essa nova  geração de remédios que combatem a obesidade? E por que a banalização do seu uso pode  criar um problema de saúde pública? A empresa dinamarquesa Novo Nordisk, fabricante  do medicamento Ozempic, tem sentido de forma extraordinária o impacto do seu medicamento.
Seu sucesso surpreendente em vendas provocou uma reviravolta até mesmo na economia da Dinamarca.  As exportações da droga simplesmente dispararam, injetando bilhões de dólares na economia da nação.  Com isso, em maio de 2024 a empresa já valia 604 bilhões de dólares, isso é mais que o valor de  mercado da Tesla e mais que o próprio PIB do país, que é quase 600 bilhões de dólares.
O sucesso da empresa e o consequente fluxo aumentado de dólares forçou o Banco  Central dinamarquês a manter as taxas de juros abaixo das do Banco Central Europeu,  como forma de controlar a inflação do país. Além disso, foi o crescimento meteórico  da Novo Nordisk que fez com que o PIB de toda a nação crescesse em 2023. E é  esperado que esse crescimento aumente ainda mais, chegando a dobrar em 2024.
Mas como toda essa revolução começou? Com o princípio ativo semaglutida, que trata  a diabetes tipo 2, os remédios Ozempic, o Mounjaro, o Saxenda e o Wegovy disputam os  primeiros lugares na lista de mais vendidos do setor farmacêutico no mundo inteiro. Dos 4, 3 são produzidos pela Novo Nordisk.
No Brasil, a semaglutida está disponível em dois  tipos de remédios: o Rybelsus, para tomar via oral, e o Ozempic, para injetar com uma caneta.  Tanto o Ozempic quanto o Mounjaro e o Saxenda são considerados medicamentos off label pela ANVISA. Um medicamento off label é aquele remédio desenvolvido para uma doença, mas que funciona  para tratar outras enfermidades.
Um exemplo é a Aspirina. Embora tenha sido concebida  como analgésico, ela também é eficaz na prevenção de trombose e de infartos. Quando a Anvisa reconhece o uso off label de um medicamento, os médicos têm  permissão explícita para prescrevê-lo.
Essa aprovação da Anvisa reconhece que  há evidências confiáveis de que o uso do Ozempic e similares são seguros e eficientes  para o combate ao excesso de peso. Contudo, ela não se preocupou em controlar a venda deles. Mas o mais interessante é que a própria empresa fabricante do remédio, a Novo Nordisk,  não recomenda o uso off label do Ozempic, por ele não ter sido testado para fins  de emagrecimento, apenas contra diabetes.
Por isso ela lançou o Wegovy, que é a  versão do Ozempic para quem quer emagrecer, que a Anvisa aprovou no Brasil em janeiro de 2023,  com a indicação apenas para pacientes com pelo menos outra doença associada ao excesso de peso,  como colesterol alto, diabetes ou pressão alta. Nos EUA, o tratamento com Wegovy começa em  0,25 mg de injeção subcutânea nas primeiras quatro semanas, passa por aumentos de  doses mensais, de 0,5 mg, 1 mg e 1,7 mg, até chegar à dose de 2,4 mg. Essa dose mais  alta tem um custo médio mensal de 8 mil reais.
Com um crescimento superior a 120% em 2022,  esses medicamentos se tornaram o centro das atenções dos profissionais de saúde e  dos pacientes que tratam de obesidade. Eles se tornaram populares não só pela  eficiência no controle da diabetes, mas principalmente por seus efeitos  positivos na eficácia da perda de peso. Em busca de mais informações, eu falei  com um especialista, o DrRicardo Carniel, Metabologista, que vive isso no dia a dia.
Sempre houve um esforço pra demonizar os medicamentos emagrecedores, porém, os leigos que legislam sobre isso, não se  flagram que a obesidade é um problema mundial. E tende só a piorar, se a gente comparar o peso  médio da população na década de 70 com hoje, esse peso explodiu, com a demanda e com a  oferta calórica que nós temos nos alimentos né. Mas apesar do alto custo, cerca de mil reais  por cada mês de tratamento, as farmácias estão testemunhando uma demanda crescente pelo Ozempic.
Essa inquietação em torno desse medicamento foi impulsionada principalmente pelas redes  sociais, com destaque para o TikTok, onde ele foi apelidado de “caneta emagrecedora”. Só no primeiro semestre de 2023, a busca pelo Ozempic nas farmácias  brasileiras praticamente dobrou. O medicamento usado para o tratamento da  diabetes está em falta nas farmácias do país.
A procura aumentou porque o remédio  tem sido usado para emagrecer. Mas esse crescimento absurdo no seu consumo  está longe de se limitar ao Brasil. A busca pelas canetas emagrecedoras nos Estados Unidos  é tão grande que alguns americanos que moram mais próximos das fronteiras estão optando por  comprá-las no México ou no Canadá, onde o preço é bem mais baixo.
Só que fazer isso incorre em  riscos, já que em algumas farmácias o medicamento vendido é apenas um genérico ou semelhante. Até na China, a obsessão pelo corpo magro também tem provocado um aumento exponencial  no número de usuários do medicamento, que também foram incentivados por blogueiras  e os relatos de perda de peso rápida e fácil. A crescente popularidade desse tipo de  medicamento entre os chineses está provocando sua falta pra pacientes com diabetes que dependem  da medicação por lá.
Por causa disso, um hospital da cidade de Guangzhou parou de prescrever  o produto pra pessoas que não têm a doença. A escassez do Ozempic não se restringe à  China e aos EUA, ela já virou uma realidade pra todas as pessoas que realmente precisam  dele pra controlar tanto a diabetes quanto a perda de peso em vários países. Mas não há como controlar quem precisa ou não usar o remédio, uma vez que ele é vendido  sem receita e a utilização dele para os fins de emagrecimento é totalmente legítima, quando  feita com prescrição e acompanhamento médico.
Sou contra a automedicação, e sou favorável  inclusive, que haja uma legislação, um projeto de lei inclusive em tramitação no congresso,  para que essas medicações derivadas do GLP1 sejam controladas. E eu sou completamente a  favor disto, por que as pessoas não podem usar quando bem entendem, por que elas não sabem  como usar e ouso dizer que não é a procura de qualquer médico que vá resolver isso. Elas  precisam ir num médico especializado em emagrecimento para que haja dosagem adequada  e inclusive a frequência adequada do uso.
O problema é que as pessoas fazem justamente o  contrário, elas não procuram um médico, e, pelo medo de faltar, compram mais que o necessário. Esse é justamente o caso, por exemplo, de John, um executivo inglês que tem na geladeira um  estoque da medicação para nove meses, enquanto o Reino Unido sofre com a escassez do remédio  para os pacientes diabéticos. John compartilhou um e-mail de 26 de outubro de 2023 da farmácia  on-line privada Rightangled, anunciando Ozempic.
“Olha o que voltou”, dizia. “Pegue o seu antes  que acabe de novo. ” A Rightangled ofereceu o medicamento por R$ 1900,00, pelo fornecimento das  injeções semanais por um mês.
Seis meses depois, o mesmo remédio custava 320 reais a menos. E os pacientes com diabetes que recorrem aos serviços públicos do país e estavam  sem a medicação há pelo menos uma semana, pois não podiam pagar por ela, continuaram sem. Mas há algo que torna o Ozempic e todos os outros medicamentos dessa geração  de emagrecedores tão inovadores?
Sim, o Ozempic, o Saxenda, o Wegovy e o Mounjaro  são realmente eficientes, e considerados por muitos especialistas da comunidade médica remédios  revolucionários e muito importantes pra enfrentar a atual epidemia de obesidade, porque o mecanismo  de ação deles no organismo é particularmente interessante pra quem visa perder peso. A semaglutida, que é o princípio ativo desses remédios, age como um inibidor do apetite,  retardando o esvaziamento gástrico. Isso significa que o paciente experimenta uma sensação de  saciedade prolongada, como se tivesse acabado de comer depois de horas de ter se alimentado.
Assim,  ele reduz a quantidade de vezes que se alimenta. Bom, nós temos no nosso corpo uma substância  chamada GLP1, é uma abreviação de uma substância que traz saciedade, logo depois que  ingerimos algum alimento. Então o GLP1 natural ele tem um efeito mais curto, enquanto que  o ozempic ele é uma copia digamos assim, sintética do GLP1 e por isso ele pertence  a classe dos análogos de GLP1.
Ozempic sendo uma cópia sintética do GLP1, tem uma  meia vida mais longa, durando 7 dias. Por isso ele é aplicado semanalmente, trazendo  saciedade por tanto tempo e por tantos dias. Isso acaba sendo extremamente  útil na perda de peso.
Com o apetite reduzido, o paciente  ingere uma quantidade menor de alimentos. Seu corpo percebe que não há tantas  calorias entrando como antes, e para poder funcionar normalmente, ele busca  na gordura que tem armazenada as calorias que precisa para viver normalmente. Então ela  queima a gordura, e a pessoa emagrece!
Só que se a pessoa que está usando  Ozempic, mesmo com pouco apetite, deixar de jantar um prato de macarrão  e trocá-lo por um pacote de Doritos, ele comerá menos, mas vai ingerir  mais calorias, e não perderá peso. É uma lógica simples. Os medicamentos baseados em semaglutida também apresentam efeitos  colaterais.
Entre os mais comuns, destacam-se os desconfortos gastrointestinais,  como náuseas, diarreia, vômito e constipação, que são amplamente relatados pelos usuários,  principalmente nas primeiras semanas de uso. A importância do acompanhamento com um médico  especializado, está justamente nos efeitos colaterais que essas medicações podem trazer,  em relação ao Ozempic o mais comum são náuseas. Esses efeitos diminuem ou desaparecem com o tempo. 
Logo, a necessidade de deixar de usar o remédio por causa dos efeitos adversos é baixa. Mas também  há situações em que o paciente pode necessitar de ajustes na dose pra controlar os efeitos  negativos e aumentar a tolerância ao medicamento. Uma outra preocupação é o fato de que o uso  frequente do Ozempic e dos demais medicamentos da mesma geração também pode acarretar  complicações mais graves, embora mais raras.
Mas existem chances de coisas mais  graves, como por exemplo pancreatite ta, é uma coisa rara dentro do uso do Ozempic,  mas pode acontecer. Outra coisa é alteração do peristaltismo gastrointestinal. Algumas  pessoas tem constipação e algumas pessoas têm eructação excessiva, onde elas têm uma  redução da qualidade de vida, por estarem com refluxo o tempo todo né, e acabaram passando  o dia inteiro nauseadas e até vomitando né.
Embora raras, algumas pessoas podem  ter reações alérgicas às medicações, incluindo lesões na pele, coceira, dificuldade  para respirar e inchaço no rosto, lábios, língua e garganta. E como os medicamentos  são administrados por injeção, é possível experimentar reações nos locais onde elas são  aplicadas, como vermelhidão, inchaço ou irritação. Além disso, o usuário pode experimentar  sensações de fraqueza, desânimo e fadiga, devido a redução do consumo de alimentos  e, consequentemente, de energia.
Agora, dentre as principais preocupações com  o uso das medicações dessa geração de fármacos para o emagrecimento, está o chamado  “rosto de Ozempic” ou “face de Ozempic” Eu particularmente não gosto do termo face  de ozempic porque a flacidez que vem com o emagrecimento do ozempic não é culpa  do ozempic, mas sim do emagrecimento. a pessoa que precisa perder pouco peso, ela não vai ter de qualquer maneira,  usando ou não o Ozempic, flacidez, porque são poucos quilos, 5 kg, 4 kg, 6 kg. Agora uma pessoa que precisa perder 30 kg, 50 kg, essa pessoa terá flacidez inevitavelmente,  emagrecendo rápido demais, ou mesmo lentamente.
Existe uma uma falsa ideia de que, se emagrecer um  pouco mais lentamente, vai trazer menos flacidez, isso não é uma verdade absoluta e especialmente  o ozempic não é responsável pela flacidez. Além disso, o emagrecimento acelerado pode  levar à sarcopenia, que é a perda gradual de massa muscular, da força e da densidade óssea. “Ao emagrecer, perde-se gordura, que é o que queremos.
Mas, em geral, perde-se também a massa  magra, tanto do corpo quanto da face, o que leva à flacidez", explica o dermatologista Otávio  Macedo. Segundo ele, alguns efeitos colaterais da semaglutida, princípio ativo do Ozempic, Wegovy  e Saxenda refletem na falta de vontade de comer. Então o metabolismo do nosso corpo consome o que  há disponível para gerar energia, queimando neste processo a gordura, mas também músculos e massa  magra, ocasionando a perda de colágeno e de força.
Por esse mesmo motivo, o usuário pode experimentar  sensações de fraqueza, desânimo e fadiga. No caso da interrupção do uso da medicação sem uma  mudança de estilo de vida, com melhores hábitos alimentares e prática de exercícios físicos,  o paciente volta a sentir fome como sentia antes. E por ter pedido peso, acredita poder  recompensar o que deixou de comer durante o uso da medicação, exagerando no tamanho  das porções alimentares ou no consumo de alimentos com mais sabor, os chamados hiper  palatáveis, que contém muito mais calorias.
Mas essa não é uma regra, e pacientes que  conseguem mudar os hábitos e incorporá-los à rotina ainda durante o uso do medicamento tendem a  manter o peso mesmo após o término do tratamento. Para minimizar os efeitos colaterais, um  bom médico te ajudará a seguir uma dieta leve e rica em fibras e proteínas, evitar  alimentos gordurosos, manter-se hidratado, praticar o gerenciamento do estresse, garantir  um sono adequado e prestar atenção à dieta. E se surgirem sintomas desconfortáveis ou preocupantes,  ele avaliará e ajustará o tratamento.
Alguns usuários, no entanto, relatam que os  resultados positivos podem vir acompanhados por uma série de efeitos colaterais um tanto  quanto inusitados, que incluem mudanças nos hábitos alimentares, sentir mais sede e vontade  de ingerir alimentos com mais quantidade de água, como frutas, saladas, sopas e perda da  vontade de ingerir bebidas alcoólicas. O uso da semaglutida tem demonstrado diversos  benefícios no tratamento de condições como a diabetes tipo 2 e a obesidade. Mas um  estudo realizado nos Estados Unidos revelou que quem usa o Ozempic para  perder peso, mas não é diabético, reduziu em 61% a probabilidade de desenvolvimento  de diabetes tipo 2.
O Ozempic não só controla, como também pode prevenir a doença. O autor principal do estudo ressaltou a eficácia da semaglutida na redução  da carga dessas doenças crônicas, enfatizando a importância de um tratamento  contínuo para manter os benefícios alcançados. Além disso, estudos indicam que a semaglutida  também pode ter um papel importantíssimo no tratamento da dependência de álcool, com  evidências sugerindo uma redução significativa no consumo de álcool em indivíduos  com transtorno por abuso da bebida.
Mas será que a atual busca por soluções rápidas  e fáceis pras questões de peso não refletem uma crescente preocupação com a aparência? Ou seria essa euforia em torno desses novos remédios apenas reflexo do  quanto estamos influenciáveis? Bom, na verdade o Ozempic não é tão milagroso  ou mágico como as redes sociais vendem por aí.
Dentre as desvantagens do ozempic estão: O fato dele ser injetável, há muitas pessoas que não gostam da ideia de se picar, então  a aderência a esse método de tratamento pode ser baixa porque as pessoas não gostam  da ideia de uma agulha entrando na pele. Outra coisa, é uma medicação que ao  contrário do que a maioria das mídias fala, não tem o emagrecimento tão efetivo tá, a  eficácia dele em relação às antigas classes medicamentosas de emagrecedores é muito menor,  né, a Sibutramina associada ao Topiramato, por exemplo, tem um emagrecimento  muito maior por mês do que o Ozempic. Em terceiro ponto ele sendo um medicamento  que emagrece pouco ele também é muito caro Antes do Ozempic e seus similares, as drogas para  obesidade eram as anfetaminas, as inibidoras da enzima lipoproteica, com o orlistate, e  as inibidoras da recaptação de serotonina e noradrenalina no cérebro, como a sibutramina.
Até pouco tempo, essas substâncias faziam parte de quase todas as fórmulas dos inibidores de apetite. Mas como as anfetaminas e seus derivados atuam direto no sistema nervoso central , seu  risco do desenvolvimento de dependência é grande. Além de uma série de outros efeitos  como, insônia, problemas cardíacos, ansiedade, depressão, alterações na coordenação  motora, dificuldade de concentração, lentidão de pensamento e confusão mental.
Sabendo disso, fica fácil entender a euforia em torno da chegada dos remédios dessa nova geração,  as “injeções pra emagrecer” que trouxeram uma abordagem de tratamento mais segura, sem os riscos  associados aos remédios da primeira geração. Essa demonização dos medicamentos para emagrecer,  afasta os pacientes que realmente precisam, e que tem uma tendência genética a reservar  mais gordura, e que tem uma tendência genética a ter uma compulsão alimentar, e precisam de um  controle disso, dos tratamentos mais adequados né. As pessoas têm muito mais medo de tomarem uma  medicação para emagrecer, do que permanecerem obesas.
Elas não pesam risco de permanecerem no  peso em que estão, onde tu tem aumento de infarto, hipertensão, diabetes, AVC, uma série de problemas  que podem acarretar a morte dessas pessoas. OS análogos de GLP1, a família do Ozempic, não  afeta o humor, então pessoas que tem problemas com ansiedade, depressão, insuficiência  cardíaca, outras cardiopatias isquêmicas né, pós infarto, podem se utilizar do Ozempic  com tranquilidade, porque essa são vantagens gigantescas dessa classe de medicações em  relação aos mais antigos como as anfetaminas. A grande controvérsia que envolve o uso  dessas medicações é causada por pessoas que não são obesas ou diabéticas,  mas procuram uma solução rápida e fácil para perder alguns poucos quilos.
São  indivíduos saudáveis, mas que se recusam a seguir os métodos tradicionais para perda de  peso, como a prática de exercícios físicos e a adoção de uma dieta menos calórica.  Nesse caso, o medicamento é utilizado quase como um mero cosmético, que tem efeito  rápido e elimina imperfeições estéticas. Ao mesmo tempo, no Brasil, onde a preocupação  exacerbada com a estética é uma realidade pra maioria da população, como evitar que  essas pessoas tomem o caminho mais fácil?
O uso de medicamentos dessa geração é uma  alternativa legítima e eficaz pra quem combate a obesidade, mas estar um pouquinho  acima do seu peso ideal não é algo tão grave. Com certeza outras estratégias podem ser usadas  pra perder peso de uma forma mais natural, e o uso dos medicamentos não seria feito sem necessidade. Mas conforme o uso das canetas para emagrecimento se torna mais popular e difundido  pelas redes sociais, muitas objeções ao remédio passaram a ser levantadas.
O Ozempic tem sido amplamente adotado como um medicamento para emagrecer, mas seu alto  custo o torna acessível apenas para uma pequena parte da população. Muitas pessoas comuns  não podem arcar com os custos do tratamento. Nós estamos num país de terceiro mundo, onde  a obesidade atinge as classes mais baixas, que tem menor poder aquisitivo. 
E são justamente as pessoas que deveriam ter mais acesso a  medicações como o Ozempic. Ao que tudo indica, o surgimento do  Ozempic e medicamentos similares são um salto gigante nos tratamentos tanto  da obesidade quanto do diabetes tipo 2, mas seu uso indiscriminado para fins estéticos  e sem acompanhamento médico é preocupante. O avanço de uma sociedade deve  significar acesso a tecnologias que tragam tratamentos médicos mais  eficazes, mas é extremamente importante facilitar a adoção de hábitos saudáveis  por parte da grande massa da população.
O uso desordenado de qualquer remédio  pode acabar gerando uma crise de saúde. As redes sociais, com a excessiva divulgação  das canetas de emagrecimento que fazem mudanças milagrosas no corpo, são parte do problema. Porque mesmo que comprovado cientificamente, o uso desses medicamentos só é efetivo se for  combinado com um acompanhamento especializado.
Como diz o médico endocrinologista FIlipe  Pontes, “Se você está considerando iniciar um tratamento com Wegovy ou Ozempic, o  primeiro passo é consultar um especialista para obter todas as informações necessárias  e garantir um tratamento seguro e eficaz”. E você, conhece alguém que usa ou usou o Ozempic?  Comenta aqui abaixo sobre isso e não esquece de me dizer o que achou desse vídeo.
Agora, se quiser entender o que eu chamo de Algoritmo Humano e como você pode  usá-lo pra levar um canal no youtube de 0 a 100 mil inscritos, confere uma aula  grátis no primeiro link da descrição, ou apontando a câmera do seu celular pro QR code  que tá na tela antes que essa aula saia do ar. E pra descobrir o que é a indústria  da dor e como ela te afeta, aperta nesse vídeo aqui que tá na tela, por esse  vídeo é isso, um grande abraço e até mais.
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